SUICÍDIO, NÃO
Inspirado em Emmanuel, autor espiritual, tracemos algumas considerações sobre o suicídio.
Quando a pessoa decide pelo suicídio, é porque está vivendo dramas íntimos gravíssimos, e que em suas reflexões a melhor saída será a morte, pois deixando o corpo físico tudo se apaga, dissolve, deixa de existir.
A maioria dos suicidas não tem a compreensão que a vida corporal é somente um detalhe da vida física, que seus tormentos irão ser apenas transferidos do mundo material para o mundo espiritual. E nesta transferência, a pessoa irá ter a consciência do erro que fez, pois adquiriu novas dívidas que precisarão de resgate.
A consciência de que não existem problemas sem solução, por mais difíceis ou pesados que sejam, que provoquem sofrimentos físicos e morais, deve nos motivar a continuar seguindo em frente, trabalhando e servindo, olhando sempre com atenção para constatar que criaturas carregando fardos de tribulações muito maiores e mais pesados do que os nossos.
O melhor meio de prevenirmos na Terra contra o suicídio, será sempre manter a atenção no trabalho que devemos o podemos realizar, aquilo que a vida nos confiou para realizar, pois essa é a forma mais eficaz de dissolver quaisquer sombras que nos envolva a mente e nos leve à destruição do corpo físico, justamente àquele que devia estar fixo no trabalho a ser realizado.
Por fim, consideremos, nas piores situações que nos situamos, que Deus, cujo infinito amor nos sustentou durante toda a vida, apesar dos nossos pecados, vícios, ignorância, vem nos apresentando os propósitos de regeneração e melhoria que podemos reconhecer e partirmos para a regeneração de nossa alma estropiada.
A valorização da vida é uma obrigação da pessoa consciente da vida espiritual, pois entende que ela não pode destruí-la destruindo o corpo. Como esse caminho é estreito, sempre é fácil sair dele do que permanecer nele.
Tenho observado por força do meu trabalho na psiquiatria, quantas pessoas se perdem nesses desvios do caminho, vão agora por estradas que levam à destruição sem nem ao menos que estão cometendo suicídio lento e progressivo com o uso de drogas, fumo, bebidas alcoólicas, etc. São pessoas que sofrem pelas consequências dos seus atos, são diagnosticadas com tal ou qual distúrbios, algumas vezes não aceitam o problema que acometem suas vidas, outras vezes aceitam, mas não podem mais recuar sozinhos. Precisam de uma atitude mais forte, uma internação psiquiátrica até mesmo contra a sua vontade, uma internação involuntária.
Caso a pessoa seja doente mental, tem a justificativa desse tipo de pensamento suicida fazer parte do elenco sintomatológico e devemos ter a competência profissional de ajudar, de prevenir o desenlace fatal.
Portanto, nós que não possuímos transtorno mental grave a ponto de perdermos a capacidade de raciocínio, de juízo crítico, vamos continuar firme no caminho que o Senhor nos indicou, pois Ele sabe do que é necessário para a nossa evolução. Lutemos como fez Paulo de Tarso, com o caminho que nos foi colocado como opção, mantendo a fé para sustentar as ações nas lutas de cada dia