Estresse...

Salvando a ideia “Carro apertado é que canta”, oxalá, convivendo com o estresse de maneira controlada, não deixando se abater por ele. Eu no comercio há 54 anos e por conta própria há 49 anos, passei por momentos de estresse em que viajando a serviço em cidade próxima, de tão cansado tive que durante o dia, pedir para descansar por algumas horas em um Hotel. Casado e família numerosa já tive a oportunidade de sair com a família algumas vezes só uma noite, dormir em um Hotel com a família toda, para descansar, embora fosse cansativo fisicamente, mas não psicologicamente, como também já por algumas vezes, fomos a Calas Nova e outros locais e muitas vezes por períodos curtos, com a família toda, e com os mesmos propósitos, baixar o estresse.

Estando fazendo o que gosta, geralmente se estressa menos. No trabalho devemos o faze-lo alegremente e o que estressa mais são as cobranças pela perfeição, muitas vezes fixa em nos mesmo e outras do mundo externo, onde todos já não sabem mais esperar e querem ser atendidos muito rapidamente em especial no telefone ainda pior, onde exigem perfeição total e algumas vezes quase impossível.

O estresse elevado torna-se um complicador para a boa saúde, advindo vários problemas principalmente gastro intestinal, dores de cabeças, estado de desanimo, pesos na cabeça em especial de um lado, pressão alta, entre vários outros males.

Uma das maneiras mais eficazes para não se estressar é estar de bem com a Vida, em especial em casa, a harmonia familiar, estar sempre sonhando com algo mais a conquistar, procurar estar sempre feliz, semblante alegre, desprovido de ódio, rancor, falta de perdão e não fugir dos problemas, ser igual a água que quando encontra muita resistência, da volta, mas não foge dele. Não levar problemas para casa e procurar descansar, pois a noite foi feita para tal.

Relaxamentos, caminhadas com roupas adequadas em locais próprios como em parques, onde há predominância de muito verde, mesmo na rua já é valido.

Meditar, conversar com Deus, equilibrar as finanças, carregar a bateria, indo na Igreja que se sente bem, apelar para o positivismo. Levar as coisas bem a serio em especial do ramo empresarial, porém muitas vezes com ideais e espirito de crianças que brinca com seus brinquedos sempre sonhando com algo mais...

A seguir complementando a ideias sobre o estresse passo artigo da Revista Seleções, correlato da edição de janeiro de 2017, como segue:

“No Brasil, segundo um estudo da International Stress Management Association realizado no início desta década, não estamos muito bem nessa área: o Brasil ficou como o segundo país mais estressado do mundo. O estresse profissional é o principal responsável por essa posição nada invejável, afetando 69% da população.

“O estresse tem péssima fama”, admite Firdaus Dhabhar, professor-assistente de Psiquiatria e Ciência Comportamental da Universidade de Stanford na Califórnia. “E com boas razões”, acrescenta. Grande parte do que sabemos sobre o efeito físico e mental do estresse crônico vem do fim da década de 1970. Os hormônios liberados na reação de luta ou fuga, que ajudaram nossos ancestrais a não virarem jantar, têm efeito prejudicial quando o estresse é constante e elevado. A exposição crônica ao Cortisol, um desses hormônios, provoca mudanças cerebrais que tornam cada vez mais difícil cancelar a resposta ao estresse.

Mas anime-se: pesquisas recentes pitam um retrato diferente do estresse, que realmente tem um lado positivo. As situações que costumamos perceber como estressantes- confrontos com colegas de trabalho, pressão para ter bom desempenho, uma lista grande de mais de afazeres- não envolvem o tipo de estresse venenoso ligado aos problemas graves de saúde. Na verdade, surtos breves desse tipo de estresse cotidiano podem fazer bem. Mas a preocupação com o estresse pode exacerbar os efeitos prejudiciais.

No início da década de 1990, quando Dhabhar começava a pós-graduação na Universidade Rockefeller, em Nova York, “o dogma quase absoluto era que de que o estresse suprime a imunidade”. Mas, do ponto de vista evolutivo, isso não fazia sentido para ele. Quando um leão nos persegue, raciocinava, o sistema imunológico deveria ser estimulado e se preparar para recompor a carne dilacerada. Ocorreu a Dhabhar que o efeito do estresse agudo, que dura de minutos a horas, pode ser diferente do crônico que dura dias ou anos.

Dhabhar compara as células do sistema imunológico do organismo a soldados. Como seu nível de sangue despenca no estresse agudo, “todos costumavam alertar: veja, estresse faz mal, o sistema imunológico fica deprimido”, diz ele.

Mas a maioria das batalhas imunológicas não é travada no sangue”. Ele desconfiava que essas células estavam se transferindo para os “campos de batalha” do organismo, os locais com mais probabilidade de sofrer lesões num ataque, como a pele e o intestino. Em estudos nos quais ratos foram confinados rapidamente (um estressor de curto prazo), ele mostrou que, depois do surto inicial na corrente sanguínea, as células do sistema imunológico saia do sangue e ocupavam a posição que ele tinha previsto.

Essa mobilização estratégica pode apressar a cura de feridas, melhorar a eficácia das vacinas e, potencialmente, combater o câncer. Em 2009, a equipe de Dhabhar mostrou que pacientes de cirurgias em joelho que tinham uma redistribuição imunológica robusta depois do estresse da cirurgia se recuperavam bem mais de pressa do que quem tinha uma mobilização mais lenta.

Em ambos os estudos, os anticorpos dos voluntários que se exercitaram ou fizeram uma prova de matemática (ambos estressores agudos) reagiram melhor do que os voluntários que ficaram sentados em silencio. E, em 2010, os pesquisadores controlaram o desenvolvimento do câncer de pele em camundongos expostos aos raios ultravioleta estressando-os antes das sessões sob da lâmpada.

Dhabhar acha que o segredo para maximizar os benefícios do estresse e minimizar seus efeitos negativos é intercalar “surtos regulares” de estresse agudo com períodos de pouco ou nenhum estresse, que ele chama de “zonas verdes“. Isso não significa que você tenha que praticar bungee jump na rotina diária; na verdade, Dhabhar recomenda aproveitar os problemas cotidianos que a vida já nos faz enfrentar. E se exercitar mais. Ele explica que, embora muito divulgado como alivio do estresse, o exercício também é um estressor de curto prazo. “O exercício provoca a mesma reação biológica de ver um predador ou fazer um discurso”.

Embora o estresse crônico encolha o hipocampo (um dos principais centros de memória do cérebro), reduza a função cognitiva e aumente o risco de doença mental, surtos breves podem melhorar a memória e o aprendizado. Conor Liston, professor-assistente de Neurociência na Universidade Cornell, em Nova York, diz que “quando pensamos no estresse em termos de exercitação -estar acordado, alerta e atento a mudanças no ambiente-, ele é bom para o aprendizado’.

Sob certas condições, parece que o cortisol aumenta a receptividade de cérebro ao aprendizado, efeito chamado pelos neurocientistas de “plasticidade cerebral”. Quando Liston reduziu experimentalmente a corticosterona (equivalente o cortisol no camundongo) de um grupo de roedores, a formação de sinapses, um dos marcadores da plasticidade cerebral, parou. Nesse estado, os camundongos ficaram incapazes de aprender novas habilidades. Por sua vez, quando Liston deu uma dose baixa de corticosterona a outro grupo, a taxa de formação de sinapses dobrou.

Mas é perigoso deixar o controle no máximo por muito tempo. Quando Liston expos os camundongos a altas doses de corticosterona, os animais sofrem perdas de sinapses. A poda superou o brotamento, o que ajuda a explicar o efeito do estresse crônico.

O ponto em que o estresse se torna perigoso é quando fica incansável e traumático e quando suas vítimas perdem o controle e o apoio social.

“Quando falamos de estresse, tendemos a pensar na experiência cotidiana de falta de tempo, incerteza de papéis, pressão e conflito social”, diz kelly Macgonigal, psicóloga, escritora e professora da Universidade de Stanford. ”o tipo de estresse que faz mal tem mais a ver com status, isolamento e rejeição sociais.

Indivíduos de posição levadas podem tem empregos desgastantes, mas também gozam de uma sensação maior de autonomia. Num estudo de 2012, os pesquisadores constataram que um grupo de líderes -oficiais militares e autoridades do governo- tinha nível mais baixo de cortisol e relatava menos ansiedade do que um grupo comparável de não líderes. Isso acontecia apesar de os lideres parecerem mais pressionados: dormiam bem menos horas por noite do que os não líderes.

Entre os líderes, os que comandavam mais gente e tinham mais autoridade também apresentavam nível mais baixo de cortisol e menos ansiedade do que aqueles com menos poder, e essa associação estava diretamente ligada à sensação maior de controle.

Dada a prevalência da mensagem que todo estresse é ruim, kelly Mcgonigal teme que o medo leve as pessoas a evitar exatamente o tipo de experiência fundamental para a saúde e a longevidade.

“Sabemos que ter uma profissão importante para a sociedade protege; sabemos que ligações sociais protegem, sabemos que a perícia ao enfrentar desafios protege.”

Em suas aulas e palestras, ela costumava ensinar a reduzir o estresse ou a conviver com ele como se fosse algo a ser evitado e temido. Mas, à luz dessa pesquisa, Kelly mudou de tom, e agora estimula os outros a aproveitar o estresse: “Em vez de tentar desacelerar o coração disparado, por que não considerar que o corpo está lhe dando mais energia?”

Afinal de contas, mesmo que pudéssemos viver numa bolha se estresse, provavelmente para conseguir isso teríamos que excluir tudo o que traz felicidade e significado à nossa existência. “De certo modo”, conclui a professora Mcgonigal, “o estresse é um envolvimento com a vida”.”

Frutal/MG, 05 de fevereiro de 2017.

José Pedroso

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 05/02/2017
Reeditado em 06/02/2017
Código do texto: T5903464
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