A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... O TEMPO... "Em fevereito de 2015, a Revista "VEJA", fortaleceu a IMUNOTERAPIA". (Os Beija-Flores).
IMUNOTERAPIA.
Artigo baseado em reportagem da revista “Veja”, publicada em fevereiro do corrente ano (2015).
SAÚDE – O CÂNCER NA MIRA.
Novos tratamentos destinados a atacar as CÉLULAS doentes com precisão – e pequenos danos colaterais – já permitem que pacientes graves de CÂNCER vivam mais e melhor.
... Como mísseis teleguiados – Os novos medicamentos contra o câncer são terapia-alvo – ou seja, foram desenvolvidos de modo a atacar apenas as CÉLULAS CANCEROSAS. Graças a tal característica, eles são mais eficazes e causam menos efeitos colaterais do que a quimioterapia tradicional.
Há quinze anos, a paulistana Eny Rodrigues estava amamentando sua segunda filha quando notou uma mancha vermelha no seio esquerdo. Preocupada, procurou um médico. O DIAGNÓSTICO: CÂNCER de mama. Submetida à MASTECTOMIA, Eny passou também por sessões de quimioterapia e radioterapia.
Observação do escriba: Pelos nossos “cálculos algébricos e matemáticos”, no caso da paciente Eny Rodrigues, o CÂNCER foi diagnosticado em 2000, tendo se submetido a três tipos de tratamentos diferentes. O tratamento cirúrgico (MASTECTOMIA), o tratamento quimioterápico oncológico (com drogas de eficácia duvidosa) e o tratamento radioterápico (radioterapia de eficácia também duvidosa).
Em 2007, porém, Eny começou a sentir fortes dores nos braços, nas pernas e na coluna. Imaginou ser hérnia de disco. Não era. O CÂNCER voltara, com METÁSTASES nos ossos e no fígado. A deterioração física foi rápida. No início, ela mancava. Em seguida, já não conseguia mais andar e mal saía da cama. Em seis meses, perdeu 20 quilos. “Sentia dores horríveis”, lembra Eny. “Tomava MORFINA de quatro em quatro horas.” O PROGNÓSTICO era dos piores. Deram-lhe alguns meses de vida. Em razão da gravidade do estado de saúde e do seu tipo de CÂNCER, o agressivo HER-2, foi convidada a participar de uma pesquisa com um medicamento experimental na ocasião, o PERTUZUMABE. Eny nada tinha a perder e aceitou a oferta.
Hoje, aos 57 anos, oito anos depois, ela está livre das METÁSTASES. Recuperou a independência, está animada e forte. A cada 21 dias vai ao hospital receber a medicação ENDOVENOSA.
Observação do escriba: Baseado na reportagem, o CÂNCER foi diagnosticado quando a paciente Eny Rodrigues tinha apenas 42 anos de idade.
Aprovado pelos governos americano e brasileiro em 2012 e 2013, respectivamente, o PERTUZUMABE reduz em até 32% a taxa de mortalidade entre as pacientes com CÂNCER HER-2 – e 80% apresentam redução no tamanho do tumor. Diz o mastologista Roberto Hegg, chefe da pesquisa com o PERTUZUMABE, realizada no Brasil, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo. “São os melhores índices já alcançados no controle de METÁSTASES”.
Eny Rodrigues é personagem de um novo, silencioso e extraordinário progresso na ONCOLOGIA. Pacientes graves como ela têm à disposição atualmente um arsenal de medicamentos capazes de aumentar sua SOBREVIDA.
... Com isso, além de mais eficazes, oferecem menos reações adversas do que a quimioterapia tradicional.
... Nos casos, de CÂNCER de PULMÃO, por exemplo, houve uma redução na taxa de mortalidade de até 50%. Para alguns tipos de MELANOMA, a queda chegou a 63%.
... “Há uma mudança na lógica do tratamento”, diz Fernando Maluf, chefe da ONCOLOGIA do HOSPITAL SÃO JOSÉ, da BENEFICÊNCIA PORTUGUESA, em São Paulo. “Para alguns tipos de CÂNCER, a cirurgia e a quimioterapia perdem parte de sua relevância, e as novas terapias ganham espaço”.
Apesar de todas as conquistas, essa nova linha de tratamento está longe de representar a bala de prata contra o CÂNCER, tampouco a sua cura.
... O desenvolvimento de medicamentos ancorados nas terapias-alvo, associado às recentes descobertas de uma frente promissora do combate ao CÂNCER, a IMUNOTERAPIA, promete novidades na luta contra a doença. As principais linhas de pesquisa da IMUNOTERAPIA visam a duas PTOTEÍNAS: PD1 e PD-L1 (PD é a sigla em inglês para “morte programada”). Em uma pessoa saudável, essas substâncias contribuem para a regulação do SISTEMA IMUNOLÓGICO, determinando quando ele deve ser ou não ativado. Geralmente, as CÉLULAS TUMORAIS não são reconhecidas como “inimigas” porque são produzidas pelo próprio ORGANISMO. Ou seja, na presença de um tumor, a PD1 e a PD-L1 podem acabar se transformando em “guardiãs” da doença. “O objetivo da IMUNOTERAPIA é desabilitar essas PROTEÍNAS de modo a fazer com que as CÉLULAS de DEFESA reconheçam o CÂNCER e passem a atacá-lo”, diz Paulo Hoff, chefe da ONCOLOGIA do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Observação do escriba - Mais uma vez chamamos a atenção dos leitores para três coisas: 1ª – No presente texto fala-se em regulação do SISTEMA IMUNOLÓGICO. 2ª – No presente texto fala-se em IMUNOTERAPIA. 3ª – No presente texto fala-se em CÉLULAS de DEFESA, ou seja, nos nossos glóbulos brancos que vivem na corrente sanguínea (no sangue) e nos MACRÓFAGOS, que vivem no tecido conjuntivo frouxo, espalhado por todo o nosso ORGANISMO.
Há dois medicamentos dessa família aprovados nos EUA, o PEMBROLIZUMABE e o NIVOLUMABE, para MELANOMA. Mas a expectativa é que eles possam ser usados no tratamento do linfoma e de tumores de rim, bexiga, pulmão e estômago.
Ressalve-se que as pequenas grandes vitórias no freio ao CÂNCER METASTÁTICO, fruto da associação de remédios milimetricamente precisos à IMUNOLOGIA, decorrem a rigor das notáveis conquistas no DIAGNÓSTICO dos tumores em fase inicial.
Observações do escriba: 1ª – No presente texto é citado o NIVOLUMABE, que vem a ser aquele mesmo medicamento citado na revista Carta Capital pelos Drs. RIAD YOUNES e Marcelo Cruz. 2ª – No presente texto também é mencionada a IMUNOLOGIA. Iremos repetir a frase: “Associação de remédios MILIMETRICAMENTE precisos à IMUNOLOGIA.”. 3ª – Portanto, e definitivamente, a IMUNOLOGIA está ligada umbilicalmente à IMUNOTERAPIA. O resto é conversa chata, inútil e mole, de incompetentes, de imperitos, e de negligentes. 4ª – Sobre IMUNOTERAPIA estamos apenas no início. Vem “chumbo grosso” por aí...
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se DEUS nos permitir voltaremos em outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, quinta-feira, 10 de dezembro de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
Fontes: (1) – Revista “Veja”, de 04 de fevereiro de 2015, páginas 74, 75, 76 e 77. O texto é de autoria de NATALIA CUMINALE (transcrição parcial do texto). (2) – Revista Carta Capital (já mencionada).