Vamos falar sobre vacina?
Parece título de artigo de médico! Mas não se enganem: não sou profissional da área da Saúde. Só escrevo uns palpites de vez em quando!
Vocês estão acompanhando o caos da vacinação de febre amarela em São Paulo? É tenso: ninguém vai atrás, ninguém se informa e quando a bomba estoura... é aquela bagunça de sempre. E mesmo quando a informação está disponível, a situação não fica lá muito melhor, não é mesmo? De um lado autoridades de saúde pública recomendando a vacinação somente a quem mora em áreas consideradas (por eles) de risco. De outro, casos confirmados em regiões até então consideradas seguras. O que vocês fariam? A primeira coisa que eu faria era pular numa banheira cheia de repelente. O motivo da preocupação, explico em seguida.
Vivemos num tempo em que já não existe mais somente o perigo de irmos até o foco das doenças. Elas também "viajam" até a gente. É o caso da Dengue, por exemplo. Mesmo que uma cidade não tenha transmissão, se uma pessoa viaja para onde existem casos e volta infectada, pode trazer o risco de proliferação para cá. Já pensou se isso acontecer com a febre amarela? Há casos em São Paulo. Imagine se alguém tem o azar de contrair a doença lá e voltar?
Talvez pudéssemos estar mais tranquilos por não termos na cidade os mosquitos que transmitem a forma silvestre da doença. Mas vejam: de acordo com informações do site do Ministério da Saúde, a doença da do tipo urbana pode ser transmitida pelo Aedes Aegypt! O mosquito da Dengue! Bom, a transmissão por Aedes não acontece desde 1942, mas e se o bendito insetinho listrado inventa de voltar a transmitir? Não consegui informações do motivo pela qual não houve mais casos já há mais de sessenta anos, mas estou rezando para a dona Mãe Natureza não dar esta colher de chá ao mosquito. Imaginem o que pode acontecer: se a situação da Dengue no Brasil já é caótica, imaginem colocando a febre amarela junto no pacote! O que é as autoridades públicas de saúde vão fazer? Enviar as equipes de visita da Vigilância de Vetores para orientar a população a evitar criadouros? (risada). Você sabe e eu sei: não funciona. Quem é cabeçudo vai morrer cabeçudo. E se de cada dez casas, em nove moram pessoas conscientes e uma - apenas uma - mora um cabeçudo, o conjunto todo "dança". Não, amigos, não tem outro jeito: é vacina no braço.
A propósito, como estão as vacinas de vocês? Em dia? Que tal tomarmos o exemplo daqueles moradores da capital que tem se aglomerado e se acotovelado em filas como exemplo para a gente? Conselho do tio Gabriel: localizem a carteirinha (ou mesmo se não localizar), tirem as devidas informações na unidade de saúde de sua preferência, seja ela pública ou particular (inclusive para os que foram vacinados há alguns anos, saber se é necessário tomar nova dose ou se aquela vale como fracionada) e fiquem atualizados. Aproveitem para atualizar as outras recomendadas, tais como a de tétano, rubéola, etc. Vocês sabiam que a vacina contra febre amarela está disponível para quem quiser tomar já há bastante tempo em diversas unidades de Jaboticabal? Tomei as minhas última vez em 2008. Ou seja, estão vencendo agora (algumas, pelo menos). Já telefonei no CIAF e estarei lá nos próximos dias para furar o muque de cima.
Sem essa de dar chance pro azar, leitores! Muita saúde para nós todos.
(nota: texto com referência a Jaboticabal, interior de São Paulo, região de Ribeirão Preto)