A LIBERDADE... O CONHECIMENTO... A ARTE... "Televisão é um aparelho que permite às pessoas que não têm nada para fazer, observar as pessoas que não sabem fazer nada". (Fred Allen).
(46) - Festival Internacional da Canção.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Festival Internacional da Canção Popular foi um concurso de músicas nacionais e estrangeiras, anual, realizado no ginásio do Maracanazinho, no Rio de Janeiro, e transmitido pela TV Rio (primeira edição) e pela TV Globo.
A música de abertura era composta por Erlon Chaves e chamava-se Hino do FIC. O apresentador oficial era Hilton Gomes, que imortalizou a frase Boa sorte, maestro!. O prêmio Galo de Ouro foi concebido por Ziraldo e confeccionado pela joalheria H. Stern.
Criado por Augusto Marzagão durou de 1966 a 1972 (sete festivais). Cada um tinha duas fases: a nacional, para escolher a melhor canção brasileira, e a internacional, para eleger a melhor canção de todos os países participantes — a concorrente brasileira era a vencedora da fase nacional.
Finalistas Nacionais.
1966.
• Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta), com Nana Caymmi.
• O Cavaleiro (Tuca e Geraldo Vandré), com Tuca.
• Dia das rosas (Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo), com Maysa.
1967.
• Margarida (Guttemberg Guarabyra), com Guttemberg Guarabyra e o Grupo Manifesto.
• Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant), com Milton Nascimento (prêmio de melhor intérprete).
• Carolina (Chico Buarque), com Cynara e Cybele.
• Fuga e antifuga (Edino Krieger e Vinicius de Moraes), com o Grupo 004 e As Meninas.
• São os do Norte que vêm (Capiba e Ariano Suassuna), com Claudionor Germano.
1968.
• Sabiá (Tom Jobim e Chico Buarque), com Cynara e Cybele.
• Pra não dizer que não falei de flores, ou "Caminhando" (Geraldo Vandré), com Geraldo Vandré.
• Andança (Edmundo Souto, Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós), com Beth Carvalho e Golden Boys.
• Passaralha (Edino Krieger), com Grupo 004.
• Dia de vitória (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), com Marcos Valle.
1969.
• Cantiga por Luciana (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), com Evinha.
• Juliana (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar), com A Brasuca.
• Visão geral (César Costa Filho, Ruy Maurity e Ronaldo Monteiro de Souza), com César Costa Filho e Grupo 004.
• Razão de paz pra não cantar (Eduardo Laje e Alésio Barros), com Cláudia.
• Minha Marisa (Fred Falcão e Paulinho Tapajós).
1970.
• BR-3 (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar), com Tony Tornado e Trio Ternura.
• O amor é o meu país (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), com Ivan Lins.
• Encouraçado (Sueli Costa e Tite de Lemos), com Fábio.
• Um abraço terno em você viu mãe (Gonzaguinha), com Gonzaguinha.
• Abolição 1860-1960 (Dom Salvador e Arnoldo Medeiros), com Luís Antônio, Mariá e o Conjunto Dom Salvador.
1971.
• Kyrie (Paulinho Soares e Marcelo Silva), com Trio Ternura.
• Karany Karanuê (José de Assis e Diana Camargo), com José de Assis e Diana Camargo.
• Desacato (Antônio Carlos e Jocáfi), com Antônio Carlos e Jocáfi.
• Canção pra senhora (Sérgio Bittencourt), com O Grupo.
• João Amém (W. Oliveira e Sérgio Mateus), com Sérgio Mateus.
1972.
• Fio Maravilha (Jorge Ben), com Maria Alcina e Paulinho da Costa na percussão.
• Diálogo (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), com Baden Powell, Tobias e Cláudia Regina.
Fase Internacional – Vencedoras.
• 1966: Frag Den Wind (Alemanha), de Helmuth Zacharias e Karl Schauber, com Inge Bruck
• 1967: Per una Donna (Itália), de Perreta e Marcello di Martino, com Jimmy Fontana
• 1968: Sabiá (Brasil), de Tom Jobim e Chico Buarque de Hollanda, com Cynara e Cybele
• 1969: Cantiga por Luciana (Brasil), de Paulo Tapajós e Edmundo Souto, com Evinha
• 1970: Pedro Nadie (Argentina), de Piero e José, com Piero
• 1971: Y Después del Amor (México), com Hermanos Castro
• 1972: Nobody Calls me Prophet (EUA), com David Clayton-Thomas
Composição do Júri.
Em 1967, a música Travessia de Milton Nascimento, ficou em 2º lugar na etapa nacional sendo derrotada pela música “Margarida” de Guttemberg Guarabyra e Grupo Manifesto.
A música Margarida representaria o Brasil na fase internacional e ficou em 3º lugar.
A partir daquele ano ocorreu a mudança da composição do júri, anteriormente formado por mais jornalistas do que músicos. Naquele ano, Milton Nascimento foi contemplado com o Prêmio de Melhor Intérprete. A derrota de Milton, então jovem talento considerado pelos músicos um intérprete e compositor raro, influenciou a decisão pela mudança na composição do júri.
1972 - Fim do Festival.
A realização do Festival Internacional da Canção de 1971 por pouco não foi realizado devido à censura imposta pelo governo da Ditadura Militar estabelecido pelo Golpe de Estado no Brasil em 1964.
O compositor Guttemberg Guarabyra, que havia vencido o FIC de 1967 com a canção Margarida, sob a supervisão de Augusto Marzagão e passara a organizar o evento. Rumores surgiram de que Guarabira estava incentivando compositores a retirarem suas músicas do festival o que resultou em má qualidade da maioria das músicas apresentadas e no esvaziamento da platéia. Menos de três mil pessoas compareceram ao Festival na última eliminatória.
Em 1972, poucos dos considerados grandes nomes dos certames anteriores inscreveram composições. Pela primeira vez, a final aconteceu no mesmo dia da segunda eliminatória.
Destituição do Júri - Censura e Golpe de Estado no Brasil em 1964.
Em 1972, houve uma exigência do governo militar para que Nara Leão fosse afastada da posição de presidência do corpo de jurados, após uma entrevista na qual a cantora criticava o governo e a situação do país. O júri inteiro acabou sendo destituído, e substituído por jurados estrangeiros.
Tal revelação foi feita em entrevista concedida em 2000, pelo então diretor da edição de 1972 do Festival, Solano Ribeiro de Faria.
Roberto Freire, um dos jurados originais, foi impedido de ler publicamente um manifesto criticando a decisão. Por sua insistência, acabou sendo agredido violentamente pelos seguranças do Festival. O mesmo manifesto foi depois lido pelo apresentador Murilo Néri.
Em 1972, o músico Hermeto Pascoal foi proibido de se apresentar com animais no palco.
Categorias:
• Festivais de música do Brasil
• Música popular brasileira
• Programas da Rede Globo
• Programas musicais.
(47) - O Estado de São Paulo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Estado de S. Paulo é um jornal brasileiro. Foi fundado com base nos ideais de um grupo de republicanos, em 4 de janeiro de 1875. Nessa época, o jornal se chamava A Província de São Paulo e foi o pioneiro em venda avulsa no país, fato pelo qual foi ridicularizado pela concorrência (Correio Paulistano, O Ipiranga e Diário de S. Paulo).
A venda avulsa foi impulsionada pelo imigrante francês Bernard Gregoire, que saía às ruas montado num cavalo e tocando uma corneta para chamar a atenção do público — e que, décadas depois, viraria o próprio símbolo do jornal — aumentou a tiragem do jornal. Ao lado da Folha de S. Paulo, de O Globo e do Correio Braziliense, o Estado é um dos jornais mais influentes do Brasil.
História.
Fundação. Quando o jornal surgiu, tinha quatro páginas e uma tiragem de 2.025 exemplares. O termo "Província" foi conservado até 31 de dezembro de 1889, um mês após a queda da Monarquia e instituição da República no Brasil. Embora tivesse apoiado a troca de regime, o jornal se mostrou independente de qualquer partido político, recusando-se a servir aos interesses do ascendente Partido Republicano Paulista (PRP).
Quando o então redator-chefe Francisco Rangel Pestana se afastou para trabalhar no projeto da Constituição, em Petrópolis, o jovem redator Júlio Mesquita assumiu efetivamente a direção d'O Estado e deu início a uma série de inovações. A agência Havas, então a maior do mundo, foi contratada pelo jornal e deu mais agilidade às notícias internacionais.
Primeira metade do século XX.
Ao final do século XIX, o Estado já era o maior jornal de São Paulo, superando em muito o Correio Paulistano. Propriedade exclusiva da família Mesquita a partir de 1902, o Estado apoiou a causa aliada na Primeira Guerra Mundial, sofrendo represália da comunidade alemã na cidade, que retira todos os anúncios do jornal. Mesmo assim, Mesquita mantém a posição de seu diário. Nas mesmas circunstâncias, sofreu censura por parte do governo, que cortava matérias relacionadas às suas ações ou às questões nacionais. Durante a guerra, passa a circular a edição vespertina do jornal, conhecida como "Estadinho", dirigida pelo então jovem Júlio de Mesquita Filho.
Em 1924, o Estado foi impedido de circular pela primeira vez, entre os dias 28 de julho e 17 de agosto. A censura veio primeiramente do lado dos revoltosos, quando ocuparam a cidade, e depois do governo federal, após expulsar os rebeldes. Julio Mesquita foi preso e enviado ao Rio de Janeiro, sendo libertado pouco depois.
Com a morte do velho diretor em 1927, seu filho Júlio de Mesquita Filho assumiu a redação com o irmão Francisco, este à frente da parte financeira do jornal.
Em 1930, o Estado, ligado ao Partido Democrático, apoiou a candidatura de Getúlio Vargas pela Aliança Liberal. Vargas foi derrotado nas eleições, mas assumiu o poder com a Revolução de 1930, saudada pelo jornal como um marco do fim de um sistema oligárquico.
O chamado Grupo Estado assumiu em 1932 a liderança da revolução constitucionalista e, com sua derrota, boa parte da diretoria foi enviada ao exílio — Júlio e Francisco foram para Portugal e lá permaneceram até novembro de 1933, quando Getúlio nomeou Armando de Salles Oliveira, amigo dos diretores, como interventor de São Paulo.
Anos depois, com a eclosão do Estado Novo, o jornal manteve a oposição ao regime e, em março de 1940, foi invadido pelo Dops por supostamente armazenar armas. O jornal foi inicialmente fechado e logo depois confiscado pela ditadura, sendo administrado pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) até 6 de dezembro de 1945, quando foi devolvido pelo Supremo Tribunal Federal a seus legítimos proprietários após a deposição de Getúlio.
Os números publicados a partir da intervenção são desconsiderados na história do diário.
Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Estado viu enorme progresso, com o aumento da tiragem e de seu prestígio nacional. A administração dos interventores mostrou-se financeiramente eficiente e o periódico gozava de ótima situação financeira.
Na década de 1950, foi construída uma nova sede, o edifício da Rua Major Quedinho (que ainda abrigaria o Hotel Jaraguá), e máquinas modernas de impressão foram importadas. Foi a fase em que a editoria de Internacional foi comandada pelo jornalista Giannino Carta e por Ruy Mesquita. O Estado, desse período até a década de 1970, ostentou em sua primeira página quase que exclusivamente o noticiário internacional.
Outros produtos do Grupo Estado vieram nessa mesma época, como a Rádio Eldorado (1954), o Jornal da Tarde (1966) e a Agência Estado (1970).
República Nova e golpe de 1964.
Durante a República Nova (1946–1964) o Estado perfilou-se à União Democrática Nacional de Carlos Lacerda e fez oposição a todos os governos, em especial o de João Goulart. Em 1962, o diretor Júlio de Mesquita Filho chegou a escrever o "Roteiro da Revolução", procurando unir a oposição civil aos militares, o chamado "partido fardado", que desde o início da República costumava intervir na política brasileira.
Em 1964, o Estado apoiou o golpe militar — descrito como "contragolpe" por Ruy Mesquita — e a eleição indireta de Castelo Branco.
No dia 1 de abril daquele ano publicou texto de apoio à derrubada de João Goulart, traçando um paralelo com a Revolução Constitucionalista de 1932.
Logo após o Ato Institucional Número Dois, de 1965, que dissolveu os partidos políticos, o jornal rompeu com o regime.
Sob censura.
Em 13 de dezembro de 1968, a edição do Estado foi apreendida em razão da recusa de Mesquita Filho de excluir da seção "Notas e Informações" o editorial "Instituições em Frangalhos", em que denunciava o fim de qualquer aparência de normalidade democrática. Os jornalistas conseguiram distribuir algumas centenas de exemplares, e repetiram o feito no dia seguinte, desta vez com 84,9 mil edições do Jornal da Tarde.
A partir da data, o jornal passou a contar com censores da Polícia Federal em sua redação, ao contrário dos outros grandes jornais brasileiros, que aceitaram se autocensurar.
Com a morte de Mesquita Filho, o Estado passou a ser dirigido, em 1969, por Júlio de Mesquita Neto. Nesse período o jornal ganhou visibilidade mundial ao denunciar a censura prévia com a publicação de trechos de Os Lusíadas, de Luís de Camões, no lugar de matérias proibidas pelos censores. Outros poetas, como Gonçalves Dias, Castro Alves, Manuel Bandeira e Cecília Meireles também tiveram obras suas publicadas no lugar de matérias censuradas.
Entre 29 de março de 1973 e 3 de janeiro de 1975, o Estado teve 1136 textos cortados — em 655 ocasiões, versos de Os Lusíadas foram colocados no lugar das matérias cortadas. Muitos jornalistas do Estado foram perseguidos, presos e torturados.
A partir de 6 de janeiro de 1969, a censura continuou, mas a distância — os cortes eram ordenados por telefone ou por escrito. Ordens ignoradas eram punidas com a apreensão da edição na saída do prédio.
Em 1974, o jornal recebeu o Prêmio Pena de Ouro da Liberdade, conferido pela Federação Internacional de Editores de Jornais. Em 3 de dezembro de 1975, acabou oficialmente a censura ao jornal, com a ascensão de Ernesto Geisel ao poder.
“Foto: Sede d'O Estado de S. Paulo, na Marginal do Rio Tietê, zona norte de São Paulo.
A partir da década de 1970 o jornal endividou-se para a construção de sua nova sede na Marginal Tietê (para onde se mudou em 1976) e passou por severa crise financeira, disputando o mercado com o novo padrão de jornalismo representado pela Folha de S. Paulo.
Anos 1980.
Em 1986, o Estado contratou o jornalista Augusto Nunes para assumir o posto de diretor de redação. Ele renovou o noticiário do jornal e empreendeu uma série de reformas gráficas, que redundariam na adoção, em 1991, de cores no jornal e de edições diárias - até então o Estado não circulava às segundas-feiras e dias seguintes a feriados.
Dos anos 1990 aos dias de hoje.
Em 1996, Júlio de Mesquita Neto morreu, e o jornal passou a ser dirigido por seu irmão, Ruy Mesquita, até então diretor do Jornal da Tarde, pertencente ao Grupo Estado. O jornal era o quarto em circulação no Brasil em dezembro de 2013, com uma média diária de 234 mil exemplares, e o segundo na Grande São Paulo, com média diária de 159,9 mil exemplares em 2007.
Em 2009 o jornal foi impedido de publicar notícias sobre a Operação Faktor, que investiga Fernando Sarney, suspeito de fazer caixa dois na campanha de Roseana Sarney na disputa pelo governo do Maranhão em 2006. Posteriormente, Fernando Sarney desistiu da ação, mas o jornal não aceitou esse arquivamento, o que faz com que o impedimento imposto (qualificado pelo jornal como censura) continue em vigor até nova ordem judicial.
No dia 2 de outubro de 2010, a então colunista Maria Rita Kehl publicou o artigo "Dois Pesos...", que fala sobre as inúmeras correntes de e-mails enviadas pela internet que desqualificam os votos dos pobres das chamadas classes sociais D e E sob um argumento que já seria "familiar ao leitor" segundo Kehl: "os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos". Ela diz que, de acordo com tal argumento, os votos dos pobres das chamadas classes D e E "não são expressão consciente de vontade política" e "teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola".
Além de refutar os argumentos de alguns e-mails que circularam bastante pela internet com ironias como "onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria?" e observações como "se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso", ela também elogiou o Bolsa-Família ao escrever: "Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem idéia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200?"
Ela terminou o artigo escrevendo que "quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos”.
Esse artigo gerou grande repercussão na internet e a colunista acabou demitida. Para Maria Rita Kehl, o fato de ter sido demitida seria uma situação absurda: "Como é que um jornal que está, que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?" Segundo a ex-colunista, o motivo de sua demissão foi o fato de o jornal ter considerado o texto um "delito de opinião".
O diretor do Estadão, Ricardo Gandour, em uma entrevista sobre o ocorrido disse que "não houve demissão", que "colunistas se revezam, cumprem ciclos". Ele disse também que "não houve censura, a coluna saiu integralmente, sem mexer em uma vírgula". Quando argumentado pelo entrevistador que, apesar de Ricardo Gandour negar o ato de censura, houve conseqüências para a colunista por expressar a sua opinião, como a sua saída do jornal, o diretor do jornal alegou que "o foco daquele espaço que era outro", era a psicanálise, entretanto "esse não era o enfoque que ela vinha praticando", mas admitiu que considerou que "a coluna de sábado foi uma coluna forte".
Porém não foi esclarecido porque apenas após essa última "coluna forte" é que o jornal decidiu afastar a colunista e não anteriormente ou posteriormente, nem mesmo foi dito que ocorreu uma coincidência. Ele finalizou dizendo que lamenta "que esteja havendo uma leitura histérica disso".
Grupo Estado.
Depois de uma fracassada experiência no campo das telecomunicações, o Grupo Estado passou por uma reestruturação em 2003, e a maior parte da família Mesquita deixou os cargos de direção. Demissões em massa ocorreram no grupo.
Após o saneamento financeiro, o Estado empreendeu uma reformulação gráfica em outubro de 2004, com a criação de novos cadernos e tem recebido sucessivos prêmios de excelência gráfica.
Além do jornal O Estado de S. Paulo, o Grupo Estado publicava o Jornal da Tarde (1966) e detém controle sobre a OESP Mídia (1984), empresa que atua no ramo de Publicidade por meio de Classificados. Pertencem ao Grupo Estado as rádios Eldorado AM e FM (1958) e a Agência Estado (1970), maior agência de notícias do Brasil.
Visão política.
Bernard Gregoire, símbolo do jornal
A mais antiga de todas as seções, conhecida como "Notas e Informações", sempre localizada na página 3, manteve a tradicional postura do jornal de unir, em seus editoriais, conservadorismo político e liberalismo econômico, sendo uma das colunas mais emblemáticas de O Estado de S. Paulo, identificado com o pensamento "conservador" ou "neoliberal" no Brasil.
Entretanto, desde o golpe militar de 1964, e principalmente após 1968, o jornal vem tomando posições mais liberais também no âmbito social e político, como a defesa em editorial da legalização do aborto no Brasil, as críticas ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e ao presidente francês Nicolas Sarkozy, além de apoiar a candidatura da ex-presidente de centro-esquerda do Chile, Michelle Bachelet.
O Grupo Estado defende o sistema democrático de governo, o Estado de direito, a livre iniciativa, a economia de mercado e um Estado comprometido com um país economicamente forte e socialmente justo.
Em 25 de setembro de 2010, em um editorial intitulado "O mal a evitar", o jornal declarou abertamente o seu apoio ao candidato José Serra na eleição presidencial no Brasil em 2010, afirmando que o candidato é "o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País", e criticando o presidente Luís Inácio Lula da Silva pelas suas acusações de que a imprensa brasileira estaria se comportando "como um partido político" e pela "escandalosa deterioração moral" de seu governo.
O portal Brasil de Fato realizou um levantamento sobre o comportamento dos três jornais de maior circulação no Brasil ante a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República. O estudo foi feito a partir das manchetes de primeira página publicadas por O Estado de S. Paulo, O Globo e Folha de S. Paulo, entre os dias 28 de agosto e 27 de setembro. Nesses trinta dias, O Estado de S. Paulo produziu 22 capas negativas para a candidata petista. No mesmo período, o jornal trouxe somente uma capa com manchete positiva, ("Inquérito da PF esvazia tese de crime político na receita", no dia 16). Também houve três manchetes consideradas neutras e quatro abordando assuntos não ligados às eleições.
Colunistas.
• João Bosco Rabello
• Dora Kramer
• José Roberto de Toledo
• Cláudio Couto
• José Paulo Kupfer
• Renato Cruz
• Fábio Gallo
• Amir Khair
• Suely Caldas
• Gilles Lapouge
• Mac Margolis
• Antero Greco
• Paulo Calçade
• Ugo Giorgetti
• Reginaldo Leme
• Tiago Queiroz
• Cristina Padglione
• Luiz Zanin
• Ignácio de Loyola Brandão
• Sonia Racy
• Jairo Bouer
Categorias:
• Subsidiárias do Grupo OESP
• Jornais de São Paulo
• Jornais em língua portuguesa
• Empresas de São Paulo
• Prêmio Professor Emérito.
(48) - Realidade (revista).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Realidade foi uma revista brasileira lançada pela Editora Abril em 1966. Circulou até janeiro de 1976. Apresentava características inovadoras para a época, com matérias em primeira pessoa, fotos que deixavam perceber a existência do fotógrafo e design gráfico pouco tradicional. Destacou-se também por suas grandes reportagens, permitindo que o repórter 'vivesse' a matéria por um mês ou mais, até a publicação.
Fases da revista.
Ao longo de sua existência, a revista passou por três diferentes fases.
Primeira fase.
A primeira fase da revista, de 1966 a 1968, foi provavelmente a mais notável, quando os grandes temas do momento, muitas vezes polêmicos, eram abordados em matérias totalmente esmiuçadas, dentro de uma forma de escrita surgida nos Estados Unidos — o New Journalism, de Tom Wolfe, Gay Talese e outros — que combinava eficientemente clareza e objetividade em uma estrutura com foco narrativo, o jornalismo literário.
Nesse novo estilo, os jornalistas tinham total liberdade para escrever os textos em primeira pessoa, inserir diálogos com travessões, fazer descrições minuciosas de lugares, feições e objetos. Além disso, era possível alternar o foco da narrativa de observador onipresente para testemunha ou participante dos acontecimentos.
Realidade era uma revista que trabalhava com a emoção: investia-se muito no jornalista para que ele conseguisse transmitir em suas reportagens uma idéia real do fato. Nessa primeira fase, a grande reportagem é a principal característica editorial do periódico.
Dezembro de 1968 traria o endurecimento do regime militar. Decretado o AI-5, estabelecia-se a censura prévia. A edição daquele mês marcava o fim do melhor período de Realidade, segundo os autores José Marão e Hamílton Ribeiro.
Segunda fase.
Em 1969, Realidade entra em sua segunda fase, que duraria até meados de 1973. Além das mudanças suscitadas pela instauração do AI-5, essa segunda fase resulta de dissidências internas na redação, muitas também decorrentes da censura. O texto perde o tom de denúncia, embora o formato da reportagem não tenha sofrido mudanças bruscas. Permanecia o estilo literário, a pesquisa de campo e investigação, o valor ilustrativo da imagem.
Entretanto, pouco a pouco, a revista foi assumindo o modelo newsmagazine ou revista de informação.
Terceira fase.
A partir de outubro de 1973, as capas de Realidade dão uma guinada radical. O periódico abandona a pauta investigativa. Proliferam nas edições seguintes os "como fazer" e os verbos no imperativo, como "saiba", "transforme", "vença" etc. Até a paginação da revista revela semelhanças com Veja à época.
Apesar do seu curto período de existência, a revista Realidade é considerada um divisor de águas na imprensa brasileira.
Categorias:
• Revistas extintas do Brasil.
• Editora Abril.
(49) - Prêmio Esso.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Prêmio Esso de Jornalismo, anteriormente denominado Prêmio Esso de Reportagem, é a mais importante distinção conferida a profissionais de imprensa no Brasil. O prêmio, patrocinado pela Esso Brasileira de Petróleo Ltda., é concedido anualmente a jornalistas e veículos de comunicação que se destaquem com reportagens e outros trabalhos de mídia ao longo do ano.
História.
A premiação vem ocorrendo ininterruptamente desde 1955. Desde então, segundo a empresa, concorreram ao Prêmio Esso mais de 27 mil trabalhos jornalísticos. Ainda segundo o website da instituição:
"O Prêmio Esso vem promovendo o reconhecimento do mérito dos profissionais de Imprensa através da indicação e escolha dos melhores trabalhos publicados em jornais e revistas, segundo o julgamento de comissões independentes formadas exclusivamente por jornalistas e especialistas da área de Comunicação. Desde 2001, vem distinguindo também o melhor trabalho de jornalismo em televisão, com a concessão do Prêmio Esso Especial de Telejornalismo."
O prêmio - um troféu e mais R$ 30.000,00 (valor de 2011) - é atribuído "ao melhor trabalho publicado na imprensa" (jornalismo impresso). Outras categorias são premiadas com valores de R$ 3.000,00 a R$ 20.000,00, além de certificados. Há categorias nacionais e regionais. Os vencedores são preliminarmente selecionados por júris de 25 profissionais de cada categoria e depois escolhidos por uma comissão de premiação composta de cinco pessoas. As comissões são sempre "integradas exclusivamente por profissionais de comunicação", de acordo com a empresa.
A premiação destinada à mídia impressa está dividida em 11 categorias. Completam o elenco de premiações o prêmio principal, que leva o nome do programa e, mais recentemente, o Prêmio Esso de Telejornalismo, destinado ao melhor trabalho jornalístico de televisão. Os prêmios são oferecidos somente aos concorrentes que se inscrevem voluntariamente.
A Esso também teve importância na história do jornalismo brasileiro por patrocinar, durante mais de 30 anos, o programa Repórter Esso no rádio e na televisão.
Categorias.
Em 2011, o Prêmio Esso possuía 13 categorias, além de uma premiação especial dedicada à contribuição à imprensa.
Prêmio Esso de Jornalismo.
A categoria principal do prêmio não possuiu finalistas. O trabalho vencedor é escolhido dentre todos os finalistas de todas as demais categorias como o melhor que foi produzido por jornais impressos e revistas naquele ano. O vencedor recebe um diploma e R$30 mil. Trata-se da maior distinção do jornalismo brasileiro.
Prêmio Esso de Reportagem.
Cinco trabalhos de reportagem tema-livre dentre os inscritos são indicados nesta categoria. Uma comissão de jurados elege o melhor que recebe um diploma e R$ 10 mil. É a segunda mais importante categoria do prêmio.
Prêmio Esso Especial de Telejornalismo.
Cinco trabalhos de TV de tema-livre dentre os inscritos são indicados nesta categoria. Uma comissão específica formada por professores universitários e profissionais elegem o melhor que recebe um diploma e R$ 20 mil. Trata-se da maior distinção do telejornalismo brasileiro.
Prêmio Esso de Fotografia.
Assim como a maioria das demais categorias, um grupo de jurados elege as cinco melhores fotografias dentre as inscritas. Diferente das demais, nessa categoria uma ampla gama de fotógrafos de experiência comprovada vota pela internet para escolher a foto vencedora que recebe um diploma e R$ 10 mil.
Categorias Temáticas.
Neste grupo, incluem-se as categorias nas quais podem concorrer reportagens produzidas por veículos impressos de todo o país, mas que versam sobre temas específicos.
• Prêmio Esso de Informação Econômica: Dado a melhor reportagem de jornal ou revista do país versando sobre questões econômicas. O prêmio são R$5 mil e um diploma.
• Prêmio Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ambiental: Dado a melhor reportagem de jornal ou revista do país versando sobre questões cientificas, tecnológicas e ambientais. O prêmio são R$5 mil e um diploma. Inicialmente a categoria não incluía reportagens ambientais, mas com o crescimento desta área do jornalismo, em 2000 os temas de meio ambiente também passaram a ser contemplados.
• Prêmio Esso de Educação: Criada em 2011, a mais recente categoria do Prêmio Esso é dedicada à reportagens sobre os problemas e desafios da educação brasileira. O prêmio são R$5 mil e um diploma.
Prêmios regionais.
Para premiar também as melhores reportagens produzidas em cada região do país foram criadas as categorias regionais. Em cada uma das categorias o prêmio era de três mil reais e um diploma. Já houve várias mudanças entre o agrupamento dos estados em cada grupo.
Categorias Gráficas.
Neste grupo, incluem-se as categorias destinadas a infográficos, e outros elementos gráficos dos jornais. Em todas, o prêmio em 2011 era R$5 mil e um diploma.
• Prêmio Esso de Primeira Página: Dado a melhor página de abertura do jornal. Inclui manchete e fotos de capa.
• Prêmio Esso de Criação Gráfica - Jornal: Dado a mais bem produzida graficamente reportagem em jornal.
• Prêmio Esso de Criação Gráfica - Revista: Dado a mais bem produzida graficamente reportagem em revista.
Vencedores.
De acordo com a empresa, até hoje já concorreram mais de 28 mil trabalhos jornalísticos, entre reportagens, matérias, crônicas e afins. O prêmio tem alta reputação e credibilidade, e os profissionais vencedores de um Prêmio Esso até hoje gozam de grande prestígio na imprensa brasileira.
Categorias:
• Prêmios de jornalismo
• Prêmios de comunicação social
• Prêmios do Brasil.
(50) – Os Meninos do Recife.
1967.
Prêmio Principal.
O FUTEBOL BRASILEIRO: O LONGO CAMINHO DA FOME À FAMA.
João Máximo
JORNAL DO BRASIL
Cr$ 4 mil + Viagem a NY + US$ 250
O futebol brasileiro, até então freqüentemente exaltado através do espetáculo dos gramados e simbolizado pela figura olímpica do zagueiro Bellini erguendo a Taça do Mundo de 1958, teve exibida sua outra face. A reportagem investigou os males do subdesenvolvimento presentes na história mais ou menos comum de jogadores, quase todos oriundos de uma infância de miséria, e cujo caminho até a fama nem sempre pôde ser percorrido.
Premiados.
Categoria Autor Título da Obra Veículo Premiação
PRÊMIO ESSO DE REPORTAGEM Roberto Freire OS MENINOS DO RECIFE REVISTA REALIDADE Cr$ 800 mil
PRÊMIO ESSO DE FOTOGRAFIA Antônio Andrade AS TRAGÉDIAS DE JANEIRO
FATOS &FOTOS Cr$ 800 mil
PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO ECONÔMICA Aloysio Biondi O BRASIL NO CAMINHO DO DESERTO REVISTA VISÃO Cr$ 800 mil
PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA José Hamilton Ribeiro UMA VIDA POR UM RIM REVISTA REALIDADE Cr$ 800 mil
PRÊMIO ESSO DE EQUIPE Jornal da Tarde AS TRAGÉDIAS DE CARAGUATATUBA JORNAL DA TARDE Cr$ 800 mil
REGIONAL José Fialho Pacheco AS GUERRILHAS DO CAPARAÓ ESTADO DE MINAS Cr$ 500 mil
REGIONAL Juarez Bahia SOS PARA O SISAL A TRIBUNA (Santos) Cr$ 500 mil
REGIONAL Rogaciano Leite NO MUNDO AMARGO DO AÇÚCAR GAZETA DE NOTÍCIAS (Fortaleza) Cr$ 500 mil
Comissão Julgadora.
Mino Carta - Jornal da Tarde
Macedo Miranda - Bloch Editores
Gilberto Di Pierro - Última Hora (SP)
Alfredo Sade - Diários Associados
Zuenir Ventura (Relator) - Revista Visão.
Comissão Regional – Rio.
Macedo Miranda - Bloch Editores
Carlos Tavares - O Globo
Neil Hamilton - O Jornal.
Comissão Regional - São Paulo.
Flávio A. P. Galvão - O Estado de S. Paulo
Gilberto Di Pierro - Última Hora
Luiz Monteiro - Diário de S. Paulo.
Comissão Regional – Recife.
Ronildo Maia Leite - Diário do Nordeste (Recife)
José Arabá Matos - Gazeta de Notícias (Fortaleza)
Alfredo Sade - A Província do Pará.
Observações do escriba: 1ª – Há muito tempo atrás, o compositor, músico e humorista brasileiro Juca Chaves, já dizia: “Atlantic, Esso, Shell... e o Brasil pro beleléu... 2ª – Em 2015, o Prêmio Esso Principal deveria ser assim: “O Futebol Brasileiro: O longo caminho da Fome, à Fama e à Alienação”. “Na Copa das Copas (2014), Alemanha 7 x 1 Brasil. Gooooooooooooooooooool! Goooooooooolaaaaaaaçooooo!”– REDE BOBO!
Se DEUS nos permitir voltaremos a qualquer momento ou em outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, terça-feira, oito de setembro de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
Fontes: (1) – Dra. Internet. (2) – Dr. Google. (3) Dra. Wikipédia. (4) – Revista Caros Amigos. (5) – Outras fontes.