O QUE QUERO DEFINITIVAMENTE ESQUECER...
   (DANDO INÍCIO AO TÍTULO DE MATÉRIA TRANSCRITA-SUICIDIO DE PMs.de 26/03/2016-da BBC/Brasil)
Embora em alguns momentos contasse,por via do fatos policiais que se passaram comigo e terceiros ao longo de mais de dez anos,eis que por concurso público entrei na carreira pilicialesca,por volta de 1972, se não me falha a memória, - tendo sido desde 1960, universitário em Jornalismo e trabalhado no 2º. ano do curso da “Casper Líbero”,na rádio e jornal A GAZETA,hoje já extinto, da Fundação “Casper Líbero”.Este era um empreendedor que se a fatalidade não o tirasse prematuramente entre nós,hoje, talvez – tudo seria diferente no Jornalismo atual. Um acidente aéreo no Rio,acabou com a vida do jornalista Casper Líbero. Depois já tinha passado pelo ESTADÃO, FOLHA DE S.PAULO e extinto “DIÁRIO POPULAR”.
Entrei na carreira policialesca com dois diplomas universitários: um de Jornalismo e outro de Direito, eis que na condição de jornalista o salário era ínfimo e como se dizia : “Você dorme empregado e acorda desempregado em jornal”. É verdade até hoje na mídia em geral.
Como já trabalhava em grande escritório de advocacia,na avenida Liberdade,65,meu aprendizado profissional,embora tivesse ao longo do 3º. e 4º. ano da Faculdade de Direito (USP), estagiado no C.A. “XI de Agosto”, atendendo gratuitamente aos necessitados,os advogados mais velhos ao saberem que havia passado no concurso de Delegado de Polícia do Estado de São Paulo, exclamavam: “Isso não é possível...até porque você não é tigre”...
Tomei posse,mas já algo me dizia que estava tudo errado...
Assim vejamos(início): após as provas escritas,veio o exame oral e passei na banca incólume.Logo atrás,vinha um colega –competente- da minha classe da Faculdade e portava na face barba e bigode,na época,isto já seria mais ou menos,subjetivamente, o símbolo da chamada “resistência” ao sistema político-militar da época, sem ele jamais ter levantado bandeiras,ou se manifestasse em qualquer circunstância.Tinha passado no exame escrito e vinha logo após perante a banca no oral,constituído por um Promotor –Limongi- e os demais seriam os delegados examinadores. Pois bem,após ter sido examinado em Penal por Limongi, foi até outro examinador-delegado,o imediato que logo disse- sem o examinar sequer o infeliz: “ O senhor aqui comparece com essa barba...para ser delegado de polícia...(aos brados) ...O SENHOR VOLTE NO PRÓXIMO CONCURSO SEM ESSA BARBA...”.
Esse colega da São Francisco jamais o vi ao longo e sei que jamais fez algum concurso para DELEGADO DE POLÍCIA DE SÃO PAULO... Certíssimo. Não é assim que se trata uma pessoa,em qualquer nível.Esse “examinador” deveria ser um “coice de mula” ou coisa que o valha. Êle ( o examinador) reprovaria quase todos os gênios e descobridores da história mundial. Era,ou ainda é (se viver) uma cavalgadura,  todos ouviram o impropério e inclusive futuros examinandos..Ambos estavam em local errado. Passar em concurso público não é privilégio ... é direito do cidadão!!!
Como estava noivo e a futura esposa residia em São Paulo,embora tinha lotação na cidade de Macedônia (confesso que nunca ouvira o nome dessa cidade),mas permaneci em São Paulo,Capital,na Vila Carrão,lá na 31ª. Delegacia não existia carcereiro... e três investigadores eram venais,eis que faziam qualquer negócio por dinheiro e favores...”. Assim,numa madrugada a OBAN- (Operação Bandeirantes), como era chamada,na época, apreendeu ( em meu plantão) um veiculo Chevrolet no patio da Delegacia,onde o motorista além de documentos irregulares tinha suspeita de tóxicos no banco traseiro...Por diversas vezes,ao longo da madrugada um dos investigadores insistia-me para liberar o veículo que ia a exames e ao DETRAN... Neguei diversas vezes a liberação desse veículo aos investigadores--marginais...Fiquei intrigado com tamanha insistência e zelo,por um veículo apreendido...Quando amanheceu o dia,perguntei ao escrivão,onde estava o Boletim de Ocorrência da apreensão de um veículo Chevrolet,realizado de madrugada. NADA,NADA sabia a respeito.
O veículo havia desaparecido do pátio da Delegacia...simplesmente,por determinação dos próprios investigadores- marginais...e,pior, entrega,novamente na mão do detentor quando da apreensão pela OBAN.
De manhã,perguntei ao escrivão, onde estavam os dois investigadores- delinquentes?
Voltavam de um bar –coincidentemente do proprietário do Chevrolet apreendido no pátio na madrugada e que sairia só por ordem da autoridade. Tinham ida até o bar onde tomavam –vim a saber,depois- de graça café da manhã e refeições. (sic).
Assim sendo, foram removidos de minha equipe, com pedido de sindicância à chefia...
Conclusão: a minha equipe ficou reduzida a um único escrivão. Sem carcereiro e sem os venais investigadores...
E, a sindicância o que apurou e decidiu?
Resposta:
NADA, NADA,NADA.
(as fatos/mazelas terão continuação... até a minha exoneração a pedido)
É tudo que pretendia esquecer e NADA constar no “Perfil”

TUDO ISSO QUERIA OCULTAR NO "PERFIL"...MAS UM DIA A VERDADE TEM QUE SER DITA...
HOJE, AINDA É A POLÍCIA FEDERAL,É  DIFERENTE,BEN DIFERENTE, ATÉ PROVEM O CONTRÁRIO....