Venho observando minhas reações com um novo olhar após ter concluído o curso de mindfulness, a prática desenvolve a percepção e  estar consciente faz muita diferença. Recentemente recebi uma mensagem desagradável, a princípio foi apenas o sentimento de decepção que pensei que havia assimilado  e não dei importância. No final do dia a dor estava fortíssima, sentia falta e ar e o mal estar não me deixava dormir. Antes de pegar minha medicação SOS parei, fiz as respirações, uma prática rápida onde identifiquei a origem da dor e aos poucos me acalmei, acredito que já estava sob stress e a mensagem foi apenas o estopim que deflagrou a crise.   

A situação apesar de nada agradável serviu para alertar mais um vez que é preciso estar atenta sempre, não menosprezar fatos aparentemente sem importância, trabalhar as práticas porque nossa luta é pelo equilíbrio emocional  e bem estar. Quem convive com a dor crônica e doenças autoimunes sabe muito bem o que ocorre quando o sistema imunológico despenca, aquelas doencinhas chatas surgem do nada e é crise de asma, alergia, rinite, sinusite, cistite, infecção aqui e ali. Uma atrás da outra.  

Normalmente usamos tantos medicamentos no dia a dia que a bola de neve não para de crescer, hospital, consultas, especialistas, exames, exames  e mais exames. Muitas vezes os médicos não encontram nada, os resultados são confusos, ninguém consegue descobrir o problema, a situação piora, as -complicações aumentam e você pensa que preferia estar só com sua autoimune mesmo e tudo bem. 
E  se pararmos para pensar: tudo isto começou com um fato desagradável! Algumas vezes ou melhor, na maioria das vezes as pessoas envolvidas nem se dão conta e nós seguimos sofrendo por conta deste sentimento ou problema que ficou lá trás, no passado que revivemos continuamente . 

Nossa bagagem não é leve, não precisamos carregar mais pedras nesta mochila que já nos dá trabalho suficiente. Um questionamento surge: 
O quanto permitimos que pessoas e situações desagradáveis cheguem até nós?    O que nos impede de nos libertar destas  situações desagradáveis?   Acho que no fundo sabemos o que precisamos fazer, desapegar é difícil mas não impossível.  
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 12/01/2017
Reeditado em 01/02/2017
Código do texto: T5879877
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