O poder do alho

No meu livro “Vivendo com otimismo para uma vida feliz e radiante”, citei uma matéria de propriedade do Padre Guido, da região da vizinha Itapagipe/MG, que relata a cura do alho com comprovações fantásticas, em que se toma o preparado durante 50 dias, começando com no primeiro dia 1 gota, no segundo 2 gota e assim sucessivamente até as 25 e depois volta de 25 por no segundo 24 gotas até chegar a úl uma gota. No site recanto das letras tem uma matéria minha que tem a receita de como preparar, sendo uma quantidade de alho roxo, álcool de arroz ou aguardente de boa qualidade e a maneira de preparo e para que sirva.

Ainda sobre o alho há muitas pessoas seguem o exemplo de Paulo Maluf, político Paulista que se diz ter controlado sua pressão, usando o consumo de um dente de alho todos os dias.

Quando criança ajudei meu pai a plantar alho para o gasto da família. Usávamos as terras mais úmidas, próximo as nascentes, preparávamos os canteiros, os quais era enriquecido com matéria adubo orgânico, retirado de currais de bovinos. Depois de plantados, sendo o alho debulhado das cabeças e escolhidos os dentes mais robustos e melhores, colocava-se palha de arroz para cobrir e dias depois, via-se os brotos viçosos de alho despontando entre as palhas que na seqüência feitos os tratos culturais, logo vinha à colheita, o secar no sol e o restiamento, "espécie de trança" para guardar e sendo usado durante o ano e também presenteava alguns vizinhos.

A seguir passo matéria do Jornal Acontece de Uberaba, edição de junho de 2015, relatando ‘O poder do alho’, como segue:

Controlar a pressão, baixar o colesterol, afastar tumores... Estão aí alguns dos trunfos desse ingrediente milenar. Aprenda a usá-lo para tirar proveito de cada dente

Desde a época dos faraós já se conhecia bem o alho por suas propriedades medicinais. De lá pra cá, seus dentes ficaram famosos mesmo pelo sabor forte e ardido que imprime às receitas e pelo odor impregnado na boca. Sorte que a ciência não se esqueceu dos escritos deixados pelos antigos e, cada vez mais, leva o alho à mesa... De laboratório. Conheça os benefícios comprovados recentemente.

Coração

Na Universidade de Hong Kong, na China, pesquisadores recrutaram 125 pacientes que haviam sofrido um derrame e investigaram sua rotina alimentar, dando atenção especial aos vegetais da família Allium, da qual fazem parte o alho, a cebola, a cebolinha e o alho-poró. Foi aí que perceberam uma coincidência, que de mera não tem nada: quem comia alho diariamente apresentava uma melhor função endotelial. Isso significa que os vasos sanguíneos teriam maior facilidade para dilatar. “Esse trabalho identifica um dos possíveis mecanismos para explicar como o alho provoca uma redução na pressão arterial”, elucida a nutricionista Marcia Gowdak, diretora do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Tal efeito, nunca é demais frisar, contribui para a prevenção de um infarto ou de um derrame.

Pressão

A derrocada da pressão apareceu de forma mais cristalina em um artigo publicado recentemente no The Journal of Clinical Hypertension. Os autores, da Universidade Soochow, também na China, revisaram 17 estudos sobre o tema e concluíram: em comparação com pílulas placebo, suplementos à base de alho propiciaram uma queda média de 3,75 mmHg na pressão sistólica e de 3,309 mmHg na pressão diastólica. Em outras palavras, uma pessoa com a pressão 14 por 9 talvez chegue à casa dos 13 por 9. Ao ajustar ainda mais os resultados, os experts descobriram que a pressão sistólica caiu pra valer nos hipertensos, ou seja, aqueles que mais precisavam tirar as artérias do sufoco. Enquanto os cientistas racham a cabeça para descrever em detalhes como o alho combate a hipertensão , é importante observar que nessa revisão chinesa a ingestão do vegetal ocorreu em forma de capsulas. Calma: não precisa desanimar. “Podemos usufruir desses benefícios ao consumirmos o alimento in natura”, garante Laís Bhering, mestre em ciências dos alimentos pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Colesterol

Em um trabalho da Universidade Ewha Womans, na Coreia do Sul, os experts analisaram mais de 80 estudos sobre a relação entre o vegetal triturado e os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Entre os desfechos, registra-se que o alho em pó – facilmente encontrado no mercado, caso a ideia lhe apeteça – não só controla a pressão arterial como contribui para a diminuição do colesterol LDL, aquele infeliz que entope as artérias. Como? É provável que ele breque sua formação lá no fígado. De novo, o que se tem é boas teorias.

Câncer

Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, se debruçaram sobre os 17 estudos – no total, havia 8621 pessoas com câncer de estomago e 14889 livres da doença – e constataram que qualquer vestígio do vegetal bulboso na dieta reduzia a probabilidade de encarar esse tipo de humor. Quem o ingere com mais frequência contava com uma blindagem ainda maior. O câncer de pulmão é outro que estaria na mira do ilustre representante da família Allium. De 2003 a 2010, cientistas chineses analisaram 1424 indivíduos com a doença e 4543 sem ela. Depois de afinar os dados, eles perceberam que comer o vegetal cru pelo menos duas vezes por semana derrubaria o risco de ter esse tumor em 44% - claro que não adianta ingerir e fumar, né? -. Segundo a nutricionista Ana Carolina Cantelli, do Hospital do Câncer A.C. Camargo, na capital paulista, existem também solidas evidencias de que o câncer de mama seria afugentado quando o alho entra na rotina.

Frutal/MG, aos 19 de julho de 2015.

José Pedroso