Ego e Autoafirmação - Entenda o que são estes conceitos
A maneira como as pessoas se posicionam em determinadas situações é guiada pela concepção que elas têm a respeito de si mesmas. Por vezes, o sentimento de contentamento por suas características, qualidades e ações pode ser excessivo. Bem como, em outros casos, o indivíduo pode ter dificuldade em enxergar seus atributos e não acreditar em si mesmo necessitando de incentivo de vozes externas para manutenção de sua ideia sobre si. Ambos os cenários apresentam uma peça-chave: o ego.
O conceito de ego está relacionado à filosofia e à psicanálise. De acordo com os estudos da última, o ego, juntamente do superego e Id, compõe a tríade do modelo psíquico e é visto como um “defensor da personalidade”, pois é o responsável por mediar os conteúdos do inconsciente impedindo que passem para o campo da consciência.
Além disso, também pode ser visto como a reafirmação da identidade e dos sentimentos que nela se manifestam, como orgulho, culpa e a maneira como a pessoa se reconhece. “O ego é uma instância psíquica que regula o contato da pessoa com a realidade. Funciona como um avaliador e orientador, que determina as vivências e atos do indivíduo”, explica a psicanalista Márcia Modesto.
Quando o assunto é ego, pode vir à mente o comportamento das pessoas com grande necessidade de autoafirmação, aquelas que precisam ter, constantemente, seus “egos massageados”. Pessoas com essa característica tendem a nunca ouvir o que as outras pensam, de fato, sobre elas.
A necessidade de estar em evidência e ter seus atributos reforçados a todo momento, a aceitação, podem estar mascarando a fragilidade da autoestima e da autoconfiança.
Essas pessoas precisam desse reforço externo para suprir o que lhes falta internamente. Em alguns casos, cria-se uma dependência desse estímulo que tende a crescer. É um comportamento danoso, pois a pessoa acredita que não recebe o quanto ela crê que mereça, ou pior, o quanto ela precisa.
Necessidade exagerada de mostrar que está bem, quando na verdade não está, inconstância e a cobrança exacerbada de perfeição. A insegurança mascarada nestes casos, atinge diretamente a auto estima, impedindo o indivíduo de ousar, se acomodando, mesmo possuindo em muitos casos, inúmeros talentos.
Importante reconhecer suas debilidades e não mascará-las. Ser humilde para buscar auxilio, se preciso através de terapia.
Vale a pena! Existe um mundo lindo que nos espera, nos convidando para uma “dança plena e verdadeira” de abundância, sem máscaras, sem medos e sem receios de ser feliz.
Por Bayard Galvão, psicólogo clínico e Marcia Modesto, psicóloga e psicanalista, com adaptações.