A LIBERDADE... (...). "O PODER CURATIVO DO SANGUE" - Por Dr. OLÍVIO MARTINS - (Médico nascido em Santo Amaro (BA). - 6ª parte - "DEUS, dívidas e DEUS".

AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...

Artigo Extra.

O PODER CURATIVO DO SANGUE.

(6ª parte).

Página 26 – Está em branco, ou seja, nada consta.

Páginas 27, 28, 29, 30, 31 e 32. III – DOENÇAS PULMONARES E GRIPE.

Onde, porém, a HEMOTERAPIA tem maiores aplicações e triunfos é no tratamento das doenças do aparelho respiratório. O Dr. Sthal, da Alemanha, em um dos seus artigos médicos, traduzido pela “Revista Clínica e Terapêutica, diz que oferece evidentes vantagens nas “Pneumonias em que provoca um grande melhoramento que pode ser notado desde as 24 horas, nas Bronco-Pneumonias, nas Bronquites, na Gripe, na Pleurite Sêca”.

Muitos dos nossos clientes tratados, embora de outras doenças, e que, constantemente, estavam sujeitos à gripe, adquirindo maior resistência orgânica contra as infecções em geral, com o tratamento pela VACINA do SANGUE, têm se libertado dêsses estados mórbidos produzidos, periòdicamente pela gripe.

Em nossa clínica, temos clientes que fazem, anualmente, uma série de VACINA do SANGUE com o fim exclusivo de levantar as defesas naturais do organismo e se imunizarem contra a gripe, o que felizmente conseguem, na maioria dos casos.

Observações do escriba:

1ª - Os leitores mais atentos devem refletir com aguçado raciocínio, e entender que a VACINA do SANGUE defendida pelo médico baiano Dr. OLÍVIO MARTINS, nestes casos citados acima, têm uma ação PREVENTIVA, ou seja, LEVANTAR as DEFESAS NATURAIS do ORGANISMO para se PREVENIR contra uma possível GRIPE.

2ª – No caso da AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), preconizada pelo médico carioca Dr. LUIZ MOURA, - uma terapia bem mais prática e mais barata – baseada em estudos CIENTÍFICOS do cirurgião torácico Dr. JÉSSE TEIXEIRA – comprovou na década de 30 do século passado (século XX), que a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) estimula a produção das CÉLULAS de DEFESA do nosso ORGANISMO, chamadas de MACRÓFAGOS, em até quatro vezes, passando de 5% para 20%, aproximadamente.

3ª – Relembrando aos leitores que no Livro do Dr. OLÍVIO MARTINS a expressão REAÇÃO MACROFÁGICA já foi mencionada no artigo anterior. E, REAÇÃO MACROFÁGICA, só pode derivar de MACRÓFAGOS!

Porém, a tuberculose é a responsável pelo maior número de vítimas, tornando-se um sério problema não só de ordem particular, como especialmente de ordem social.

A tuberculose se instala no organismo humano, comumente, nos três primeiros anos de vida. A criança contamina-se e, graças ao seu poder defensivo, ela luta contra a doença. Mas, se essa reação natural do organismo fôr insuficiente, ela morre, geralmente, de complicações bronco-pulmonares. Se ela dispõe de melhor resistência e repele o ataque, não fica sendo doente, e sim, predisposta à tuberculose, que reaparece com localizações pulmonares, ganglionares, ósseas, etc., sempre que decai êsse poder de auto-defesa orgânica.

Poderemos, então, levar tôda a existência como portadores de bacilos de Koch, sem, entretanto, tornarmo-nos tuberculosos, em virtude de nossas próprias defesas naturais.

Graças, portanto, a essas DEFESAS NATURAIS, que são reações próprias do organismo, é que devemos os êxitos na recuperação da saúde. O papel do médico é, apenas, de auxiliar o doente na luta contra a doença. Assim, êle “deve ser útil ao doente ou, pelo menos, não prejudicá-lo”.

Portanto, o médico trata, e o doente é que se cura. Vejamos a verdade neste exemplo: - Se um indivíduo sofre uma incisão na pele, o médico intervém, apenas, na limpeza e junção das bordas da ferida, e ao organismo cabe a função principal, isto é, a da formação da FIBRINA, graças aos elementos próprios contidos no SANGUE, no ponto atingido, a fim de produzir a CICRATIZAÇÃO do tecido. E, ainda, por intermédio do SANGUE, mobiliza o seu exército de GLÓBULOS BRANCOS (LEUCÓCITOS) para dar caça e destruir os germes patogênicos que tenham permanecido no local do ferimento.

Observações do escriba:

1ª – O Dr. OLÍVIO MARTINS nos dá um exemplo muito simples e extremamente inteligente de como funciona o “binômio” médico-paciente.

2ª – O médico ajuda até certo ponto. No entanto, se o organismo do paciente for deficitário, - (neste caso bem exemplificado) - do ponto de vista IMUNOLÓGICO, a vaca vai pro brejo.

3ª – Você leitora, ou você leitor, durante a sua vida já deve ter realizado um exame chamado HEMOGRAMA ou HEMOGRAMA COMPLETO. Tal exame estuda os elementos que existem em seu SANGUE circulante, ou seja, no seu SANGUE periférico.

4ª – O referido exame é basicamente composto de três partes, a saber: - 1º - O ERITROGRAMA (eritrócitos, hemácias ou glóbulos vermelhos). 2º - O LEUCOGRAMA (leucócitos ou glóbulos brancos). 3º - O PLAQUETOGRAMA (plaquetas ou trombócitos).

5ª – Examinado atentamente o LEUCOGRAMA, vocês encontrarão basicamente o seguinte, por ordem alfabética: I – BASÓFILOS. II – EOSINÓFILOS. III – LINFÓCITOS. IV- MONÓCITOS. V – NEUTRÓFILOS. VI – OUTROS.

6ª – Esses cinco tipos de CÉLULAS diferentes, são as principais CÉLULAS de DEFESA do nosso ORGANISMO, que devem ser encontradas no seu SANGUE retirado no LABORATÓRIO.

7ª – No entanto existem umas células muito especiais de DEFESA do nosso ORGANISMO, que jamais são encontradas nos HEMOGRAMAS.

8ª – Sendo CÉLULAS de DEFESA do nosso ORGANISMO, elas deveriam ser encontradas entre as CÉLULAS do LEUCOGRAMA. No entanto elas nunca aparecem por lá. POR QUÊ?

9ª – O nome das misteriosas CÉLULAS chama-se MCRÓFAGOS! Mas, como encontrá-las? Mas, onde encontrá-las? Eis aí uma instigante e intrigante linha de pesquisa científica. Pesquisas estas que a “comunidade científica” não quer realizar de maneira alguma. Mas, POR QUÊ?

A tuberculose está sempre na dependência das reações do organismo. É a célebre questão de terreno. Já o grande CLAUDE BERNARD dizia: - “O MICRÓBIO não é nada, o TERRENO é tudo”. – Há quem diga, que o próprio Pasteur, o descobridor do primeiro micróbio, tivesse em sua hora extrema, balbuciado a mesma frase: “Bernard avait raison; le microbe n’est rien, le terrain est tout”.

Não vamos ventilar, aqui, estas questões porque são complexas. Digamos, apenas, de passagem, que muitos tuberculosos se curam, até espontâneamente, sempre que lhes sejam favoráveis as condições de terreno.

Atualmente, o tratamento da tuberculose estriba-se na estreptomicina, na hidrazida e no PAS, e em alguns casos na cirurgia, deixando para tráz as tuberculinas, os sais de ouro, o pneumotórax, etc. Apesar dos bons resultados verificados com os novos processos, entretanto, todos êles apresentam alguns inconvenientes, o que não acontece com as VACINAS do SANGUE que são eficientes e sem nenhuma contra-indicação.

Vamos ilustrar êste capítulo com algumas observações clínicas. A primeira é a de uma tuberculose pulmonar que vinha evoluindo, desde 1931, apesar de terem aplicado ao caso quase todos os recursos terapêuticos usuais, como sejam: sais de ouro, pneumotórax artificial, tuberculinas, medicações tônicas variadas, etc., e que o tratamento com a VACINA do SANGUE, tem sido eficaz, como se vê pelos dados clínicos e radiográficos juntos.

Trata-se de M. A. S., solteira, estatura alta, 24 anos de idade, que, de 1931 a 1935, fêz tratamento pelo pneumotórax e chegou a tomar durante êsse tempo, cerca de 12 gramas de Sanacrisina, e sempre febril.

Em 1936, teve recaída, perturbações gastro-intestinais, e ainda febril, tomando, durante o ano, mais 8 gramas de sais de ouro. Durante 1937, continuou febril e tomou duas séries de tuberculinas.

Em 1938, fêz tôda sorte de medicação tônica, com base de cálcio, óleo de fígado de bacalhau, extrato hepático, etc.

Observação do escriba: É a primeira vez que leio sobre o uso de sais de ouro no tratamento da tuberculose.

Em 1939, março, nova recaída, escarros sanguinolentos, e febril. Em seis de abril, tirou uma radiografia dos pulmões onde se vê extensas lesões. (vide página 40).

No dia 25 do mesmo mês, procurou-nos, dando SANGUE para sua primeira série HEMOTERÁPICA. Estava, nesta ocasião, febril, com ligeira dispnéia, tosse, e pesava 49 quilos. Em junho, terminou a primeira série, com melhoras gerais acentuadas e 1 quilo a mais de pêso.

No dia 11 de julho, deu SANGUE para a segunda série que terminou em 21 de agôsto, pesando 51 e meio quilos, logo com um aumento de dois e meio quilos, não tendo mais dispnéia, a tosse bastante diminuída e a temperatura não indo além de 37 graus.

Em 27 de novembro, tirou-se uma segunda radiografia, (vide página 41) que acompanha o laudo do médico radiologista, Professor Dr. Otávio Simões, onde se lê o seguinte:

“As alterações radiográficas que apresenta a chapa de agora são muito menos acentuadas que as da anterior. Algumas imagens mesmo desapareceram. A opacidade do ápice esquerdo é muito menor. A clareza do pulmão direito bem maior. Há, portanto, evidentes sinais radiográficos de melhorias. Insista no tratamento. Muito Grato. O. Simões. Rio, 29-VIII-39”. (Vide página 31).

A cliente terminou o seu tratamento HEMOTERÁPICO e seguiu depois para o interior de São Paulo. Atualmente, acha-se bem disposta e satisfeita.

Outra observação é a de um caso de fístula pleuro-costal, de origem tuberculosa, aberta há mais de dez meses. Trata-se de J. G., vindo de São Paulo, que nos procurou em estado de desânimo e descrente de sua cura, visto já ter passado por uma série de tratamentos, mesmo em serviços hospitalares especializados, sem nenhum resultado. Êste paciente iniciou o tratamento, em nossa clínica, pela VACINA do SANGUE, (página 30, que terá continuidade na página 32).

Página 31 - Observação do escriba: Aqui interrompemos a nossa narrativa para informar que na página 31, realmente existe o laudo radiológico do Dr. Octavio Simões – Assistente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Clínico de Doenças do Coração e das Glândulas Endócrinas – Moléstias Internas. Eletrocardiogramas – Radiologia – Edifício “REX” – Andar 13 – Salas 1312 e 1313. Além do laudo radiológico, tais informações constam no receituário do Dr. Octavio Simões.

Página 32 (continuação da página 30) – não tendo tido melhoras durante o emprêgo da primeira série, e, pelo contrário, queixava-se de que a fístula supurava ainda mais. Trezes dias após ter terminado esta primeira série, de dez VACINAS, êle voltou ao nosso consultório, com expressões de grande contentamento, para comunicar-nos que a fístula havia fechado, sem ter feito outro tratamento. E assim tem permanecido há mais de dez meses.

Êste caso foi comprovado, em nosso consultório, pelo ilustre e culto colega Professor Dr. Cesar Perneta e, ainda, com o consentimento do paciente, pelo Sr. Jesus Gonçalves, fundador da conceituada revista “Vida Doméstica”. (Vide ilustração à página 39). Doenças Pulmonares e Gripe continua na 7ª parte.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, quarta-feira, 09 de março de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – Livro do Dr. OLÍVIO MARTINS – O PODER CURATIVO DO SANGUE – “Menos Remédios e Mais Ciência”. - 8ª EDIÇÃO – 1960 – Rio de Janeiro – páginas 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32. (2) – Outras fontes.