A LIBERDADE... (...). "MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?" - "O volumoso Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb (de 1975), desconhece a existência do Zika vírus!".

AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...

Artigo Extra.

MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?

ZIKA VÍRUS: O que alguns Livros de MEDICINA nos ensinam. (1ª parte).

Vale a pena ler de novo. Retornamos ao 1º artigo que escrevemos sobre a MICROCEFALIA, publicado no Recanto das Letras no dia 15 de dezembro de 2015, baseado em informações da Wikipédia.

Em relação à ETIOLOGIA, a Wikipédia nos informa que a MICROCEFALIA pode ser CONGÊNITA, adquirida ou desenvolver-se nos primeiros anos de vida. Diversos fatores podem predispor o FETO a sofrer os problemas que afetam o desenvolvimento normal da CAIXA CRANIANA tanto durante a GRAVIDEZ quanto nos primeiros anos de vida. Assim, as causas são divididas em duas categorias: CONGÊNITAS e Pós-natais.

No nosso presente trabalho, que, diga-se mais uma vez, é um trabalho secundário, interessa-nos as causas CONGÊNITAS. Eis as prováveis causas CONGÊNITAS apontadas pela Wikipédia, que podem provocar MICROCEFALIA:

1º - Consumo abusivo de ÁLCOOL, COCAÍNA e HEROÍNA durante a GRAVIDEZ.

2º - Diabetes MATERNA mal controlada.

3º - Hipotireoidismo MATERNO.

4º - Insuficiência PLACENTÁRIA.

5º - Anomalias GENÉTICAS.

6º - Exposição à RADIAÇÃO de BOMBAS ATÔMICAS.

7º - INFECÇÕES durante a GRAVIDEZ, especialmente a RUBÉOLA, CITOMEGALOVÍRUS, TOXOPLASMOSE e Zika vírus.

Embasados na Literatura MÉDICA, podemos afirmar que a RUBÉOLA, os CITOMEGALOVÍRUS e a TOXOPLASMOSE comprovadamente podem causar a MICROCEFALIA. Sobre o “misterioso” Zika vírus nós temos muito pouco conhecimento sobre ele, e, por conseguinte, não podemos ainda fazer a mesma afirmação.

Ao contrário do que fizemos anteriormente, começaremos os nossos comentários com o livro mais “jovem”, ou seja, o “Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb” que é de 1975. Portanto, o livro existe há “apenas” 40 anos.

Prefácio da 14ª Edição em Inglês e 1ª Edição em Português. - Esta décima quarta edição do Tratado de Medicina é dedicada com carinho e respeito à memória de Russell L. Cecil (1881-1965) e Robert F. Loeb (1895-1973). A influência deles continua na característica essencial do livro por eles criado e cultivado, e nos efeitos prolongados da atuação que tiveram como professores e escritores. (...).

... Em meados da década de 1920 o Dr. Cecil sabiamente percebeu que o livro de Medicina escrito por um só autor já não conseguia acompanhar o progresso, e criou o primeiro tratado de Medicina assinado por vários autores.

Vinte anos mais tarde, sua sabedoria apurada pela experiência constatou que então a base científica da Medicina se tinha ampliado tanto que seus próprios conhecimentos de Ciências não estavam convenientemente atualizados.

E convidou o Dr. Loeb a participar como coautor. Foi muito feliz a união do médico particular-professor com o professor acadêmico, de dedicação exclusiva: um era o perfeito complemento do outro. Ambos dedicaram-se à idéia de dar aos conceitos-chaves e práticas dos especialistas e cientistas a forma que lhes possibilitasse o emprego por médicos e estudantes de Medicina.

Com a parceria do Dr. Loeb, o livro mudou um pouco. Passou a ser menos o repositório de doutrinas, e mais a expressão das ideias avançadas e progressistas da Medicina.

O Dr. Cecil preocupava-se mais com os médicos e o Dr. Loeb com os estudantes de Medicina, não obstante serem ambos profundamente interessados nas duas classes. (...).

... Há 200 colaboradores na presente edição, 72 dos quais apresentando seus trabalhos pela primeira vez. (...). Por Paul B. Beeson e Walsh McDermott.

Observações do escriba:

1ª - A maioria dos autores são integrantes das mais famosas Universidades e Centros de Pesquisas dos Estados Unidos, na condição de médicos, pesquisadores, cientistas, etc.

2ª – No entanto, existem autores da Inglaterra, Canadá, Austrália e África do Sul.

3ª – Entre as duas centenas de autores, é citado um brasileiro. Trata-se do Dr. Heonir Rocha, Professor e Diretor do Departamento de Medicina, University of Bahia School of Medicine, Bahia, Brazil, que escreveu sobre Doença de Chagas e Difteria.

4ª – O Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb consta de dois volumes. O 1º volume vai da página 1 a 1.042 e o segundo volume se prolonga da página 1.043 à página 2.431.

5ª - Apesar da longevidade do Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb e de seus numerosos autores, participantes de Centros de Pesquisas e de Universidades mundialmente importantes, não encontramos ABSOLUTAMENTE NADA sobre o Zika vírus. A impressão que fica é que ele não existe. Segundo o Tratado de Medicina.

Ao “curtir” uma de “Caçador de Micróbios”, deparei-me com três surpresas que relatarei logo a seguir.

Página 297 – Patogênese e Patologia da Encefalite ARBOVIRÓTICA – Após a deposição na pele, o vírus pode se multiplicar localmente e disseminar-se por via linfática às células do SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL localizado nos gânglios linfáticos, pequenos vasos e outros órgãos tais como o baço. Estudos in vitro sugerem que os MACRÓFAGOS são inerentemente suscetíveis à replicação dos vírus, mas que os linfócitos são resistentes, a menos que “blastotransformados”. A liberação dos vírus por tais células leva à viremia e à disseminação ampla a outros órgãos.

Observação do escriba: No meio de ARBOVÍRUS e ARBOVIROSES aparece o desprestigiado SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL e os benéficos MACRÓGAFOS. Duas boas surpresas.

Página 312 – Duas cepas de vírus vivos foram empregadas especialmente para a imunização do homem. A VACINA 17D, desenvolvida por pesquisadores da FUNDAÇÃO ROCKEFELLER, é preparada em embriões de pinto e inoculada por via subcutânea. A VACINA neurotrópica francesa, desenvolvida por pesquisadores do INSTITUTO PASTEUR, é preparada de cérebros de ratos suspensos em soluções de goma arábica e administradas mediante escarificação.

Com qualquer das cepas, obtém-se uma imunidade efetiva à FEBRE AMARELA. A VACINAÇÃO geralmente proporciona proteção dentro de uma semana e a imunidade consequente e comprovada, de duração de pelo menos DEZ ANOS. Uma EPIDEMIA URBANA pode ser detida pela VACINAÇÃO em MASSA da população, combinada com vigorosas medidas anti-aegypti. “A terceira surpresa é a Fundação ROCKEFELLER estar envolvida com a vacina contra a FEBRE AMARELA”.

Observações do escriba: 1ª - O poderosíssimo Grupo ROCKFELLER e a poderosa Fundação ROCKFELLER estão envolvidos com o desenvolvimento da vacina contra a FEBRE AMARELA, antes da 2ª Guerra Mundial. 2ª – O Grupo e a Fundação ROCKEFELLER estão envolvidos com o desenvolvimento da penicilina do Dr. Fleming, durante a 2ª Guerra Mundial. 3ª – O surgimento da PENICILINA do Dr. Fleming fez com que o uso da AUTO-HEMOTERAPIA, caísse em desuso progressivamente. 4ª – Tanto o desenvolvimento da VACINA contra a FEBRE AMARELA, como o desenvolvimento da PENICILINA, contaram com o forte apoio financeiro do Grupo e da Fundação ROCKEFELLER, mas, não por razões humanitárias, mas sim, por interesses puramente econômicos. 5ª – Concluindo, o “Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb”, não fala do Zika vírus, mas, em compensação, fala do SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL e fala dos MACRÓFAGOS. E isto para nós é o que mais interessa.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, quinta-feira, 28 de janeiro de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – Livro – Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb – 14ª Edição em Inglês e 1ª Edição em Português – 1975 – Editora Interamericana – com principal destaque para as páginas 297 e 312 – 1º volume (1.042 páginas). (2) – Outras fontes.