LULA NÃO CABE NESTA RODA – ELE É MUITO MAIOR.
LULA NÃO CABE NESTA RODA – ELE É MUITO MAIOR.
VALÉRIA GUERRA REITER
As políticas públicas criadas nos governos do presidente Lula demonstram a coragem e a coerência precisas para incrementar os interesses daqueles que confiaram neste gestor.
Sociedade além do limite da coletividade: foi o que ocorreu durante os dois mandatos (oito anos) em que Lula presidiu o país. Foi realmente um momento de reconstrução sobre os escombros de governos liberais e populistas, que sempre visaram manter a singularidade DO STATUS QUO mantenedor de uma elite burguesa “sem sal”.
A lista de programas sociais é rechonchuda: Bolsa Atleta, Água para todos, Bolsa Família, Programa Nacional de Acesso a Alimentação, Bolsa Família, Bolsa Estiagem, Programa Brasil Alfabetizado, Minha casa minha Vida, PROUNI, Pro jovem, Tarifa social de energia elétrica, Brasil Sorridente. E em seguida após a eleição de Dilma Rousseff, vieram: Bolsa Verde, Luz no Campo, Bolsa Escola, Auxílio Gás, Bolsa Alimentação, PRONAF, FIES.
O país caminhava a passos largos para um soerguimento que incluía gente. Gente que sempre ficou aquém; à sombra; no ostracismo. Pessoas que não tinham o direito de escolha, ou de amparo e que migraram da invisibilidade... durante o governo de Lula da Silva; aquele que tinha como objetivo primordial: alimentar literalmente (parte da população) que passava fome. Até então o país dependia de ações solidárias instituídas pela iniciativa de humanistas como (por exemplo) o sociólogo Herbert de Souza; o Betinho, que no ano de 1993, fundou a Ação da Cidadania, através da luta contra a miséria, e contra o desemprego.
Antes do governo Lula, as estatísticas sérias já apontavam dados alarmantes no panorama de miséria vivido no país do futebol, que no exterior, sempre fora conhecido como a Terra da prostituição e do Carnaval.
“Somos coloniais, e usamos técnicas capitalistas e isto é como respirar por aparelhos”; por isto, que dos cento e oito milhões de pessoas que convivem com a fome no mundo: nove milhões estão no Brasil, com a média de quinze pessoas morrendo de desnutrição por dia.
Esta realidade de fome, desnutrição e pobreza é alarmante; tal conjuntura é vergonhosa. Este tema deveria ser a tônica frequente em Rodas Jornalísticas, como a do programa Roda Viva, que em seu histórico de existência (desde 1986) comportou em seu feitio personalidades como a de Leonel de Moura Brizola (o arauto da legalidade) que em 1987 esteve no centro de este jornal vanguardista e aparentemente democrático; assim como Luiz Inácio Lula da Silva que lá esteve em 1991, durante o “Movimento Fora Collor”: Sem dúvida, dois memoráveis momentos...
Infelizmente toda a tradição de esta Roda de entrevistas, que vigora até os dias de hoje, parece estar longe da neutralidade necessária à realização de um bom jornalismo; sua direção maior declara que enquanto lá estiver não receberá LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA em sua teia. E de cá aqueles que conhecem a trajetória de este grandioso estadista ganhador do prêmio MEANY-LANE KIRKLAND DE DIREITOS HUMANOS: não poderão mitigar o fato.
E hoje os direitos humanos estão démodé, fora de linha, cafonas; sequer figuram como pano de fundo de um governo mediocrizado pelo desamor às artes; apaixonado por armas, e sobretudo descrente na ciência.
O Cidadão honorário de Paris (2020) não cabe em qualquer roda, a não ser que tal círculo se agigante!
#LEIABRAZILEVIRABRASIL