A LIBERDADE... A VIDA... "TEORIA da CONSPIRAÇÃO - 5ª parte.

AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e uma PANACEIA...*

Artigo Extra.

TEORIA da CONSPIRAÇÃO (5ª parte).

AUTO-HEMOTERAPIA.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

AUTO-HEMOTERAPIA é uma PRÁTICA TERAPÊUTICA “ISOTERÁPICA” (1), que consiste na extração de SANGUE VENOSO de uma PESSOA, e sua REINJEÇÃO na mesma PESSOA, por via INTRAMUSCULAR. (2)

A técnica é condenada oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil desde 2007, que alerta ainda para os possíveis riscos à saúde dos pacientes. (3) e (4)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também considera que a técnica oferece riscos e que não existem pesquisas comprovando sua eficácia. (5)

Em fevereiro de 2015 o CFM emitiu nota reforçando que a AUTO-HEMOTERAPIA não tem eficácia comprovada e que os médicos são proibidos de praticá-la. (6)

Índice

• 1 - A técnica.

• 2 - Perigos, críticas e ilegalidade.

• 3 - Pesquisas.

• 4 - Discussão.

• 5 - Referências.

A TÉCNICA.

A TÉCNICA consiste na prévia extração de SANGUE VENOSO do paciente com o alegado propósito terapêutico, seguida de sua INJEÇÃO INTRAMUSCULAR (que pode ser no músculo do glúteo, coxa ou deltóide) na MESMA PESSOA, o que — segundo advertem oficialmente as autoridades sanitárias (7) e a comunidade científico-médica — pode ocasionar abscessos na pele, dores, edemas, hematomas, infecções, além de evoluir para quadros clínicos mais severos, como a coagulação intravascular disseminada, sangramento generalizado, entre outros efeitos.

Observação do escriba: Eu realizo a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) há mais de nove anos e nenhum desses sinais e sintomas apareceram em mim. De mais a mais, realizo anualmente diversos exames laboratoriais (inclusive hemograma completo e coagulograma) e todos eles encontram-se absolutamente dentro dos limites na normalidade.

O Parecer do Conselho Federal de Medicina – CFM sobre essa TÉCNICA afirma que a AUTO-HEMOTERAPIA, de acordo com o que se depreende da literatura, compreende vários procedimentos distintos, dentre estes a READMINISTRAÇÃO do SANGUE ESTOCADO do PRÓPRIO PACIENTE.

Observação do escriba: Em vários países europeus, é comum as pessoas antes de realizarem uma intervenção cirúrgica, retirarem um certa quantidade de seu próprio sangue e estocarem em locais apropriados. Durante, ou imediatamente após o ato cirúrgico, o próprio sangue do paciente é aplicado intravenosamente. Não existem relatos de qualquer tipo de efeitos colaterais ou de reações adversas, com tal procedimento.

Outras modalidades de AUTO-HEMOTERAPIA descritas na literatura consultada são (8):

01 - AUTO-HEMOTERAPIA propriamente dita - Sangue retirado da veia e administrado no músculo, sem qualquer adição de substância ou tratamento com radiação.

02 - AUTO-HEMOTERAPIA ocular (subconjuntival) - Administração subconjuntival de sangue retirado da veia do próprio paciente para tratamento de queimaduras, manchas e doenças com implicações dermatológicas.

03 - TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL - Sangue retirado da veia e administrado por via peridural.

04 - AUTO-HEMOTERAPIA com sangue submetido à ação de certos agentes - Sangue retirado da veia e submetido à ozonização ou à irradiação UV, administrado por via intramuscular, intravenosa ou por infiltração.

Os que defendem a AUTO-HEMOTERAPIA dizem que a técnica estimula o aumento do percentual de MACRÓFAGOS, aumentando também as defesas do organismo e eliminando as bactérias, os vírus, as células cancerosas (neoplásicas) e a fibrina, que é o sangue coagulado.

Esse aumento de produção de MACRÓFAGOS pela MEDULA ÓSSEA se dá porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL (S. R. E.).

Enquanto há sangue no músculo, o SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL (S.R.E.) mantém-se ativado.

Essa ativação máxima termina ao fim de cinco dias. A taxa normal de MACRÓFAGOS é de 5% no sangue e, com a AUTO-HEMOTERAPIA (PERIDURAL), eleva-se para 22% durante cinco dias.

Observações do escriba:

1ª – A afirmação existente na Wikipédia de que a taxa normal de MACRÓFAGOS é de 5% no SANGUE está completamente equivocada. Tal engano também foi cometido pelo Dr. LUIZ MOURA logo no início de seu DVD intitulado: - “AUTO-HEMOTERAPIA – Conversa com DR. LUIZ MOURA”, e que foi reproduzido na forma de um artigo.

2ª – Portanto, no artigo também existe o mesmo erro. Vejamos o que Dr. LUIZ MOURA diz: - O número de MACRÓFAGOS, a taxa normal é de 5% no SANGUE, e com a AUTO-HEMOTERAPIA nós elevamos esta taxa para 22% durante 5 dias. Do 5º ao 7º dia, começa a declinar, porque o SANGUE está terminando no MÚSCULO, e quando termina ela volta aos 5%, daí a razão da TÉCNICA determinar que deva ser repetida de 7 em 7 dias.

3ª – Na realidade, a taxa normal de MACRÓFAGOS é de 5% em todo o tecido conjuntivo frouxo, existente em nosso organismo e no organismo de outros animais.

4ª - As células chamadas de MACRÓFAGOS não são encontradas no sangue periférico, conforme nos ensinam os inúmeros livros de HISTOLOGIA disponíveis, que podem ser pesquisados por médicos, estudantes de medicina, ou outros profissionais da área da SAÚDE, como por exemplo os biólogos, os enfermeiros ou os médicos veterinários

5ª - No Brasil, a observação de que a taxa de MACRÓFAGOS passa de 5% para 22% foi comprovada através da AUTO-HEMOTERAPIA PROPRIAMENTE DITA e foi realizada pelo Médico-Cirurgião Jesse Teixeira no final da década de 30 do século passado.

6ª - O estudo CIENTÍFICO do Dr. Jesse Teixeira foi publicado em 1940 na Revista Brasil Cirúrgico. O próprio “Parecer CFM nº 12/2007 na íntegra” (que trata da AUTO-HEMOTERAPIA), na página nove (9) diz o seguinte: - “Defende o preclaro colega que a AUTO-HEMOTERAPIA é um recurso TERAPÊUTICO de baixo custo, simples, que se resume em retirar SANGUE de uma VEIA e aplicar no MÚSCULO do MESMO PACIENTE. Afirma que esse procedimento estimula o SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL, quadruplicando os MACRÓFAGOS em TODO ORGANISMO”. No próprio parecer do CFM não existe a afirmação da existência de MACRÓFAGOS no SANGUE. Ainda na página nove (9) do PARECER: - “De grande interesse é a sua informação de que foi o ilustre cirurgião brasileiro, Dr. Jesse Teixeira quem “provou que o S. R. E. era ativado pela AUTO-HEMOTERAPIA, em seu trabalho publicado e premiado em 1940 na Revista Brasil Cirúrgico”.

7ª – No trabalho do Dr. Jesse Teixeira, intitulado “AUTO-HEMOTRANSFUSÃO: Complicações Pulmonares Pós-Operatório”, consta o seguinte: - O Sistema Retículo Endotelial de Aschoff-Landau TAMBÉM é poderosamente estimulado pela AUTO-HEMOTRANSFUSÃO. As seguintes EXPERIÊNCIAS provam essa afirmação: - a) Um emplastro de cantáridas, colocado sobre a PELE da COXA, determina a formação de pequena vesícula. Pois bem, se aspiramos o conteúdo dessa vesícula num tubo em U e o centrifugarmos, depois de seco e corado, a contagem diferencial nos revelará uma incidência de MONÓCITOS por volta de 5% (os MONÓCITOS são os representantes no SANGUE circulante do S. R. E.). Após a AUTO-HEMOTRANSFUSÃO, a cifra de MONÓCITOS, no conteúdo da vesícula, se eleva em oito horas para 22% e, após 72 horas, ainda há 20%, caindo a curva gradualmente para voltar ao normal, no fim de sete dias.

8ª – O médico-cirurgião e pesquisador Dr. Jesse Teixeira, também deixa os leitores um pouco confusos ao não diferenciar claramente os MONÓCITOS dos MACRÓFAGOS. No entanto ele faz uma observação muito importante: - “Os MONÓCITOS são os representantes no SANGUE CIRCULANTE do S. R. E. (Sistema Retículo Endotelial). O que ele observou na (ou nas) vesícula (s) localizada (s) na PELE da COXA (aonde existe tecido conjuntivo frouxo) foram os MACRÓFAGOS, que morfologicamente são muitos diferentes dos MONÓCITOS.

9ª – Ainda no trabalho CIENTÍFICO do Dr. Jesse Teixeira: - “Foi-nos sugerida a atenção para o assunto em fins de 1937, pelo jovem e brilhante docente Dr. Sylvio D Ávila, que chefiava a 12ª enfermaria da Santa Casa, de que éramos internos, sendo as primeiras 60 observações ali colhidas. A sugestão do nosso chefe de então se prendeu a um artigo publicado no “The American Journal of Surgery” (May, 1936 – pág. 321), intitulado “AUTO-HEMOTRANSFUSION in Preventing Postoperative Lung Complications” e assinado por MICHAEL W. METTENLEITER (cirurgião do Pós-Graduate Hospital, de Nova York).

10ª – No trabalho do também médico-cirurgião Michael W. Mettenleiter, há claramente referência sobre a experiência com o emplastro de cantáridas, aplicado na PELE da COXA.

11ª – O artigo CIENTÍFICO do médico-cirurgião MICHAEL W. METTENLEITER, por sua vez, é embasado nos estudos de outros pesquisadores e cientistas, conforme consta em sua referências, que relacionamos logo a seguir, por ordem cronológica: 01 – Elfstrom, C. e Grasfstrom, A. (1898). 02 – Spiethoff. B. (1913). 03 – Widal, F. (1921). 04 – Mueller, E. F. e Wiener, P. (1926). 05 – Mueller, E. F. e Brutt, H. (1929). 06 – Balfour. (1929) – 07 – Hoff, F. (1932). 08 – Schurer-Waldheim, F. (1933). 09 – Cit. Kylen. (1935).

12ª – A experiência com o emplastro de cantárida, na pele da coxa, parece ter sido realizada por Schurer-Waldheim, conforme nos deixa transparecer o artigo publicado por Michael W. Mettenleiter no American Journal of Surgery, em maio de 1936, nas páginas 321, 322 e 323.

13ª – Portanto se a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), é considerada uma Teoria da Conspiração, conforme a opinião de “especialistas”, de “autoridades” e da Wikipédia, tal suposta Teoria Conspiratória começou no final do século XIX, continuou no início do século XX, teve seu auge na década de 1940, teve a participação do Dr. OLÍVIO MARTINS e outros colegas médicos, teve continuidade com os trabalhos do Dr. LUIZ MOURA e, ainda hoje, continua sendo feita pelos anestesiologistas através da prática do TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL (TSP) e também é realizada por outros médicos através do PLASMA RICO em PLAQUETAS – PRP.

14ª – Enquanto a suposta CONSPIRAÇÃO “rola solta”, milhares de pessoas continuam morrendo de SEPTICEMIA (principalmente nas UTIs), de ASMA BRÔNQUICA e de inúmeras outras enfermidades para as quais a medicina oficial não sabe com precisão a ETIOLOGIA, ou seja, não sabe a verdadeira causa, e, por isto mesmo, não sabe o TRATAMENTO eficaz. Totalmente perdidos como um cego num tiroteio, muitos médicos, dão continuidade ao crescimento cada vez mais frequente, de inúmeros casos de IATROGENISMOS.

Do quinto ao sétimo dia declina, voltando aos 5%. Daí a razão de recomendarem que a aplicação seja repetida de sete em sete dias.

Segundo o MÉDICO LUIZ MOURA, o uso da AUTO-HEMOTERAPIA resulta num ESTÍMULO IMUNOLÓGICO PODEROSÍSSIMO. (9)

PERIGOS, CRÍTICAS e ILEGALIDADE.

A AUTO-HEMOTERAPIA encontra-se rodeada em polêmica. (10)

O argumento de vários defensores da prática baseia-se em relatos de pessoas que garantem ter atingido a cura graças ao uso da AUTO-HEMOTERAPIA, (11) e (12) enquanto que os seus críticos apontam para a INEXISTÊNCIA de ESTUDOS que demonstrem a sua eficácia e segurança. (13)

A falta de respaldo científico é reconhecida pelos próprios defensores do método. (14)

Segundo a legislação brasileira, apenas o MÉDICO ESPECIALISTA em HEMATOLOGIA ou HEMOTERAPIA (ou o profissional devidamente reconhecido para este fim pelo Sistema de Saúde) pode responsabilizar-se por procedimentos HEMOTERAPÊUTICOS. (15)

O Conselho Federal de Medicina proíbe aos médicos brasileiros a utilização de outras práticas terapêuticas não reconhecidas por essa comunidade científica, (13) como é presentemente o caso da AUTO-HEMOTERAPIA ("a AUTO-HEMOTERAPIA não foi submetida a testes genuínos, não foi corroborada, e nada há, além de indícios, casos isolados narrados com dramaticidade, que pouco se prestam a provar coisa alguma perante a ciência e que ampare o seu valor, sendo o seu uso atual em seres humanos uma aventura irresponsável" (8)), que, assim, não pode ser considerada um tratamento médico no BRASIL.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) consideram que a AUTO-HEMOTERAPIA apresenta riscos à saúde. (16)

Outras entidades de classe, preocupadas com a expansão de teorias falaciosas sobre o procedimento, e mostrando respeito com à população que não pode se expor a este tipo de tratamento fora do ambiente de pesquisa, também proíbe a prática da AUTO-HEMOTERAPIA, como o Conselho Federal de Enfermagem, (17) Conselho Federal de Biomedicina, (18) Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (19) e outros órgãos, como Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (20)

Considera-se que AUTO-HEMOTERAPIA seja um tipo de transfusão sanguínea autóloga (para si próprio), e assim, como qualquer outra transfusão, traz em si um risco, (15) seja imediato ou tardio, pelo que, deve ser criteriosa e competentemente indicada.

A ausência de indicações comprovadas é parte do motivo pelo qual, no BRASIL, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) considera o uso da AUTO-HEMOTERAPIA uma INFRAÇÃO SANITÁRIA, e, em consequência, sujeita os envolvidos (ativa ou passivamente) às penalidades previstas na lei.

Apesar disto, muitos médicos utilizam estas técnicas, como a PRP. (21)

Doutro lado, alguns dos defensores da AUTO-HEMOTERAPIA afirmam que, por trás do seu não reconhecimento, estariam interesses prejudicados da INDÚSTRIA FARMACEUTICA, já que o tratamento com a AUTO-HEMOTERAPIA dispensaria o uso de diversos medicamentos, argumento esse que, pelas autoridades e especialistas, tem sido considerado apenas mais uma expressão de TEORIA da CONSPIRAÇÃO do que da REALIDADE.

A CLASSE MÉDICA também é prejudicada com o mesmo pensamento, já que alguns alegam CORPORATIVISMO pois por ser uma ação simples e eficaz, estes perderiam potenciais fontes de renda, o que é desmentido frente às DIVERSAS CLASSES PROFISSIONAIS da ÁREA da SAÚDE que se mostram contra a prática.

É sabido que diversos MÉDICOS, ENFERMEIROS, FARMACÊUTICOS, e outros TÉCNICOS na ÁREA da SAÚDE praticam esse tipo de procedimento ilegalmente, e isto deve ser denunciado aos órgãos responsáveis, como ANVISA e CFM.

O Jornal do Conselho Federal de Medicina nº 168 traz "Nota de esclarecimento" afirmando que "Em face de falha na redação do artigo 'AUTO-HEMOTERAPIA não tem eficácia comprovada' no Jornal Medicina (XXII, 167, DEZ/2007, p.11), esclarecemos que o procedimento terapêutico denominado 'TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL' é CIENTIFICAMENTE amparado por RELEVANTE LITERATURA MÉDICA e remetemos o leitor ao texto que trata dessa matéria no Parecer CFM 12/07." Trata-se da permissão do uso desse tipo de AUTO-HEMOTERAPIA pelos ANESTESIOLOGISTAS.

Da mesma forma que é usada e permitida atualmente a AUTO-HEMOTERAPIA na forma de "PLASMA RICO em PLAQUETAS – PRP”. (22)

Em vista da proibição do uso da AUTO-HEMOTERAPIA, os seus usuários invocam a DECLARAÇÃO de HELSINQUE que, nos seus PRINCÍPIOS trata de INTERVEÇÕES NÃO COMPROVADAS NA PRÁTICA CLÍNICA da ASSOCIAÇÃO MÉDICA MUNDIAL, afirma que: “No tratamento de um determinado paciente, onde INTERVENÇÕES COMPROVADAS NÃO EXISTEM ou OUTRAS INTERVENÇÕES CONHECIDAS SE MOSTRARAM INEFETIVAS, o médico, depois de buscar conselho especializado, com O CONSENTIMENTO INFORMADO do PACIENTE ou de REPRESENTANTE LEGALMENTE AUTORIZADO, PODE USAR UMA INTERVENÇÃO NÃO COMPROVADA se em seu JULGAMENTO ela oferece esperança de SALVAR a VIDA, RESTABELECER a SAÚDE ou ALIVIAR o SOFRIMENTO.

Esta INTERVENÇÃO deve, em seguida, tornar-se OBJETO de PESQUISA desenhada para avaliar sua SEGURANÇA e EFICÁCIA.

Em todos os casos, a nova informação deve ser registrada e, quando apropriado, tornada disponível publicamente".(23)

PESQUISAS.

A AUTO-HEMOTERAPIA passou a ser defendida mais fortemente em 2004, quando o Dr. LUIZ MOURA publicou um artigo intitulado “AUTO-HEMOTERAPIA” (24) no qual explica o funcionamento da técnica, faz um histórico e apresenta informações sobre a sua AÇÃO TERAPÊUTICA.

Observação do escriba: A informação da Wikipédia está parcialmente correta. Mais adiante iremos tentar colocar mais um pouco de luz sobre o assunto.

O artigo cita TRABALHO de PESQUISA CIENTÍFICA realizado pelo MÉDICO JESSE TEIXEIRA - Complicações Pulmonares Pós-Operatórias Auto-hemotransfusão (25) e texto produzido pelo MÉDICO RICARDO VERONESI sobre o tema – IMUNOTERAPIA: O Impacto Médico do Século. (26)

É mostrado também que a AUTO-HEMOTERAPIA foi tema de TESE de DOUTORADO em 1924, “A AUTO-HEMOTERAPIA nas DERMATOSES”, realizada pelo Dr. Alberto Carlos David na Universidade do Porto.(27)

Há uma confusão no Brasil sobre esses estudos, já que ainda que o ESTUDO de JESSE TEIXEIRA mostrasse benefício da técnica irrefutavelmente, o que não ocorreu, seria com o objetivo de tratar complicações pulmonares pós-operatórias exclusivamente.

E sobre o ESTUDO de RICARDO VERONESI, este trata sobre a MODULAÇÃO do SISTEMA IMUNOLÓGICO com determinadas substâncias, sem relatar o uso da AUTO-HEMOTERAPIA.

Não se sabe ao certo quem iniciou a divulgação no país de que a AUTO-HEMOTERAPIA seria eficaz para tantos problemas de saúde diferentes e díspares.

O CFM respalda que POR NÃO SER UMA PARACIÊNCIA, ESSA TERAPIA PODE SER TESTADA, porém, de todos os trabalhos disponíveis na base de dados Pubmed, do NIH (Instituto Nacional de Saúde americano), considerada a maior base de dados médicos do mundo, poucos estudos apresentam rigor científico necessário para comprovar eficácia do método, muito menos para indicação clínica.

A COMUNIDADE MÉDICA aguarda novo estudos controlados, randomizados, duplo-cegos, que por ventura possa mostrar a eficácia de um MÉTODO TERAPÊUTICO SIMPLES.

Até o momento, entretanto, não foi possível comprovar sua eficácia e não tem embasamento científico e sanitário do seu uso.

DISCUSSÃO.

Qualquer tipo de tratamento alternativo e barato tem sido atrativo para a população, principalmente a brasileira, por suas peculiaridades socioculturais.

Assim, nas chamadas pseudociências, o indivíduo tem a oportunidade de recorrer a tratamentos dos mais diversos, sensibilizados por sofrimento de um problema de saúde difícil e custoso de ser curado ou amenizado.

A máxima de que "pelo menos mal não faz" acaba por expor a população diante de curandeiros e práticos dessas pseudociências, sem levar em conta os diversos riscos envolvidos e, até mesmo, mentindo sobre os benefícios, que frequentemente não são comprovados pelos grandes estudos sérios, ainda que existam diversos outros de baixa qualidade mostrando resultados díspares.

Diversos tratamentos da chamada Medicina Alternativa tem sido contestados recentemente, mostrando não haver diferença de eficácia frente ao PLACEBO.

Um erro comum é considerar de que se uma terapia tem eficácia igual ao PLACEBO, ela não tem eficácia.

Deve-se lembrar que nos mais diversos estudos científicos utilizando PLACEBOS, existe uma razão razoável de bons resultados no grupo utilizando PLACEBO, por mais que não se explique o motivo exatamente.

Portanto, se extrapolarmos a ideia de que estudos recentes que refutam a eficácia dessas terapias, como AUTO-HEMOTERAPIA e HOMEOPATIA, frente ao PLACEBO, pode-se considerar que sim, algumas pessoas são beneficiadas dentro do ambiente de estudo seja pelas TERAPIAS, seja pelo PLACEBO.

Entretanto, a equivalência ao PLACEBO não permite que seja reconhecida e indicada formalmente como tratamento eficaz.

Infelizmente, diversas complicações podem decorrer das diversas terapias, reconhecidas ou não, desde lesões simples até morte.

Entende-se que a ansiedade pela busca de tratamento justifique por si só o motivo das busca por práticas alternativas, ou o contrário, quando esta não procede adequadamente, ou como esperado, que se busque outra compensação, como outras práticas, ou mesmo procedendo de alguma maneira contra aquele que executou a prática duvidosa, pessoa antes confiada. (28)

As investigações revelaram que a causa morte (sic) não tinha relação direta com a AUTO-HEMOTERAPIA, conclusão esta do DEPARTAMENTO MÉDICO-LEGAL, conforme perícia das folhas 232 a 238.

Desde 21 de janeiro de 2009 esta decisão foi prolatada. Não devia, portanto, constar como argumento neste verbete. (29)

REFERÊNCIAS.

1 - Ir para cima ↑ , Olney Leite. Farmácia Homeopática - Teoria e prática. São Paulo: Editora Manole, 2001

2 - Ir para cima ↑ «ABMC - Biblioteca de doenças». Arquivado desde o original em 15 de Abril de 2007.

3 - Ir para cima ↑ CFM (04 de dezembro de 2007). «Parecer do CFM afirma: auto-hemoterapia não tem eficácia comprovada». portal.cfm.org.br. Consultado em 3 de setembro de 2015.

4 - Ir para cima ↑ CFM (09 de dezembro de 2007). «Auto-hemoterapia não tem eficácia comprovada e pode trazer danos à saúde, diz CFM». portal.cfm.org.br. Consultado em 3 de setembro de 2015.

5 - Ir para cima ↑ Repórter Brasil (24 de julho de 2015). «Auto-hemoterapia pode trazer riscos à saúde, afirma especialista». EBC. Consultado em 3 de setembro de 2015.

6 - Ir para cima ↑ CFM (27 de fevereiro de 2015). «CFM reforça que auto-hemoterapia não tem eficácia comprovada». portal.cfm.org.br. Consultado em 3 de setembro de 2015.

7 - Ir para cima ↑ ANVISA: Nota Técnica nº 1 de 13 de abril de 2007 (acessado em 8 de Março de 2008, 08:17 (GMT))

8 - ↑ Ir para: a b «Parecer CFM 12/07».

9 - Ir para cima ↑ «Auto-Hemoterapia. Dr. Luiz Moura». hemoterapia.org. Consultado em 04 de abril de 2013.

10 - Ir para cima ↑ «Observatório da Imprensa». Consultado em 11 de agosto de 2008.

11 - Ir para cima ↑ «Pesquisa virtual sobre auto-hemoterapia». Consultado em 4 de novembro de 2013, 12:01 (GMT).

12 - Ir para cima ↑ «ABMC - 2. A ação terapêutica da auto-hemoterapia». Arquivado desde o original em 12 de Agosto de 2007.

13 - ↑ Ir para: a b «SBHH emite comunicado sobre "auto-hemoterapia"». Consultado em 8 de Março de 2008, 06:21 (GMT).

14 - Ir para cima ↑ «Auto-Hemoterapia.». Consultado em 04 de Março de 2013, 12:06 (GMT).

15 - ↑ Ir para: a b ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. "Resolução RDC nº 153, de 14 de junho de 2004; art. A.3". Acessado em 31 de janeiro de 2015.

16 - Ir para cima ↑ "Auto-hemoterapia apresenta riscos à saúde, alertam especialistas"

17 - Ir para cima ↑ «RESOLUÇÃO COFEN-346/2009 - Proíbe a prática da auto-hemoterapia por profissionais de enfermagem».

18 - Ir para cima ↑ «CFBM NÃO RECONHECE A AUTO-HEMOTERAPIA».

19 - Ir para cima ↑ «"Auto-hemoterapia" preocupa CRF-SP».

20 - Ir para cima ↑ «NOTA TÉCNICA 001/2007/GESAC/GGSTO/ANVISA» (PDF).

21 - Ir para cima ↑ [1]

22 - Ir para cima ↑ «Processo-Consulta CFM Nº 4.275/07 – Parecer CFM Nº12/07». portalmedico.org.br. Consultado em 9 de fevereiro de 2011.

23 - Ir para cima ↑ «Declaração de Helsinque - 2013» (PDF).

24 - Ir para cima ↑ «Auto-hemoterapia» (PDF).

25 - Ir para cima ↑ «Complicações Pulmonares Pós- Operatórias Auto-hemotransfusão» (PDF).

26 - Ir para cima ↑ «Imunoterapia: O impacto médico do século» (PDF).

27 - Ir para cima ↑ «A auto-hemoterapia nas dermatoses» (PDF).

28 - Ir para cima ↑ «MP de Jaguari investiga morte de paciente em decorrência da auto-hemoterapia».

29 - Ir para cima ↑ «MP de Jaguari conclui que morte não teve relação com auto-hemoterapia e encerra processo» (PDF).

Observações do escriba: 1ª - Na Wikipédia não é mencionado o trabalho e nem o nome do médico norte-americano Michael W. Mettenleiter. 2ª – Já o Parecer CFM nº 12/2007 na íntegra, na página 12 diz o seguinte: - “O autor cita METTENLEITER, segundo o qual: - “As complicações pulmonares podem surgir, com qualquer espécie ou método de anestesia, mas a ausência de acometimentos pulmonares, em nossa série, prova que a AUTO-HEMOTRANSFUSÃO e não o tipo de anestesia, responde pelos bons resultados”. A seguir, o Parecer do CFM mistura alhos com bugalhos.

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Auto-hemoterapia&oldid=47445865"

CATEGORIAS:

Hemoterapia.

Medicina Alternativa.

Observações do escriba:

1ª - Nós consideramos a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) como uma MEDICINA COMPLEMENTAR. Ou, em outras palavras, nós aceitamos que tratamentos convencionais possam ser usados concomitantemente com a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT).

2ª – Em muitos casos a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) não tem valor nenhum, e, nestes casos, “quem manda no pedaço” é a medicina convencional.

3ª – Por outro lado, em certos casos, a medicina convencional não tem valor nenhum. Nestes casos, “quem manda no pedaço” é a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT).

Esta página foi modificada pela última vez às 21h45min de 11 de dezembro de 2016.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos, Bom Ano Novo e BOM DIA.

PANACEIA* - UM SER SUPERIOR determinou a substituição do vocábulo.

Aracaju, capital de Sergipe (Ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), domingo, 1º de janeiro de 2017.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573 - “BANQUEIRO” e Um Eterno Aprendiz.

Fontes: (1) – Wikipedia. (2) – AUTO-HEMOTRANSFUSION IN PREVENTING POSTOPERATIVE LUNG COMPLICATIONS – Michael W. Mettenleiter – Instructor in Surgery, New York Post-Graduate Hospital Medical School and Hospital – American Journal of Surgery – Maio de 1936 – Páginas 321, 322 e 323. (3) – AUTO-HEMOTRANSFUSÃO: Complicações Pulmonares Pós-Operatório – Dr. Jesse Teixeira – Revista Brasil Cirúrgico – Volume II – Março de 1940 – Número 3 – Órgão Oficial da Sociedade Médico-Cirúrgica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro – (16 páginas). (4) – DVD – “AUTO-HEMOTERAPIA – Conversa com Dr. LUIZ MOURA” – Realização Ana Martinez e Luiz Fernando Sarmento - Duração – 2 horas e 37 minutos. (5) – Artigo – Reportagens Especiais – AUTO-HEMOTERAPIA – Entrevista: Dr. LUIZ MOURA (46 páginas). (6) – Parecer CFM nº 12/2007 na íntegra – Interessado: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – Assunto: AUTO-HEMOTERAPIA – Relator: Munir Massud – Brasília – DF, 26 de outubro de 2007 – páginas citadas – 9 e 12 (total de 36 páginas). (7) – Outras fontes: