ARTIGO – Política - Saúde – 15.11.2018 (PRL)
 
ARTIGO – Política - Saúde – 15.11.2018 (PRL)
 
Até onde nós sabemos, e de longa data, para exercer atividades jurídicas os nossos bacharéis em direito são obrigados a se submeter ao famoso teste de aptidão na OAB – Ordem dos Advogados do Brasil. Nada mais justo, especialmente nos dias de hoje, quando as faculdades estão formando cada vez mais doutores de pouca competência.

Então tudo bem, mas não sabemos por quais motivos os médicos cubanos temporariamente radicados e exercendo atividades no nosso país não devam comprovar suas aptidões por meio de um pequeno teste de conhecimentos.

É público e notório o avanço da medicina em Cuba. O mundo inteiro sabe disso. Tanto que a política cubana, a fim de ganhar dinheiro para o Estado, faz questão de formar cada vez mais médicos para fornecer mão de obra ao mercado mundial, eis que em muitos lugares a saúde pública também é precária, a exemplo do Brasil.

Ocorre que esses profissionais são disponibilizados por meio de um acordo entre o Brasil e Cuba. Esta, por sua vez, recebe R$ 11.000,00 mensais por cada médico, retendo cerca de 70% desse valor e fornecendo o restante 30% aos facultativos. Seria como uma operação de mercado, ou seja, de importação e exportação como uma mercadoria qualquer.

O presidente eleito Jair Bolsonaro, que sempre discordou dessa política de exploração do ser humano elaborada pelo governo comunista cubano, em sintonia com a presidente Dilma Rousseff, cujo mandato cassado abusou de apoiar causas não democráticas e ajudas não republicanas. Esse, que atualmente é deputado federal deseja, o que é justo e compreensível, que o exame de aptidão seja feito, assim como o valor integral de R$ 11 mil seja pago a cada médico, até por que disso resultaria o recolhimento de impostos e contribuições previdenciárias, atenuando o nosso déficit orçamentário.

Além do mais, daria a possibilidade desses doutores trazer sua família para o convívio normal, porquanto é desumana essa prática de prestar serviços a um país sem que se possa trazer a família para a convivência do lar. Geraria mais receita, o dinheiro circularia aqui mesmo, enfim possibilidades amplas de se movimentar ainda mais o comércio e atividades geradoras de riquezas a partir do setor primário da economia.

Pois bem, numa atitude que foi verdadeira agressão a nossa soberania, o governo cubano, cópia fiel do Fidel Castro, unilateralmente anunciou o retorno de seus médicos ao país de origem, fixando o prazo de 40 dias para efetivação da medida. E já se iniciam movimentos país a fora, a fim de culpar o nosso Capitão Jair Bolsonaro pela rescisão do acordo, a fim de obrigá-lo a repensar suas ideias e deixar tudo como se acha, prorrogando o enterro da viúva para outra oportunidade. Ao que parece e pelo que vemos, parte do Rio Grande do Sul já está se movimentando nesse particular. Aliás, bom que se diga, o governo brasileiro tem votado na ONU todas as medidas que favoreçam o país cubano que, entretanto, não oferece reciprocidade, sempre se movimentando contra os interesses do nosso povo. Até os empréstimos que lhe fizemos não estão sendo pagos em dia, mas o Brasil não nos fornece o teor das medidas que tem tomado para recebimento de seus créditos.

Nós fizemos esse rodeio todo apenas para voltar a dizer que o nosso presidente eleito está falando demais, está se queimando ante os nacionais, hajam votado nele ou nos adversários. Essa matéria é própria do ministério da saúde e das relações exteriores, cabendo aos titulares responder, presentes as orientações gerais e específicas do alto mandatário, que tem a palavra final.

Em administração, que abarca as atividades de planejar, organizar, dirigir, designar, controlar e nomear, por exemplo, não cabe orientação cruzada, ou seja, o gerente de um banco deve evitar tratar assuntos diretamente com o funcionário de determinada carteira, pois aí quebra o princípio consagrado pelos maiores economistas de que cada pessoa deve obedecer somente a um chefe. Todavia, sendo os titulares dos cargos incompetentes para dirimir conflitos aí então entra o poder de decisão do mais alto mandatário do país.

Quem tem o direito de ser a última palavra não pode e nem deve meter-se antes de o conflito se instaurar. Instalado o problema, pensamos fosse o caso de o governo criar condições e incentivos para que nossos médicos pudessem prestar seus serviços no interior do país, até mesmo uma carreira profissional bem remunerada. Há milhões de casos em que o homem da capital fora prestar serviços no interior deste país imenso e lá mesmo se apaixonaram por mulheres locais, casando-se e mantendo uma nova família, contribuindo assim para o progresso da nação.

“Quem muito fala muito erra”. Esse é um provérbio secular que entrou no domínio público.

Ficamos por aqui.

Nosso abraço.
Silva Gusmão

Foto: INTERNET/GOOGLE
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 16/11/2018
Reeditado em 16/11/2018
Código do texto: T6504128
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