SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE CRISE: cuidar de si e cuidar do outro
Divulgaremos ao longo da semana orientações e reflexões para a família ocupar-se e viver da forma mais saudável possível, os dias de isolamento social provocado pela disseminação do Coronavírus (covid-19). Assim os membros das famílias poderão exercitar a alma, a calma, a empatia, a paciência, a solidariedade, a resiliência e a gentileza, dentro de casa e enfrentar a quarentena com amor e humor.
O Coronavírus ataca corpos humanos.
Os humanos defendem-se como podem.
Este vírus escancara as desigualdades biopsicossociais. Assim mesmo todos juntos e desiguais.
Tudo fica mais dramático porque, não se encontrou uma solução defensiva e planetária eficaz de ataque ao Coronavírus. Pelo contrário, esta pandemia exige defesas sociais e sanitárias que nos remete às pestes e isto abre a memória histórica e fantasmática das PESTES.
Mas houve evolução, a última pandemia ocorreu há 102 anos, a febre espanhola, que mobilizou todo o imaginário anterior e decerto modo pelos avanços higienistas e científicos, precaríssimos, consolidou as mesmas bases de defesa biopsicossociais contra a PESTE. Hoje sabemos disto como inconsciente coletivo e ou na mesma inflexão de conhecimento como metáfora.
Peste, febre, epidemia e pandemia estão em nossa memória de povos, hoje sob forma de combate sanitário.
Junto com o combate sanitário fica escancarada a desigualdade social, ou seja, o Coronavírus atinge grande parte da civilização, nos dias de hoje. Agora, em questão de horas e de tempo, desprevenidos, embora mais ou menos cientes.
Será que estaremos fadados a uma espera da certeza por certezas atuais (as vacinas e outros medicamentos) ou a incerteza que nos acompanha há séculos salta do inconsciente e junta-se às nossas conhecidas origens das desigualdades sociais?
No momento que escrevemos isto temos em mente a maioria da população que vive em estado de pobreza, que mal dormiu, alimentou-se e se arriscou-se em meios de transporte apinhados, expondo-se a tal desumanidade por poucos que podem se isolar.
Beijos e abraços virtuais são sempre bem-vindos.
Daniela Caramori Morgan – Psicóloga – CRP 06/102734
Marcelo Salgado – Psicólogo – CRP 06/81547
Sergio Rosa – Psicólogo – CRP 06/15726
Vania de Castro – Psicóloga – CRP 06/15110