A LIBERDADE... (...). "O PODER CURATIVO DO SANGUE" - "Por Dr. OLÍVIO MARTINS - Médico nascido em Santo Amaro (BA)". - 2ª parte. "DEUS, dívidas e DEUS".
AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...
Artigo Extra.
O PODER CURATIVO DO SANGUE.
(2ª parte).
Páginas 11 e 12 – Esclarecendo.
As Seleções Reader’s Digest, inegàvelmente, trazem ao conhecimento do público os mais recentes e palpitantes assuntos. Apesar de não ser um órgão técnico em ciência, entretanto, com oportunidade, condensam de revistas médicas matérias que despertam interêsse àqueles que preferem esta espécie de leitura ligeira. Assim, em seu número de outubro de 1944, publicou um interessante artigo, assinado por Lois Mattox Miller, extraído da revista “Hygéia”, sob o título “O MULTIFORME PODER CURATIVO DO SANGUE”, que nos despertou a atenção, porque tínhamos, anteriormente, publicado um trabalho intitulado “O PODER CURATIVO DO SANGUE”.
Da leitura do citado artigo, conclue-se que, atualmente, os norte-americanos estão, também, interessados no aproveitamento dos elementos sanguíneos como armas de combate às doenças.
Observações do escriba:
1ª – Como já dissemos aos leitores, do Dr. OLÍVIO MARTINS, nós possuímos duas edições do livro “O PODER CURATIVO DO SANGUE”. A 9ª Edição (de 1969) e a 8ª Edição (de 1960).
2ª – Como ficou bastante evidente acima, o artigo “O MULTIFORME PODER CURATIVO DO SANGUE” foi publicado em outubro de 1944.
3ª – É bem provável que a 1ª Edição do Livro do Dr. OLÍVIO MARTINS, com o título “O PODER CURATIVO DO SANGUE”, tenha sido publicado antes desta data.
4ª – Em algum lugar devem ter sido “arquivados” a 7ª, a 6ª, a 5ª, a 4ª, a 3ª, a 2ª e a 1ª Edição.
Convém lembrar que não é o sangue integral, em natureza, que constitui a eficácia desta terapêutica. Sempre combatemos a maneira empírica, e às vêzes prejudicial, de se retirar sangue das veias e, em seguida, injetá-lo nos músculos, denominada AUTO-HEMOTERAPIA (a-1).
O PODER CURATIVO DO SANGUE consiste em seus elementos convenientemente aproveitados de maneira científica, o que requer TÉCNICA ESPECIAL DE LABORATÓRIO (a-2). Nesta parte, nós antecedemos bastante aos cientistas estrangeiros, pois, hoje, com referência aos anti-corpos contidos nas globulinas, eles perguntam: “Por que não isolar tais anti-corpos e pô-los em atividade?” Ora, com a técnica que adotamos em nossos serviços clínicos, os tais anti-corpos são isolados e postos em atividade na VACINA DO SANGUE, e isto fazemos desde há muitos anos.
“RESENHA CLÍNICO-CIENTÍFICA” (a-3), por exemplo, em um dos seus magníficos artigos sobre “as frações do SANGUE humano e seu emprego terapêutico”, referindo-se a certas doenças descreve: - “É bem possível que as soroglobulinas extraídas do SANGUE de convalescentes de outras moléstias causadas por vírus, encontrem aplicações no tratamento dessas mesmas doenças, contra as quais nada podem as sulfas e a penicilina”.
O Professor Aloysio de Castro, prefaciando a “Hematologia Aplicada”, da autoria do Dr. José de Paulo e Silva, disse: - “A um grande clínico francês coube entrever o mundo desconhecido que se ia desvendar no domínio da hematologia”. Uma frase, ainda que dure, pode não passar de uma frase, no sentido de cousa sonora e vazia. Mas há frases que ficam por conterem verdades no curto do enunciado. Tal sucedeu à frase de Heyem, quando prognosticou, nas suas “Lições sôbre as doenças do SANGUE”, nos últimos anos do século de oitocentos: - “O futuro pertence à hematologia”.
Dr. Olívio Martins.
Observações do escriba:
1ª – Dr. OLÍVIO MARTINS defende a VACINA AUTOTERÁPICA, defende a AUTOTERAPIA, e, portanto, defende a VACINA DO SANGUE. Afinal são três coisas iguais, é a mesma TERAPIA.
2ª – Se no Livro dele consta a expressão AUTO-HEMOTERAPIA (a-1), significa que ele tinha conhecimento na época, de tal TERAPIA. Escreveu ele: “Convém lembrar que não é o SANGUE INTEGRAL, em NATUREZA, que constitui a eficácia desta TERAPÊUTICA”. Por conseguinte, a AUTO-HEMOTERAPIA preconizada pelo Dr. LUIZ MOURA era combatida por Dr. OLÍVIO MARTINS.
3ª – Também escreveu Dr. OLÍVIO MARTINS: “O PODER CURATIVO DO SANGUE consiste em seus elementos convenientemente aproveitados de maneira CIENTÍFICA, o que requer TÉCNICA ESPECIAL DE LABORATÓRIO” (a-2).
4ª – É bem provável que Dr. OLÍVIO MARTINS ao falar de TÉCNICA ESPECIAL DE LABORATÓRIO (a-2) esteja se referindo à centrifugação ou à ultracentrifugação. A ultracentrífuga foi inventada em 1925 por Theodor Svedberg que ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1926. A centrífuga é anterior à ultracentrífuga. Lembrando aos leitores que Dr. OLÍVIO MARTINS, além de MÉDICO (1929), também era FARMACÊUTICO-QUÍMICO (1923).
5ª – A VACINA DO SANGUE, preconizada antigamente pelo Dr. OLÍVIO MARTINS, nos faz lembrar o PLASMA RICO em PLAQUETAS (PRP), atualmente muito em moda, e que é aceita sem contestações pela medicina oficial. O PLASMA RICO em PLAQUETAS (PRP) é usado por ortopedistas, traumatologistas, cirurgiões maxilo-faciais, cirurgiões gerais, etc. O PLASMA RICO em PLAQUETAS (PRP) acelera a cicatrização de cartilagens, ligamentos, músculos, ossos, tendões, etc. O PLASMA RICO em PLAQUETAS (PRP) é assim preparado:
1º - Coleta de SANGUE do paciente.
2º - Adição de citrato para evitar coagulação.
3º - Centrifugação.
4º - Ativação do coágulo (com trombina bovina).
5º - Aplicação (INJEÇÕES).
6ª – Em certos tipos de cirurgias é indicado o uso da ANESTESIA RAQUIDIANA ou RAQUIANESTESIA. A anestesia transcorre normalmente e a cirurgia é muito bem sucedida. No entanto, em alguns pacientes, após o ato cirúrgico concluído, surge um dor de cabeça (cefaleia) muito intensa e que é refratária a todo tipo de medicamento convencional. Em outras palavras, a dor de cabeça intensa não cede com nenhum tipo de medicamento.
Nestes casos o anestesiologista recorre ao chamado TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL (TSP) para combater a cefaleia. O anestesista retira uma determinada quantidade de sangue da VEIA do paciente, e aplica-o no ESPAÇO PERIDURAL. A dor de cabeça desaparece em pouco tempo. Tal procedimento - TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL (TSP) – é plenamente aceito pela comunidade científica nacional e internacional.
Vamos repetir o que é TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL (TSP). O anestesiologista retira SANGUE da VEIA do paciente, e aplica o SANGUE VENOSO no ESPAÇO PERIDURAL do PRÓPRIO PACIENTE. Isto é um ato médico, isto é uma TERAPIA médica, que só deve ser realizada por anestesiologistas.
Podemos ousadamente dizer que o TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL (TSP), é uma espécie de AUTO-HEMOTERAPIA (AHT)? Isto não é nenhuma ousadia. Isto é uma afirmação!
E tem mais uma “pequena” diferença: No caso do TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL (TSP), o SANGUE é retirado da VEIA do paciente, e o SANGUE VENOSO do próprio paciente é aplicado no ESPAÇO PERIDURAL do próprio paciente, do jeito que vier, com ou sem contaminação, prestem bem atenção, no INTERIOR da delicadíssima MEDULA ESPINHAL.
Já a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) é aplicada em MÚSCULOS, “órgãos” expostos a todos os tipos de agressões (calor, frio, radiações, bactérias, fungos, vírus, etc.).
Podemos também afirmar que a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) é muito mais segura do que o próprio TAMPÃO SANGUÍNEO PERIDURAL (TSP). Em resumo, a AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) é absolutamente inofensiva.
Podemos ainda suspeitar, que a TÉCNICA ESPECIAL DE LABORATÓRIO (a-2) usada há muito tempo atrás pelo Dr. OLÍVIO MARTINS, para a elaboração da VACINA DO SANGUE, deve ter sido algo muito parecido com as TÉCNICAS LABORATORIAIS usadas na atualidade, para o preparo do PLASMA RICO em PLAQUETAS (PRP).
Podemos também afirmar que o PLASMA RICO em PLAQUETAS (PRP), nada mais é do que uma forma de AUTO-HEMOTERAPIA (AHT) modificada, na qual são utilizadas TÉCNICAS LABORATORIAIS. E ponto final.
Sobre a “RESENHA CLÍNICO-CIENTÍFICA” (a-3) citada no artigo escreveremos depois.
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, terça-feira, 08 de março de 2016.
Jorge Martins Cardoso – Médico (e futuro BANQUEIRO) – CREMESE – 573.
Fontes: (1) – Livro do Dr. OLÍVIO MARTINS – O PODER CURATIVO DO SANGUE – “Menos Remédios e Mais Ciência” – 8ª EDIÇÃO – 1960 – Rio de Janeiro – Páginas 11 e 12. (2) – Wikipédia. (3) – Jornal do CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. (4) – Outras fontes.