A LIBERDADE... (...). "DEUS, dólares e dinheiro. Dólares, DEUS e dinheiro. Dúvidas e dívidas! Dívidas ou dúvidas?" - 9ª parte.

O “Ouro Amarelo”, o “Ouro Negro” e o “Ouro Vermelho”. (9ª parte).

LSD.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

LSD é a sigla de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentes SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS conhecidas.

O LSD, ou mais precisamente LSD25, é um composto cristalino, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do FUNGO Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcaloides produzidos por esta cravagem.

Foi sintetizado pela primeira vez em 1938 e, em 1943, o químico suíço Albert Hofmann, enquanto trabalhava na Sandoz, ''acidentalmente'' descobriu os seus efeitos, de que se tornou entusiasta até sua morte aos 102 anos.

A dietilamida do ÁCIDO LISÉRGICO é sintetizada a partir da cravagem de um FUNGO do centeio (Claviceps purpurea) fazendo primeiramente ÁCIDO LISÉRGICO obtido a partir da hidrolisação da ERGOTAMINA (substância obtida no FUNGO). Então é feita uma adição redutiva da Dietilamida formando Dietilamida do ÁCIDO LISÉRGICO (LSD).

Extremamente diluída, apresenta-se normalmente em barras, cápsulas, tiras de gelatina, líquidos, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas.

É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injetada ou inalada.

A substância age sobre os SISTEMAS NEUROTRANSMISSORES serotononérgicos e dopaminérgicos.

Ademais, inibe a atividade dos NEURÔNIOS do rafe (importantes em nível visual e sensorial), no entanto há hiperatividade e alteração de todos os sentidos.

Hoje é menos utilizada clinicamente, posto haver dificuldade em conseguir permissão dos governos, mas já foi extensivamente usada e pesquisada em décadas passadas.

Há pesquisas quanto a sua administração em pacientes terminais de CÂNCER em alguns países desenvolvidos - acredita-se que a substância pode ajudá-los a lidar com a IDEIA do ÓBITO e também funcionar como potente analgésico.

A droga foi muito visada em pesquisas. PSIQUIATRAS e demais estudiosos do tema a testaram em si mesmos para melhor entender desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo teorias e dadas experiências era possível simular a ESQUIZOFRENIA sob seu efeito, entre outras condições semelhantes.

Após certa experimentação e maior divulgação na comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o inconsciente tornava-se intensamente acessível por meio do LSD, ajudando o paciente a chegar a uma nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psico-afetivo.

STANISLAV GROF, PSIQUIATRA tcheco, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática nos Estados Unidos, mas teve de abandoná-la oficialmente e procurar alternativas após a ILEGALIDADE do LSD.

Atribui-se auxílio na descoberta da estrutura do DNA, que rendeu o prêmio nobel a FRANCIS CRICK, à mente brilhante do cientista sob o LSD.

Similarmente ao modo como a molécula de BENZENO (a) foi descoberta no século XIX em um sonho por FRIEDRICH von STRADONITZ, Crick visualizou a dupla hélice do DNA pela primeira vez, em meados do século XX, sob a influência essencialmente onírica do LSD.

Outra mente inventiva famosa que considerava a experiência com LSD como uma das mais importantes de sua vida foi STEVE JOBS, co-fundador e antigo CEO da Apple Inc..

A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade na década de 1960, estando seu consumo constantemente associado ao MOVIMENTO PSOCODÉLICO, que abrange imenso número de artistas.

Estão entre nomes famosos Jim Morrison, Emerson Lake and Palmer, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull, Tom Zé, Beatles, etc.

Seu uso associa-se também a um dos pensadores e artistas de grande peso do século XX, ALDOUS HUXLEY, este situado na produção cultural erudita, autor das famosas obras "As Portas da Percepção", "ADMIRÁVEL MUNDO NOVO” e "A Ilha".

Observações do escriba:

1ª – Em certos aspectos eu prefiro o “ADMIRÁVEL MUNDO VELHO”.

2ª – Com o desgoverno do Partido dos Trambiqueiros (PT), que ainda continua no poder, e que querem se eternizar no poder, estamos passando por uma vida de “ADMIRÁVEL GADO NOVO”.

Especula-se que SALVADOR DALI tenha feito uso da substância, visto ser bastante próximo ao vulgo "guru do LSD" Timothy Leary (apresentou-o à sua futura esposa, Nena Thurman, mãe da atriz Uma Thurman).

Nos anos dourados, o LSD, em seu auge, também teve sua proibição.

Origens e história.

“Foto: ALBERT HOFMANN, o "pai" do LSD”.

O LSD foi descoberto em 7 de abril de 1938 pelo QUÍMICO suíço Dr. ALBERT HOFMANN nos Laboratórios SANDOZ em Basel, SUÍÇA, como parte de um grande programa de pesquisa em busca de derivados da ERGOLINA que impedissem o sangramento excessivo após o parto.

A descoberta dos efeitos do LSD aconteceu quando HOFMANN, após manuseio contínuo do produto de uma das substâncias isoladas (a pequena quantidade de LSD absorvida pelo contato com a pele é, supostamente, o suficiente para produzir seus efeitos) viu-se obrigado a interromper o trabalho que estava realizando naquele instante devido aos sintomas ALICINATÓRIOS pelos quais estava passando.

Suas propriedades PSICODÉLICAS permaneceram desconhecidas até 5 anos depois, quando HOFMANN, dizendo ter um "pressentimento peculiar", voltou a trabalhar com a substância química.

Ele atribuiu a descoberta dos EFEITOS PSICOATIVOS do composto a uma absorção acidental de uma pequena porção em sua pele em 16 de abril, que o levou a testar em si próprio uma dose maior (250 µg) em 19 de abril.

“Foto: Timothy Leary, ex-professor em Harvard, após descobrir a droga, tornou-se um incentivador do seu uso massivo para fins terapêuticos, ESPIRITUAIS e recreativos, sendo PRESO nos Estados Unidos em 1972 e solto em seguida”.

Dr. HOFMANN chamou um médico, que não encontrou nenhum sintoma físico anormal, exceto suas pupilas dilatadas acentuadamente.

Depois de passar várias horas apavorado achando que havia sido possuído por um DEMÔNIO, que sua vizinha era uma BRUXA e que seus MÓVEIS estavam o AMEAÇANDO, Dr. HOFMANN temia tornar-se completamente INSANO.

Depois, testou a substância novamente, em doses muito mais baixas, passando por experiências mais amenas mas ainda assim surpreendentes, e percebeu que havia utilizado uma dosagem altíssima em seu auto-experimento inicial.

Maravilhado e intrigado com os efeitos do LSD, cunhou a DROGA como importante substância PSIQUIÁTRICA experimental e lançou-a à comunidade científica.

Até 1966, o LSD e a PSILOCIBINA eram fornecidos pelos Laboratórios SANDOZ GRATUITAMENTE para cientistas interessados sob a marca chamada "Delysid".

O uso destes compostos por PSIQUIATRAS para obterem um entendimento subjetivo melhor de como era a experiência de um ESQUIZOFRÊNICO foi uma prática aceita.

Muitos usos clínicos foram conduzidos com o LSD para psicoterapia psicodélica, geralmente com resultados muito positivos.

O LSD foi inicialmente utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais e obteve grandes êxitos.

Com o movimento psicodélico na Inglaterra na década de 1960, passou a tomar conta das noites londrinas e do cenário musical inglês.

O consumo do LSD difundiu-se nos meios universitários norte-americanos, hippies, grupos de música pop, ambientes literários, etc.

Recentemente verificou-se um aumento do consumo de LSD, com a cultura de festas de música eletrônica chamadas RAVES.

Estima-se que ainda ocorra muito o uso nos meios artístico, intelectual e terapêutico.

Regulamentação e Pesquisa.

Os serviços de inteligência da Guerra Fria estavam muito interessados nas possibilidades de utilizar o LSD em INTERROGATÓRIOS e em CONTROLE da MENTE, e também para uma engenharia social de larga escala.

A CIA conduziu diversas pesquisas sobre o LSD, das quais a maioria foi destruída.

O LSD foi a área central de pesquisa do PROJETO MKULTRA, um codinome para o projeto da CIA de controle de mentes.

As pesquisas deste projeto tiveram início em 1953 e continuaram até 1972.

Alguns testes também foram conduzidos pelo Laboratório BIOMÉDICO do Exército dos Estados Unidos. Voluntários tomaram LSD e então passaram por uma bateria de testes para investigar os efeitos da droga nos soldados.

Baseado nos registros públicos disponíveis, o projeto parece ter concluído que a droga era de pouco uso prático para o controle de mente, levando o projeto a desistir do seu uso.

Os projetos da CIA e do exército norte-americano se tornaram muito controversos quando eles vieram ao conhecimento da população nos anos 1970s, já que os voluntários dos testes NÃO ERAM NORMALMENTE INFORMADOS SOBRE A NATUREZA DOS EXPERIMENTOS, ou mesmo se eles eram testados nos experimentos.

Muitas pessoas testadas desenvolveram DOENÇA MENTAL SEVERA e até cometeram SUICÍDIO após os experimentos.

A maioria dos registros do projeto MKULTRA foi destruída em 1973.

O governo britânico também se interessou em testar o LSD, em 1953 e 1954, com os cientistas trabalhando para procurar uma "DROGA DA VERDADE".

Os voluntários dos testes não eram informados de que estavam consumindo LSD, e foi informado a eles que estavam fazendo pesquisas para outras doenças.

Um voluntário, na época com 19 anos, relatou ver "paredes derretendo, e rachaduras aparecendo nos rostos das pessoas, olhos que corriam nas bochechas, entre outras figuras".

Depois de manter os testes em segredo por muitos anos, o governo britânico aceitou em 2006 pagar aos voluntários uma compensação financeira.

Assim como a CIA, os britânicos decidiram que o LSD não era uma droga útil para propósitos de controle de mente.

O LSD se tornou primeiramente recreacional em um pequeno grupo de profissionais de saúde que estudavam a mente, como PSIQUIATRAS e psicólogos, durantes os anos 1950.

Diversos profissionais da saúde se envolveram em pesquisas sobre o LSD, mais notavelmente os professores de Harvard Dr. Timothy Leary e Richard Alpert, e se convenceram do potencial do LSD como uma ferramenta para o crescimento ESPIRITUAL.

Em 1961, o Dr. Timothy Leary recebeu uma quantia de dinheiro da Universidade de Harvard para estudar os efeitos do LSD em voluntários. 3.500 doses foram dadas para mais de 400 pessoas. Daqueles testados, 90% disseram que eles gostariam de repetir a experiência, 83% disseram ter aprendido alguma coisa ou ter tido uma "iluminação" (insight), e 62% disseram que o LSD mudou suas vidas para melhor.

A droga foi proibida nos Estados Unidos em 1967, com as pesquisas terapêuticas científicas assim como pesquisas individuais também se tornando cada vez mais difíceis de se realizar.

Muitos outros países, sob pressão dos Estados Unidos, rapidamente seguiram a restrição.

Desde 1967, o uso recreacional e terapêutico do LSD tem continuado em muitos países, suportado por UM MERCADO NEGRO e uma demanda popular pela droga.

Experimentos de pesquisa acadêmica legalizados ainda são conduzidos esporadicamente, mas nem sempre envolvem seres humanos.

Apesar de sua proibição, a cultura hippie continuou a promover o uso regular de LSD, a da música eletrônica o aumentou muito, e renomados promovedores da cultura erudita e da científica ainda o cultuam com certo vigor.

De acordo com Leigh Henderson e William Glass, dois pesquisadores associados ao Instituto Nacional das Drogas de Abuso dos Estados Unidos que fizeram uma pesquisa na literatura médica em 1994, o uso do LSD é relativamente incomum quando comparado com o abuso da bebida alcóolica, cocaína e drogas de prescrição.

Henderson e Glass concluíram que os usuários de LSD típicos usam a substância em épocas infrequentes, abandonando o uso dois a quatro anos após.

No geral, o LSD pareceu ter menos consequências adversas na saúde, das quais as bad trips foram as mais relatadas (e, os pesquisadores concluíram, uma das principais razões pelas quais os jovens param de usar a droga).

Dosagem.

“Foto: Comparação do tamanho de um papel de LSD ao de um fósforo”.

O LSD é, por massa, um dos princípios ativos mais potentes já descobertos. As dosagens de LSD são medidas em microgramas (µg), a parte milionésima de um grama (1µg = 0.000001g).

Em comparação, as doses de quase todas as drogas, sejam recreacionais ou medicinais, são medidas em miligramas (1 mg = 0.001g).

HOFMANN determinou que uma dose ativa de MESCALINA, aproximadamente 0,2 a 0,5 g, tem efeitos comparáveis a 100 µg ou menos de LSD. Em outras palavras, o LSD é entre cinco ou dez mil vezes mais ativo que a MESCLAINA.

Enquanto uma dose típica única de LSD pode estar entre 100 e 500 microgramas — uma quantidade aproximadamente igual a um décimo da massa de um grão de areia — seus efeitos mínimos já podem ser sentidos com pequenas quantidades como 20 microgramas.

De acordo com Stoll, o nível de dose que irá produzir um efeito ALUCINÓGENO em humanos é considerado ser 20 a 30 µg, com os efeitos da droga se tornando marcadamente mais evidentes com dosagens mais altas.

De acordo com um "review" de Glass e Henderson, os produtos oriundos do MERCADO NEGRO de LSD, em geral, não sofrem adulterações, embora algumas vezes sejam contaminados por produtos derivados da fabricação.

As doses típicas nos anos 1960 variavam de 200 a 1000 µg, enquanto as amostras encontradas nas ruas dos anos 1970 continham 30 a 300 µg.

Na metade dos anos 1980, a média tinha reduzido para 100 a 125 µg, abaixando ainda mais nos anos 1990 para 20–80 µg. (Glass e Henderson concluíram que doses menores geralmente produziam menos bad trips.)

Dosagens por alguns usuários podem ser tão altas como 1.200 µg (1,2 mg), mesmo que uma dose tão alta possa gerar reações físicas e psicológicas desagradáveis.

No entanto, a fisiologia humana não desenvolve tolerância a longo prazo ao LSD e, geralmente, apenas usuários desavisados consomem quantias próximas a 1 mg em uma única dose.

Supõe-se que a DOSE LETAL (LD50) do LSD varie de 200 µg/kg a mais de 1 mg/kg de massa corporal humana, embora a maioria das fontes relatem que não há casos conhecidos de humanos com uma OVERDOSE dessa quantia.

Mostrou-se que existe uma tolerância cruzada entre o LSD, MESCALINA e PSILOCIBINA.

A tolerância ao LSD é temporária, desaparece depois de alguns dias de abstenção do uso. Não é possível readministrar a substância logo após o término de seu principal efeito, que não vigora durante o período de tolerância.

OVERDOSE.

Inexistem estudos que comprovem a OVERDOSE por LSD, mesmo doses maciças são toleradas devido ao mecanismo de ação da droga, que se dá pelo antagonismo dos receptores pré-sinápticos da serotonina, diminuindo a concentração de serotonina na fenda sináptica.

Por consequência, inexiste dose letal para a droga em sua forma pura, implicando que aumentos na dosagem não levam a aumentos no efeito tóxico, a partir de uma dosagem limite, sendo que o excesso é eliminado pelo organismo da forma usual (desintoxicação hepática e eliminação pela urina dos metabólitos solúveis).

Efeitos.

“Foto: Representação em 3D da molécula de LSD”.

Os efeitos variam conforme a PSIQUÉ da pessoa, considerando sobretudo seu estado psicológico momentâneo e o contexto físico em que se insere (ambiente), podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis.

A maioria dos estudos apontam que "impurezas" na substância não são importantes, por serem inativas, e nas doses tradicionais (minúsculas) não há espaço para outros psicoativos.

O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranoia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem” (bad trip).

Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade motora, sonolência, aumento da temperatura corporal durante a atividade da droga.

Esses efeitos são atribuídos à alteração temporária do sistema nervoso central e não à ação da substância sobre a massa corpórea como um todo.

Ações consecutivas do LSD.

• Latência, de 30 minutos a 3 horas.

• Frio ou calor, dor de cabeça ou completa analgesia, agitação mental ou relaxamento, insônia e, necessariamente, dilatação da pupila.

• Languidez, fraqueza, necessidade de descanso e de redução de estímulos sensoriais.

• Sensações de extrema alegria e felicidade, ou de muito medo e angústia.

• Alterações temporais, espaciais, visuais, táteis, gustativas, olfativas e auditivas.

Farmacocinética.

Os efeitos do LSD normalmente duram de oito a doze horas. Já foi relatado que: "distúrbios intermitentes podem ocasionalmente persistir por diversos dias."

Ao contrário dos registros anteriores e da crença comum, os efeitos do LSD não duram mais do que os níveis de concentração da droga no sangue.

Aghajanian e Bing encontraram uma meia-vida de eliminação para o LSD de 175 minutos, ao passo que, mais recentemente, Papac e Foltz disseram que 1 µg/kg de LSD oral dado a um voluntário homem tinha uma meia vida de eliminação plasmática aparentemente de 5,1 horas, com um pico de concentração no plasma de 1,9 ng/mL três horas após a dose ser tomada.

Além disso, Aghajanian e Bing encontraram que as concentrações sanguíneas de LSD se relacionavam com as dificuldades dos voluntários em responder problemas aritméticos simples.

Estima-se que a indução de um estado extremamente alterado de consciência por meio do LSD seja similar (mas indubitavelmente mais forte) a uma hipnose potencializada ou a um sonho lúcido, causando impacto psicológico tão grande que mesmo após a substância ter sido completamente eliminada do corpo, leva-se horas para retornar a consciência a um nível de normalidade que o experimentador admita para si.

Físicos.

“Foto: A dilatação das pupilas é uma das reações físicas ao LSD”.

As reações físicas ao LSD são marcadamente temporárias, extremamente variáveis e podem incluir o seguinte: contrações uterinas, hipotermia ou hipertermia, níveis elevados de glicemia, piloereção (na pele), aumento da frequência cardíaca, mandíbula presa, transpiração, pupilas dilatadas, produção de muco, insônia, parestesia, euforia, hiperreflexia, tremores e sinestesia.

Os usuários de LSD relatam hipoestesia, fraqueza. Todos os efeitos físicos são passageiros e em vista da sua variabilidade, estima-se que alguns dependam da experiência psicológica pela qual passa o indivíduo, ou seja, que são psicossomáticos.

Espirituais.

O LSD é considerado um ENTEÓGENO porque ele pode catalisar experiências espirituais intensas nas quais os usuários se sentem como se estivessem em contato com UMA ORDEM CÓSMICA ou ESPIRITUAL maior.

Alguns demonstraram alteração da percepção de como sua mente trabalha, e alguns experimentam mudanças de longa duração em suas perspectivas de vida.

Alguns usuários consideram o LSD um SACRAMENTO RELIGIOSO, uma ferramenta poderosa para terem acesso ao que é DIVINO.

Outros, em uma abordagem mais científica ou filosófica, tem uma percepção parecida, mas menos religiosa, afirmando que o amplo condicionamento social que incide sobre o nosso sistema neurológico é quebrado temporariamente e "As Portas da Percepção" são abertas, conferindo ao indivíduo imenso poder sobre si mesmo para que possa atingir um auto-conhecimento mais pleno.

Entre os argumentos mais céticos para fundamentar essa ideia, encontra-se o fato de que um maior volume do cérebro entra em atividade simultânea durante o efeito do LSD.

Alguns livros compararam o estado dos efeitos do LSD com o estado do Bodhi, a iluminação, despertar do budismo e da filosofia oriental.

Há também autores ocidentais, como ALDOUS HUXLEY, que abordam o assunto de maneira mais diversificada, essencialmente atingindo conclusões similares.

• Geralmente todos os sentidos ficam aguçados, mas não necessariamente chega-se a passar mal.

Essas experiências sob a influência do LSD foram observadas e documentadas por pesquisadores como Timothy Leary e Stanislav Grof.

Obtiveram-se evidências de que os ALUCINÓGENOS podem induzir ESTADOS MÍSTICOS RELIGIOSOS em seus usuários (pelo menos nas pessoas que têm predisposição ou CRENÇA ESPIRITUAL) e insights intelectuais em muitos dos usuários céticos.

Flashback.

Existe uma possibilidade de flashbacks, um fenômeno psicológico no qual o indivíduo experimenta um episódio de alguns dos efeitos subjetivos do LSD muito tempo depois de a droga ter sido consumida - algumas vezes, semanas, meses ou até mesmo anos após.

Os flashbacks podem incorporar tanto aspectos positivos quanto negativos das "trips" do LSD.

Esta síndrome é chamada pela PSIQUIATRIA de "Transtorno Perceptual Persistente por ALUCINÓGENOS".

Certas observações mostram que cerca de 70% dos usuários de LSD nunca apresentam os chamados "flashbacks", e a ocorrência desse fenômeno é mais comum em indivíduos que sofrem de algum DISTÚRBIO PSIQUIÁTRICO.

PSICOSE.

Existem alguns casos de LSD induzindo quadros de PSICOSE em pessoas que aparentavam estar saudáveis antes de consumirem a droga.

Este assunto foi muito estudado por uma publicação de 1984 feita por Rick Strassman.

Na maioria dos casos, a reação parecida com a PSICOSE é de curta duração, mas em outros casos ela pode ser CRÔNICA.

É difícil determinar se o LSD induz estas reações ou se ele meramente desencadeia condições latentes que poderiam se manifestar por si próprias após um certo tempo.

Diversos estudos tentaram estimar a prevalência de PSICOSES prolongadas induzidas por LSD, chegando a números de cerca de 4 em 1.000 indivíduos (0,8 em 1.000 voluntários e 1,8 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Cohen 1960; 9 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Melleson 1971).

Química.

“Foto: Os quatro possíveis isômeros do LSD. Destes, somente o LSD é PSICOATIVO”.

O LSD é um derivado da ergolina. Ele é geralmente produzido a partir da reação da dietilamina com uma forma ativa de ácido lisérgico. Sua massa molar é 323,4g/mol.

Estabilidade.

Produção.

“Foto: Material de produção de LSD apreendido nos Estados Unidos”.

Como uma dose ativa de LSD é incrivelmente pequena, um grande número de doses pode ser sintetizado a partir de uma pequena quantidade de matéria-prima.

Com cinco quilogramas do sal tartrato de ergotamina, por exemplo, pode-se fabricar aproximadamente um quilograma de LSD puro e cristalino.

Cinco quilogramas de LSD — 25 kg de tartrato de ergotamina — são capazes de gerar 100 milhões de doses típicas.

Como as massas envolvidas são tão pequenas, O TRÁFICO ILÍCITO DE LSD é muito mais fácil que o de outras DROGAS ILEGAIS como COCAÍNA ou MACONHA, em iguais quantidades de doses.

No entanto, é menos visado para uso recreativo e a demanda clandestina é muito menor.

A fabricação de LSD requer equipamentos de laboratório e experiência na área da QUÍMICA ORGÂNICA.

Leva-se dois ou três dias para produzir 30 a 100 gramas do composto puro. Acredita-se que o LSD geralmente não é produzido em grandes quantidades, mas em diversas séries de pequenos lotes.

Esta técnica minimiza a perda de precursores químicos no caso de um passo de síntese não funcionar como esperado.

Formas de LSD.

Geralmente líquido em doses diluída para microgramas em uma gota pingada na ponta da língua (ou em papel absorvente com equivalência aproximada) mas o mais usado é em forma de um cristal.

Sua forma de apresentação em papéis coloridos, cristais ou pequenos aglomerados de pó (pontos) envolvidos por fita adesiva é uma adaptação ao transporte e comercialização clandestina, onde não se tem nenhuma segurança quanto a dose, presença de impurezas e etc.

Riscos.

O LSD não causa dependência física ou psíquica. Existem também casos de "bad trip" (viagem ruim) quando se toma a droga e o efeito é de medo, paranoia e pavor (sensações ruins), o que ocorre devido à própria pessoa que ingeriu o LSD, pois já se encontrava em um estado psicológico instável.

A substância apenas catalisa as emoções presentes no indivíduo, sejam positivas ou negativas, não as causa.

Observações do escriba:

1ª - Na Wikipédia são encontradas 18 referências sobre o assunto.

2ª – O escriba refere-se à “MACUMBA” de certos PSIQUIATRAS e de certos QUÍMICOS.

3ª – Desconfia-se que o desgoverno do Partido dos Trambiqueiros (PT) sejam favoráveis à legalização da MACONHA do LSD e de outras DROGAS ILÍCITAS.

Categorias:

• Drogas psicodélicas.

• Enteógenos.

• Psicoterapia.

• PSIQUIATRIA.

BENZENO (A).

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Benzeno (ou Ciclohexeno) é um hidrocarboneto classificado como hidrocarboneto aromático, e é a base para esta classe de hidrocarbonetos.

Todos os aromáticos possuem um anel benzênico (benzeno), que, por isso, é também chamado de anel aromático, possui a fórmula C6H6.

Características organolépticas e uso prático.

O benzeno é líquido, inflamável, incolor e tem um aroma doce e agradável. É um composto tóxico, cujos vapores, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência.

Se inalados em pequenas quantidades por longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como LEUCOPENIA.

Também é conhecido por CARCINOGÊNICO.

É uma substância usada como solvente (de iodo, enxofre, graxas, ceras, etc.) e matéria-prima básica na produção de muitos compostos orgânicos importantes como fenol, anilina, trinitrotolueno, plásticos, gasolina, borracha sintética e tintas.

A benzina é uma mistura de hidrocarbonetos obtida principalmente da DESTILAÇÃO do PETRÓLEO que possui faixa de ebulição próxima ao benzeno.

Histórico.

O nome benzeno deriva do ácido benzoico, que foi descoberto no século XVI, e que recebeu este nome por ter sido obtido pela primeira vez da essência do BENJOEIRO.

A destilação seca de goma de benjoim primeiramente foi descrita por Nostradamus (1556), e posteriormente por Aleixo Pedemontanus (1560) e Blaise de Vigenère (1596).

O nome inicial do composto, benzine, foi dado pelo químico alemão Eilhardt Mitscherlich em 1833.

O benzeno foi descoberto em 1825 por Michael Faraday (1791 - 1867) no gás de iluminação usado em Londres na época.

Faraday é o mesmo cientista que descobriu vários fenômenos elétricos e determinou as leis da eletrólise.

Em 1834, o químico Edilhardt Mitscherlich determinou a fórmula molecular do benzeno como sendo C6H6.

Durante muitos anos os químicos se esforçaram para descobrir como os seis átomos de carbono e os seis de hidrogênio estavam dispostos dentro da molécula do anel benzênico.

Já na metade do século XIX, vários cientistas haviam proposto diferentes fórmulas estruturais para essa molécula. Porém nenhuma dessas proposições conseguia explicar as reações apresentadas pelo benzeno.

Foi então que FRIEDRICH AUGUST KEKULÉ von STRADONITZ, mais conhecido por apenas KEKULÉ (1829 - 1896), em 1865, DEPOIS DE UM SONHO, propôs a ideia do anel hexagonal, completada no ano seguinte com a hipótese da existência de um par de estruturas em equilíbrio, com a alternância de ligações duplas.

Compostos com anel benzênico e derivados substituídos.

• Hidrocarbonetos aromáticos - são aqueles hidrocarbonetos que geralmente possuem um ou mais benzenos (ver ressonância nesta página).

• Os radicais, gerados com a perda de um hidrogênio desses hidrocarbonetos, podem ser encontrados em vários outros compostos como radicais (fenil, benzil, orto-toluil, meta-toluil, para-toluil, α-naftil, ß-naftil.)

• Outros compostos, como os fenóis, oxigenados, são também compostos por benzeno: fenol (hidróxi-benzeno), α-naftol, orto-metil-fenol, etc.

“Foto: Derivados do benzeno”.

Muitas substâncias químicas importantes são derivados de benzeno, substituindo um ou mais dos seus átomos de hidrogênio com outro grupo funcional.

Exemplos de derivados simples de benzeno são fenol, tolueno, e anilina, abreviadas em inglês como PhOH, PhMe, e PhNH2, respectivamente.

Ligando-se anéis benzênicos tem-se bifenilo, C6H5–C6H5. Posteriores perdas de hidrogênio dão hidrocarbonetos aromáticos "fundidos", tais como o naftaleno e antraceno.

O limite do processo de fusão é o material livre de hidrogênio grafite.

Em heterocíclicos, átomos de carbono no anel de benzeno são substituídos com outros elementos. Os derivados mais importantes são os anéis contendo nitrogênio.

Substituindo-se um CH com N obtém-se o composto piridina, C5H5N. Embora benzeno e piridina sejam estruturalmente relacionados, benzeno não pode ser convertido em piridina.

A substituição de uma segunda ligação CH com N dará, dependendo da localização do segundo N, piridazina, pirimidina, e pirazina.

O fenômeno de ressonância no benzeno.

Ressonância ou mesomeria é o fenômeno que ocorre quando um composto pode ser representado por duas ou mais fórmulas estruturais, apresentando a mesma posição para os núcleos dos átomos, mas diferindo pela posição dos elétrons que fazem parte da ligação.

A estrutura mais provável é um híbrido resultante da combinação de todas as possíveis estruturas que descrevem o composto.

Cada uma das estruturas possíveis desse composto é chamada de estrutura ressonante ou canônica, e são modelos, já que a estrutura da molécula não pode ser representada por uma configuração mais simples que indique a menor entalpia e maior estabilidade da espécie química.

Um exemplo clássico é o benzeno cuja estrutura pode ser descrita como se segue abaixo :

“Foto: Benzeno”.

As estruturas da esquerda e da direita representam formas canônica do fenômeno da ressonância encontrada no benzeno. Sua estrutura, na realidade, não é nem uma e nem outra, mas algo intermediário entre elas.

Tampouco podemos dizer que a estrutura do benzeno ora é esta ou aquela, ou seja, não há oscilação entre essas estruturas.

Também não podemos dizer que o benzeno consiste de certo número de moléculas de um jeito e um certo número de moléculas do outro jeito, mas sim consiste inteiramente de uma estrutura intermediária, ou seja, a verdadeira estrutura do benzeno é IDEAL e não é possível representar.

E esta estrutura intermediária e suas propriedades não necessariamente são as médias aritméticas daquelas das estruturas canônicas.

Assim, por exemplo, no benzeno a distância carbono-carbono é 1,40 A, que não é a média aritmética das distâncias das ligações simples (1,53 A) e dupla (1,30 A).

Na atualidade o Benzeno é representado em forma de orbitais moleculares, segundo a estrutura abaixo, com um círculo interno no hexágono indicando a ressonância.

“Foto: Benzeno”.

De acordo com o modelo orbital, os carbonos do benzeno estão hibridizados na forma sp²: duas ligações com carbonos adjacentes e a outra com um átomo de hidrogênio; todas essas ligações são sigma, estando no mesmo plano.

O carbono fica ainda com um orbital p não hibridizado, para formar ligação pi com o átomo vizinho.

Então compreende-se que esta ligação é estabelecida indiferentemente entre os átomos adjacentes, ou seja, estas ligações pi não têm localizações rígidas (são deslocalizadas) podendo ocorrer em qualquer parte da molécula.

O mesmo ocorre com os elétrons pi: consideramos que estes elétrons estão distribuídos acima e abaixo ao longo de todo o plano que contém as ligações sigma.

Daí decorre a representação moderna com um anel hexagonal, contendo um círculo no seu interior.

Produção.

Traços de benzeno podem resultar quando materiais ricos em carbono passam por combustão incompleta. Isto é produzido em vulcões e incêndios florestais, e é também um componente da fumaça dos cigarros.

Benzeno é o componente principal dos produtos de combustão do PVC (policloreto de vinila).

Até a Segunda Guerra Mundial, a maior parte do benzeno era produzida como um subproduto da produção de coque (ou "óleo leve de forno de coque") na indústria do aço.

Entretanto, nos anos 50, a crescente demanda por benzeno, especialmente da crescente indústria dos plásticos, necessitou da produção de benzeno a partir do PETRÓLEO.

Hoje, a maior parte do benzeno vem da INDÚSTRIA PETROQUÍMICA, com somente uma pequena fração sendo produzida do carvão.

Quatro processos químicos contribuem para a produção industrial de benzeno: reforma catalítica, hidrodealquilação do tolueno, desproporcionação do tolueno, e craqueamento a vapor.

Nos EUA, 50% do benzeno vem da reforma catalítica e 25% do craqueamento a vapor.

Na Europa Ocidental, 50% do benzeno vem do craqueamento a vapor e 25% da reforma catalítica.

Reforma catalítica.

Em reforma catalítica, uma mistura de hidrocarbonetos com pontos de ebulição entre 60–200 °C é misturada com gás hidrogênio e então exposta a um catalisador bifuncional de cloreto de platina ou cloreto de rênio a 500–525 °C e pressões na faixa de 8–50 atm.

Sob estas condições, hidrocarbonetos alifáticos formam anéis e perdem hidrogênio tornando-se hidrocarbonetos aromáticos.

Os produtos aromáticos da reação são separados das mistura reacional (ou "reformado") por extração com qualquer um de um número de solventes, incluindo dietilenoglicol ou sulfolano, e o benzeno é então separado dos outros aromáticos por destilação.

A etapa de extração de aromáticos do reformado é projetada para produzir aromáticos com o mínimo de componentes não aromáticos.

O assim chamado processo "BTX (Benzeno-Tolueno-Xilenos)" consiste de tais etapas de extração e destilação. Um desses processos amplamente utilizado pela UOP LLC foi licenciado para os produtores chamado processo Udex.

Similarmente a esta reforma catalítica, a UOP LCC e a BP comercializaram um método partindo de GLP (principalmente propano e butano) a aromáticos.

Hidrodealquilação de tolueno.

A hidrodealquilação de tolueno converte tolueno a benzeno. Neste processo intensivo por hidrogênio, tolueno é misturado com hidrogênio, então passado sobre catalisador de óxido de cromo, molibdênio, ou platina a 500–600 °C e pressão de 40–60 atm.

Algumas vezes, temperaturas mais altas são usadas em vez de um catalisador (na similar condição de reação). Sob estas condições, desalquilação transforma tolueno em benzeno e metano:

C6H5CH3 + H2 → C6H6 + CH4

Esta reação irreversível é acompanhada por uma reação de equilíbrio lateral que produz bifenilo (também chamado difenilo) a temperatura mais alta:

2 C6H6 H2 + C6H5-C6H5

Se o fluxo das matérias-primas contém muito em componentes não aromáticos (parafinas ou naftênicos), estes são susceptíveis à decomposição de hidrocarbonetos inferiores, tais como o metano, o que aumenta o consumo de hidrogênio.

Um rendimento de reação típica ultrapassa 95%. Algumas vezes, xilenos e aromáticos mais pesados são usados em lugar de tolueno, com eficiência semelhante.

Isso é muitas vezes chamado de metodologia "com o propósito" de produzir benzeno, comparado aos processos BTX (benzeno-tolueno-xileno) convencionais.

Dismutação de tolueno.

Quando a INDÚSTRIA QUÍMICA tem demandas similares, tanto para o benzeno como para o xileno, então a desproporcionação (ou ainda desproporcionamento, que é uma dismutação) de tolueno (TDP, do inglês Toluene DisProportionation) pode ser uma alternativa a hidrodealquilação do tolueno.

Em termos gerais 2 moléculas de tolueno reagem e os grupos metilo são reorganizados de uma molécula para outra, produzindo assim uma molécula de benzeno e outra de xileno.

Dado que a demanda para para-xileno (p-xileno) substancialmente excede a demanda para outros isômeros de xileno, um refinamento do processo TDP chamado TDP seletivo (em inglês selective TDP, STDP) pode ser usado.

Neste processo, a corrente de xileno deixando a unidade de TDP é aproximadamente 90% para-xileno.

Em alguns dos atuais sistemas catalíticos, a razão benzeno-xilenos é diminuída (mais xilenos), quando a demanda de xilenos é maior.

Craqueamento a vapor.

Craqueamento a vapor é o processo para a produção de etileno e outros alquenos de hidrocarbonetos alifáticos.

Dependendo da matéria-prima utilizada na produção de olefinas, craqueamento a vapor pode produzir um subproduto líquido rico em benzeno chamado GASOLINA de pirólise.

GASOLINA de pirólise pode ser misturada com outros hidrocarbonetos como um aditivo de GASOLINA, ou destilado (no processo BTX) para ser separado em seus componentes, incluindo benzeno.

Usos.

Usos primordiais.

NO SÉCULO XIX e no INÍCIO DO SÉCULO XX, o BENZENO era usado como uma LOÇÃO PÓS BARBA devido ao seu aroma agradável.

ANTES DA DÉCADA DE 1920, o BENZENO era frequentemente usado como um solvente industrial, especialmente para desengraxe de metais.

Como sua TOXICIDADE tornou-se óbvia, o benzeno foi suplantado por outros solventes, especialmente tolueno (metil-benzeno), o qual tem propriedades físicas similares mas não é um carcinogênico.

Em 1903, Ludwig Roselius popularizou o uso de benzeno para descafeinar café.

Esta descoberta conduziu à produção de Sanka (as letras "ka" no nome da marca vindo de kaffein). Este processo foi posteriormente descontinuado.

O benzeno foi historicamente encontrado como um componente significativo em muitos produtos de consumo tais como Liquid Wrench (aproximadamente, "chave" ou "raspador" líquido), diversos removedores de tintas, massas de borracha, removedores de manchas e outros produtos contendo hidrocarbonetos.

Alguns cessaram a fabricação com fórmulas contendo benzeno em torno de 1950.

Enquanto outros continuaram a usá-lo como um componente ou contaminante significativo até o final dos anos 1970 quando mortes por LEUCEMIA foram associadas com a produção do produto chamado Pliofilm (uma folha transparente de borracha clorada utilizado para capas de chuva, como um filme de embalagem) pelas operações da GOODYEAR em Ohio.

Até o final dos anos 1970, muitas lojas de ferragens, lojas de tintas e outros varejistas, vendiam benzeno em pequenas latas, tais como de aproximadamente 1 litro (o quart size dos EUA), para uso geral.

Muitos estudantes foram expostos a benzeno na escola e cursos universitários enquanto realizavam experimentos de laboratório com pouca ou nenhuma ventilação em muitos casos.

Esta prática muito perigosa tem sido quase totalmente eliminada.

Como um aditivo de GASOLINA, benzeno aumenta a octanagem e reduz o "bater de bielas" de motores.

Consequentemente, a GASOLINA frequentemente continha alguns por centos de benzeno antes dos anos 1950, quando tetraetilchumbo substitui-o como o mais largamente usado aditivo para inibir o "bater de bielas".

Com o abandono global da GASOLINA aditivada com chumbo, o benzeno tem feito um retorno como um aditivo para GASOLINA em alguns países.

Nos Estados Unidos, a preocupação com seus efeitos negativos sobre a saúde e a possibilidade de contaminação por benzeno de ÁGUAS SUBTERRÂNEAS tendo conduzido a regulação estrita do teor de benzeno na GASOLINA, com limites tipicamente em torno de 1%.

As especificações europeias de GASOLINA já contém o mesmo limite de 1% para o conteúdo de benzeno. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (United States Environmental Protection Agency) tem novas regulamentações que irão reduzir o teor de benzeno na GASOLINA para 0,62% em 2011.

Usos atuais.

“Foto: Principais commodities químicas e polímeros derivados do benzeno”.

Hoje o benzeno é usado principalmente para produzir outras substâncias químicas. Seus derivados mais largamente produzidos incluem o estireno, o qual é usado para produzir polímeros e plásticos, fenol para resinas e adesivos (via cumeno), e cicloexano, o qual é usado na manufatura de nylon.

Quantidades menores de benzeno são usadas para produzir alguns tipos de borrachas, lubrificantes, corantes, detergentes, FÁRMACOS, explosivos, NAPALM e PESTICIDAS.

Tanto na Europa quanto nos EUA, 50% do benzeno é usado na produção de etilbenzeno/estireno, 25% é usado na produção de cumeno, e aproximadamente 15% de benzeno é usado na produção de ciclohexano (eventualmente para nylon).

Em pesquisa laboratorial, tolueno é agora frequentemente usado como um substituto para o benzeno.

As propriedades solventes dos dois são similares mas o tolueno é menos tóxico e tem uma faixa de temperatura como líquido mais ampla.

O benzeno tem sido usado como uma ferramenta de pesquisa básica em uma variedade de experimentos incluindo a análise de um gás bidimensional.

Reações.

- Substituição aromática eletrofílica é um método geral de obter-se derivados de benzeno. Benzeno é suficientemente nucleófilo que por meio de substituição por íons acílium ou carbocátions alquilo resulta em derivados substituídos.

- A acilação de Friedel-Crafts é um exemplo específico de substituição aromática eletrofílica. A reação envolve a acilação de benzeno (ou muitos outros anéis aromáticos) com um cloreto de acila usando um forte catalisador ácido de Lewis tal como cloreto de alumínio ou cloreto de ferro o qual atua como um transportador de halogênio.

- Como a acilação de Friedel-Crafts, a alquilação de Friedel-Crafts envolve a alquilação de benzeno (e muitos outros anéis aromáticos) usando um haleto de alquila na presença de um ácido de Lewis forte catalisador.

- Sulfonação. O método mais comum envolve misturar-se ácido sulfúrico com trióxido de enxofre (ou o anidrido sulfúrico), uma mistura chamada ácido sulfúrico fumegante. O ácido sulfúrico protona o sulfato, dando ao átomo de enxofre uma permanente carga positiva, ao invés de ressonância estabilizada. Esta molécula é muito eletrofílica e substituição aromática eletrofílica então ocorre.

- Nitração: Benzeno passa por nitração com íons nitrônio (NO2+) como eletrófilo. Então, aquecendo-se a 50-55 graus Celsius, com uma combinação de ácido sulfúrico concentrado e ácido nítrico para produzir o eletrófilo, resulta em nitrobenzeno.

- Hidrogenação (Redução): Benzeno e derivados convertem-se a cicloexano e derivados quando tratados com hidrogênio a 450 K e 10 atm de pressão com um catalisador de níquel finamente dividido.

- Benzeno é um excelente ligante na química organometálica de metais de baixa valência. Importantes exemplos incluem os complexos "sanduíche" e meio-sanduíche respectivamente Cr(C6H6)2 e [RuCl2(C6H6)]2.

Transformação ambiental.

Mesmo não sendo um substrato comum para o metabolismo dos organismos, o benzeno pode ser oxidado tanto por bactérias quanto por eucariotas.

Em bactérias, a enzima dioxigenase pode adicionar uma molécula de oxigênio ao anel, e o produto instável é imediatamente reduzido (por NADH) a um diol cíclico com duas ligações duplas, quebrando a aromaticidade.

Em seguida, o diol é logo reduzido por NADH a catecol. O catecol é então metabolizado a acetil-CoA e succinil-CoA, usado por organismos principalmente no ciclo de Krebs para produção de energia.

Efeitos na saúde.

“Foto: Um frasco de benzeno. As advertências mostram que o benzeno é um líquido tóxico e inflamável.

Exposição ao benzeno tem graves efeitos na saúde. O ar em ambiente aberto pode conter níveis baixos de benzeno de fumo de tabaco, fumaça de lenha, POSTOS de COMBUSTÍVEIS, TRANSPORTE de GASOLINA, ou ESCAPE de VEÍCULOS a MOTOR e as EMISSÕES INDUSTRIAIS. Vapores de produtos que contenham benzeno, como colas, tintas, cera de móveis e detergentes, também podem ser uma fonte de exposição, embora muitos deles tenham sido modificados ou reformulados desde a década de 1970 para eliminar ou reduzir o teor de benzeno.

No ar em torno de lugares de deposição de resíduos perigosos ou POSTOS de GASOLINA podem conter níveis mais elevados de benzeno.

A respiração de curto prazo de níveis elevados de benzeno pode resultar em MORTE, enquanto que os níveis baixos podem causar sonolência, tontura, batimento cardíaco rápido, dor de cabeça, tremores, confusão e inconsciência.

COMER ou BEBER alimentos contendo altos níveis de benzeno pode causar vômitos, irritação do estômago, tonturas, sonolência, convulsões e MORTE.

Os principais efeitos do benzeno são pela exposição crônica (longo prazo) através do sangue.

O benzeno causa danos na MEDULA ÓSSEA e pode causar uma DIMINUIÇÃO de CÉLUAS VERMELHAS do SANGUE, levando a anemia.

Ele também pode causar sangramento excessivo e DIMINUIR o SISTEMA IMUNOLÓGICO, AUMENTANDO a chance de INFECÇÕES.

O benzeno provoca LEUCEMIA e está associado a outros CANCROS do SANGUE e PRÉ-CÂNCERES do SANGUE.

A exposição humana ao benzeno é um problema global de saúde. O benzeno atinge o fígado, rins, pulmão, coração e cérebro e pode causar quebras da cadeia de DNA, provoca danos cromossômicos, etc.

O benzeno causa CÂNCER tanto em animais como em seres humanos. O benzeno foi primeiramente relatado por INDUZIR ao CÂNCER em HUMANOS em 1920.

A INDÚSTRIA QUÍMICA alega que não foi até 1979 que as propriedades que o CÂNCER era induzindo foram determinadas como "conclusivas" em seres humanos, apesar das muitas referências a este fato na LITERATURA MÉDICA.

A INDÚSTRIA explorou essa discrepância e tentou DESACREDITAR estudos em animais mostrando o CÂNCER causado por benzeno, dizendo que eles não eram relevantes para os humanos.

O benzeno foi mostrado como causador de CÂNCER em ambos os sexos, de várias espécies de animais de laboratório expostos através de várias rotas.

Algumas mulheres que respiraram altos níveis de benzeno por muitos meses tinham períodos menstruais irregular e uma diminuição no tamanho dos seus ovários.

Não se sabe se a exposição ao BENZENO AFETA O DESENVOLVIMENTO DO FETO em MULHERES GRÁVIDAS ou a fertilidade em homens.

Estudos em animais mostraram baixo peso ao nascer, atraso na formação óssea e lesão da medula óssea em animais grávidos que respiraram benzeno.

O BENZENO tem sido ligado a uma forma rara de CÂNCER de RIM em dois estudos separados, um envolvendo motoristas de CAMINHÃO TANQUE, e outro envolvendo os marinheiros a bordo dos NAVIOS PETROLEIROS, ambos transportando BENZENO como CARGA QUÍMICA.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (US Department of Health and Human Services, DHHS) classifica o BENZENO como um CANCERÍGENO HUMANO.

A exposição prolongada a níveis excessivos de BENZENO no ar provoca LEUCEMIA, CÂNCER potencialmente FATAL do SANGUE para os órgãos HEMATOPOÉTICOS, em indivíduos suscetíveis.

Em particular, LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA ou LEUCEMIA NÃO LINFOCÍTICA AGUDA (AML & ANLL, respectivamente de Acute Myeloid Leukemia e Acute Non-Lymphocytic Leukaemia) não são contestadas como sendo causados pelo BENZENO.

Vários exames podem determinar a exposição ao benzeno. Não existe um teste para medir benzeno na respiração; este teste deve ser feito logo após a exposição.

O benzeno também pode ser medido no sangue, no entanto, porque o benzeno desaparece rapidamente do sangue, as medições são exatas somente para exposições extremamente recentes.

Exposição ao benzeno devem ser sempre minimizada.

No corpo, o benzeno é metabolizado. Determinados metabólitos, tais como trans, trans-ácido mucônico pode ser medido na urina.

No entanto, este teste deve ser feito logo após a exposição e não é um indicador confiável de exposição ao benzeno, uma vez que os metabólitos podem estar presentes na urina mesmo originando-se de outras fontes.

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (United States Environmental Protection Agency, EPA) fixou o nível máximo permitido de benzeno na água potável em 0,005 miligramas por litro (0,005 mg/L).

A EPA exige que os derrames ou descargas acidentais no meio ambiente de 10 libras (4,5 kg) ou mais de benzeno devam ser comunicados à EPA.

A Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA (Occupational Safety and Health Administration, OSHA) estabeleceu um limite máximo admissível de exposição do benzeno de 1 parte por milhão de partes de ar (1 ppm) no local de trabalho durante uma jornada de 8 horas, 40 horas semanais.

O limite de exposição de curto prazo para o benzeno é de 5 ppm no ar por 15 minutos.

Na história recente, tem havido muitos exemplos dos efeitos nocivos para a saúde do benzeno e seus derivados.

A síndrome do óleo tóxico causou IMUNOSSUPRESSÃO localizada em Madrid, em 1981, de pessoas ingerindo óleo de colza contaminado com anilida.

Síndrome de Fadiga Crônica também foi correlacionada com as pessoas que comem alimento "desnaturado" que utilizou solventes para remover a gordura ou que contenham ácido benzoico, mas a causalidade não está provada.

Trabalhadores de vários setores que produzem ou a utilizam benzeno podem estar em risco por estarem expostos a altos níveis de substâncias químicas CANCERÍGENAS.

As indústrias que envolvem o uso de benzeno incluem a indústria da borracha, REFINARIAS de PETRÓLEO, INDÚSTRIAS QUÍMICAS, fabricantes de calçados e indústrias conexas à GASOLINA.

Em 1987, a OSHA estima que cerca de 237.000 trabalhadores nos Estados Unidos eram potencialmente expostos ao benzeno, e não se sabe se este número mudou substancialmente desde então.

Água e contaminação do solo são importantes vias de preocupação para a transmissão de contato com o benzeno.

Somente nos Estados Unidos há cerca de 100.000 diferentes sítios que tenham no solo benzeno ou contaminação das águas subterrâneas.

Em 2005, o abastecimento de água à cidade de Harbin da República Popular da China, com um população de quase nove milhões de pessoas, foi cortado por causa de uma alta exposição ao benzeno causada por explosões em uma USINA PETROQUÍMICA.

O benzeno vazou no Rio Songhua, que fornece água potável para a cidade, após uma explosão em uma fábrica da China National PETROLEUM Corporation (CNPC) na cidade de Jilin, em 13 de novembro.

Em março de 2006, a Food Standards Agency na Grã-Bretanha realizou um levantamento de 150 marcas de REFRIGERANTES. Constatou-se que quatro continham níveis de benzeno acima dos limites da Organização Mundial da Saúde.

Os lotes afetados foram retirados do mercado. Veja também benzeno em refrigerantes.

Toxicologia Molecular.

O paradigma da avaliação toxicológica do benzeno está lentamente passando para o domínio da toxicologia molecular que permite a compreensão dos mecanismos biológicos fundamentais de uma melhor maneira.

Glutationa parece desempenhar um papel importante, protegendo contra a quebra induzida pelo benzeno do DNA e está sendo identificado como um novo marcador biológico para a exposição e efeito.

O BENZENO provoca ABERRAÇÕES COMOSSÔMICAS em LEUCÓCITOS no SANGUE PERIFÉRICO e MEDULA ÓSSEA explicando a maior incidência de LEUCEMIA e MIELOMA MÚLTIPLO causado pela exposição crônica.

Essas aberrações podem ser monitoradas usando FISH com sondas de DNA para avaliar os efeitos do benzeno junto com os exames hematológicos como marcadores de hematotoxicidade.

O benzeno envolve o metabolismo de enzimas codificadas por genes polimórficos. Estudos têm demonstrado que o genótipo nestes loci podem influenciar a susceptibilidade aos efeitos tóxicos da exposição ao benzeno.

Indivíduos portadores de variante da NAD(P)H: quinona oxidorredutase 1 (NQO1), hidrolase epóxido microssomial (EPHX) e supressão da glutationa S-transferase T1 (GSTT1) apresentaram uma maior frequência de quebra de DNA de cadeia simples.

Resumo.

De acordo com a Agência para o Registro de Substâncias Tóxicas e Doenças (Agency for Toxic Substances and Disease Registry, ATSDR) (2007), benzeno é tanto uma substância química antropogenicamente produzida e que ocorrem naturalmente em processos que incluem: erupções vulcânicas, incêndios florestais, a síntese de substâncias químicas, tais como fenol, a produção de fibras sintéticas e de fabricação de borrachas, lubrificantes, pesticidas, MEDICAMENTOS, e corantes.

A rota mais comum de exposição ao benzeno é através da inalação de gases provenientes do FUMO do TABACO e de ESCAPE do VEÍCULO a MOTOR, no entanto, a ingestão e absorção cutânea de benzeno pode ocorrer também através do contato com ÁGUA CONTAMINADA.

O benzeno é metabolizada pelo fígado e excretado na urina. Medição do ar e níveis de água do benzeno é realizado através de coleta através de tubos de carvão ativado, que são então analisados por um cromatógrafo a gás.

A medição do benzeno em humanos pode ser realizado através da urina, sangue e testes de respiração, no entanto, todos estes têm as suas limitações, pois o benzeno é metabolizado rapidamente no organismo humano em subprodutos chamados metabólitos.

Atividade oxidação biológica e cancerígenas.

Uma forma de compreender os efeitos CARCINOGÊNICOS do benzeno é através do exame dos produtos de oxidação biológica.

Benzeno puro, por exemplo, oxida no corpo para produzir um epóxido, óxido de benzeno (também chamado de oxepino), o qual não é excretado facilmente e podem interagir com o DNA para produzir mutações prejudiciais.

Observações do escriba:

1ª – Sobre o polêmico e “bendito” BENZENO, a Wikipédia disponibiliza aos leitores 15 Referências, 03 Ligações Externas e apenas 01 Bibliografia.

2ª – Segundo informações da Dra. Wikipédia, a rota mais comum de exposição ao “bendito” BENZENO é através da INALAÇÃO de gases provenientes do FUMO do TABACO e do ESCAPE do VEÍCULO a MOTOR.

3ª – A informação está absolutamente incompleta e incorreta. Existem muitas outras formas de exposição ao “bendito” BENZENO, talvez até mais comuns.

4ª – Os homens da OMS, estão unicamente preocupados em impedir o uso de cigarros, ou seja, acabar com o tabagismo, uma substância com mais de cinco séculos de existência.

5ª – Os homens da OMS, parece que não estão preocupados com o número cada vez maior de usuários de DROGAS ILÍCITAS, muitas delas, muito mais nocivas do que o tabaco. Além de extremamente prejudiciais à saúde, envolve também o tráfico de armas leves e pesadas, aumentando a criminalidade.

6ª – Os homens da OMS deveriam também impedir a produção de veículos automotores, a nível global, por várias razões. Razão A – Os veículos automotores disseminam mais RAPIDAMENTE o “bendito” BENZENO, devido aos seus deslocamentos constantes. Razão B – Os veículos automotores, além de matarem lentamente a população mundial de LEUCEMIA, etc., também matam RAPIDAMENTE através dos crescentes acidentes de trânsitos. Razão C – Além dos inúmeros ACIDENTES FATAIS de trânsito, as SEQUELAS, nos casos de acidentes automobilísticos, na maioria dos casos são muito mais graves e ALTAMENTE INCAPACITANTES. Vamos ficar apenas com esses três exemplos.

7ª – Enquanto o LSD e a MESCALINA afetam principalmente a mente das pessoas, podendo inclusive ocasionar a morte, o BENZENO afeta principalmente a parte somática dos seres humanos, porém pode causar transtornos psíquicos e também pode levar à morte.

8ª – Os leitores estarão a se perguntar: E o que isto tem a ver com a MEDICINA, com a SAÚDE, e com o “filantropo” e bilionário JOHN D. ROCKEFELLER? É o que veremos no próximo artigo. Continuando ainda.

Categorias:

• Hidrocarbonetos aromáticos.

• Toxicologia.

• Carcinógenos do grupo 1 do IARC.

MESCALINA.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A MESCALINA é um ALUCINÓGENO natural extraível do cacto peiote (Lophophora williamsii), como de uma série de outros. Sua fórmula QUÍMICA é 3,4,5-trimetoxifeniletilamina.

História.

A MESCALINA era usada, inicialmente, em rituais e práticas ETNOMÉDICAS de várias tribos pré-hispânicas.

Ela foi isolada em 1896 e sintetizada em 1919.

Uma descrição da utilização do cacto Anhalonium lewinii, ou botão de mescal, por índios Kiowa do Novo México foi realizada por Havelock Ellis, em 1898, num artigo intitulado "MESCAL: Um Novo Paraíso Artificial”.

Seus efeitos PSICOFISIOLÓGICOS na MENTE HUMANA foram descritos como resultantes da ação de uma substância ALUCINÓGENA em 1927 por Ernst Spath (b) que sintetizou o elemento ativo desse cacto, a MESCALINA, em laboratório em 1919, publicando em seguida o mais extenso estudo sobre ela "Der Meskalinrausch" (The Mescaline High), em 1927.

Por volta da década de 60 ela se torna popular, impulsionada pela obra de Carlos Castañeda que descreve seu uso entre os índios Yaquis.

A obra "As Portas da Percepção" de ALDOUS HUXLEY, (b) de 1954, também teve como base os estudos descritivos dos efeitos dessa substância na MENTE HUMANA.

A utilização indígena, por sua vez, apesar de proibida e combatida pela IGREJA e GOVERNO AMERICANO, sofreu contínua expansão até a consolidação e RECONHECIMENTO JURÍDICO da Native American Church.

Posteriormente se descobriu que algumas espécies de cacto (da tribo Trichocereeae, gênero Echinopsis) utilizadas por curandeiros da região andina também contém MESCALINA, em especial as espécies Echinopsis pachanoi e Echinopsis peruviana.

A faixa de concentração de MESCALINA em espécies cultivadas de Echinopsis, situa-se a partir de 0,053% até 4,7% em peso seco.

“Foto: Peiote cacto”.

Efeitos.

Positivos:

• Sentimento de Introspecção.

• Brilho mais intenso das cores.

• Alucinações visuais de olhos abertos e fechados.

• Sinestesia (consiste na mistura entre os sentidos sensoriais. Ex: cheirar uma cor ou ouvir um gosto).

• Euforia.

• Risadas.

• Aumento da energia corporal (Estimulante).

• Tato mais intenso

• Sensações felizes e de estar sonhando.

• Sensações de esperança e rejuvenescimento

• Aumento da percepção espiritual, experiências esotéricas profundas.

“Foto: Echinopsis pachanoi, San Pedro em seu natural habitat no Peru.

Neutros:

• Mudança na consciência.

• Perda de apetite.

• Mudança na temperatura corporal.

• Pensamentos e fala incomuns.

• Atenção incomum em pequenos detalhes ou grandes conceitos; mudanças no significado ou significância das experiências.

• De leve a extrema deficiência de atenção.

• Mudanças na percepção de tempo.

• Mudanças na percepção da realidade.

• Mudanças no autocontrole.

• Sensações corporais incomuns.

• Leveza do Ego.

• Dilatação das pupilas.

• Vasodilatação.

• Tremores corporais.

• Necessidade de urinar (no começo da experiência, provavelmente devido à forma de ingestão).

• Cansaço.

“Foto: Botões de peiote secos”.

Negativos:

(A probabilidade de efeitos colaterais negativos aumentam com a dose ingerida).

• Náusea e/ou vômitos.

• Dores no pescoço e opressão física no peitoral (durante o começo da experiência).

• Falta de ar.

• Mudanças desconfortáveis na temperatura (calafrios/suor).

• Confusão, dificuldade na concentração e problemas com atividades que requerem atenção linear.

• Dificuldade na comunicação.

• Inibição da libido.

• Insônia.

• Visões desagradáveis ou assustadoras.

• Pensamentos indesejáveis, impressionantes, inclusive: depressão, ansiedade.

• Paranoia, medo e pânico.

Na descrição de Aldous Huxley:

(1) A capacidade de lembrar-se e raciocinar corretamente não sofre redução perceptível;

(2) As percepções visuais tornam-se grandemente intensificadas, desligando-se o percebido (senso) descrição conceptual automática, reduzindo-se também o interesse por exploração do espaço;

(3) Reduz-se a inquietação e a atividade motora voluntária;

(4) Ocorrem percepções sucessivas e simultâneas do exterior/interior isenta de angústias.

“Foto: Native American Church”.

Observação de escriba: 1ª – A Wikipédia apresenta ao público sobre o tema MESCALINA, 07 referências e 03 ligações externas.

A referência sobre Aldous Huxley é: Huxley, Aldous. “As Portas da Percepção e “O céu e o Inferno”. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1954 (1965) p. 12-13.

Ver também.

• Echinopsis pachanoi.

• Trichocereus peruvianus.

• Enteógeno.

• Neuropsicologia.

• Sensação/Percepção.

• As Portas da Percepção.

Categorias:

• Compostos aromáticos.

• Éteres.

• Aminas.

• Drogas.

• Enteógenos.

Ernst Späth. (b).

Da Wikipédia, a enciclopédia livre.

“Foto: Busto no Arkadenhof da Universidade de Viena”.

Informação Geral.

- Nascimento – 14 de maio de 1886 – Moravský Beroun, Moravia.

- Morte – 30 de setembro de 1946 (60 anos) – Zurique, Suíça.

- Nacionalidade – Austro-Húngaro, Austríaco.

- Atividade – Químico.

- Doutorandos – Percy Julian.

- Conhecido por – Síntese da Mescalina.

- Prêmios Notáveis:

- Liebem (1920).

- Medalha de Exner Wilhelm (1937).

Ernst Späth (14 de Maio 1886, em Moravský Beroun (alemão: Bärn), no norte da Moravia - 30 de setembro de 1946, em Zurique) foi um QUÍMICO austríaco, especializada em produtos naturais.

Ele foi o primeiro a sintetizar MESCALINA e foi um dos primeiros a sintetizar cuscohygrine em pequena escala com Hans Tuppy.

Ele perdeu tudo na II Guerra Mundial, e morreu sem dinheiro.

Seu ex-aluno Percy Julian voltou a Viena, pagou o seu funeral, e encomendou um busto de Späth, o qual ainda é exibido no hall de entrada da Faculdade de Química da Universidade de Viena.

Um segundo elenco do busto foi erguido em 1961 na Arkadenhof da Universidade de Viena.

Observações do escriba:

1ª - Na Wikipédia estão disponíveis 01 referência, 01 biografia e 01 publicação sobre Ernst Späth.

2ª - A referência em questão tem a ver com “Os Alcaloides”.

Categorias:

• 1886 nascimentos.

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• Tocos cientista austríaco.

• Tocos químicos.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

Aracaju, segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: - (1) – Wikipédia. (2) - Outras fontes.