A LIBERDADE... (...). "MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?" - "Um Tratado de Medicina Interna (americano), também confirma: OS CITOMEGALOVÍRUS (CMV) podem causar a MICROCEFALIA!".
AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e os antibióticos...
Artigo Extra.
MICROCEFALIA: RUBÉOLA, Zika vírus ou outras causas?
INFECÇÕES PELO VÍRUS CITOMEGÁLICO.
O que nos ensinam alguns Livros de Medicina.
O presente texto foi transcrito parcialmente do Livro “Tratado de Medicina Interna” de Cecil-Loeb e Beeson McDermott, cuja 1ª edição em português é de 1975.
Capítulo 391 – Infecções pelo Vírus Citomegálico, (por James B. Hanshaw).
DEFINIÇÃO – Doença de Inclusão Citomegálica (DIC), moléstia virótica generalizada das glândulas salivares, CITOMEGALIA, e doença de inclusão são sinônimos para todas as entidades clínicas determinadas pela infecção do vírus citomegálico. Embora seja, quase sempre, uma infecção inaparente, é a causa de uma encefalite letal com lesões irreversíveis do Sistema Nervoso Central.
A descrição da Etiologia, Epidemiologia, Patogênese e Patologia não difere daquela encontrada no livro do Dr. Ricardo Veronesi.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS. Infecção Congênita. Os sinais de infecção encontrados mais amiúde em recém-natos sintomáticos são hepatoesplenomegalia, icterícia, púrpura, MICROCEFALIA, calcificações cerebrais e coriorretinite – na ordem aproximada de frequência decrescente. Qualquer destes sinais pode ocorrer isolado. Um exantema petequial no primeiro dia de vida é sugestivo de Doença de Inclusão Citomegálica. Às vezes, não há achados físicos, senão somente um aumento da irritabilidade ou uma diminuição geral do desenvolvimento.
Algumas crianças apresentam infecções respiratórias repetidas. A incidência de várias anormalidades congênitas na que sofre com Doença de Inclusão Citomegálica está aumentada. Elas incluem pé torto, hérnia inguinal, estrabismo, palato com arcada alta, MICROCEFALIA e surdez. Há descrições de moléstias cardíacas congênitas associadas, porém a sua coexistência pode ser coincidente. As principais complicações da infecção congênita pelo vírus citomegálico referem-se às sequelas do Sistema Nervoso Central. (...). ... A cegueira está associada à coriorretinite macular ou com atrofia óptica. A surdez pode ser completa ou estar limitada apenas às altas frequências. Uma quadriplegia espástica ou hipotonia são manifestações comuns em várias crianças infectadas.
A função psicomotora pode variar de um estado vegetativo com nenhuma comunicação compreensível até anormalidades moderadas com pequeno efeito na fala, comportamento, e coordenação motora.
A descrição da Infecção Adquirida e o Diagnóstico da Infecção Congênita correspondem ao que foi descrito pelo Dr. Ricardo Veronesi.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL de INFECÇÃO CONGÊNITA – 1º - TOXOPLASMOSE. 2º - RUBÉOLA. 3º - Herpesvírus hominis (herpes simples). 4º - Septicemia bacteriana.
A descrição da Infecção Adquirida, o Prognóstico, e o Tratamento correspondem à descrição feita pelo Dr. Ricardo Veronesi.
PREVENÇÃO – Atualmente, não se pode evitar uma infecção pelo vírus citomegálico. A lavagem das mãos e o uso de luvas devem ser observados quando se trabalha com pacientes com infecções pelo vírus citomegálico em um hospital.
Em geral isso é ineficaz devido à dificuldade do médico em fazer o diagnóstico. Quase todos numa dada população adquirirão Doença de Inclusão Citomegálica em alguma década da vida. A infecção não pode ser evitada por uma VACINA de vírus ativo ou inativo, embora isso esteja sendo estudado.
Na Bibliografia existem apenas cinco referências.
Por conseguinte, um terceiro livro de medicina, confirma que os CITOMEGALOVÍRUS (CMV) podem causar a MICROCEFALIA. A Doença de Inclusão Citomegálica entra no Diagnóstico Diferencial, praticamente compulsoriamente, disputando com a RUBÉOLA e a TOXOPLASMOSE.
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, segunda-feira, 18 de janeiro de 2016.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
Fonte: (1) – Tratado de Medicina Interna de Cecil-Loeb e Beeson McDermott, volume 1º (1.042 páginas), 14ª Edição em Inglês e 1ª Edição em Português – Editora Interamericana - 1975 – Parte X – Distúrbios do Sistema Nervoso e do Comportamento – Capítulo 391 – Páginas 897, 898, 899 e 900. Por Dr. James B. Hanshaw – Professor de Pediatria e Microbiologia, University of Rochester School of Medicine. Pediatra-Chefe, The Genesee Hospital, Rochester, New York.