Tolstoi sobre o ato de comer carne
Enquanto houver matadouros, haverá campos de batalha”. A frase não vem de uma nova campanha da Peta, organização pelos direitos dos animais. Ela foi escrita há mais de 100 anos pelo russo Liev Tolstói, no livro “O Que Eu Acredito”, de 1885, dedicado à sua interpretação pessoal do cristianismo. No fim do século 19, aos 50 anos, depois de ter se tornado uma celebridade de seu tempo pela publicação de alguns dos romances mais cultuados da literatura mundial, o autor de “Guerra e Paz” e “Anna Karenina” decidiu deixar de comer carne. Nessa fase de sua vida, o vegetarianismo se tornou não só uma prática do escritor, como também um tema de reflexão e de elaboração em seus textos.
O que Tolstói escreveu
“Se um homem aspira a uma vida correta, seu primeiro ato de abstinência deve ser de ferir animais” No ensaio “O Primeiro Passo”, de 1892
“Um homem pode viver e ser saudável sem matar animais para comer; portanto, se ele come carne, ele toma parte em tirar a vida de um animal apenas para satisfazer seu apetite. E agir dessa forma é imoral” Em “Writings on Civil Disobedience and Nonviolence, de 1886.
“Isso é espantoso! Não o sofrimento e a morte dos animais, mas que as pessoas reprimam nelas mesmas, desnecessariamente, a capacidade espiritual mais elevada – de compaixão e piedade para com criaturas vivas como eles mesmos – e ao violar seus próprios sentimentos, se tornam cruéis.” No ensaio “O Primeiro passo”, de 1892
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