A VIDA ESTÁ FUGINDO DE MIM
Estou no leito do Hospital, deitado, pagando todos os meus pecados em vida o maior dos tributos. A doença penaliza o corpo e a mente trabalha mais que o normal, quando não chega ao cérebro. Analiso o passado e o presente com muitos erros e acertos.
O corpo humano é muito frágil aceita quase todos os alimentos e drogas.
O sabor faz a separação. Neste laboratório a resistência é passando em provas no decorrer dos anos. Até que surge o alerta do abuso de certos alimentos (organismo habituado) sem saber se faz mal ou não. O uso excessivo de substâncias contraria o bom funcionamento dos principais órgãos chegam a falência quando não é tratado no princípio. Deveríamos saber neutralizar o prejuízo, infelizmente isso não acontece. A mente que domina o corpo não sabe controlar os impulsos desejados. E o alerta sentido vai se cobrindo com paliativos. A medicina faz a sua parte prolonga a vida quando pode acontecer. Não se faz esperança no meio
de controvérsia. O diagnóstico nem sempre é promissor a cura é adiada.
Mas o estudo da ciência pode chegar lá.
Continuo deitado na penumbra do quarto e da alma em agonia.
O silêncio é o meu companheiro. Espero o Umbral.
Depoimento do doente hospitalizado ao autor.
Batacoto.