Ansiedade

É no ambiente familiar que tem origem e se molda a reação específica de medo que cada um é suscetível de vir a desenvolver.

Proveniente do medo, o estado emocional ansioso poderá ser classificado como Grande Ansiedade e Pequena Ansiedade.

Na grande ansiedade o individuo sente o seu futuro obscurecido, o seu presente ameaçado e cheio de trevas; a sensação de culpabilidade e desespero dá a sua vida a impressão de um sabor amargo de um pesadelo. Já a pequena ansiedade gera na pessoa lamentações do passado que viveu ou deixou de viver e falta de coragem em reagir.

Quando exagerada e desproporcional ao estímulo, a ansiedade assume a identidade de ansiedade patológica e se manifestará sob a forma de vários sintomas físicos:

A pessoa é inquieta; a voz algumas vezes sai em tom mais alto; mãos frias e úmidas; corpo trêmulo; coração batendo depressa demais; respiração rápida; tonturas; dores de cabeça; pessoa irritável que facilmente se aborrece e traz a mente cheia de perigo que não se adequam a realidade; custa suportar os ruídos do meio ambiente; pode ficar corado; gaguejar ou esquecer-se dependendo da situação e o coração altera facilmente o seu estado de funcionamento podendo sofrer manifestações cardíacas.

Os sintomas podem durar meses e reaparecer frequentemente. São frequentemente desencadeados por eventos estressantes.

Um exemplo de ansiedade perigosa e por isso denominada como patológica é o transtorno de ansiedade generalizada. Ansiedade cuja característica é a preocupação excessiva e crônica sobre diferentes temas, associada a tensão aumentada e com sintomas de irritabilidade, inquietação, fadiga fácil, tensão muscular, problemas de concentração e de sono, causando prejuízo no funcionamento social e ocupacional .Sintomas estes que perduram por tempo igual ou superior a seis meses consecutivos.

Verdadeiro perigo para pessoas com uma predisposição neurobiológica herdada ou tendência crônica à preocupação, o estado ansioso faz com que indivíduos evitem ou fujam de situações; contatos pessoais; atividades profissionais fora da sua rotina e vida familiar além do habitual.

Além disso, uma ansiedade em nível muito alto, impede que a pessoa desenvolva o seu potencial intelectual .Com o inconsciente totalmente “mergulhado” no medo de errar, o aprendizado fica bloqueado e a pessoa perde boa parte de sua autoestima porque se julga incapaz.

Atualmente observa-se que problemas na primeira infância; distúrbios hormonais; dificuldades pessoais de inserção na sociedade (como exemplo as diversas formas de preconceito);os conflitos afetivos; dores; abusos de substâncias tóxicas podem desencadear a ansiedade afetando a capacidade de uma pessoa para trabalhar ,estudar e participar de outras atividades.

A neurociência entende que o estado ansioso nada mais é do que uma reação de medo ,medo de um estímulo que não está presente.

Existem gatilhos que podem disparar a ansiedade, para descobrir se a sua ansiedade é apenas funcional (normal) ou perigosa (patológica) será necessário avaliar a reação que ela gera: Reação de curta duração? Reação limitada? A reação é relacionada ao estímulo do momento ou não?

Para que possamos lidar corretamente com a ansiedade, devemos reconsiderar o modo em que vivemos ,alterar nossos hábitos, aprender sobre a ansiedade, aprender técnicas de relaxamento, técnicas de respiração, ajustar a nossa dieta ingerindo mais alimentos saudáveis , praticar exercícios físicos de baixa intensidade como caminhada e corrida, respeitar a hora do descanso para obter um sono tranquilo constante, aprender a ser assertivo, construir autoestima, fazer terapia cognitiva, terapia de exposição e quando preciso ,usar medicamentos que poderão aliviar os sintomas e desde que recomendados por avaliação médica.