A LIBERDADE... (...). "MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?" - "Um Tratado de Medicina Interna (de 1975) é conclusivo: CHIKUNGUNYA vírus não causa MICROCEFALIA!"

AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...

Artigo Extra.

MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?

CHIKUNGUNYA vírus: O que alguns livros de MEDICINA nos ensinam.

Informações encontradas no Livro “Tratado de Medicina Interna” de Cecil-Loeb e Beeson McDermott, Edição de 1975.

O assunto é descrito no Capítulo 140 que fala de “Febres Causadas pelo ARBOVÍRUS do Grupo A”: CHIKUNGUNYA, O’nyong-Nyong, Mayaro e Ross River. O texto é encontrado nas páginas 292 e 293 do Livro supracitado, e o autor é Karl M. Johnson, Diretor da Unidade de Pesquisa da América Central, Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, National Institutes of Health, U. S. Public Health Service, Balboa, Heights, Canal Zone.

DEFINIÇÃO – CHIKUNGUNYA, O’nyong-nyong, Mayaro e Ross River são doenças agudas não mortais, causadas por um complexo de ARBOVÍRUS do Grupo A, ANTIGENICAMENTE relacionados e geograficamente dispersos. Exantemas maculopapulares e artralgia são características comuns destas infecções, que ocorrem na África, no Sudeste Asiático, na América Tropical e na Austrália.

EPIDEMIOLOGIA – Todos estes vírus causaram doença epidêmica em populações humanas. Talvez a mais dramática tenha sido a devida ao O’nyong-nyong, na África Oriental, de 1959 a 1962, quando cerca de dois milhões de pessoas de todas as idades foram acometidas.

Os importantes MOSQUITOS VETORES em cada doença estão relacionados no quadro anexo.

O vírus CHIKUNGUNYA é frequentemente transmitido pelo Aedes aegypti; devido ao exantema e fenômenos hemorrágicos menores associados à infecção, este agente às vezes tem sido considerado responsável por casos de febres hemorrágicas no surto basicamente causado por infecção do vírus do dengue.

O vírus O’nyong-nyong é o único ARBOVÍRUS conhecido principalmente por MOSQUITOS anofilinos. A manutenção de CICLOS SILVESTRES envolvendo MOSQUITOS arbóreos e macacos foram postulados quanto aos vírus Mayaro e CHIKUNGUNYA.

O comportamento epidêmico desses agentes ainda está longe de ser esclarecido. Surtos de ocorrência irregular, durantes os meses quentes e chuvosos, constituem a regra. Existe forte evidência circunstancial que o vírus CHIKUNGUNYA moveu-se continuamente para o Leste, da África para a Ásia, durante os últimos 25 anos, empregando um ciclo simples, composto pelo HOMEM e pelos MOSQUITOS Aedes aegypti. Os períodos de incubação destes agentes no homem variam de cerca de dois a doze dias. Os índices de ataques clínicos são elevados em relação aos referentes à infecção, com exceção dos vírus Ross River e Mayaro, que provocam infecções leves ou inaparentes em crianças.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – No início é tipicamente abrupto e as artralgias ou exantemas costumam ser as principais queixas ao invés da cefaleia e da febre. Esta última é geralmente branda e virtualmente ausente em se tratando do vírus Ross River.

O vírus CHIKUNGUNYA não raro provoca uma curva febril em forma de sela, mas o segundo episódio, em contraste com o dengue, em geral é menos grave. As artralgias podem ou não ter distribuição simétrica e geralmente comprometem as articulações terminais com mais intensidade.

Os exantemas maculopapulares em geral são irritantes, distribuídos sobre o tronco e as superfícies extensoras das extremidades, e podem aparecer cedo ou tarde no curso da primeira semana dos sintomas.

A leucopenia constitui uma característica comum destas doenças e a linfadenite cervical é frequentemente registrada em casos provocados pelos vírus O’nyong-nyong e Ross River.

DIAGNÓSTICO – Todos estes vírus, exceto o Ross River, podem ser coletados facilmente do sangue de pacientes durante os primeiros três dias da doença. As técnicas sorológicas padronizadas são altamente fidedignas na feitura do diagnóstico específico, desde que a segunda amostra de soro seja obtida 10 a 14 dias após o início dos sintomas.

A diferenciação dos vírus O’nyong-nyong e CHIKUNGUNYA na África Ocidental pode apresentar problemas. A malária, a rubéola, a infecção por enterovírus e outras causas não viróticas e artralgia aguda devem ser levadas em conta no diagnóstico diferencial de casos isolados.

TRATAMENTO e PROGNÓSTICO – O tratamento é sintomático e o prognóstico costuma ser excelente, embora a poliartrite possa persistir ou recorrer durante intervalos de várias semanas a meses. A corticoterapia é contraindicada para a dor articular em adultos, pelo menos até a terceira semana, quando anticorpos hormonais apareceram. As crianças possivelmente infectadas com o vírus CHIKUNGUNYA, em áreas onde o Aedes aegypti e o vírus do dengue são endêmicos devem ser hospitalizadas, uma vez que é impossível diferenciar esta doença de pródomo da síndrome do choque do dengue.

O “quadro anexo” referido no texto encontra-se na página 293 e diz o seguinte: Aspectos ETIOLÓGICOS E EPIDEMIOLÓGICOS das Febres Indiferenciadas por Vírus. O vírus CHIKUNGUNYA é do Grupo A, cujos VETORES são: MOSQUITOS Aedes aegypti, A. africanus e Culex.

Exceto o “quadro em anexo”, o texto foi transcrito na íntegra. Não existe absolutamente nenhuma referência quanto à MICROCEFALIA. A Literatura Médica consultada é antiga. O 1º livro é de 1970, o 2º é de 1972 e o 3º livro é de 1975. Segundo os nossos estudos, baseados nos três livros pesquisados, definitivamente, o CHIKUNGUNYA vírus não tem nenhuma relação com a atual epidemia de MICROCEFALIA que está em curso no Brasil. Finalmente, no (s) próximo (s) artigo (s) comentaremos sobre o “misterioso” ZIKA VÍRUS, que, já podemos antecipar com muita segurança, existe na NATUREZA há mais de 45 anos.

Sobre bombas atômicas, explosões atômicas e MICROCEFALIA, quase nada a declarar. Apenas um alerta: No futuro, Sergipe será “O PAÍS da BOMBA ATÔMICA”.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.

Aracaju, quarta-feira, 27 de janeiro de 2016.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – Livro – Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb e Beeson McDermott – 14ª Edição Americana – 1ª Edição em Português – 1975 – páginas 292 e 293 – Por Karl M. Johnson. (2) – Outras fontes.