A LIBERDADE... "LIBERDADE, LIBERDADE...abre as asas sobre nós".
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
35ª parte
Quando o cinema chegou ao mundo - Estabelecer marcos históricos é sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campo das artes. Inúmeros fatores concorrem para o estabelecimento de determinada técnica, seu emprego, práticas associadas e impacto numa ordem cultural. Aqui serão apresentados alguns, no intuito de conhecer esta complexa manifestação estética a qual muitos chamam de a 7ª arte. De fato, a data de 28 de dezembro de 1895, é especial no que se refere ao cinema, e sua história. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo. O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La Ciotat. (1).
Quando o cinema chegou ao Brasil - A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa do exibidor itinerante belga Henri Paillie. Naquela noite, numa sala alugada do Jornal do Commercio, na Rua do Ouvidor, foram projetados oito filmetes de cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retratando apenas cenas pitorescas do cotidiano de cidades da Europa. Só a elite carioca participou deste fato histórico para o Brasil, pois os ingressos não eram baratos. Um ano depois (1897) já existia no Rio uma sala fixa de cinema, o "Salão de Novidades de Paris", de Paschoal Segreto. (1).
Um pouco mais da história do cinema - Em 1907, os irmãos Lafitte criaram os filmes de arte na França com a intenção de levar as classes mais altas ao cinema, já que estes pensavam ser o cinema para classes menos educadas.
Até esta época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo, mas, com a Primeira Guerra Mundial, a indústria européia de cinema foi arrasada. Os EUA começaram a destacar-se no mundo do cinema fazendo e importando diversos filmes. Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo. Alguns produtores independentes emigraram de Nova York à costa oeste, encontrando um pequeno povoado chamado Hollywoodland, graças a Griffith, que já o havia sugerido. Lá encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações, e quase todas as etnias, como negros, brancos, latinos, indianos, índios orientais, etc., um "banquete" de coadjuvantes. Assim nasceu a chamada "Meca do Cinema", e HOLLYWOOD se transformou no mais importante centro da indústria cinematográfica do planeta. (1).
Nesta época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal, Paramount), controlados por judeus (Daryl Zanuck, Samuel Bronston, Samuel Goldwyn, etc.), que viam o cinema como um negócio. Lutaram entre si, e às vezes, para competir melhor, juntaram empresas. Assim nasceu a 20th Century Fox e a Metro Goldwyn Meyer (união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Meyer). Os estúdios contrataram diretores e atores, e com isso nasceu o "star system", sistema de promoção de estrelas, e com isso, de ideologias e pensamentos de HOLLYWOOD. (1).
Ufa! Prezados leitoras e leitores, suspendemos temporariamente nossas transmissões cinematográficas, por causa da fumaça dos maconheiros! (deve ser insuportável!). Passamos a transmitir novas informações, diretamente do escurinho de outro cinema, continuando a história da multibilionária indústria cinematográfica e, o que vem a ser mais importante, a sua associação com a bilionária indústria tabagista. (2).
Antes que os fumantes passivos (é o CACETE) encham minha santa paciência, peço licença a todos os leitores, para fumar com muita calma, um cheiroso e saboroso cigarro HOLLYWOOD, em apenas dez tragadas. Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez... ...Pronto acabei. Acabei de fumar o cheiroso cigarro e também acabo o histórico texto, pois, o mesmo está muito longo. Agora só na 35ª parte. Não percam. (3).
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 28 de janeiro de 2015.
Jorge Martins Cardoso - Médico - CREMESE - 573
Fontes: (1) - Dra. Internet, Dr. Google e Dra. Wikipédia. (2) - Diversas fontes. (3) - Diversas fontes.
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
36ª parte
Ontem (28 de janeiro de 2015), quando estava escrevendo a 35ª parte, aconteceu comigo um fato coincidentemente curioso. É que terminei de escrever por volta das 16h30min. Então, lembrei-me que estava na hora de almoçar, afinal, ninguém é de ferro. Liguei a televisão, e sentei-me à mesa para degustar um saboroso caruru. E o que estava passando na televisão? A telenovela "O Rei do Gado" (horário do Vale a Pena Ver de Novo da Rede Globo). E não é que aparece uma cena, na qual, "O Rei do Gado" (Antônio Fagundes), apresenta-se descansando numa rede, e... Fumando um cigarro de palha? (1). Anotem aí...
Quando o cinema chegou a Sergipe (2). Antes de continuar a deliciosa prosopopeia (a) cinematográfica, sinto-me no dever de informar aos dignos leitores que o caruru me fez muito bem, mas, para evitar um possível distúrbio alimentar, mais uma vez, fui me consultar com o nosso querido amigo Dr. Google. Só que, desta vez, à procura de informações sobre a cinematografia em Sergipe e em Aracaju (o gostoso caruru nada tem a ver com o meu normalíssimo aparelho digestivo, de acordo com meus reduzidíssimos conhecimentos de fisiologia, de gastroenterologia e de sintomatologia). (3).
Assim, contando com o apoio fraterno do Dr. Google, encontrei um valioso trabalho de autoria do Sr. Vinicius Dantas (b) sobre o assunto (cinema em Sergipe), o qual passamos a transcrevê-lo parcialmente. (2).
Foi em 1909 que funcionou regularmente um cinema em Aracaju, e, foram Anísio Dantas e João Rocha, os seus proprietários. Instalado no "Theatro Carlos Gomes", chamou-se "Cinema Sergipe", tendo mais ou menos um ano de vida. Ainda no "Theatro Carlos Gomes", funcionou o "Cinema Ideal", de propriedade de João Firpo e Flávio Quintella, que mais tarde foi vendido a Alcino Barros e Luiz França. Posteriormente, o "Cinema Ideal" passou para as mãos de Juca Barreto e Hermindo Menezes, que mudaram o nome do cinema passando a chamar-se "Cinema Rio Branco". O "Cinema Rio Branco" (c) ficou com Juca Barreto até sua morte. Após o seu falecimento o cinema passou a ser administrado pelos seus herdeiros. (2).
No trabalho de Vinicius Dantas são citadas diversas personalidades, que estão ligadas ao cinema mundial (uma única citação), ao cinema nacional, e, principalmente, os nomes das principais personalidades que estiveram envolvidas com a história dos cinemas de Aracaju. Vejam a seguir: 1 - Ary Bezerra Leite. 2 - Vicente de Paula Araújo. 3 - Máximo Barros. 4 - Pedro Veriano. 5 - Euclides Moreira. 6 - Márcio da Rocha Galdino. 7 - Zeca Pires. 8 - Jailson Dias Carvalho. 9 - Paulo Emílio Salles Gomes. 10 - Alex Viany. 11 - José Inácio de Melo Souza. 12 - Ivan Valença (d). 13 - José Rosa de Oliveira Neto. 14 - Djaldino Mota Moreno (e). 15 - Lincoln de Souza. 16 - Alfredo Gomes (Rubem Vergara). 17 - Cypriano Duarte. 18 - Anísio Dantas. 19 - Irmãos Lumière (f). 20 - João Rocha. 21 - João Firpo. 22 - Flávio Quintella. 23 - Alcino Barros. 24 - Luiz França. 25 - Juca Barreto. 26 - Hermindo Menezes. 27 - Deocleciano Mota. 28 - Arnoud Coelho. 29 - Joaquim Soares Nogueira. 30 - José Magalhães. 31 - Manoel Leal. 32 - Padre Solano Dantas. 33 - José Freitas Andrade. 34 - Mário Cabral (autor do livro "Roteiro de Aracaju", de 1948). 35 - Saul de Oliveira Sampaio. 36 - Capitão Deoclides Azevedo. 37 - Antonio Lima Sobrinho. 38 - Augusto Luz. 39 - Arthur Costa. 40 - José Queiroz da Costa (g). (2).
Observação: Os nomes que aparecem em negrito (à exceção dos Irmãos Lumière), provavelmente são todos, ou quase todos sergipanos, que, de uma maneira ou outra, tiveram uma participação importante na história da cinematografia em Sergipe e principalmente em Aracaju. (2) e (3).
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 04 de fevereiro de 2015.
Jorge Martins Cardoso - Médico - CREMESE - 573.
(a) - Prosopopeia - Aqui no sentido de discurso veemente. (b) - Sr. Vinicius Dantas - Nunca conheci e não conheço o referido senhor. No entanto, devo confessar que o seu trabalho foi de enorme fôlego e de grande valor. (c) - Cinema Rio Branco - Parece-me que já foi conhecido como "Cine Teatro Rio Branco". (d) - Ivan Valença - Ainda está em atividade, escreve sobre política e outros assuntos, e escreve principalmente sobre cinema no JORNAL DA CIDADE (de Aracaju). (e) - Dijaldino Mota Moreno - Não tenho muita certeza, mas acho que já residiu na Rua Capela (Aracaju). Penso que ainda encontra-se em atividade no campo da cinematografia. Conheço-o de vista. (f) - Irmãos Lumière - Inventores do cinematógrafo e, portanto do cinema. (g) - José Queiroz da Costa - Filho de Itabaiana - SE, foi dirigente do time de futebol de sua terra natal, foi representante comercial da Editora Abril em Sergipe, foi proprietário e arrendatário de alguns cinemas em Aracaju e foi deputado federal Constituinte (1988). Continua vivinho da Silva, beirando os 80 anos de idade.
Fontes: (1) – Canal 4 - Rede Globo - Vale a Pena Ver de Novo – Novela “O Rei do Gado” – 28/01/2015 – 16h30min (aproximadamente). (2) - Dra. Internet, Dr. Google, e o trabalho realizado por Vinicius Dantas, postado em 12 de setembro de 2012. - “Primeiro Cinema em Aracaju – SE”. - Categoria: História do Cinema. (3) – Diversas fontes aleatórias.
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11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
37ª parte
No trabalho de Vinicius Dantas são citados os nomes dos seguintes cinemas: 1 - Cinema SERGIPE (1909). 2 - Cinema IDEAL (ano de fundação impreciso). 3 - Cinema RIO BRANCO (ano de inauguração impreciso). 4 - Cinema SERGIPE (1910). 5 - Cinema ELITE (1912). 6 - Cinema ROYAL (ano de inauguração impreciso). 7 - Cinema GUARANY (1912). 8 - Cinema ÉDEN (1913). 9 - Cinema PHÊNIX (ano de inauguração impreciso). 10 - Cinema da Fábrica de Tecidos CONFIANÇA - (Cinema CONFIANÇA) (1918). 11 - Cinema da Fábrica de Tecidos Sergipe Industrial (PARQUE Cinema) (1921). 12 - Cinema UNIVERSAL (ano de inauguração impreciso). 13 - Cinema IVO DO PRADO (1922). 14 - Cinema BENTO XV (1922). 15 - Cinema ARABUTAM (1923). 16 - Cinema TOBIAS BARRETO (1924). 17 - Cinema POPULAR (1925). 18 - Cinema RIO NEGRO (1926). 19 - Cinema SÃO PEDRO (1930). 20 - Cinema SÃO JOÃO (1931). 21 - Cinema IDEAL (1934). 22 - Cinema VITÓRIA (1934). 23 - Cinema REX (1935). 24 - Cinema SÃO FRANCISCO (1938). 25 - Cinema TOBIAS BARRETO (1945). 26 - Cinema LAR (Cine LAR) (ano de inauguração impreciso). 27 - Cinema TUPI (1950). 28 - Cinema VERA CRUZ (1951). 29 - Cinema BONFIM (Cine BONFIM) (1954). 30 - Cinema SIQUEIRA CAMPOS (Cine SIQUEIRA CAMPOS) (ano de inauguração impreciso). 31 - Cinema ARACAJU (1955). 32 - Cinema PALACE (Cine PALACE) (1956). 33 - Cinema STAR (Cine STAR) (1966). 34 - Cinema GRAGERU (Cine GRAGERU) (1968). 35 - Cinema ATALAIA (1969). (1). Observação - No trabalho não são referidos os cinemas existentes nas cidades do interior, porém, nós sabemos que eles existiram.
As datas que aparecem logo após os nomes dos cinemas, correspondem aos anos em que eles começaram a serem construídos ou foram inaugurados. Alguns cinemas apenas mudaram de nome, mas, permaneceram funcionando nos mesmos locais em que foram construídos. Entre as dezenas de cinemas mencionados no trabalho de Vinicius Dantas, “ouvia” falar do Cinema BONFIM, que era localizado na Rua Santa Catarina ou na Rua Goiás, no Bairro Siqueira Campos. No entanto, nunca cheguei a frequentar o Cine BONFIM. (2)
Embora não tenha sido citado no trabalho de Vinicius Dantas, "ouvia" também falar do Cinema PLAZA ou Cine PLAZA, este, localizado na Rua Santa Catarina, fazendo parte do bairro supracitado (Siqueira Campos). Também nunca frequentei o Cine PLAZA. Realmente o Sr. José Queiroz era arrendatário ou proprietário de um destes cinemas. Parece-me que era o Cinema PLAZA. Hoje, no local do Cine PLAZA, funciona a sede da Igreja Universal do Reino de Deus. (1) e (2).
Como o nosso objetivo neste artigo, e, em alguns dos próximos, é fazer a associação entre a indústria cinematográfica e a indústria tabagista, iremos esmiuçar um pouco mais a história dos cinemas que eu frequentei, durante a minha adolescência e juventude, mais precisamente o período que se estende de 1958 ao início de 1970, e também o período que se prolonga do início de 1972 ao final de 1979. (2).
O que nós podemos afirmar categoricamente aos leitores, é que, naquela época, podia-se fumar em todos os cinemas. Quando eu falo fumar, refiro-me a cigarros. Não me recordo de ter visto pessoas fumando charutos ou cachimbos nos cinemas que frequentei naquele período. Nem sequer me lembro das pessoas que fumavam cigarros. Pois, de 1958 a 1970, - período em que comecei a ir aos cinemas em Aracaju -, nunca fumei cigarros. Muito menos maconha. Comecei a fumar cigarros quando fui morar em Brasília no ano de 1970. Mas, aí é outra história. Fumar maconha em cinemas, de jeito nenhum, pois, na época, maconheiro era praticamente sinônimo de malandro ou coisa de maloqueiros (a). Enfim, maconheiro era coisa de polícia, como ainda é hoje. (2).
No (s) próximo (s) artigo (s), faremos uma breve narrativa, sobre alguns filmes que assisti nos cinemas de Aracaju. Adianto por enquanto o nome dos cinemas que frequentei durante a minha adolescência e juventude. Por ordem alfabética: 1 - Cinema ARACAJU. 2 - Cinema GUARANY. 3 - Cinema PALACE. 4 - Cinema REX. 5 - Cinema RIO BRANCO. 6 - Cinema VITÓRIA. (2).
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 05 de fevereiro de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
(a) – Maloqueiro, substantivo masculino (maloca + eiro). 1. Aquele que vive em maloca (b). 2. Indivíduo maltrapilho ou sem educação. (3).
(b) – Maloca, substantivo feminino. 7. Regionalismo (Sul). Grupo de bandidos e salteadores. 9. Gíria. Morada eventual de menor vadio ou de malandro. (3).
Fontes: (1) – Dra. Internet, Dr. Google e o trabalho realizado por Vinicius Dantas, postado em 12 de setembro de 2012. - “Primeiro Cinema de Aracaju – SE”. - Categoria: História do Cinema. (2) – Diversas fontes aleatórias. (3) – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (já citado em outros artigos), página 1.085.
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
38ª parte
Como escrevemos no artigo anterior, frequentei 6 cinemas em Aracaju, e fazemos questão de repetir os seus nomes: ARACAJU, GUARANY, PALACE, REX, RIO BRANCO e VITÓRIA. No entanto, ao falar sobre eles, não iremos obedecer à ordem alfabética.
Cinema GUARANY - Na verdade, em Aracaju existiram dois cinemas com o nome GUARANY. O 1º foi fundado em 1912, por Joaquim Soares Nogueira, e era localizado na Rua Japaratuba. Funcionou durante um ano e meio. O 2º foi fundado em 1931, por Augusto Luz, e ficava localizado na Rua Estância esquina com a Avenida Pedro Calazans. Ele foi fechado em 1933, foi reaberto em 1938, e continuou funcionando até 1966, quando, então, fechou definitivamente as suas portas. Em seu lugar surgiu um supermercado. (1).
Foi neste 2º cinema GUARANY, que eu tive a oportunidade de assistir a alguns pouquíssimos filmes. Recordo-me apenas de um filme: "O Homem do Braço de Ouro". Lembro-me vagamente que era a história de um baterista. Do resto não tenho lembrança. (2).
Mas, como hoje nós temos a Dra. Internet, o Dr. Google e a Dra. Wikipédia, fui lá, fazer mais uma consulta “cinematográfica”. Eis o “diagnóstico”:
"O Homem do Braço de Ouro" - The Man with the Golden Arm - Sinopse - Frank Sinatra (a) é o "Frank Machine", o melhor "croupier" (b) de uma casa de jogo em Chicago. Frankie sonha conseguir um emprego como baterista, mas dois fatores o atrapalham. Zosh a esposa inválida, por quem ele se sente responsável, e, principalmente a sua dependência das drogas. Ao seu lado, ele tem somente sua força de vontade e a mulher que ama de verdade, Molly (Kim Novak) (c). Este magnífico filme rendeu 3 indicações ao Oscar, inclusive, uma de melhor ator para Frank Sinatra. O filme é de 1955. (3).
Acontece que os filmes, muitas das vezes, tinham uma primeira apresentação nos cinemas, e depois eram reapresentadas várias vezes, a depender da “bilheteria”. Portanto, devo ter assistido essa película quando tinha 08 anos (1958) ou 09 anos (1959) – (sou nascido em abril de 1950). Observação do escriba – Segundo a sinopse, o filme assinala a história de uma mulher inválida, dependente de drogas. Não me recordo se na película aparecia algum ator ou atriz fumando cigarros. Provavelmente sim. (2). Divido a curiosidade e a dúvida com os leitores.
Cinema REX - Foi fundado em 1935, por Anísio Dantas. Inicialmente era localizado na Rua Pacatuba. Posteriormente foi transferido para a Rua Itabaianinha, ficando localizado defronte ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. O Cinema REX funcionou até 1961. Em seu lugar, hoje, encontra-se a sede do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). (1) e (2).
Recordo-me apenas de um filme que eu assisti neste cinema: "A Bolha Assassina". Acredito que tenha assistido este filme, quando tinha apenas 8, ou 9 anos de idade. Lembro-me ainda, que aos domingos (filmes só assistíamos aos domingos), ia para a porta do Cinema REX, trocar revistas, com outros garotos da nossa idade. É bem verdade que ia acompanhado de outros dois irmãos, que tinham quase a minha idade: Renato Martins Cardoso (nascido 30 de abril de 1949 – IN MEMORIAM) e Roberto Martins Cardoso (nascido em abril de 1951). Como já disse anteriormente, nasci em abril de 1950. Portanto, em termos de idade, eu estava colocado entre estes dois irmãos (Renato e Roberto). O filme era apavorante e provocou-me sequelas... Por causa do filme, passei quase três meses sem poder dormir direito, com medo de que a “bolha assassina” me atacasse à noite... (2).
Mais uma vez fui me consultar com a Dra. Wikipédia, para recordar-me do filme. Eis o “prognóstico”:
The Blob "A Bolha Assassina" - Título no Brasil, ou Blob - "Outra Forma de Terror" - Título em Portugal - Sinopse - Certa noite, Steve (d) está com sua namorada Jane (e) em seu carro conversível estacionado ao ar livre, quando ambos notam a queda de um meteorito numa colina próxima. Ao se dirigirem ao local, nada encontram, mas ao retornarem quase atropelam um velho que cruza a estrada gritando. Ao ir atrás dele, Steve nota que o velho tem alguma coisa gosmenta na mão e que lhe causa muita dor. Steve então o coloca no carro e o leva à cidade (Phoenixville), ao consultório do Dr. Hallen (f). Mais tarde, Steve retorna ao local e vê, o que parece uma massa disforme e monstruosa, absorver por inteiro uma pessoa. Apavorado, ele tenta contar à polícia, mas duvidam dele, pois, seus amigos adolescentes costumavam pregar peças nos policiais. Steve então pede ajuda a esses mesmos amigos para alertar a cidade do perigo que estão correndo. Mas somente quando a criatura, agora gigantesca, ataca um cinema lotado, é que as pessoas descobrem a real ameaça que paira sobre todos. A película é de 1958. (3). Não me recordo se no filme aparecem atores ou atrizes fumando. (2).
Cinema RIO BRANCO – Como no trabalho de Vinicius Dantas a data da fundação ou da inauguração deste cinema, ficou imprecisa, creio eu, que ele tenha iniciado suas atividades no início da década de 10, do século passado. (século XX). Sobre o cinema RIO BRANCO o que também nos informa o historiador e cinéfilo Vinicius Dantas, é que o mesmo terminou nas mãos de Juca Barreto, até o seu falecimento. (1). O Cinema RIO BRANCO ficava localizado na Rua João Pessoa, no trecho compreendido entre a Rua Laranjeiras e a Rua São Cristóvão, e, com a frente voltada para o sol poente (oeste). Hoje, em seu lugar, funcionam vários tipos de lojas comerciais. Neste cinema, a princípio, assistia a alguns filmes de faroeste. Porém o que eu gostava mesmo de assistir no Cine RIO BRANCO eram as pornochanchadas brasileiras. Entretanto, tenho algumas poucas recordações dos faroestes e muito poucas lembranças das pornochanchadas. (2).
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se Deus nos permitir continuaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 05 de fevereiro de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
(a) - Frank Sinatra ou Frank Albert Sinatra – (1915 – 1998) – cantor e ator estadunidense. (ainda voltaremos a falar sobre ele). (3).
(b) - “Croupier” ou “Crupiê” - É alguém escolhido para ajudar na condução de jogos de mesa (geralmente carteados). Normalmente eles trabalham em cassinos. (3).
(c) - Kim Novak – Nome artístico da atriz Marilyn Pauline Novak. Nasceu em 13 de fevereiro de 1933, em Chicago (EUA). Começou sua carreira artística participando do filme “Um Romance em Paris” (1954). Concluiu sua carreira com o filme Liebestraum (“Atração Proibida”) (1991). Atuou em 32 filmes. Também atuou na televisão. (3).
(d) - Steve – É o ator norte-americano Terrence Steven McQueen, mais conhecido como Steve McQueen (1930 - 1980). Começou sua carreira artística fazendo diversos papéis em séries de TV. Participou de seu primeiro filme que foi “Marcado Pela Sarjeta”, em 1956. Outros filmes nos quais teve participação: “A Bolha Assassina” (1958), “Sete Homens e um Destino” (1960), “Fugindo do Inferno” (1963), “Quanto Vale um Homem” (1963), “Os Implacáveis” (1972), “Papillon” (1973), “Inferno na Torre” (1974). Sua última participação foi no filme “Caçador Implacável” (1980). Ao todo atuou em 27 películas. (3).
(e) - Jane – É a atriz estadunidense Aneta Louise Corsaut ou Anita Corsaut (1933 – 1995). Atuou em apenas cinco filmes, sendo o primeiro “A Bolha Assassina” (1958). Teve maior participação na televisão, quando ficou mais conhecida por interpretar Helen Crump em “The Andy Griffith Show” (1963 a 1968). (3).
(e) - Dr. Hallen – É o ator estadunidense Alden ‘Stephen’ Chase ou Guy Alden Chase, que ficou mais conhecido como Stephen Chase (III) - (1902 – 1982). Participou das seguintes películas: “A Mascote do Regimento” (1935), “The Play Peregrinação” (1949), “O Fim do Mundo” (1951) e finalmente “A Bolha Assassina” (1958). (3).
Fontes: (1) – Do trabalho de Vinicius Dantas, postado em 12 de setembro de 2012, “Primeiro Cinema em Aracaju – SE” – Categoria: História do Cinema. (2) – Memórias do Escriba. (3) – Dra. Internet, Dr. Google e Dra Wikipédia.
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
39ª parte
CINEMA ARACAJU - Tendo em vista o surgimento de novas informações por parte de alguns familiares, o presente texto foi ampliado. Este cinema foi inaugurado em 31 de dezembro de 1955 (1). Ao que tudo indica, o seu proprietário foi o empresário e político José Queiroz da Costa (a*). O cinema ARACAJU, ficava localizado na Rua Laranjeiras, no trecho compreendido entre as Ruas Capela e Santo Amaro. A frente do cinema ARACAJU, era voltada para o lado sul da cidade com o mesmo nome. Atualmente, em seu lugar, o que existe é um estacionamento (mais um, para os poluidores e “perigosos” carros, estes sim, verdadeiras máquinas de ceifar vidas). Embora residisse na Rua Laranjeiras, nº 603, no trecho compreendido entre as Ruas Lagarto e Capela, portanto, a apenas 100 metros de distância (aproximadamente), daquela casa de espetáculos da 7ª arte, freqüentei muito pouco aquele cinema. Por conseguinte, não me recordo dos filmes que lá assisti. Sobre a nossa residência (Rua Laranjeiras), devo informar que lá morei de 1950 até 1978 (com exceção dos anos de 1970 e 1971), pois, neste período, eu residia e estudava em Brasília – Distrito Federal. A partir do final de 1978, passei a residir no Bairro Luzia. (2). Mas, aí é outra história... (1).
Pequeno histórico familiar - Também devo informar aos leitores, que meus pais nunca fumaram. Aliás, não fumavam e nem bebiam (bebidas alcoólicas, naturalmente). Além de não fumar e de não beber, minha mãe era profundamente religiosa (ligada à Igreja Católica, tanto que frequentava, e muito, as Igrejas São Salvador (localizada na Rua Laranjeiras) e principalmente a Igreja Matriz – Igreja Nossa Senhora da Conceição, - a padroeira da capital -, ou seja, a Catedral Metropolitana de Aracaju, localizada na Praça Olímpio Campos). Meu pai não fumava, não bebia e nem era muito religioso. Ele tinha um “pequeno” vício: gostava de uma jogatina (ou seja, de um carteado). (1). Mas, aí é outra história... Recordo-me que meu pai dizia: “Se eu pegar um filho fumando, dou um tapa na boca, que é capaz de engolir o cigarro” (apagado ou aceso, sei lá!). (1). Eu hein!
Meu pai, FAUSTO Cardoso da Silva MACÊDO, nasceu no dia (dezenove) 19 de março de 1912, na cidade de Maruim - Sergipe, filho de EMILIANO Cardoso da Silva CORUMBA (b*), natural do Estado de Sergipe, e de Dona DULCE Ribeiro de MACÊDO, natural do Estado de Sergipe, tendo, como avós paternos, MANOEL Cardoso da Silva CORUMBA e Dona CARLOTA Leopoldina Barros CORUMBA e avós maternos, DOMINGOS José de MACÊDO e Dona ANA Ribeiro de MACÊDO. O Sr. FAUSTO Cardoso da Silva MACÊDO, faleceu no dia (dez) 10 de janeiro de 1969, às 18h00min, à Rua Laranjeiras, nº 603, centro de Aracaju – SE, com 56 anos de idade. Meu pai tinha (cinco) 05 irmãos, que serão nominados a seguir por ordem alfabética: 1) – CARLOTA da Silva Lisboa. 2) – DULCINÉIA MACÊDO Valença. 3) - ELEONORA MACÊDO Rabelo. 4) - LINDAURA da Silva MACÊDO. 5) – MANOEL da Silva CORUMBA. (2).
A senhorita MARIA Ferreira MARTINS, casou-se com FAUSTO Cardoso da Silva MACÊDO em (quinze) 15 de agosto de 1936, em Maruim – Sergipe, passando a adotar o nome de MARIA MARTINS CARDOSO. Minha mãe nasceu no dia (sete) 07 de setembro de 1914, em Maruim – Sergipe, filha de EUZÉBIO MARTINS e Dona CECÍLIA Ferreira MARTINS, sendo avós paternos, ANTÔNIO José MARTINS e Dona ANA JOAQUINA MARTINS de Oliveira, e avós maternos JOSÉ PETROLINO Ferreira e Dona MARIA Ferreira Barros. MARIA MARTINS CARDOSO faleceu no dia (trinta) 30 de agosto de 2001, às 06h00min, na Clínica Renascença, Aracaju - SE, com 86 anos de idade. (1). Minha mãe tinha (sete) 7 irmãos, que serão nominados a seguir por ordem alfabética: 1) – ANA Ferreira MARTINS. 2) – GUMERCINDO Ferreira MARTINS. 3) - IRACEMA MARTINS Silveira. 4) – IZABEL Ferreira MARTINS. 5 – JOÃO Ferreira MARTINS. 6) - JOSÉ Ferreira MARTINS. 7) – NELSON Ferreira MARTINS. (2).
Os restos mortais dos meus entes queridos mais próximos (pais e irmãos), hoje, descansam em paz na sepultura nº 121, bloco C-1, 2ª ordem, no centenário Cemitério Santa Isabel (inaugurado em 25 de fevereiro de 1862), Aracaju - SE. (1)
Meus pais trouxeram ao mundo (onze) 11 filhos: GIL Martins Cardoso (20 de novembro de 1937 – falecido no dia 21 de junho de 1987, às 19:00 horas, em via pública, na Rua Lagarto, no trecho compreendido entre as Ruas Laranjeiras e Propriá, com 49 anos de idade), NÚBIA Martins Cardoso (março de 1941), RUY Martins Cardoso (dezembro de 1942), GILDO Martins Cardoso (agosto de 1944), NÁDIA Martins Cardoso (abril de 1946), ANTÔNIO FERNANDO Martins Cardoso (maio de 1947), RENATO Martins Cardoso (30 de abril de 1949 – falecido no dia 15 de fevereiro de 2008, às 1h45min, no Hospital São José – Aracaju – SE, com 58 anos de idade), JORGE Martins Cardoso (abril de 1950), ROBERTO Martins Cardoso (abril de 1951), NEIDE Martins Cardoso (fevereiro de 1955) e HENRIQUE Martins Cardoso (setembro de 1960). (2).
Curiosamente, todos os (onze) 11 filhos do casal foram fumantes, entretanto, não sei informar com precisão, o ano em que cada um começou a fumar ou deixou de fumar. E, o que é mais curioso ainda, é que a maioria deles, começou a fumar cigarros, após o falecimento de meu pai (ele faleceu em janeiro de 1969, conforme já dissemos). Foi o meu caso por exemplo. Comecei a fumar em 1970 quando residia e estudava em Brasília, fato já registrado anteriormente. Dos (onze) 11 filhos, dois já faleceram: Gil Martins Cardoso e Renato Martins Cardoso. O primeiro, fumante inveterado (fumava 05 a 06 maços de cigarros por dia), mas, a causa mortis não está diretamente associada ao uso do cigarro. O segundo, também fumante inveterado (fumava 04 maços de cigarros por dia), o tabagismo entra como concausa da causa mortis. Dos nove filhos ainda vivos, sete abandonaram o uso de cigarros. Apenas o escriba e outro irmão continuam o hábito do cigarro. (1).
Meu pai, FAUSTO Cardoso da Silva MACÊDO, era proprietário de uma pequena tipografia (Gráfica Núbia), localizada na Rua Santo Amaro, nº 262 (com a frente voltada para o sol poente – oeste), no trecho compreendido entre as Ruas São Cristóvão e Gerú, no centro de Aracaju – SE. Com o falecimento do meu pai em 1969, neste mesmo ano, o meu tio Nelson Ferreira Martins, comerciante experiente, orientou os familiares a fundarem a Gráfica Martins Ltda., tendo como sócios, MARIA MARTINS CARDOSO, GILDO Martins Cardoso e ROBERTO Martins Cardoso. Os três assumiram a responsabilidade pelos negócios tipográficos, ficando na liderança o irmão mais velho GILDO. A partir de 1977, a Gráfica Martins Ltda., mudou de endereço, passando a funcionar na Rua Santo Amaro, nº 67, (com a frente voltada para o sol nascente – leste), só que agora situada entre a Praça Olímpio Campos e a Rua Laranjeiras. Portanto, podemos afirmar com muita segurança, que a Gráfica Martins é uma das gráficas mais antigas de Sergipe e de Aracaju (lembrando aos distintos leitores, que ela teve origem na década de 40 do século passado (século XX), no município de Barra dos Coqueiros, de conformidade com o que veremos na 40ª parte). (2).
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 08 de março de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
Fontes: (1) – Pesquisas e memória do escriba. (2) – Pesquisas e entrevistas com familiares.
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
40ª parte
CINEMA ARACAJU – (continuação) - A seguir, iremos transcrever parcialmente (com comentários), uma generosa reportagem realizada pelo JORNAL DA CIDADE (de Aracaju), publicada em 2001. DONA MARIA: SIMPLICIDADE e TRABALHO – A vida de uma mãe de 11 filhos, muita luta e uma história de 26 anos de trabalho na 19ª CSM com reconhecimento do Exército. - Maria Martins Cardoso, aprendeu as primeiras letras com as professoras Briolente e Dona Cotinha, em Maruim. Minha mãe morava com a irmã mais velha – Iracema – até o dia em que se casou. Na prefeitura da cidade de Maruim teve a experiência do primeiro emprego, trabalhando como ajudante de escriturária, durante oito anos. (3).
No final de 1942 meus pais passaram a morar na Barra dos Coqueiros, (ele com 30 anos e ela com 28 anos de idade), já carregando três filhos (Gil, Núbia e Ruy). Neste município, meu pai montou uma pequena bodega e minha mãe passou a ajudá-lo nas vendas do estabelecimento. Meu pai aproveitou uma área ao lado da casa, e montou uma pequena “Tipografia”. Foram quatro anos de intenso trabalho. Na “Ilha de Santa Luzia”, nasceram mais dois filhos: Gildo e Nádia. A Barra dos Coqueiros foi trocada por Aracaju, pela vontade do marido de se dedicar exclusivamente ao trabalho de “Tipografia”. (3).
Quando “aportou” em Aracaju, meus pais já carregavam (cinco) 05 filhos: Gil, Núbia e Ruy (nascidos em Maruim), Gildo e Nádia (nascidos na Barra dos Coqueiros). Os demais filhos viriam a nascer em Aracaju. Na residência da Rua Laranjeiras de número 358, (onde hoje funciona a loja CHIQUÉRRIMA), a “Tipografia” é montada com o nome de Núbia, nome de uma de suas filhas, e tal como aconteceu na Barra dos Coqueiros, o imóvel também deu para ser residência. Na “Tipografia” minha mãe desenvolvia o trabalho de numeração dos trabalhos gráficos, que na época era feito manualmente. Além de outros serviços, pois tinha de fazer de tudo um pouco. Nessa atividade chegou a completar dez anos de trabalho. Posteriormente, a “Tipografia” ou “Gráfica” Núbia, passou a funcionar na Rua Santo Amaro, nº 262. (3).
Sentindo que deveria partir para um trabalho mais seguro, e mais independente, com o apoio do deputado Horácio Dantas de Góes conseguiu ser encaixada na 19ª CSM (19ª Circunscrição de Serviço Militar – em Sergipe), como escriturária, com nomeação assinada pelo Ministro da Guerra, o então Marechal Henrique Teixeira Lott. O deputado Horácio Góes fez uso do prestígio e amizade do cunhado, Arivaldo Fontes. Quando foi admitida na 19ª CSM, lá encontrou mais quatro mulheres. (c*) (3).
Da parte do Exército, conquistou muitos amigos embora quase sua totalidade esteja espalhada pelo Brasil afora. Dos que por aqui ficaram não pode deixar de esquecer a figura notável do ex-vereador Motinha, amizade conquistada pela fidalga maneira com que ele tratava a todos na CSM. Chegou a residir na Rua Laranjeiras nº 603, durante um bom tempo, onde fundou uma Escola de Datilografia, Posteriormente comprou a casa vizinha, Rua Laranjeiras 601. Até hoje continua morando na Rua Laranjeiras nº 601, sem se conformar com o barulho dos automóveis. Da rua de uma Aracaju do passado, muitas saudades e muitas lembranças. Recorda-se e bem do bonde que passava em frente a sua casa (Rua Laranjeiras, 358). (3).
Sempre gostou da leitura e nunca deixava de ler livros e revistas a exemplo da Manchete e O Cruzeiro, duas revistas que já não mais circulam e que fazem parte da história da imprensa brasileira. Chegou a receber o diploma de Honra ao Mérito da CSM. Era uma das primeiras a chegar ao trabalho e sempre empatava com o cabo Ariosvaldo, que hoje é pastor da Igreja Evangélica. Casou com Fausto Cardoso da Silva Macêdo, conhecido por Fausto Corumba, (d*) no ano de 1936 na cidade de Maruim. Da vida a dois o positivo resultado de 11 filhos vivos e três (e*) que não conseguiram nascer com vida. (3).
Com a religião católica um forte envolvimento, sendo integrante da Congregação Sagrado Coração de Jesus. Confessa que se sente realizada de ter conseguido até hoje o pão de cada dia e por isso agradece a Deus todos os dias. (3).
Feitas estas recordações históricas familiares, nas próximas partes retornaremos aos temas: cinemas de Aracaju, filmes (atores, atrizes, produtores, diretores, roteiristas), etc., tenham eles participado nas películas, na condição de fumantes ou não, ou que tenham sido na vida real, fumantes ou não, com o objetivo primordial de justificar o nosso mais recente “lema”: “A LIBERDADE de fumar...” Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
A luta contra a debilitante POLOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Aracaju, 08 de março de 2015.
Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.
(a*) – Após a leitura do artigo (39ª parte), meu irmão GILDO fez algumas observações e correções, a saber: 1ª - Disse-me ele, que o Cinema ARACAJU teve como primeiro proprietário o Sr. Américo Alves (a**), que depois o vendeu ao Sr. José Queiroz. 2ª – Acrescentou que quando minha mãe começou a trabalhar na 19ª CSM, esta repartição pública funcionava na Praça Olímpio Campos, esquina com a Rua Itaporanga (onde hoje funciona o “Memorial do Poder Judiciário” ou “Palácio Sílvio Romero”). Acrescentou ainda que a 19ª CSM, posteriormente, passou a funcionar na mesma Praça Olímpio Campos, só que agora na antiga Escola Normal (hoje “Centro de Turismo de Aracaju”). Algum tempo depois, a 19ª CSM mudou-se para o atual endereço, na Avenida Simeão Sobral nº 63, ficando vizinho ao JORNAL DA CIDADE (de Aracaju). (4).
(b*) - CORUMBA, substantivo masculino. Sertanejo que emigra para fugir da seca nordestina; pau-de-arara, retirante. (5).
(c*) – Sobre as quatro mulheres que trabalhavam na 19ª CSM, meu irmão GILDO recordou-se de Dona EDNÉUZA (que era proprietária do Colégio Senhor do Bonfim, localizado na Rua Goiás, Bairro Siqueira Campos), de Dona CARMOSA (professora do citado Colégio Senhor do Bonfim) e de Dona MARIANA. (4).
(d*) - Fausto CORUMBA – Era assim chamado por duas razões interessantes. A 1ª é que ele era filho de EMILIANO Cardoso da Silva CORUMBA, muito conhecido em Maruim por “Seu CORUMBA”. A 2ª razão era a existência em Aracaju dos outrora famosos “Armazéns CORUMBA”, de propriedade de seu querido irmão Manoel da Silva CORUMBA, o que lhe deixava muito orgulhoso, por ver a crescente prosperidade do mesmo. O primeiro Armazém CORUMBA ficava localizado na Avenida Otoniel Dória, curiosamente bem próximo da então famosa “Casa de Ferragens” de Nelson Ferreira Martins, que vinha a ser irmão de minha mãe. E já que estamos escrevendo sobre “A LIBERDADE DE fumar...” cigarros, mais uma curiosidade: no mesmo trecho da Avenida Otoniel Dória, quase vizinho à loja de ferragens de tio Nelson, funcionou durante muito tempo a principal loja comercial da Companhia de Cigarros Souza Cruz (2).
(e*) – A advogada NEIDE Martins Cardoso (minha irmã), que dialogava muito com minha mãe, fez uma pequena correção na transcrição do JC. Segundo ela, antes do nascimento de NÚBIA, nasceram (duas) 2 meninas, que receberam o nome de LÊDA, mas morreram precocemente (6). No entanto, meu irmão GILDO, comentando sobre as duas primeiras crianças que faleceram prematuramente, afirma veementemente, que os nomes delas eram IÊDA, ao invés de LÊDA. (4).
(a**) – Em conversa com o empresário e político Américo Alves dos Santos, o mesmo confirmou que por volta de 1952, comprou o Cinema ARACAJU de um empresário do Rio de Janeiro (que era proprietário de uma rede de cinemas espalhados por vários estados brasileiros). Posteriormente, arrendou o cinema ao empresário José Queiroz da Costa, e, pouco tempo depois, concretizou a sua venda ao referido empresário (7). Aqui surgem quatro fatos curiosos. 1º - O Sr. Américo Alves dos Santos (o 1º proprietário do CINEMA ARACAJU) é casado com a Sra. VALDEREZ LISBOA, filha de Dona CARLOTA da Silva LISBOA, que por sua vez é irmã de meu pai FAUSTO Cardoso da Silva MACÊDO. 2º - Por conseguinte, Dona CARLOTA da Silva LISBOA é irmã de Dona DULCINÉIA MACÊDO Valença. 3º - Dona DULCINÉIA MACÊDO Valença, residia na Rua LARANJEIRAS, no trecho compreendido entre as Ruas de Capela e Santo Amaro, quase defronte ao CINEMA ARACAJU. 4º - Dona DULCINÉIA MACÊDO Valença vem a ser a mãe de IVAN VALENÇA. Talvez possamos ter encontrado aí, as raízes que levaram IVAN VALENÇA, ter se dedicado tanto ao estudo da chamada 7ª arte. (8).
Fontes: (1) – Trabalho de VINÍCIUS DANTAS – Primeiro Cinema em Aracaju – SE – Categoria: História do Cinema. (2) Pesquisas e Memórias do Escriba. (3) Publicado com a aquiescência do JORNAL DA CIDADE (de Aracaju), em 11 de fevereiro de 2001, caderno C, página 4 (variedades), e com a generosa colaboração do escritor e jornalista OSMÁRIO SANTOS (Da equipe JC). (4) – Entrevista com GILDO MARTINS CARDOSO. (5) – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (já citado em outros artigos), página 498. (6) – O presente artigo (39ª parte) praticamente foi feito a quatro mãos, pois teve a participação ativa da Dra. NEIDE MARTINS CARDOSO. (7) – Entrevista com o Sr. AMÉRICO ALVES SANTOS. (8) – Conjecturas do Escriba.