A LIBERDADE... (...). "O PODER CURATIVO DO SANGUE" - Por Dr. OLÍVIO MARTINS - Médico nascido em Santo Amaro (BA). - 13ª parte - "DEUS, dívidas e DEUS".

AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...

Artigo Extra.

O PODER CURATIVO DO SANGUE.

(13ª parte).

Página – 68 – Está em branco, ou seja, nada consta.

Páginas 69, 70, 71 e 72 – VIII – REJUVENESCIMENTO.

Segundo o professor BOGOMELETS, “é possível ao homem atingir o têrmo normal de sua vida – 125-150 anos”. Entretanto morre-se em média, aos 50 anos de idade, apesar dos esforços da ciência em prol da existência. Quando não se é atingido pelas epidemias, e procura-se uma vida higiênica melhor adaptada às leis básicas da NATUREZA, pode-se, realmente, prolongar um pouco mais esta última estimativa.

A máquina humana, em funcionamento ininterrupto desde a vida INTRA-UTERINA, sofre, como qualquer outra máquina, o desgaste NATURAL que a leva à VELHICE.

Esta VELHICE poderá chegar ao têrmo dentro de um período mais ou menos normal, ou, então, precocemente, dando ao homem CABELOS BRANCOS e RUGAS na PELE, e, em troca, tirando-lhe o brilho dos olhos e o prazer da vida. E, nesta permuta sempre desfavorável, vai ENCURVANDO-LHE o DORSO até precipitá-lo na sepultura. Evolue-se assim para a morte.

O ideal seria deter a marcha desta evolução. Mas, como isto não é possível, pelo menos RETARDÁ-LA seria a maior vantagem, desde que não gozamos o privilégio das ÁRVORES, que têm vida muito mais longa do que a do homem, e estão sempre EXUBERANTES, quando as condições ECOLÓGICAS lhes são favoráveis, além da vantagem de RENOVAREM, ANUALMENTE, suas FOLHAS, o que lhes vale um CONSTANTE REJUVENESCIMENTO. Neste ponto a NATUREZA foi bem madrasta para nós outros.

Conta-se aos milhares os sábios que trabalham com abnegação para presentear o homem com uma mocidade mais ampla e feliz. Em constantes pesquisas, êles procuram descobrir as causas principais determinantes da VELHICE. As suas opiniões ainda são discordantes.

Para uns, a causa está nos VASOS, e por isto dizem, desde os tempos mais remotos, que o “homem tem a idade de suas ARTÉRIAS”.

METCHNICOV via esta causa “numa intoxicação crônica do organismo por produtos bactéricos, elaborados no intestino grosso”.

Nos últimos anos, tem-se encarado a VELHICE como uma conseqüência de DISTÚRBIO GLANDULAR. A história narra que há 2.000 anos os CHINESES e os INDÚS já “consideravam os TESTÍCULOS do TIGRE como o melhor remédio da SENILIDADE”. E, talvez, por isso que VORONOV despertou a sua atenção para transplantações das GLÂNDULAS GENITAIS, inicialmente nos lanígeros e depois no próprio homem.

ROMEIS afirmou que o “enxêrto de um fragmento de FÍGADO tinha efeito REJUVENESCEDOR”, e FILATOV com “fragmento de PELE de CADÁVER ativa os processos de REGENERAÇÃO”.

A ciência moderna considera a VELHICE como sendo motivada pela DESVITALIZAÇÃO das CÉLULAS, conseqüente aos distúrbios das trocas biofísicas e bioquímicas do protoplasma.

MARINESCO pensa que “a VELHICE como a morte estão fatalmente inscritas na curva vital dos colóides e implicitamente na EVOLUÇÃO das CÉLULAS”.

BOGOMELETS e seus colaboradores russos emprestam notável importância ao TECIDO CONJUNTIVO, e dizem: “Admitimos que o ENVELHECIMENTO do organismo começa justamente pelo TECIDO CONJUNTIVO. O organismo tem a idade de seu TECIDO CONJUNTIVO. O TECIDO CONJUNTIVO não é apenas o esqueleto elástico do organismo. A ESTIMULAÇÃO de suas FUNÇÕES aumenta o teor de ANTICORPOS no SANGUE e reforça a RERISTÊNCIA do organismo às INFECÇÕES”.

Como se vê, as opiniões no terreno científico são muitas e bem variadas. Na verdade todos devem ter um pouco de razão, principalmente, levando-se em conta que “o organismo é uma cadeia fechada de causas e efeitos”. Seja para a doença ou a VELHICE, cada elo desta cadeia poderá ser o ponto de partida.

Não se podendo, nesta questão do ENVELHECIMENTO precoce, estabelecer o ponto inicial causador do desgaste geral, o que o raciocínio nos aconselha é encarar o conjunto dos fatos.

Assim, nada mais plausível como meio de combate ao ENVELHECIMENTO PREMATURO do organismo, do que o TRATAMENTO pelos ELEMENTOS SANGUÍNEOS.

O SANGUE é o HUMOR NOBRE que alimenta tôdas as CÉLULAS e promove a sua VITALIDADE, sejam elas das ARTÉRIAS, das GLÂNDULAS ou do TECIDO CONJUNTIVO, etc.

Não se poderá, jamais, menosprezar o valor do SANGUE como um dos elementos principais de DEFESA e de RESTAURAÇÃO do organismo.

É, ainda, o Professor BOGOMOLETS que diz: “Dispomos na TRANSFUSÃO de SANGUE, de um meio de despojar as CÉLULAS das formações inertes do seu PROTOPLASMA e de estimular a VITALIDADE delas. Confirmada na prática, a teoria do efeito coloido-clássico da TRANSFUSÃO de SANGUE tornou-se a base científica do estudo CLÍNICO sistemático do valor que pode ter repetidas TRANSFUSÕES de SANGUE na luta contra a CADUCIDADE precoce do organismo”.

Para nós outros, os estudos dos CIENTISTAS RUSSOS merecem todo aprêço, principalmente, no campo da HEMATOLOGIA, onde êles se têm destacado bastante.

De acôrdo, ainda, com êstes princípios científicos, é que aplicamos as VACINAS do SANGUE do PRÓPRIO PACIENTE, ou de pessoas sadias e jovens, porque elas encerrando HORMÔNIOS HEMATOGÊNICOS agem como se fôssem pequenas e repetidas TRANSFUSÕES, que reforçam as energias e prolongam a vida.

Assim, normalizam-se as funções orgânicas e desaparecem os desagradáveis SINAIS PSÍQUICOS que surgem, geralmente, com o CLIMATÉRIO masculino, ou feminino, como sejam: NERVOSISMO, IRRITABILIDADE, INSÔNIA, DEPRESSÃO NERVOSA, CRISE DE PRANTOS, TENDÊNCIAS ANTISOCIAIS e ao SUICÍDIO, INCAPACIDADE de CONCENTRAÇÃO e muitos outros fenômenos dêste período crítico do homem, principalmente os TRANSTORNOS CARDIO-VASCULARES e os DISTÚRBIOS da ESFERA SEXUAL. (continua da 14ª parte).

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, terça-feira, 15 de março de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – Livro do Dr. OLÍVIO MARTINS – O PODER CURATIVO DO SANGUE – “Menos Remédios e Mais Ciência”. 8ª EDIÇÃO – 1960 – Rio de Janeiro – páginas 68, 69, 70, 71 e 72. (2) – Outras fontes.