A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... O PREÇO... "Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o fim para que você tenha o direiro de dizê-lo". (Voltaire).
Perguntas, Medicina, Arte, Ciência...
Entre as diversas frases e pensamentos atribuídos ao grande filósofo Voltaire, existe a seguinte: “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas”.
Realmente não sei o que dizer sobre o referido pensamento de Voltaire. Se for pela quantidade de perguntas eu posso me considerar um homem rico, pois, gosto de perguntar muito e sobre muitas coisas. Se for pela qualidade das perguntas eu posso me considerar um homem pobre. Não sei fazer as perguntas corretamente. Sou um verdadeiro desastre. Se eu for avaliado pela quantidade e pela qualidade das respostas, aí, eu já serei um miserável. Não sei responder a quase nada. É o desastre do desastre. Ou seja, uma terrível catástrofe.
Ainda assim, ao longo dos textos tive o atrevimento de fazer algumas perguntas às queridas leitoras e aos exigentes leitores. Pequena viagem ao passado...
Primeira pergunta: A LIBERDADE... "Qual a principal diferença entre o cantor Roberto Carlos e o cantor Caetano Veloso?". A pergunta consta no artigo datado de quatro de julho de 2015. Falando de Roberto Carlos, ele estará se apresentando aqui em Aracaju no próximo dia 17 de outubro (um dia de sábado, à noite), no principal estádio de futebol da capital sergipana. Acho que estarei presente, afinal gosto de muitas músicas dele.
Segunda pergunta: A LIBERDADE... “O que existe em comum entre o cantor Caetano Veloso e a cantora Maria Bethânia”? Tal pergunta consta em outro artigo publicado no mesmo dia quatro de julho de 2015.
Terceira pergunta: A LIBERDADE... “Qual a relação entre o compositor Caetano Veloso e a ilustre Professora Marlene (MVA)?” A pergunta faz parte do artigo publicado em cinco de julho de 2015.
Quarta pergunta: A LIBERDADE... Por ordem alfabética. "O que existe em comum entre: Caetano Veloso, Maria Bethânia e Roberto Carlos?" A pergunta está contida na abertura do artigo publicado no dia seis de julho de 2015.
Quinta Pergunta: A LIBERDADE... O Beija-Flor "Arco-Íris" afirmou: "A solução encontra-se na 1ª frase da Poetisa, que deve ser COMPLEMENTADA com a 3ª frase da mesma e querida Poetisa". O que queremos dizer? A pergunta foi realizada no artigo do dia quatro de agosto de 2015.
Sexta Pergunta: A LIBERDADE do CONHECIMENTO e o CONHECIMENTO da LIBERDDADE... Afinal, quem foi o Médico Roberto Freire? (4ª parte). Além da pergunta na parte inicial do artigo, na parte interior do texto existe uma mensagem “criptografada”, criada por 100 Beija-Flores “cientistas”, que ainda não foi “decodificada”. O artigo foi publicado no dia 12 de agosto de 2015.
Sétima pergunta: A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... "Afinal a SOMATERAPIA é útil ou não? Afinal quem foi WILHELM REICH?" (J. M. C.). Esta pergunta foi formulada por mim, e consta no artigo que foi publicado no dia vinte e sete de agosto de 2015. Tentarei responder. O que eu ainda não sei é se serei capaz de convencer os leitores.
As perguntas anteriores foram todas elas elaboradas pelos belíssimos Beija-Flores. Naturalmente são eles que irão fornecer as respectivas respostas. Como eu os conheço muito bem, tenho certeza que as respostas serão absolutamente convincentes.
Mais dois pensamentos atribuídos ao filósofo Voltaire: 1º - “Convém ter uma RELIGIÃO e não crer nos PADRES, assim como convém fazer um REGIME e não crer nos MÉDICOS”. 2º - “A ARTE da medicina consiste em distrair o paciente enquanto a NATUREZA cuida da doença”.
Complementando o pensamento de Voltaire sobre médicos e medicina, logo abaixo um pequeno texto.
Medicina – Arte ou Ciência?
Por Dr. Alexandre Feldman. (publicado em 26 de fevereiro de 2013).
“A Arte não pode ser separada da medicina”
A palavra medicina vem do latim, ars medicina, que significa “arte de curar”.
Apesar disso, a arte é deixada de lado na definição dos dias atuais. O Grande Dicionário Huaiss da Língua Portuguesa, por exemplo, afirma que a medicina é “considerada por alguns uma técnica e, por outros, uma ciência”. O Dicionário Oxford da Língua Inglesa define medicina como “ciência ou prática do diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças”.
Uma coisa é certa: a prática da medicina não poderia ser considerada uma ciência. Para muitos médicos, a medicina se tornou simplesmente uma coleção de conhecimentos e habilidades de ordem técnica, sejam eles farmacológicos (prescrever um medicamento correto), clínicos (realizar um bom diagnóstico), cirúrgicos (fazer uma operação complexa), radiológicos etc.
Médicos podem salvar muitas vidas, reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida de seus pacientes – mas se for ignorada a arte necessária para a boa prática da medicina, o médico poderá ter dificuldade em perceber seu paciente como um ser humano e não “uma doença”, e poderá ter dificuldade em pensar criativamente sobre opções de tratamento.
Poderá privilegiar o conhecimento em lugar da sabedoria e simplesmente não questionar aquilo que lê nos periódicos científicos, ouve nos congressos, ou recebe dos representantes farmacêuticos que o visitam.
Não se ouve falar em “arte” da medicina durante os anos de aprendizado. Não se estuda a “arte” da medicina nos livros-texto e periódicos de prestígio.
Mas ainda assim, a arte está presente e transcende toda a ciência quando, por exemplo, um paciente em seu leito de morte olha para o médico e pergunta “– O que eu faço agora?”.
A resposta irá, com toda certeza, diferenciar a medicina como arte nobre e atemporal, de uma prática ignóbil e sem alma.
Estará a medicina como arte de fato ultrapassada, esmagada pela técnica, tecnologia e “prática do diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças”? Para compreender a resposta, vamos analisar o que envolve uma arte.
Toda arte, não importa em que esfera e em que tempo da história, envolve maestria, individualidade, humanidade e moralidade.
Maestria envolve mais perícia que simplesmente experiência. Mais sabedoria que meramente conhecimento. Mais criatividade para interpretar aquilo que estaria realmente por trás da doença, pois pode não ser tão óbvio quanto aparenta. E tudo isso sem contar a capacidade do médico para fazer um diagnóstico, tratamento ou cirurgia impecáveis.
Maestria envolve humildade para ouvir, aprender, estudar, questionar e mudar de opinião. A medicina não deve ser encarada como commodity – e o mesmo vale para os pacientes!
Aliás, compreender a individualidade do doente é parte integrante da arte da medicina. Há dois mil anos o professor romano Aurélio Cornélio Celso ensinou, em sua obra-prima De Medicina, que o médico deve aplicar o conhecimento geral, comum a todos os casos, enquanto pesquisa, em seu paciente, por características individuais que possam ir contrários aos “dogmas” pré-estabelecidos.
Diz o educador: “Ao mesmo tempo em que existe não somente uma grande variedade de doenças existe também um grande número de peculiaridades num mesmo indivíduo, e assim, uma pessoa que tenha sido tratada sem sucesso com os remédios aparentemente apropriados, poderá ter sua saúde restaurada por remédios contrários.” (Aurelius Cornelius Celsus, De Medicina, Liber Primus, Prefatio).
A atenção à individualidade do paciente faz toda diferença na qualidade do exercício da medicina.
Reconhecer um equilíbrio entre o “conhecimento geral, comum a todos os casos”, e a individualidade, significa admitir que as diretrizes terapêuticas uniformes da assim chamada “medicina baseada em evidências” (adorada pelos planos de saúde e burocratas) não deveriam ser definitivas, cabais, permanentes e irrevogáveis.
Significa aceitar que o médico deve ter respeito às estatísticas sem, contudo, ser tacanho a ponto, por exemplo, de não conseguir responder adequadamente ao apelo “– O que eu faço agora?”, acima.
A resposta adequada a esse apelo, e a todos os demais desafios da medicina, remete a outros dois princípios: o da humanidade e moralidade. Esses princípios não medem o que os médicos sabem, mas sim quem eles são.
O médico é humano quando consegue se colocar no lugar do paciente e oferecer a mesma competência, delicadeza e devoção que ele mesmo gostaria de receber naquela situação. Isso de modo algum significa se abalar pelo sofrimento do paciente a ponto de afetar seu raciocínio, mas sim criar uma conexão com o ser humano por trás da doença.
Embora essa empatia seja muito difícil de explicar ou mensurar, ela é, em minha opinião, imprescindível para a cura do paciente. Infelizmente, temos visto bem mais empáfia que empatia nos dias atuais, causada, provavelmente, por excesso de títulos acadêmicos e falta de humanidade.
Finalmente, temos o aspecto moral. O paciente que procura o médico está vulnerável em uma série de aspectos. Em função da necessidade, é confiado ao médico grande parte do controle e acesso à privacidade, tornando a parceria médico-paciente uma situação assimétrica que exige integridade por parte do médico.
O próprio Juramento de Hipócrates, em resumo, diz: “Não prejudique; Fale a verdade; Não force situações; Guarde segredos”.
Aliás, o Juramento de Hipócrates, que todo médico faz no dia da formatura, deveria ser muito melhor ensinado a fim de que se reconhecesse a verdadeira santidade desse momento para essa profissão que jamais poderá deixar de ser uma arte: a medicina.
“O filósofo Voltaire fez a abertura do tema com chave de prata e o Dr. Alexandre Feldman fechou o tema com chave de ouro”.
Entre as nossas palavras-chaves o vocábulo medicina não aparecerá de maneira alguma. No entanto A ARTE... Já faz parte.
Se DEUS no permitir voltaremos outro dia. Bom início de semana, boa leitura e bom dia.
Aracaju, segunda-feira, 05 de outubro de 2015.
Jorge Martins – Médico – CRMESE – 573.
Fontes: (1) – Dra. Internet. (2) – Dr. Google. (3) – Dra. Wikipédia. (4) – Voltaire. (5) – Dr. Alexandre Feldman.