Casamentos Melhor Realizados

Vivo repetindo para mim, que tenho a todos os instantes que fazer as cinco perguntas básicas, que todo ser humano precisa se fazer: Quem eu sou? O que eu quero? Porque eu quero? Para onde eu vou? e Como eu devo ir?

Não adianta fingirmos que somos perfeitos e que só sabemos acertar em nossos problemas, sempre.

Estas regras sábias nos fazem colocar os pés no chão e nos oferecem melhores chances de acertos.

Se acreditarmos que existe a perfeição em nosso mundo, não estaríamos passando por estas crises mundiais e em ponto traumáticas também no Brasil.

Isto tem afetado o relacionamento entre os seres e principalmente entre os casais, que culpam um ao outro, por não conseguirem achar saída para estas situações pessoais criadas, principalmente pelos falsos deuses celulares, que servem de fuga para o desespero sócio financeiro.

Gosto sempre de perguntar: Quem cria as situações que estamos vivendo? Para mim a culpa é de não sabermos escolher nossos dirigentes, de não pesquisarmos sua origem, capacidade e adoração financeira.

Por que penso assim? Pelo fato de nos envolvermos em nossa sobrevivência e não encontrarmos tempo para ver a verdadeira realidade e sim cumprirmos o dever do voto superficialmente.

Além desta crença em milagres, sem vermos a qualidade do “santo”, muitos outros problemas nos constrangem, principalmente um casamento não estudado, onde as cinco perguntas acima deveriam ser feitas, olhando-se sem falsas crenças para os dois lados, evitando assim discussões infantis, sem concordância com a realidade, acreditando que “vai como vai”!

A visão do escolhido(a) companheiro(a), deve ser feita com uma análise real, profunda e não apenas “lulal”, ou “dilzimatória”, mas “como é que eu sou” e “como é ela”.

As maiorias dos mal casados apegaram se apenas em tópicos “concertantes” de males pessoais, como a “falsa cultura”, a posição “$ócio-profissional”, alguns gostos e desejos comuns, muitas vezes sonhadores, porém de difícil acesso à realidade.

A pergunta que ouço sempre é: “Como resolver nossa insatisfação”?

A realidade mostra que só existe um caminho sensato para esta questão: Parar de olhar para o outro, como se fosse o único culpado; ter atitudes de abordagem dos problemas com calma e falas mais carinhosas; questionar com muita paciência e carinho o “porque” das situações, procurando mostrar onde também falhamos e o quanto queremos concertar estas divergências, sempre mostrando ao outro, que não estamos colocando fatos para criarmos mais atritos.

Por sinal, mostro sempre, que os atritos fazem o papel de lixas grossas, que tornam o relacionamento cada vez mais fácil de partir, com separações ou desentendimentos mais crescentes. Creio que todas as duas possibilidades são incompetentes e só levam à piora dos casos. Assim, se não os tratamos com lógica e dispensarmos a auto-defesa, sem prova-la com calma e carinho, agimos mal.

Recomendo sempre para as pessoas, que escrevam sobre si, com ideias verdadeiras e procurem saber o que o companheiro(a) pensa realmente sobre si e sobre as ideias que escreveu, mostrando o máximo de calma e com o melhor que possa ter de carinho.

Ensine-o a pensar também, sem exigir. Muitas vezes podemos até dizer com carinho, que precisamos ver a verdade dele(a), para nos acharmos e encontrarmos a melhor forma de vida conjugal.

Este processo, que muitos acham difícil de ser realizado, é muito bom e nos faz vermos um ao outro, ao contrario de “sóceilullares”.

Tentem e me comuniquem o resultado, para que eu possa me achar menos incompetente. OK?

Abraços para todos, que julgamos não sabermos muito e precisamos crescer e agir com se isto só nos fara bem.

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Dr. Márcio Funghi de Salles Barbosa

Psiquiatra e Psicoterapeuta

Araras - SP