Vigiai e obrai...

O título já diz tudo, mas para quem nunca passeou pelo matagal, ou mesmo teve um quintal, o breu pode ser total. Entretanto, e em tretando, sem a necessidade de ser gráfico, falo da natural desincumbência por meio da final desinência. E, literalmente, num ato, no mato.

Os meninos sempre foram mais familiarizados com essa saudável prática por razões bem óbvias, atinentes à nossa educação. O professor Morato, de saudosa memória, é que nos dava um exemplo contundente dessa distinção, ao dizer que já aos dois anos de idade, as meninas, quando se assentam, vão puxando a sainha, porquanto os meninos, mesmo já quando um galalau nem precisam ter cobra por perto para mostrar o tal.

Pois é, tanto para definições. Vamos ao cerne da questão: obrar no mato, ao cabo e rabo, me dareis razão. O simples ato de se agachar, quanto bem não faz aos triceps, aos costureiros - músculos das coxas...e ademais, predispõem a uma abertura, a um relaxamento da retro-musculatura que torna mais natural a emissão, tanto urinal, quanto fecal.

Verdade é que riscos há numa ação au naturel, a descoberto, sob o anil do céu. Tirante cobras e lagartos, que podem sentir-se invadidos em seu habitat, os próprios humanos, na espiação e expiação, podem também causar irreparáveis danos, até que se rejuntem os panos.

E fica ainda a incógnita sobre como se concluir a operação: haverá sempre uma folha de plantão? E, se mesmo com cara de amiga, acabar sendo uma urtiga? Nas fazendas, chácaras e roças, há pelo menos o recurso ao sabuco, mas esse meio, não pode eventualmente induzir a práticas mais invasivas, tendenciosas e pouco prudentes?

Um imaculado vaso resolveria o caso? E essa nossa ditosa e fértil terra de Pero Vaz de Caminha, não merece uma boa adubadinha?

Stelo Queiroga

Seu Mané já mais cansado

Fazia-se acompanhar

De um moleque pra mandado

Que é costume popular

Sentindo uma cólica afoita

Se agachou atrás da moita

Para o justo aliviar

Lesinho preste atenção

Que eu tô assim mei doente

Eu aqui na precisão

Avise se vier gente

Parece que adivinhou

Um grupo se aproximou

Um ror de gente decente

Vinha o juiz de direito

Vigário a fila puxando

A senhora e o prefeito

Em procissão se arrastando

Lesin fastou o arbusto

O velho caiu do susto

VEM VER SEU MANÉ CAGANDO !!!

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 05/05/2016
Reeditado em 06/05/2016
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