A vida continua depois de uma pandemia?
Muito se vê falar que o próprio homem acabará por extinguir a raça humana, comentário pressuposto por um contexto histórico alarmante de grandes guerras ao longo do tempo e do mundo. Porém, de fato, esquece-se á vista do ser humano o quão frágil ele consegue ser desde a sua criação. Assim como uma borboleta poderia ser privada de sua vida pelo ataque de uma aranha, nós estamos suscetíveis á um grande predador – que inusitadamente – não possui garras afiadas e muito menos grandes caninos capazes de devorar-nos a carne. Trata-se daquilo que passa despercebido dos nossos olhos e sorrateiramente invade nossas vidas, mudando não só o cotidiano de uma família, como as de um país inteiro.
Causadas por vírus ou bactérias, as doenças vêm fazendo uma varredura vital através dos séculos em nosso mundo. A “Peste Negra”, como foi chamada, foi uma doença proveniente de pulgas e carrapatos que se alastrou por diversas regiões atingindo um pico de mortes na Europa. Denominou-se a situação como uma pandemia, termo que atualmente voltou a se tornar celebridade nas mídias sociais de todo o mundo após a declaração oficial da OMS – Organização Mundial da Saúde.
E como prova de que nosso maior inimigo está, em termos, sempre por perto, tivemos a famosa gripe espanhola. Também chamada de gripe de 1918, pelo período datado do acontecimento, foi mais uma pandemia que causou histeria ao infectar milhões de pessoas no mundo todo com o vírus Influenza. Sem esquecer, é claro, da epidemia na África Ocidental com o surto do vírus ebola que causou devastação e uma grande quantidade de perda de vida. Mas os fatos históricos contidos em qualquer plataforma digital e em livros informativos seria suficiente para alertar a população de que o fim pode estar destinado a algo bem diferente dos filmes de terror?
O ano de 2020 enfrenta uma situação de desespero e as gerações anteriores, salvas do que já passou, são as que mais sofrem em nosso “agora”. O COVID-19 tornou-se grandioso em um curto espaço de tempo. Em um dia, o Brasil seguia intacto do assustador vírus que crescia na China e começava a dizimar a população da Itália. No outro, o país confirma mais de 30 mil infectados e passa de mil em mortes. O que trás de volta o pensamento inicial de que o cuidado deve ser redobrado, que nossos corpos, que trabalham de forma biológica perfeita, mesmo em uma sociedade avançada, são frágeis. E não deixando as esperanças de uma vida vitalícia e longa de lado, não esquecer que de tempos em tempos, esse monstro microscópico e disfarçado por capas diferentes – por vezes de uma simples gripe – pode causar o fim de uma geração, e até mesmo, de uma nação.
É neste momento que a ciência se mostra cada vez mais importante e merece, de todo modo, destaque. A vida precisa continuar e temos que contribuir para isso.