A LIBERDADE... (...). "MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?" - Doze cientistas confirmam: O vírus Zika existe na NATUREZA há pelo menos meio século!".
AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...
Artigo Extra.
MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?
ZIKA VÍRUS: O que nos ensinam alguns LIVROS de MEDICINA. (7ª parte ou Grand Finale).
Para reforçar nossa Seleção de Futebol e nossas Escolas de Samba (Pão e Circo ou Circo e Pão) resolvemos contratar um grupo de pesquisadores, com o objetivo de estudar o 3º livro, no caso, o livro de MICROBIOLOGIA MÉDICA, publicado em 1970, para esclarecer definitivamente quem é esse abusado Zika vírus.
Eis a relação de pesquisadores selecionados, por ordem alfabética: 1º - Dra. AUTO-HEMOTERAPIA. 2º - Dra. FAGOCITOSE. 3º - Dra. IMUNOLOGIA. 4º - Dra. IMUNOTERAPIA. 5º - Dr. INTERFERON. 6º - Dr. LEVAMISOLE. 7º - Dr. MACRÓFAGO. 8º - Dra. MEDULA ÓSSEA. 9º - Dr. MONÓCITO. 10º - Dr. SANGUE PERIFÉRICO. 11º - Dr. SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL (S.R.E.). 12º - Dr. TIMO.
Foram escolhidos doze porque doze é igual a uma dúzia, e, uma dúzia é igual a doze.
Nenhum dos doze pesquisadores é filiado ao PT (Partido dos Trambiqueiros). A primeira missão deles é localizar no livro, o misterioso Zika vírus, supostamente envolvido com os casos “recentes” de MICROCEFALIA.
“Recentes”, no presente surto, são rigorosamente entre aspas. As leitoras e os leitores já devem desconfiar por qual (is) motivo (s). Principalmente as queridas leitoras. Pelo menos eu nunca vi um homem GRÁVIDO, e, segundo os meus velhos livros de medicina, ÚTERO é uma “peça” anatômica exclusivamente feminina. Mas...
E a partida... (perdão). E o desfile... (perdão de novo). E as pesquisas começaram.
Cantarolando, os dozes pesquisadores foram direto ao Capítulo 30, que trata das Doenças por Vírus Transmitidas por Artrópodes (ARBOVÍRUS).
Mas, o que são artrópodes? Para responder a tal pergunta, tive de recorrer ao meu velho Dicionário Médico Blakiston (1987).
- Artrópodes – A maior divisão do reino animal; inclui os crustáceos, os INSETOS, os miriápodos, os aracnídeos e formas correlatas. Possuem membros bilateralmente simétricos, com número limitado de segmentos, um exoesqueleto quitinoso e apêndices articulados. (página 118).
- Crustáceos – (página 287). NDN ou NTI*.
- Aracnídeo – Membro da classe Arachnida. Arachnida – Grande classe de Artrópodos, que inclui os escorpiões, as aranhas, os ácaros, e os carrapatos. São desprovidos de asas, geralmente não possuem antenas e, na fase adulta, têm quatro pares de pernas. (página 108).
- INSETO – Um membro da classe Insecta do filo Arthropoda. No estágio adulto, o corpo é segmentado e dividido em cabeça, tórax e abdome; há três pares de pernas e um único par de antenas. Habitualmente, o inseto é provido de um par ou de dois pares de asas, mas, ás vezes, pode não apresentar asas. (pagina 570).
- Miriápodos – (página 685). – NDN ou NTI.
NDN ou NTI* - Nada Digno de Nota ou Não Tem Informação.
No Dicionário Médico não são descritos os crustáceos nem os miriápodos. Recorremos então à Dra. Wikipédia, a enciclopédia livre.
Crustáceo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Crustacea (crustáceos) é um subfilo do filo Arthropoda (artrópodes) que agrupa um numeroso e diversificado conjunto de invertebrados que inclui cerca de 50.000 espécies validamente descritas.
A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões, cracas, percebes, tatuís (Emerita brasiliensis, que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil), os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga-d'água (Daphnia) e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas temporárias dos deserto.
Categoria: Crustáceos.
Observação do escriba: 1ª - Aqui em Aracaju existe até uma Passarela do Caranguejo, como uma das atrações turísticas. 2ª – No entanto, depois que Sergipe se transformar no “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”, acredito que o turismo entrará em decadência. Afinal, todos nós sabemos que radioatividade atômica causa MICROCEFALIA ou MICRENCEFALIA.
Myriapoda.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Myriapoda é um subfilo dos artrópodes que agrupa os animais segmentados com um elevado número de pernas, como as lacraias e os piolhos-de-cobra.
Os miriápodes são agregados com os Hexapoda (insetos e classes próximas) num grupo geralmente sem categoria taxonómica denominado Tracheata, antigo Uniramia, que inclui os artrópodes cujos apêndices não são ramificados.
São tradicionalmente divididos em quatro classes: quilópodes (lacraias), diplópodes (piolho-de-cobra), paurópodes e sínfilos e agregam aproximadamente 13.000 espécies.
Categoria: Miriápodes.
Os três livros de Medicina até agora pesquisados falam muito na palavra VETOR. Entretanto, no nosso Dicionário Médico não existe a palavra vetor. Recorremos mais uma vez à Dra. Wikipédia.
Vetor (epidemiologia).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vetor é todo ser vivo capaz de transmitir um agente infectante, de maneira ativa ou passiva.
Um agente infectante é qualquer parasita, protozoário, bactéria ou vírus capaz de infectar um organismo.
A transmissão ativa ocorre quando o vetor é infectado e então infecta outra espécie de organismo.
A maneira passiva ocorre quando o vetor não é infectado pelo agente infectante, mas causa a infecção de outra espécie de organismo.
O mosquito comum (Culex) é capaz de transmitir encefalites como a causada pelo vírus do oeste do Nilo e filaríases (à direita) e um dos transmissores da malária (Anopheles) (à esquerda). “Fotos”.
Um bom exemplo de transmissão mecânica ou passiva são os patógenos transmitidos pela mosca doméstica.
O Aedes aegypti, é o mosquito transmissor do vírus flaviviridae, causador da dengue que também não desenvolve no germe que transmite por seu adoecimento. Ocorre apenas a passagem pelo seu trato gastrointestinal ou probóscida.
Segundo Benenson (1983) a transmissão por vetor biológico distingue-se da mecânica ou passiva porque na transmissão ativa por vetor biológico é necessária a propagação (multiplicação), o desenvolvimento cíclico ou a combinação desses processos (ciclo propagativo) para que o artrópode (ou outra espécie de vetor) possa transmitir a forma infectante do agente infeccioso ao homem.
A transmissão pode ser feita pela saliva durante a picada ou mordedura, tal como na transmissão do vírus da raiva, ou pela regurgitação, deposição na pele de fezes (feito na transmissão do Trypanosoma cruzi pelo barbeiro (triatoma).
A disciplina entomologia médica estuda os insetos capazes de transmitir infecções entre animais e para os seres humanos (zoonoses) com seus hábitos, nem sempre hematófagos, mas capazes de produzir lesões através das quais os agentes patogénicos que hospedam são transmitidos.
Vetores mais conhecidos.
- Aedes aegypti.
- Anopheles gambiae.
- Pernilongo Culex sp.
- Carrapato (Ixodida).
- Desmodus rotundus.
- Mosquito-palha.
- Musca doméstica.
- Triatoma brasiliensis.
- Pulga (Siphonaptera).
- Mosca tsé-tsé.
- Mosca-varejeira.
Ver também.
Doença infecciosa.
Entomologia.
Epidemiologia.
Reservatório natural.
Saneamento básico.
Zoonose.
Categorias:
• Epidemiologia.
• Parasitologia.
Observações do escriba: 1ª – O Saneamento Básico é um assunto recomendado para estudos, quando lidamos com Artrópodes, Vetores e Epidemiologia. 2ª – Saneamento Básico no Brasil é uma piada que provoca prolongados sorrisos e estrondosas gargalhadas. 3ª – Ecologia, Natureza e Meio Ambiente no Brasil é outra boa piada. 4ª – Sergipe, o “Futuro PAÍS da BOMBA ATÔMICA” que o diga.
Os 12 pesquisadores, irritados, voltam às suas pesquisas.
Os VÍRUS transmitidos por ARTRÓPODES ou ARBOVÍRUS caracterizam-se pelo fato de se multiplicarem nos ARTRÓPODES, sem produzir doença ou qualquer lesão aparente nos tecidos destes animais.
A TRANSMISSÃO do VÍRUS ao HOMEM, outros mamíferos, ou aves, processa-se através da PICADA do ARTRÓPODE; o VETOR, por sua vez, INFECTA-SE pela ingestão do SANGUE de um HOSPEDEIRO no qual o VÍRUS esteja circulando. (...).
Observações do escriba:
1ª - Fica bastante evidente que, no caso da Febre Amarela, Dengue, Chikungunya, Zika e outras VIROSES, o ARTRÓPODE ou VETOR, vem a ser um INSETO que chamamos de MOSQUITO.
2ª - O nome do MOSQUITO chama-se Aedes aegypti.
3ª - No momento, a prioridade número um é evitar a proliferação do MOSQUITO Aedes aegypti.
4ª – A segunda prioridade é saber se realmente é o “badalado” Zika vírus, é o causador dos atuais casos de MICROCEFALIA.
5ª – Se for cientificamente comprovado que o Zika vírus causa MICROCEFALIA, duas medidas deverão ser tomadas simultaneamente: A – Intensificar a destruição dos criadouros dos MOSQUITOS Aedes aegypti. B – Desenvolver urgentemente uma VACINA segura e eficaz contra o Zika vírus.
(...) 2º. Grupo B – Os vírus das encefalites japonesa, São Luís (EUA) e de “Murray Valley” apresentam reação cruzada entre si... (...) O vírus russo cruza em grau menor com outros membros do Grupo B onde se incluem os vírus Zika, Uganda S, Ntaya e Ilhéus. (página 373).
... ENCEFALITES POR ARBOVÍRUS – A encefalite pode ser produzida por grande variedade de vírus neurotrópicos. Estes agentes produzem uma infecção, muitas vezes sob forma epidêmica, em que os achados clínicos principais são derivados do comprometimento cerebral e medular. ... (página 374).
... Vários vírus, como Ntaya, Zika, Bunyamwera, Chikungunya, Ilhéus e Turlock, recentemente isolados de MOSQUITOS nos trópicos e subtrópicos, também se comportam como neurotrópicos em animais de laboratório, MAS POUCO SE SABE COM RELAÇÃO À DOENÇA NATURAL QUE ELES CAUSAM. (página 374).
Grand Finale.
“Os 12 pesquisadores selecionados (ver relação no início do artigo) chegaram às seguintes conclusões”:
1ª – Um Livro de MICROBIOLOGIA MÉDICA, publicado em 1972 confirma no Capítulo de número 30, nas páginas 373 e 374, a existência do Zika vírus ou vírus Zika.
2ª – Por conseguinte, o Zika vírus ou vírus Zika, foi encontrado na Natureza há pelo menos 46 anos, de acordo com a Literatura Médica pesquisada.
3ª – O Zika vírus ou vírus Zika faz parte do GRUPO B dos ARBOVÍRUS.
4ª – POUCO SE SABE COM RELAÇÃO À DOENÇA NATURAL QUE ELES CAUSAM.
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, sábado, 06 de fevereiro de 2016.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
Fontes: (1) – Livro de MICROBIOLOGIA MÉDICA – Autores: Ernest Jawetz (Microbiologista – Califórnia – EUA), Joseph L. Melnick (Virologista e Epidemiologista – Texas – EUA) e Edward A. Adelberg (Microbiologista e Biofísico Molecular – Yale – EUA) – Editora Guanabara Koogan S. A. – Rio de Janeiro, GB – 1970 – 8ª Edição Americana – 2ª Edição Brasileira – (535 páginas) – Capítulo 30 – Doenças por Vírus Transmitidas por Artrópodes (Arbovírus) – páginas 373 e 374. (2) – Dicionário Médico Blakiston – 2ª Edição Brasileira – 3ª Impressão – 1987 – Organização Andrei Editora Ltda. – São Paulo – SP. – (1.170 páginas) – páginas citadas no texto. (3) – Dra. Wikipédia. (4) – Outras fontes.