A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... "FELINOS de um modo geral, e, mais frequentemente, GATOS e GATINHAS manhosas podem "transmitir" a temida TOXOPLASMOSE". (parte única).

A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... “FELINOS de um modo geral, e, mais frequentemente, GATOS e GATINHAS manhosas podem ‘transmitir’ a temida TOXOPLASMOSE”. (parte única).

A TOXOPLASMOSE – 1ª versão.

TOXOPLASMOSE: - Uma doença cercada de mitos quanto à sua infecção.

Medicina Diagnóstica - Saúde da Mulher - Saúde em Foco - 11 de maio de 2018.

TOXOPLASMOSE é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo PROTOZOÁRIO Toxoplasma gondii.

Trata-se de um PARASITA INTRACELULAR que pode infectar pássaros, roedores, animais silvestres e um número grande de mamíferos (bovinos, suínos, caprinos, ovinos), inclusive seres humanos.

A TOXOPLASMOSE acomete cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo. É uma ZOONOSE de ampla distribuição geográfica, afetando cerca de um terço da população mundial.

Em até 90% dos casos, a TOXOPLASMOSE não manifesta sintomas e a pessoa pode nem tomar conhecimento de estar infectada. Em algumas pessoas os sintomas podem ser confundidos com os de uma gripe.

No entanto, uma vez contaminado, o PARASITA permanece no organismo em estado de latência podendo ser reativado nos casos de IMUNOSSUPRESSÃO.

Qual é a relação entre a TOXOPLASMOSE e o GATO?

O GATO e outros FELÍDEOS são os únicos hospedeiros definitivos do Toxoplasma gondii. Ou seja, nesses animais o ciclo reprodutivo do PARASITA se completa nas células da mucosa intestinal, e eles eliminam OVOS (OOCISTOS) nas fezes durante a fase aguda da infecção.

No solo, depois de ESPORULADOS, eles se tornam infectantes. O fato de ela poder ser transmitida dessa forma não significa que todos os GATOS são hospedeiros do PARASITA Toxoplasma gondii.

Somente 1% dos GATOS tem a doença e pode transmiti-la, sendo que essa transmissão ocorre apenas uma vez durante sua vida.

Eles contraem o PARASITA quando caçam e se alimentam de outros animais infectados, como ratos e pássaros.

Você sabia que a probabilidade de se contrair TOXOPLASMOSE é maior comendo carne mal cozida do que tendo um GATO em casa?

Homens e os outros animais são apenas hospedeiros intermediários do PARASITA que penetra pelo tubo digestivo e, através da corrente sanguínea, pode alojar-se em diferentes tecidos do corpo.

Embora não seja transmitido de uma pessoa para outra, a doença é adquirida por via oral, isto é, pela ingestão dos CISTOS ou OOCISTOS do PARASITA.

Qualquer um pode ser infectado, desde que não tome alguns cuidados elementares com a prevenção: - Não ingerir carne crua ou mal cozida, lavar muito bem os vegetais, tomar água mineral ou filtrada, lavar sempre as mãos, lavar muito bem os utensílios de cozinha, evitar contato direto com as fezes de GATOS ou de outros FELINOS e uma atenção muito especial as grávidas.

Nunca descuidar do acompanhamento pré-natal, durante a gravidez e o parto.

Os riscos da TOXOPLASMOSE na gravidez.

A TOXOPLASMOSE congênita é uma forma potencialmente grave da doença, resultado da transmissão do PARASITA da mãe para o feto através da placenta durante a gravidez.

Para que ocorra a transmissão, a mãe precisa adquirir a infecção durante a gestação, acometendo 40% dos recém-natos nesses casos.

No primeiro trimestre, o risco de transmissão é menor, porém a probabilidade de aborto é maior e os danos ao organismo da criança são mais graves.

À medida que a gravidez evolui, o risco de transmissão materno-fetal aumenta, mas as lesões na criança costumam ser menos agressivas.

Primeiro trimestre de gravidez.

Neste período a probabilidade de transmissão para o embrião acontece em até 20% dos casos. As consequências para o bebê podem ser encefalite (inflamação na parte do sistema nervoso central que compreende cérebro, cerebelo e medula alongada) e nascer com seqüelas, como apresentar LESÕES OCULARES na RETINA que acarretam importantes prejuízos da VISÃO.

Neste período ocorrem abortos espontâneos, pois os danos ao feto são muito grandes.

Segundo trimestre de gravidez.

Neste período, a probabilidade de transmissão para o embrião é maior e acontece em 1/3 das gestações. O feto não é tão afetado, mas, mesmo assim, o bebê pode apresentar problemas como pequeno RETARDO MENTAL e problemas OCULARES.

Terceiro trimestre de gravidez.

Neste período, a probabilidade de transmissão para o feto é muito comum, porém a doença mostra-se menos agressiva.

A maioria dos recém-nascidos infectados durante a gestação são assintomáticos.

Sem diagnóstico e tratamento adequado, muitos desenvolverão seqüelas graves da infecção que pode causar COMPLICAÇÕES CEREBRAIS, NEUROLÓGICAS, VISUAIS, auditivas, renais, hepáticas e RETARDO MENTAL.

Os riscos da TOXOPLASMOSE nos imunocomprometidos.

Pacientes com HIV/AIDS e pacientes transplantados são os principais exemplos de pessoas imunocomprometidas.

Isso quer dizer que estão com o SISTEMA IMUNOLÓGICO (defesa do organismo) comprometidos, ou pela doença, no caso da AIDS ou pelo uso de medicamentos IMUNOSSUPRESSORES, caso dos transplantados para que não ocorra rejeição do órgão.

A TOXOPLASMOSE é perigosa para esses pacientes por ser considerada uma infecção oportunista.

Com a defesa debilitada, ocorre a reativação da doença no SISTEMA NERVOSO, causando a NEUROTOXOPLASMOSE.

As principais consequências são febre, confusão, cefaléia, vômitos, perda de força, CONVULSÃO, perda da sensibilidade, evoluindo de maneira rápida podendo levar a pessoa ao coma.

Em algumas situações, podem ocorrer focos de necrose do cérebro. A NEUROTOXOPLASMOSE pode deixar seqüelas MOTORAS e VISUAIS, mas quando tratadas possibilitam uma melhor qualidade de vida.

A soroprevalência para Toxoplasma gondii nos casos de AIDS é 84%.

Pacientes com AIDS necessitam tomar continuamente os medicamentos tanto para o tratamento da AIDS como para a NEUROTOXOPLASMOSE.

Uma vez que a pessoa pare com um desses medicamentos ela pode ter recaída das doenças.

Diagnóstico Molecular para TOXOPLASMOSE.

Apesar das pessoas desenvolverem IMUNIDADE da TOXOPLASMOSE, o diagnóstico é altamente relevante para os pacientes do grupo de risco – gestantes, recém-nascidos e imunocomprometidos, pois as consequências são muito graves.

A principal vantagem do diagnóstico molecular por PCR (Polymerase Chain Reaction – Reação em Cadeia da Polimerase), além da alta especificidade e sensibilidade e rapidez na obtenção dos resultados, é a DETECÇÃO do PATÓGENO em amostras onde geralmente não são percebidos com facilidade, aumentando as chances de um diagnóstico preciso.

Principais vantagens para o diagnóstico de TOXOPLASMOSE.

- Infecções fetais podem ser diagnosticadas cedo através da análise de líquido amniótico.

- Diagnóstico rápido e sensível, principalmente se comparado a outras metodologias.

- Precisão, especificidade e alto desempenho.

REFERÊNCIAS:

https://www.cdc.gov/parasites/toxoplasmosis/disease.html

https://www.infectologia.org.br/pg/833/toxoplasmose

http://www.oftalmopediatria.com/texto.php?cs=4

Diagnóstico Molecular da TOXOPLASMOSE Sintomática: - Um estudo retrospectivo e prospectivo de 9 anos num laboratório de referência no estado de São Paulo – Lilian Muniz Camilo – http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-06122017-140621/pt-br.php

https://www.worldanimalprotection.org.br/not%C3%ADcia/toxoplasmose-gravidas-nao-precisam-se-desfazer-de-seus-gatos

http://blog.areiadegato.com.br/doenca-toxoplasmose-a-culpa-e-do-gato/

NEUROTOXOPLASMOSE e NEUROCISTICERCOSE em Paciente com AIDS – Relato de Caso – Jossuel Carvalho Melo Martins, Marcelo Maroco Cruzeiro, Leopoldo Antônio Pires http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2015/2303/relato_de_caso/1043rc.pdf

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A TOXOPLASMOSE – 2ª versão.

Origem: - Wikipédia, a enciclopédia livre.

TOXOPLASMOSE é uma doença PARASITÁRIA causada pelo PARASITA Toxoplasma gondii.

As infecções de TOXOPLASMOSE geralmente não causam sintomas óbvios em adultos. Em alguns casos pode ocorrer síndrome gripal ligeira durante algumas semanas ou meses, com sintomas como dor muscular e sensibilidade nos gânglios linfáticos.

Numa pequena percentagem de pessoas podem-se desenvolver PROBLEMAS de VISÃO.

Em pessoas IMUNOSSUPRIMIDAS, podem ocorrer sintomas graves, como CRISE EPILÉPTICAS ou falta de COORDENAÇÃO MOTORA.

Quando a primeira infecção ocorre durante a gravidez, a doença pode ser transmitida de mãe para filho pela placenta, uma condição denominada TOXOPLASMOSE congênita.

A TOXOPLASMOSE congênita está associada a morte fetal e aborto espontâneo e, em crianças, está associada a déficits NEUROLÓGICOS, neurocognitivos e CORIORRETINITE.

A TOXOPLASMOSE é geralmente transmitida por via da ingestão de alimentos mal cozinhados que contenham QUISTOS do PARASITA, exposição a fezes de GATO infectadas ou de mãe para filho, durante a gravidez, se a mãe contrair a primeira infecção durante a gravidez.

São raros os casos em que a doença é transmitida por via de TRANSFUSÃO de SANGUE. Não existem outras formas de contaminação entre pessoas.

O único local conhecido de reprodução do PARASITA é entre os FELINOS. No entanto, o PARASITA pode infectar a maior parte dos animais de sangue quente, incluindo o ser humano.

O diagnóstico é geralmente feito com ANÁLISES do SANGUE para detectar a presença de anticorpos ou da Análise do Líquido Amniótico para detectar o DNA do PARASITA.

Estão disponíveis exames rápidos para determinar se a pessoa já foi exposta anteriormente ao PARASITA e, consequentemente, se está imune durante a gravidez.

A prevenção consiste em preparar e cozinhar adequadamente os alimentos. As grávidas devem evitar tocar em carne crua, evitar beber leite não pasteurizado e não comer carne mal cozinhada de qualquer tipo.

Recomenda-se ainda evitar a exposição a fezes de GATO, como acontece ao limpar caixas de areia, e evitar atividades de jardinagem ou, pelo menos, usar luvas.

Em pessoas de outra forma saudáveis geralmente não é necessário tratamento.

Durante a gravidez o tratamento podem consistir em espiramicina ou pirimetamina/sulfadiazina e ácido folínico.

Até 50% da população mundial encontra-se infectada com TOXOPLASMOSE latente sem manifestar sintomas. Em algumas regiões a percentagem é de até 95%.

Em cada ano ocorrem cerca de 200.000 casos de TOXOPLASMOSE congênita.

Os primeiros a descrever o organismo foram Charles Nicolle e Louis Manceaux em 1908. Observação do escriba: - A informação está incorreta.

Em 1941 foi confirmada a transmissão de mãe para filho durante a gravidez.

TRANSMISSÃO.

A TOXOPLASMOSE pode ser adquirida pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os OOCISTOS ESPORULADOS, presentes nas fezes de GATOS e outros FELÍDEOS, por carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, que abriguem os CISTOS do PROTOZOÁRIO Toxoplasma gondii.

A ingestão de leite cru contendo TAQUIZOÍTOS do PARASITO, principalmente de cabras, pode ser uma forma de infecção, mas provavelmente rara, pois a cabra tem de se infectar durante a lactação para que exista a possibilidade de passagem de TAQUIZOÍTOS para o leite.

A TOXOPLASMOSE pode ser transmitida de mãe para filho, mas não se transmite de uma pessoa para outra apesar de que já foi constatada a transmissão por TRANSFUSÃO SANGUÍNEA e TRANSPLANTE de ÓRGÃOS de pessoas infectadas.

Seu diagnóstico é feito levando em conta Exame Clínico, e, Exames Laboratoriais de Sangue, onde serão pesquisadas imunoglobulinas como a IgM e IgG.

Toxoplasma gondii.

Ver artigo principal: - Toxoplasma gondii.

O Toxoplasma gondii é um PROTOZOÁRIO parasita intracelular obrigatório do grupo dos Apicomplexa, como outros PARASITAS como o Plasmodium.

Há pouca variação entre os toxoplasmas presentes em diferentes partes do globo, podendo-se dizer que há, basicamente, três estirpes.

A estirpe I é altamente virulenta e responsável pelos casos de ENCEFALITE GRAVE em imunodeprimidos e passagem transplacentária. As estirpes II e III são avirulentas.

O ciclo do toxoplasma é bastante flexível, posto que todas as suas formas são infectantes.

Assim, ele pode reproduzir-se se as formas excretadas nas fezes dos GATOS forem ingeridas por mamíferos ou outros FELÍDEOS por contaminação de água e alimentos, por exemplo, e também infectar o homem pelo mesmo modo, que, por sua vez, também pode infectar-se pela ingestão da carne de mamíferos contendo CISTOS com BRADIZOÍTAS.

Somente os GATOS liberam estruturas infectantes nas fezes.

CICLO da TOXOPLASMOSE.

O Toxoplasma gondii assume diferentes formas em diferentes estágios do seu ciclo.

O ciclo inicia-se pela ingestão de CISTOS presentes em carne (por exemplo, de porco, rato ou coelho), pelos FELÍDEOS.

A parede do CISTO é dissolvida por enzimas proteolíticas do estômago e intestino delgado, o PARASITA é liberado do CISTO, penetra nos enterócitos (células da mucosa intestinal) do animal e replica-se assexuadamente dando origem a várias gerações de Toxoplasma (TAQUIZOÍTOS) através da reprodução assexuada.

Após cinco dias dessa infecção, inicia-se o processo de reprodução sexuada, em que os MEROZOÍTOS formados na reprodução assexuada dão origem aos gametas.

Os gametas masculinos (microgameta) e femininos (macrogameta), descendentes do mesmo PARASITA, ou de dois diferentes, fundem-se dando origem ao OVO ou ZIGOTO, que após segregar a parede CÍSTICA dá origem ao OOCISTO.

Este é expulso com as fezes dos animais após nove dias (cada GATO expulsa mais de 500 milhões de OOCISTOS em cada defecação).

“Foto: - O GATO é o hospedeiro do Toxoplasma gondii”.

Já no exterior, sofre divisão meiótica (ESPORULAÇÃO) após 1 a 5 dias dependendo da temperatura e disponibilidade de oxigênio, formando-se dois ESPOROCISTOS cada um com quatro ESPOROZOÍTOS.

Uma forma altamente resistente e desinfectante podem durar cinco anos em condições úmidas. Estes são ativados em TAQUIZOÍTOS se forem ingerido por outro animal, chamado hospedeiro intermediário: - Por exemplo, um rato ou coelho que coma erva em que algum GATO ou outro FELÍDEO tenha defecado ou uma criança ou adulto que mexa com os dedos em material contaminado com fezes e depois os leve à boca.

Os TAQUIZOÍTOS podem se infectar e replicar em todas as células dos mamíferos, exceto nas hemácias. Uma vez ligados a uma célula do hospedeiro, o PARASITA penetra na célula e forma um vacúolo parasitóforo, dentro do qual se divide.

A replicação do PARASITA continua até que seu número no interior da célula atinja uma massa crítica que provoca a ruptura da célula, liberando PARASITAS que irão infectar outras células adjacentes.

A maior parte dos TAQUIZOÍTOS é eliminada pelas respostas imunes, humoral e celular, do hospedeiro.

Algumas dessas formas produzem CISTOS, contendo muitos BRADIZOÍTOS, ocorrendo em vários órgãos do hospedeiro, mas persistem no SNC e nos MÚSCULOS.

A formação de CISTOS é uma forma de evasão ao SISTEMA IMUNOLÓGICO do hospedeiro. Se o animal for caçado e devorado por um FELÍDEO, os CISTOS libertam os PARASITAS dentro do seu intestino, infectando o novo hóspede definitivo.

EPIDEMIOLOGIA.

Existe em todo o mundo. Mais de metade da população, mesmo em países desenvolvidos, tem anticorpos específicos contra o PARASITA, o que significa que está ou já esteve infectada (o que não significa que tenha tido a sintomatologia da doença, pode ter tido a infecção assintomática).

O ser humano é infectado após ingerir OOCISTOS expelidos com as fezes por GATOS infectados, ou ao comer carne mal cozida de um animal que tenha ingerido o PARASITA de fezes de FELÍDEOS (ovelhas, vacas e porcos, tal como os humanos são infectados).

Levando em conta também, que o modo de contaminação mais comum é ingerindo carne mal cozida e contaminada.

É importante que as mulheres grávidas façam o exame que detecta se elas são imunes a TOXOPLASMOSE.

PROGRESSÃO e SINTOMAS.

Se a infecção se der durante a gravidez (o que ocorre em 0,5% das gestações), os PARASITAS podem atravessar a placenta e infectar o feto, o que pode levar a abortos e a malformações em um terço dos casos, inclusive malformações como hidrocefalia.

Podendo também ocorrer NEUROPATIAS e OFTALMOPATIAS na criança com DÉFICIT NEUROLÓGICO e CEGUEIRA, mas se a infecção tiver sido antes do início da gravidez não há qualquer perigo, mesmo que existam CISTOS.

Os CISTOS contêm uma forma infectante do PARASITA, que é o BRADIZOÍTO, e em vez de se reproduzir rapidamente, formam antes, estruturas derivadas da célula que infectou forte e resistente, cheia de líquido e onde o PARASITA se reproduz lentamente.

Os CISTOS crescem, e, podem afetar negativamente as estruturas em que se situam mais frequentemente, nos músculos, no cérebro, no coração ou na RETINA, podendo levar a alterações neurológicas, problemas cardíacos ou CEGUEIRA, mas geralmente sem efeitos nefastos.

Os CISTOS permanecem viáveis por muitos anos, mas não se disseminam devido à IMUNIDADE eficaz ganha pelo portador, inclusive contra mais OOCISTOS que possam ser ingeridos.

Se o indivíduo desenvolver ou for medicado para imunodeficiência, como após transplantes de órgãos, DOENÇAS AUTO-IMUNES ou na SIDA/AIDS, as formas ativas podem ser reativadas a partir dos CISTOS, dando origem a problemas sérios, com sintomas como exantemas (pele vermelha), pneumonia, meningoencefalite com danos no cérebro e miocardite, com mortalidade alta.

DIAGNÓSTICO.

O diagnóstico é pela sorologia, ou seja, detecção dos anticorpos específicos contra o PARASITA, como as imunoglobulinas IgM, que só existem nas fases agudas, e IgG, que está aumentada na fase crônica da doença.

Na maioria dos casos não é necessário tratamento já que o SISTEMA IMUNOLÓGICO geralmente resolve o problema.

Na gravidez ou em imunodeprimidos usa-se espiramicina, pirimetamina e sulfadiazina, para controlar a multiplicação do Toxoplasma gondii.

Clinicamente é difícil fazer o diagnóstico porque os casos agudos podem levar à morte ou evoluir para a forma crônica. Esta pode assemelhar a outras doenças (mononucleose, por exemplo).

PREVENÇÃO.

As gestantes devem evitar o contato com fezes de GATOS, pois estas podem conter OOCISTOS, não ingerir água de origem desconhecida e sem estar fervida, nem carne crua ou mal cozida durante a gravidez.

No caso dos GATOS, lavar as caixas com água e sabão, e trocar a areia das caixas com frequência, pois as fezes deixadas muito tempo na caixa têm um poder contaminante maior.

Deve-se sempre usar luvas ou lavar bem as mãos e passar álcool 70% após manipular a areia.

Alimentar os GATOS com comida enlatada, ração, água fervida ou filtrada. Não lhes permitir caçar animais também reduz o risco e nunca alimentá-los com carne crua ou mal passada.

Observação do escriba – Na Wikipédia estão disponíveis 13 referências sobre a TOXOPLASMOSE.

CATEGORIAS:

ZOONOSES.

Doenças causadas por PROTOZOÁRIOS.

Esta página foi editada pela última vez às 10h08min de 21 de março de 2019.

Observações do escriba:

1ª - Aqui fica evidente o valor da atuação de nosso SISTEMA IMUNOLÓGICO sobre um PROTOZOÁRIO, no caso o Toxoplasma gondii, que têm dimensões bem superiores (5 por 2 micra) aos das bactérias e aos dos vírus.

2ª – Em um maravilhoso DVD gravado em 2004 (há aproximadamente 15 anos atrás), o médico carioca LUIZ MOURA fala o seguinte sobre a TOXOPLASMOSE: - E tem paciente, agora vou dar o exemplo do caso que é da minha vizinha lá em VISCONDE de MAUÁ. Ela teve uma doença que iria cegá-la. Ela teve TOXOPLASMOSE e já estava com apenas 20% da visão. Então ela e uma amiga dela, um dia, encontraram-me numa estrada e ela me contou a história. Eu então prescrevi a AUTO-HEMOTERAPIA para ela. Ela, por conta dela, quando viu que melhorava, ela aumentou de 10 ml para 20 ml. Tomava 10 ml em cada nádega (totalizando 20 ml). Ela recuperou 80% da visão e ela até hoje faz. Isso já tem mais de 10 anos, bem mais de 10 anos, e ela até hoje faz isso.

3ª – Por uma questão de ética Dr. LUIZ MOURA não revela o nome da paciente. O que podemos deduzir é que a portadora de TOXOPLASMOSE e com acentuada perda da VISÃO, começou a AUTO-HEMOTERAPIA por volta de 1994 (há aproximadamente 25 anos atrás – ou antes, de 1994).

4ª – Do LIVRO do Dr. RICARDO VERONESI e colaboradores – Histórico e Conceito Atual – A TOXOPLASMOSE está vinculada, historicamente, à medicina brasileira, pois foi neste país que Splendore, no ano de 1908, antes de Nicolle e Manceaux, - estes descreveram o agente etiológico em 1909 -, vislumbrou e descreveu, pela primeira vez no mundo, o agente etiológico da doença, até então desconhecida. Quatro anos mais tarde, (em 1912) Splendore afirmava ao I Congresso de Patologia Comparada de Paris “que não seria de estranhar se algum dia essa doença fosse observada também no homem”. (página 722).

5ª – Foi, todavia, somente em 1939 que Wolf e colaboradores isolaram, pela primeira vez, em caso humano, o Toxoplasma gondii de uma criança que apresentava HIDROCEFALIA, CALCIFICAÇÕES CEREBRAIS e CORIORRETINITE, o conhecido tripé da TOXOPLASMOSE congênita. (página 722).

6ª – ETIOLOGIA – O agente da TOXOPLASMOSE, Toxoplasma gondii, é um PROTOZOÁRIO que mede, aproximadamente, 5 por 2 micra, havendo umas formas maiores que outras. O PARASITA invade preferencialmente o SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL (S. R. E.), as células NERVOSAS e MUSCULARES, As células parasitadas aumentam de volume e se transformam nos chamados “PSEUDOCISTOS” encontrados nas formas crônicas. Esses “PSEUDOCISTOS” medem de 10 a 50 micra de diâmetro. (páginas 722 e 723).

7ª – EPIDEMIOLOGIA – Distribuição Geográfica – É doença encontrada em todos os continentes. Foi no Brasil que Magarinos Tôrres, no ano de 1927, descreveu o segundo caso de TOXOPLASMOSE humana em uma criança recém-nascida. (página 723).

8ª – CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS – TOXOPLASMOSE congênita – Avultam por sua freqüência e importância, quatro alterações fundamentais: - A – Modificações do Volume do Crânio. B – Coriorretinite. C – Retardamento Mental. D – Calcificações Intracranianas. (página 724).

9ª – CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS – TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA – Destacamos seis diferentes formas: - A – Forma Prevalentemente Linfadenítica. B – Forma Prevalentemente NERVOSA. C – Forma Prevalentemente Exantemática. D – Forma Prevalentemente OCULAR. E – Forma Prevalentemente Pulmonar. F – Formas Leves ou Subclínicas. (página 725).

10ª – TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA – FORMA OCULAR – É considerada como conseqüência de evolução subaguda ou crônica da TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA. O acometimento OCULAR pode ser achado isolado, ao EXAME OFTALMOLÓGICO de ROTINA, ou consecutivo a um episódio agudo do tipo linfadenítico. É interessante que nem sempre as lesões OCULARES são acompanhadas de sintomatologia, sendo, muitas vezes, um achado casual de EXAME OFTALMOLÓGICO de ROTINA como, por exemplo, para uso de ÓCULOS ou Exame Escolar Obrigatório. A sintomatologia OCULAR está na dependência da localização das LESÕES INFLAMATÓRIAS e DEGENERATIVAS, sendo assintomáticas as lesões periféricas da RETINA. Em virtude da cronicidade e caráter recorrente, em órgão tão vital, é a TOXOPLASMOSE OCULAR a forma mais temida e, talvez por isso, a mais conhecida. (páginas 726 e 727).

11ª – Nos dias 05 e 06 de janeiro de 2016, escrevi aqui no RECANTO das LETRAS dois artigos sobre a MICROCEFALIA e a sua comprovada relação (científica) com a TOXOPLASMOSE congênita. O artigo do dia 05 de janeiro de 2016 tem o seguinte “TÍTULO”: - A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... O TEMPO... “MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas? 3ª parte do 2º livro – A TOXOPLASMOSE”.

12ª – Os dois artigos acima mencionados (05 e 06/01/2016) complementam o presente artigo.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.

ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE, localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos supostos MACONHEIROS ESQUIZOFRÊNICOS”.

Aracaju, sexta-feira, 12 de abril de 2019.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: - (1) – INTERNET. (2) – Google. (3) – Wikipédia. (4) – LIVRO – Doenças Infecciosas e Parasitárias – AUTOR – Dr. Ricardo Veronesi e colaboradores. EDITORA – Guanabara Koogan – 5ª Edição – 1972 – Capítulo 67 – TOXOPLASMOSE – Autores do texto: - Dr. Ricardo Veronesi, Dr. Domingos Delascio e Dr. Mário E. Camargo - Páginas 722, 723, 724, 725, 726 e 727 - (total de páginas - 1096) – (5) – Outras Fontes.