Reduza a Pressão Arterial
Ainda falando sobre a pressão alta, fiquei pensando também da maneira como estamos emocionalmente. Esses dias semana, anterior, a minha pressão andou variando bastante mais para alta embora não tenha tido razoes para o emocional variar, porem lembrei-me que havia tomado uma dose mais alta de um remédio caseiro chamado Noni, preparado com suco de uvas. Fui eu mesmo quem preparei e como as frutas estavam muito bonitas, coloquei quantidade maior com a intenção de reduzir a dose tomada, para apenas uma colher diária. Esqueci e tomei quase meio copo e a pressão ficou na media de 16 x 10 por três dias, mesmo tomando o remédio para reduzi-la.
A nossa empregada estava colocando temperos mais calientes na comida, acrescidos de caldo Knorr e Sazon, que contribui para elevar a nossa pressão arterial.
O enriquecimento da espiritualidade também são fatores que tranquiliza a mente, consequentemente na normalização do nosso emocional, que são fatores que ajuda na normalização da pressão.
Poderíamos até exemplificar este fato enriquecimento espiritual, comparando com aqueles relógios antigos, que funcionava perfeitamente, porem havia necessidade de diariamente dar corda e este trabalhava corretamente. Nós também acabamos crendo que somos semelhantes ao relógio e a nossa corda é a oração, meditação, leituras motivacionais, a igreja que praticado corretamente, alegra nosso coração e carrega a nossa bateira, vivendo mais saudavelmente quiçá até normalizando a pressão arterial.
Esses seria uma maneira de tratar ou reduzir a pressão arterial, no angulo da verticalidade ou Verticalmente através o fortalecimento do espirito, forças que vem do alto, ou seja, se cuidando e entregando os fardos para Deus, acreditando, porem com convicção.
Ou Horizontalmente ou na materialidade, através dos medicamentos, cuidados médicos, quiçá também cuidando do emocional, como atesta o artigo abaixo, que extrai da Revista Seleções, edição de maio de 2015, como segue:
“Reduza a pressão
A hipertensão é um risco grave à saúde. A boa notícia é que ela pode ser controlada
Em certa manhã de dezembro de 2013, Margaret Kinninmont chegou ao trabalho irritado porque tinha pichado garagens perto de sua casa em Glasgow, Escócia. “Antes de ver aquilo, eu estava de bom humor”, disse a secretária-executiva de 58 anos. Seu chefe, a Dra. RhianTouyz, professora diretora do Instituto de Ciência Médica e Cardiovascular da Universidade de Glasgow, olhou o rosto corado de Margaret, que reclamava das feias pichações. “Vamos medir sua pressão”, disse ela.
RhianTouyz é uma das maiores especialistas do mundo em hipertensão e atual presidente da Sociedade Internacional de Hipertensão. Parte de sua função é instruir o público a respeito do grave perigo da hipertensão não tratada.
“A pressão alta é o principal fator de risco de doenças e mortes no mundo”, afirma ela. “Provoca cardiopatia, insuficiência renal, acidentes vasculares cerebrais e há indícios de que cause demência vascular.”
Por isso é muito importante medir regularmente a pressão arterial e colaborar com o médico no tratamento. Até aquele dia de dezembro, Margaret não sabia que era hipertensa. No entanto, a primeira leitura foi perigosamente alta: 188/100 mmHg (ou, como se diz comumente, 18 por 10). Margaret tentou relaxar e respirar fundo. A pressão foi medida outra vez. Ainda alta demais. Depois de mais algum tempo, a terceira leitura ainda estava muito elevada.
Foi o começo de um ano de trabalho para levar a pressão de volta à faixa saudável. Primeiro, vieram os medicamentos, depois medições regulares nos meses que se seguiram. Margaret comprou um medidor de pressão doméstico e passou a documentar as leituras. O primeiro remédio fez seus tornozelos incharem, e a medicação foi mudada. A dose e o horário também foram ajustados para baixar a pressão a menos de 120 mmHg sem efeitos colaterais. Além disso, ela fez um esforço concentrado para comer mais frutas, legumes e verduras e intensificar a rotina de exercícios. Agora, mais de um ano depois, Margaret perdeu mais de 12 quilos e a pressão voltou à faixa saudável de 115/79 mmHg, controlada por uma dose baixa de medicamento. Ela não fica mais sem fôlego quando sobe escadas com a neta pequena. “Fazia anos que não me sentia tão bem”, diz ela.
A história de Margaret é exatamente o que deveria acontecer quando um indivíduo recebe o diagnóstico de hipertensão, observa a Dra. Rhian. Além de receber o tratamento correto, “ela fez um trabalho fantástico para controlar a própria saúde”. Para que isso seja possível, o paciente preciso de mais informações e mais envolvimento pessoal. As consequências da hipertensão não controlada podem ser terríveis. De acordo com estatísticas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil, com 350 mil óbitos todos os anos. Devidamente controlada, a hipertensão – que afeta 50% dos brasileiros na faixa dos 60 anos e 75% daqueles acima dos 70 – poderia evitar 63 mil mortes anuais por acidente vascular cerebral (AVC) e 57,5 mil por infarto. Ainda segundo dados da entidade, mais de 32 milhões de brasileiros não tratam a hipertensão e, por esse motivo, podem morrer cedo. Eis alguns fatos que você deve saber:
1. Como a hipertensão prejudica o organismo?
Assim como a pressão excessiva pode provocar protuberâncias e vazamentos numa mangueira de jardim e um jorro d’água forte demais para plantas delicadas, sob excesso de pressão o sangue que corre nos vasos sanguíneos pode enfraquecer a parede desses vasos, provocar protuberâncias e rupturas, e prejudicar os órgãos que recebem o fluxo. É por isso que a hipertensão está relacionada à AVCs, infartos, aneurismas, danos aos olhos e aos rins e muito mais. Ela também força o coração a trabalhar mais e contribui para a insuficiência cardíaca.
2. O que provoca a pressão alta?
Em 95% dos casos, não há causa direta. Essa é a chamada hipertensão essencial, primária ou idiopática. Mas a obesidade, a falta de exercícios, o consumo elevado de sal e álcool, o estresse e o histórico familiar são fatores de risco. Além disso, à medida que envelhecemos, os vasos sanguíneos enrijecem, o que faz aumentar a pressão. Em cerca de 5% dos casos, a pressão alta é causada por outra doença ou por um medicamento. É a chamada hipertensão secundária. Doenças da tiroide, rins policísticos, problemas das glândulas suprarrenais ou outras doenças raras podem provocar hipertensão. Entre os medicamentos e suplementos que elevam a pressão, estão os contraceptivos orais, medicamentos contra resfriados e enxaquecas, analgésicos anti-inflamatórios não esteroides e ervas como o hipérico ou erva-de-são-joão.
Sem que muitos saibam, um composto da raiz de alcaçuz, usada em alimentos como balas, chás e suplementos de ervas, pode ter forte impacto sobre a pressão. Apenas meia xícara de chá de alcaçuz por dia basta para fazer a pressão subir. “Ao avaliar o paciente, é importante que o médico procure excluir formas secundárias de hipertensão antes de dar o diagnóstico de hipertensão essencial”, afirma a Dra. Rhian.
3. Como se mede a pressão?
O aparelho se chama esfigmomanômetro. Com o braço apoiado e o paciente imóvel, infla-se uma braçadeira com manguito em torno da parte superior do braço, no nível do coração. No método manual, o médico bombeia o ar com a pera de borracha até interromper o fluxo de sangue no braço. Depois, observando o mostrador ou a coluna de números, ele solta lentamente a pressão do manguito até escutar, com o estetoscópio, o primeiro “som de Korotkov”, que marca o número mais alto ou pressão sistólica. A pressão é liberada até todo o som sumir, o que marca o número inferior, ou pressão diastólica. Hoje, máquinas precisas fazem essa medição de forma automática.
4. O que significam os dois números?
A pressão sistólica é a força exercida contra as paredes do vaso sanguíneo quando o coração bate e obriga o sangue a correr. A pressão diastólica é a força exercida sobre os vasos quando o coração relaxa entre os batimentos. Considera-se pressão arterial ótima aquela igual a 120/80 mmHg ou menor. Quando a pressão sobe além de 140/90 mmHg, há hipertensão. “Todos deveriam conhecer sua pressão, sobretudo quem tem histórico de pressão alta na família”, diz o cardiologia Celso Amodeo, coordenador da campanha “Eu Sou 12 por 8”, da SBC, e membro do corpo clínico do Hospital do Coração, em São Paulo.
5. Com que frequência devemos medir a pressão? Segundo recomendação do Dr. Ivan Cordovil, coordenador do Serviço de Hipertensão do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), se a pessoa tiver uma pressão normal, deve aferi-la pelo menos duas vezes por ano. Se tiver uma pressão limítrofe, como 130/80 mmHg, por exemplo, a aferição deve ser mais frequente, de dois em dois meses. Mas, se tiver pressão acima de 140/90 mmHg, a medição deve ser mensal. No entanto, a maioria dos pacientes só descobre a hipertensão quando consulta o médico por outras razões. “Por isso é tão importante ir ao médico para fazer check-ups gerais”, esclarece o cardiologista. “Em 90% dos casos, a hipertensão não apresenta sintomas. Portanto, o indivíduo não deve esperar o surgimento deles para achar que é hipertenso.”
6. Quantas leituras devemos fazer?
As diretrizes recomendam aos médicos que deixem os pacientes sentados e imóveis na primeira leitura e depois façam mais uma ou duas, com um a dois minutos de intervalo, para tirar uma média, principalmente quando o valor for elevado. Caso a hipertensão esteja na faixa leve a moderada, deve-se marcar outra consulta para medir de novo. “Se estiver acima de 140/90 no consultório e 135/85 em casa, deve-se considerar que o paciente é hipertenso”, explica a Dra. Rhian. Cerca de 20% das pessoas apresentam leituras altas demais no consultório médico e leituras normais em casa. É a chamada “hipertensão do jaleco branco”. Por outro lado, cerca de 10% têm medição normal no consultório, mas são hipertensos em casa. É a chamada “hipertensão oculta” ou “mascarada”, que pode passar anos despercebida. O editor holandês Paul Robert tinha apenas 19 anos quando descobriu que sofria de hipertensão do jaleco branco. O médico que media sua pressão se espantou ao ver um rapaz tão jovem com pressão bem acima de 140. Dez minutos depois, a pressão foi medida outra vez e estava normal. “Acontece toda vez que medem minha pressão”, diz Paul, hoje com 59 anos. Mas, aos 40, ele apresentou hipertensão de verdade, como acontece com a maioria dos que têm hipertensão do jaleco branco. Com o auxílio do médico, ele controla bem a pressão com uma combinação de medicamentos. Mas a primeira leitura ainda é sempre alta demais. A Dra. KarenaHanley, médica de família de Donegal, Irlanda, que participa da formação de outros médicos de família, diz que, em sua clínica, os médicos sempre mandam os pacientes com possível hipertensão para casa com um monitor semiautomático. “Pedimos que meçam a pressão duas vezes pela manhã e duas vezes à noite, durante cinco dias. Tiramos a média das últimas 15 leituras, e baseamos o diagnóstico no resultado.”
Segundo o Dr. Celso Amodeo, essas medições caseiras auxiliam o médico na complementação da avaliação diagnóstica, mas não a substituem. O diagnóstico é feito no consultório, levando-se em consideração não só essas medidas de pressão, mas também os exames clínico e laboratorial. “O ideal é que a pressão seja aferida em aparelhos confiáveis, que tenham o selo do Inmetro, e por profissionais da área da saúde, como médicos e enfermeiros”, salienta o cardiologista.
7. O que mais devemos fazer caso a pressão esteja elevada?
Toda leitura de hipertensão deve suscitar um histórico clínico meticuloso, e exames de sangue e urina para investigar fatores de risco como cardiopatia, diabetes, problemas renais, gota e artrite. Além disso, é preciso registrar um minucioso histórico familiar. Quanto mais fatores de risco de doença cardiovascular, mais importante é manter a pressão na faixa de normalidade.
8. Que mudanças de estilo de vida fazem diferença?
Cinco comportamentos principais podem ter grande impacto sobre a pressão: exercitar-se quatro ou cinco vezes por semana, reduzir o consumo de álcool a menos de duas doses por dia para homens e uma para mulheres, reduzir o consumo de sal (sobretudo em alimentos industrializados), manter o peso saudável e aumentar a ingestão de frutas, legumes e verduras. Parar de fumar e controlar o estresse também são essenciais. Estudos recentes indicam igualmente que reduzir a ingestão de açúcar, mesmo sem emagrecimento, melhora a pressão.
9. Quando é tarde demais para mudar o estilo de vida?
Nunca. Há dois anos, a psicopedagoga Simone Mesquita, de 42 anos, do Rio de Janeiro, resolveu adotar várias mudanças após passar mal no trabalho. “Quando mediram minha pressão, estava 16 por 13”, recorda. Em outubro do ano passado, entrou para os Vigilantes do Peso e reduziu o consumo de biscoitos, pães, massas e produtos industrializados. Em vez de sal, resolveu usar outros condimentos e aumentou a ingestão de frutas, legumes e verduras. Também passou a se exercitar mais, com caminhada (duas ou três vezes por semana) e pilates. Além de perder 11 kg – passou de 84 kg para 73 kg –, seu humor e energia melhoraram muito. O maior bônus foi que a pressão alta, que a obrigava a tomar remédios duas vezes ao dia, estacionou na casa dos 13 por 8. Atualmente, só toma remédio na parte da manhã. “Da última vez que fui ao médico, ele ficou abismado. Disse que, se eu mantiver esse estilo de vida, em pouco tempo ele suspenderá a medicação”, conta ela. A menos que haja uma grande mudança do estilo de vida, será preciso tomar remédios pelo resto da vida. Isso pode ser difícil, reconhecem especialistas como o cardiologista Celso Amodeo. “Em geral, os pacientes ficam desanimados e, por vezes, até resistentes quando têm de tomar anti-hipertensivos diários a vida inteira. Mas há aqueles que, ao contrário, adoram tomar remédio e chegam a ficar bravos quando o médico não prescreve nenhum. Por isso, é importante ter contato regular com o médico e ser sempre motivado pelos profissionais de saúde.”
10. Quais são os efeitos colaterais dos remédios?
Alguns remédios para hipertensão podem provocar diarreia e outros problemas gastrointestinais. Por exemplo, a olmesartana (um bloqueador do receptor da angiotensina, ou BRA) foi associada a mudanças no intestino semelhantes às da doença celíaca. “Alguns medicamentos, do tipo inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), costumam provocar tosse noturna. Outros, da classe dos bloqueadores de cálcio, causam inchaço nos pés. Já os diuréticos podem gerar de fraqueza nas pernas a arritmia cardíaca. Quando isso acontece, o médico tem de trocar a medicação”, explica o Dr. Ivan Cordovil. Relate para o médico os efeitos colaterais para que ele o ajude a encontrar o melhor medicamento.
Às vezes, é preciso muito esforço. MinnaIlonen, de 42 anos, professora finlandesa da pré-escola, teve leve hipertensão nas sete gestações, e comprou um monitor doméstico. Em setembro de 2013, ela observou um aumento e foi ao médico, que constatou que a pressão estava perigosamente alta: 171/108. Ela começou a tomar um BRA, mas apresentou uma aglomeração de vasos sanguíneos no cérebro (sem relação com o remédio) que sangrava lentamente. Era fundamental controlar a pressão. Depois de uma internação, mudança de medicamentos e ajustes de dosagem, ela finalmente chegou a 130/80. Desde dezembro de 2013, Minna toma um betabloqueador e um comprimido que combina um diurético, um BRA e um bloqueador do canal de cálcio. Agora sua vida voltou ao normal.
“Tivemos avanços no controle da pressão alta, mas ainda temos muito a melhorar”, diz o Dr. Celso Amodeo. “Com pacientes mais motivados e bem informados, podemos reduzir muito as mortes e as doenças crônicas.””
Fonte: Revista Seleções – maio/2015
Frutal/MG, aos 18 de julho de 2015.
José Pedroso