Vírus
INTRODUÇÃO
Motivado para entender o cenário pandêmico que transformou nossas vidas e abalou a economia mundial, tratei de pesquisar sobre e, à medida de meu entendimento, obriguei-me a organizar as informações e a compartilhá-las.
Essa motivação resultou de ampliação, pois fui impulsionado primeiramente a pesquisar para entender sobre a polêmica em torno da cloroquina e a razão de as mídias divulgarem as drogas não eficazes e não divulgarem as eficazes ao tratamento da COVID – 19.
Dessa pesquisa, até agora, resultou artigo sobre a Organização Mundial de Saúde – OMS e este, para iniciar o entendimento sobre o protagonista dessa tragédia.
Óbvio que todos os textos. Inclusive os que virão, têm a limitação de meu nível de entendimento sobre o material pesquisado e, também, pelo limite de aprendizado, sobre o novo vírus publicado em língua portuguesa disponível no “Google”. Além disso, com a pretensão exclusiva de o artigo alcançar o objetivo de melhor entendimento para melhor formar opiniões e possibilitar melhores escolhas.
O QUE SIGNIFICA VÍRUS
A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno”, ou “toxina”.
Os vírus são seres parasitas que não possuem células e com dimensões apenas observáveis ao microscópio eletrônico. Por serem tão pequenos consegue invadir células, inclusive a de organismos unicelulares, como as bactérias.
São agentes infecciosos, parasitas intracelulares obrigatórios capazes de se transferir de uma célula para outra podendo causar doenças, viroses, nos seres parasitados.
São parasitas intracelulares obrigatórios, pois precisam entrar em uma célula, usar a maquinaria celular para reproduzir-se, transferir-se para o exterior, infectar outras células, continuar existindo.
Estão entre os primeiros organismos a habitarem o planeta Terra. Atualmente, em torno de 3.600 espécies de vírus identificados e podem infectar bactérias, plantas e animais, bem como se instalar e causar doenças.
CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS
Os vírus são acelulares, o que significa que são entidades biológicas que não possuem estrutura celular.
Seu tamanho pode ser várias vezes menores que a menor bactéria.
Constituídos por material genético, entretanto por possuírem ou DNA, ou RNA, nunca as duas moléculas, isso os torna exceção entre todos os seres vivos.
Possuem capacidade de reprodução e de produzir sua própria energia, entretanto para isso, necessitam de outra célula.
Diferente de todos os outros seres vivos em que as células possuem membrana protetora e realizadora de funções vitais (membrana plasmática), os vírus não a possui. Seu material genético é protegido por cápsula proteica.
Frequentemente, esse material genético do vírus sofre modificações, ou seja, mutações, originando variedades (subtipos) de um mesmo vírus, o que dificulta e compromete a eficácia de seu combate.
Parasitam células de todos os outros seres vivos, de animais, plantas e até mesmo as bactérias. Cada tipo de vírus vem com a função de atacar, exclusivamente, determinado tipo de célula. O vírus da caxumba, por exemplo, parasita, exclusivamente, as células das glândulas salivares, ou parótidas, provocando inchaço e dor nas laterais do pescoço.
ESTRUTURA BÁSICA
Comparado com qualquer outro organismo possuidor de células, os vírus têm estrutura muito simples: material genético; capsídeo; e envelope.
Material genético é o DNA, ou o RNA, moléculas consideradas as organizadoras da vida sobre as mais diferentes configurações. Encontra-se enrolado e sobre núcleo composto de proteínas.
Capsídeo é espécie de cápsula, invólucro protetor do material genético e feito de proteína diferente daquelas existentes no corpo humano.
Envelope, em alguns casos, nova camada envolve o material genético e o capsídeo. É a estrutura presente na parte externa da maioria dos vírus. Esta camada confere, ao vírus estabilidade e infectividade (capacidade de se reproduzir e causar infecção).
O envelope é composto de duas camadas lipídicas, (gorduras insolúveis em água, mas solúveis em algumas outras substâncias) derivadas da célula hospedeira, e intercaladas com camada de moléculas de proteínas derivadas do próprio vírus.
Muitos vírus também desenvolvem espiculas feitas de glicoproteína (moléculas de proteínas associadas a resíduo de açúcar) sobre seus envelopes. Espículas que ajudam esses vírus a se fixarem às superfícies celulares específicas e são responsáveis pela antigenicidade viral (condição de antígeno, capacidade de partícula ou molécula produzir anticorpo) da célula hospedeira.
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS
Os vírus podem ser classificados de acordo com os mais diversos fatores:
a natureza da célula hospedeira: vírus animais, vírus de plantas, vírus de fungos e bacteriófagos (vírus que infectam a bactéria, que incluem os vírus mais complexos);
a existência de envelope: envelopados e não envelopados;
a forma geométrica da cápsula protetora de seu material genético (capsídeo):icosaédrico, ou helicoidal;
tipo de material genético: DNA – DNA vírus; ou RNA - Retrovirus;
O método mais utilizado pelos profissionais da área é o sistema de classificação de Baltimore que se baseia no tipo de material genético do vírus e na sua estratégia de replicação utilizada.
Como ilustração dessa classificação e de forma bem simplificada, dada a sua complexidade, que exige conhecimento bem maior sobre a replicação, do que no próximo subtítulo registrado:
Vírus RNA replicantes de cadeia positiva: neste vírus, o seu RNA já funciona como RNA mensageiro, podendo realizar a tradução em proteínas através da enzima RNA polimerase dependente de RNA. São exemplares os vírus que causam febre amarela, zika e dengue.
Existe forma bem completa e padronizada de descrever os vírus e catalogá-los. Operações realizadas por instituição técnica responsável – ICTV – International Comittee on Taxonomy of Viruses.
REPLICAÇÃO DOS VÍRUS
Para que um vírus possa replicar-se precisa infectar a célula, introduzindo o material genético no interior da célula. E, para que isto ocorra, é necessário que a célula: possua receptores com os quais o vírus possa ligar-se; e seja dum tipo específico que permita a síntese e montagem dos elementos estruturais do vírus.
Esse processo tem início, quando as proteínas de fixação virais reconhecem receptores específicos na parte externa da célula. O vírus adere à parede celular ou à membrana, ligando-se a certas moléculas receptoras, existentes na superfície das células, que podem ser proteínas, carboidratos ou lipídios. Células sem os receptores apropriados não são susceptíveis ao vírus.
Alguns vírus invadem as células com o capsídeo, e outros injetam nelas apenas o seu material genético. Após a penetração, o vírus passa a controlar o metabolismo da célula infectada. Inativa a maior parte dos genes da célula e se utiliza das substâncias existentes no seu interior, a fim de fabricar e montar os elementos da estrutura viral, replicando novos vírus.
Gerados os novos vírus, a seguir ocorre a sua liberação da célula hospedeira. Essa liberação se dá por: destruição da célula pelo rompimento de sua membrana; brotamento do interior da célula e, neste caso, a liberação não necessariamente implica em destruição da célula.
Nem todas as partículas virais liberadas são infecciosas. A razão entre partículas virais infecciosas e não infecciosas varia de acordo com o vírus e as condições de crescimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pretensão foi registrar conteúdo sobre o protagonista dos noticiários desse momento de isolamento e medo, que fui obrigado a buscar para melhor entender as notícias, formar opinião bem como fazer escolhas sobre comportamentos.
Além de o registro, compartilhá-lo, para os que se encontrarem com o mesmo interesse.
Não tive e nem poderia ter escrito algo que esgotasse o tema, nem com precisão de conceitos como se especialista fosse.
Com objetivo semelhante, pretendo elaborar outro artigo sobre as viroses.
FONTES
bdigital.ufp.pt;
biologo.com.br;
descomplica.com.br;
educacao.uol.com.br;
microbiologybook.org;
news-medical.net;
planetabiologia.com;
tga.blv.ifmt.edu.br;
scielo.br; e
sobiologia.com.br.