A LIBERDADE...
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
4ª parte
ESTADOS UNIDOS DA MACONHA - A maconha é a substância ILÍCITA mais popular do mundo. O número total de usuários chega a 200 MILHÕES - o equivalente à população brasileira. O impacto da CANNABIS na saúde humana é bem conhecido. O uso frequente da droga aumenta o risco de uma pessoa sofrer de esquizofrenia, depressão, ansiedade e perda de memória, além de haver indícios de que esteja relacionado a diversos tipos de câncer.
Metade das pessoas que fumam maconha regularmente sente que ela atrapalha sua vida profissional e social. Mesmo admitindo esses efeitos negativos, as autoridades de muitos estados americanos e de países como o Uruguai tornaram legais sua produção, comercialização e uso.
A justificativa para trazer à luz do sol toda a cadeia produtiva da maconha foi a de que essa medida tornaria o narcotráfico desnecessário e, assim, se daria um fim aos crimes associados àquela atividade. No ano passado, os eleitores dos estados do Colorado e de Washington, nos Estados Unidos, compraram essa tese e aprovaram em referendo a legalização do uso recreativo da maconha. A partir de 2014, quem tiver mais de 21 anos de idade poderá comprar cigarros, refrigerantes, concentrados, chás, barrinhas, biscoitos , bombons, limonadas e balas - tudo feito com maconha. No Colorado e no estado de Washington, já se pode travar o seguinte diálogo: - Você fuma maconha? - Sim, socialmente.
O processo de aceitação social e legal da maconha nos Estados Unidos começou há muitos anos, quando a atual geração de legisladores, homens de negócios e até médicos fumava seus baseados na adolescência - sem que isso tenha, na visão deles, sido um empecilho para uma vida normal e uma carreira profissional de sucesso. Mas a cartada final veio com a propagação da idéia de que a CANNABIS, além de não fazer mal, pode trazer benefícios para a saúde. Nos anos 90, a Califórnia se tornou o primeiro estado americano a autorizar o uso da droga para fins terapêuticos, no que foi imitado por outras vinte unidades da federação, entre elas os hoje pioneiros no uso recreativo, Washington e Colorado.
Existem, de fato, indicações médicas bem estabelecidas por pesquisadores sérios para os componentes ativos da maconha. As principais substâncias da CANNABIS são o THC o TETRA-HIDROCANABINOL, que dá o "barato" da droga, e o CBD, o CANABIDIOL. Esse último é o princípio que tem poder sedativo, alivia a dor crônica, corta a sensação de náusea e atua como anti-inflamatório. O CBD, porém, não tem relação com os efeitos sensoriais que fizeram da CANNABIS a droga predileta de milhões de adolescentes. O que os clientes das lojas especializadas em maconha para fins medicinais realmente procuram são os produtos com maior concentração de THC, não de CBD. A média ali é 15% de THC. A maconha consumida no Brasil e a que é vendida pelos traficantes mexicanos nos Estados Unidos têm entre 4% e 6% de THC.
Facilitar a entrada de adolescentes no mundo das drogas é um dos óbvios riscos da experiência de legalização na qual Colorado e Washington estão se aventurando. Outros impactos negativos também já aparecem ou podem ser facilmente deduzidos. Sabe-se, por exemplo, que o risco de uma COLISÃO NO TRÂNSITO dobra quando o motorista está sob o efeito do THC. Em Washington e no Colorado existe um limite máximo permitido de concentração de THC no sangue dos motoristas. Mas a polícia não tem como medir isso nas ruas. "Os bafômetros para detectar os níveis de THC no organismo ainda estão sendo desenvolvidos", diz o economista Daniel Rees, da Universidade do Colorado-Denver, que estudou O IMPACTO DA MACONHA AO VOLANTE. "Para flagrar legalmente um suspeito, o policial tem de prendê-lo e obrigá-lo a se submeter a um exame de sangue".
Os legalistas argumentam que os impostos gerados pela venda da maconha ao amparo da lei podem ser aplicados em campanhas contra as drogas e em tratamento de viciados. Em 2013, a indústria da maconha para fins medicinais nos Estados Unidos vai faturar 1,43 bilhão de dólares. A estimativa para 2014, já incluindo o uso recreativo em Washington e no Colorado, é de 2,34 bilhões de dólares. Da produção à venda de maconha, cada etapa da cadeia será taxada em 25% no Estado de Washington. Parte da arrecadação será destinada à saúde pública e a programas de prevenção. No Colorado, os impostos não vão passar de 25%, e os primeiros 27,5 milhões de dólares arrecadados serão destinados à construção de escolas. O restante será aplicado para combater os efeitos negativos da legalização.
A experiência com o álcool, porém, não dá muita esperança. Nos Estados Unidos, o custo social da bebida, entre gastos hospitalares e acidentes, é dez vezes superior à receita com sua tributação.
QUE FAZ MAL, NINGUÉM CONTESTA - Os principais danos à saúde causados pelo uso frequente da maconha quadruplica a probabilidade de distúrbios mentais graves. Reduz a capacidade de concentração em 40% dos usuários; reduz a memória de curto prazo em 60% dos usuários; reduz a inteligência em oito pontos de QI. Aumenta em 4,2 vezes a fobia social; aumentam em cinco vezes os transtornos de ansiedade; aumenta em duas vezes a incidência de depressão; aumenta em 3,5 vezes a probabilidade de esquizofrenia. Eleva em 2,5 vezes o risco de câncer de boca ou garganta; eleva em 8% a probabilidade de câncer de pulmão; eleva em 5 vezes o risco de um ataque cardíaco na primeira hora após o uso; eleva em 2 vezes a probabilidade de câncer de testículo; eleva em 4 vezes a incidência de câncer de cérebro em crianças cuja mãe fumou durante a gravidez. Fontes: Drug Enforcement Administration; Livro - Dependência Química (Editora Artmed); Office of Environmental Health Hazard Assessment of California. (1).
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 03 de novembro de 2014.
Jorge Martins Cardoso - Médico - CREMESE - 573.
Fonte: (1) - REVISTA VEJA, reportagem de capa, "MACONHA USA", Editora Abril, Edição 2347, ano 46, nº 46, 13 de novembro de 2013, capa + páginas 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 126, 127 e 128. Reportagem de Tatiana Gianini, de Seattle e Denver.
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
5ª parte
Fica mais difícil conseguir trabalho. Mas discriminar o FUMANTE é socialmente injusto. Justificativas para deixar de contratar FUMANTES não faltam: em média, eles elevam os custos dos contratos com os planos de saúde, apresentam índices mais altos de absenteísmo e produtividade mais baixa.
Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) introduziu a recomendação de contratar apenas não FUMANTES, como estratégia de constrangimento para abandonar o CIGARRO.
Grandes organizações de saúde americanas, como Cleveland Clinic e a Universidade da Pensilvânia, adotaram essa política com o argumento de que seus empregados devem servir de exemplo para a comunidade. Veladamente, resoluções semelhantes têm sido implantadas em outras companhias.
De início justificadas para proteger contra o FUMO passivo, medidas como essas estigmatizaram os FUMANTES. Embora haja desacordo sobre o emprego de estigmas em nome de "boas causas", eles contribuíram de fato para reduzir a prevalência do FUMO.
Na Cleveland Clinic, a proibição de fumar no campus foi adotada em 2005 e a da contratação de FUMANTES em 2007. A prevalência de FUMANTES em Cuyahoga (onde a clínica está situada) caiu de 20,7%, em 2005, para 15%, em 2009, enquanto no restante do estado de Ohio a diminuição foi de 22,4% para 20,3%. A questão fundamental é se políticas desse tipo são elaboradas com o objetivo de reduzir o número de dependentes ou para estigmatizar e excluir os FUMANTES dos empregos, por razões puramente econômicas?
Parece paradoxal que instituições dedicadas ao tratamento de doenças para as quais o comportamento certamente contribui (diabetes, hipertensão arterial, Aids, etc.) discriminem dependentes de NICOTINA.
Regras para alijar os FUMANTES do mercado de trabalho não levam em consideração o fato de que 88% deles se tornam dependentes antes dos 18 anos; de que a NICOTINA causa a dependência mais escravizadora que a medicina conhece; e que embora mais de 80% dos FUMANTES digam que pretendem largar, apenas 2% a 3% dos que tentam conseguem passar um ano longe do CIGARRO. Políticas discriminatórias agravam desigualdades sociais. Como outras epidemias, a do FUMO deslocou-se para os estratos mais pobres da população. Negar trabalho ao FUMANTE perpetuará injustiças que a sociedade brasileira tem procurado corrigir.
Avançamos muito na educação e nas medidas de combate ao CIGARRO. Na década de 1960, mais de 60% dos brasileiros com mais de 15 anos FUMAVAM. Hoje, somos 15% a 17%, conforme as estatísticas. FUMAMOS menos do que os norte-americanos, e também menos do que na Noruega, França, Alemanha, Itália e demais países europeus, com exceção da Suécia (12%).
Esses resultados foram obtidos por meio de estratégias educativas divulgadas pelos meios de comunicação e da legislação antiFUMO, que infelizmente ainda padece de timidez acovardada.
Empregadores que escolhem apenas funcionários não FUMANTES prejudicam as populações mais vulneráveis, colaboram para aprofundar desigualdades e se comportam de forma pouco ética.
Observações aleatórias do escriba: 1ª - No passado distante os FUMANTES levavam FUMO. 2ª - No passado menos distante, os FUMANTES continuaram levando um pouco mais de FUMO. 3ª - No presente, com o governo do PT, os FUMANTES continuam levando mais FUMO ainda, e, os não FUMANTES passaram também a levar um pouco de FUMO. 4ª - No futuro, os FUMANTES de CIGARROS continuarão levando FUMO, e, os não FUMANTES vão levar muito FUMO dos MACONHEIROS. (2).
Se Deus nos permitir, voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 04 de novembro de 2014.
Jorge Martins Cardoso - Médico - CREMESE - 573.
Fonte: (1) - REVISTA CARTA CAPITAL, ano XX, nº 818, 24 de setembro de 2014, página 72, QI/Saúde, "Os fumantes e o trabalho", por DRAUZIO VARELLA. (2) - O aleatório escriba é usuário de CIGARROS HOLLYWOOD, SOUZA CRUZ, original.
Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
11º Artigo Extra (XI)
A LIBERDADE de fumar...
6ª parte
Uso do CANABIDIOL - Adoção para fins medicinais está em análise - Objetivando contribuir com o debate em torno da liberação para uso medicinal do CANABIDIOL (CBD), derivado do canabinoide da Cannabis sativa, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recebeu, na sessão plenária de julho, em Brasília, os médicos e pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e da Universidade de São Paulo (USP), José Alexandre de Souza Crippa e Antônio Waldo Zuardi, respectivamente.
Os cientistas da USP apresentaram estudos retrospectivos e prospectivos relativos ao canabinoide e apontaram resultados promissores. Ao final, a autarquia federal solicitou que os pesquisadores encaminhassem expediente informando o uso em medicina em doses seguras, quais efeitos adversos, quais interações medicamentosas possíveis, para quais patologias podem ser liberadas, quais continuariam como experimentais e para as quais não se aplicaria em hipótese alguma. Esse estudo será avaliado pela Comissão de Novos Procedimentos Médicos do CFM e levado ao plenário para votação.
O CFM se manifestou defensor das pesquisas com quaisquer substâncias ou procedimentos no combate a doenças, desde que regidos pelas regras definidas pelo Sistema de Ética em Pesquisa (CEP/Conep) e aplicados em centros acadêmicos de pesquisa. "Somos favoráveis que seja colocado à disposição do paciente tudo o que possa ser usado em seu benefício", explica o 3º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes.
Registro e prescrição - O CFM espera contribuir no auxílio do debate quanto à liberação da importação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é a autoridade federal responsável por registrar produtos e substâncias para uso em pesquisa ou comercial, obedecendo a rigorosos critérios de segurança.
O CANABIDIOL circula entre as substâncias vetadas pela ANVISA. Em maio, a diretoria colegiada do órgão discutiu se seria retirado da lista de substâncias de uso proscrito para entrar na de substâncias de controle especial.
Emmanuel Fortes explica que o profissional médico pode prescrever qualquer substância, desde que reconhecida pelo CFM. No caso de não existir esse reconhecimento, a prescrição pode ser feita utilizando o conceito de uso compassivo, ou seja, inserindo o paciente no escopo de um projeto de pesquisa, sempre respeitando sua autonomia e informando-o sobre o diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos de cada tratamento.
Nota alerta sobre "uso recreativo" - Em junho deste ano, o CFM divulgou nota pública na qual alertou para a necessidade de não se confundir o uso médico de 'canabinoides' (isolados, titulados e pesquisados para uso medicinal) com o uso do produto in natura para uso fumado ou ingerido. Quanto ao debate sobre a descriminalização e legalização das Cannabis indica e sativa para consumo "recreativo", o CFM se manifesta contrário, por estar alinhado com as políticas de combate ao tabagismo e alcoolismo, ajudando e defendendo a construção de leis restritivas. Nessa circunstância, seria um contrassenso defender a liberação de um produto que sob o ponto de vista médico põe em risco a saúde da população.
Observações aleatórias do escriba: 1ª - Respeitando rigorosamente à hierarquia, solicitamos penhoradamente ao 3º vice-presidente do CFM, Dr. Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti, que, converse com o 2º vice-presidente do CFM, Dr. Aloísio Tibiriçá Miranda, que, por sua vez converse com o 1º vice-presidente do CFM, Dr. Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, que, por sua vez converse com o presidente do CFM, Dr. Roberto Luiz d'Avila, que, por sua vez converse com o Secretário-geral do CFM, Dr. Henrique Batista e Silva, que, por sua vez converse com um inscrito no CREMESE, Dr. Jorge Martins Cardoso, sobre o uso compassivo da AUTO-HEMOTERAPIA em pacientes sergipanos. 2ª - Tal pedido penhorado baseia-se em um breve silogismo: Premissa maior - "O CFM se manifesta DEFENSOR DE PESQUISAS com quaisquer SUBSTÂNCIAS ou PROCEDIMENTOS no combate a DOENÇAS". Premissa menor - "Somos FAVORÁVEIS que seja colocado à DISPOSIÇÃO DO PACIENTE tudo o que possa ser usado em seu BENEFÍCIO", explicou o 3º vice-presidente do CFM. Conclusão - O Sistema de Ética em Pesquisa (CEP/Conep) deveria estimular pesquisas sobre a AUTO-HEMOTERAPIA. (2).
CANABIDIOLTERAPIA OU MACONHATERAPIA? - Um médico sergipano realizou um debate com alunos e professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), sobre a importância e os benefícios proporcionados pela utilização da Cannabis medicinal no tratamento de doenças como esclerose múltipla, epilepsia, Alzheimer, além de aliviar náuseas e vômitos em pacientes com câncer que fazem QUIMIOTERAPIA. Uma das intenções do debate é fazer com que o Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifeste quanto à liberação para que os médicos possam prescrever esse tipo de medicação no país. O médico sergipano, é formado pela ESCOLA LATINO-AMERICANA de MEDICINA (ELAN), em CUBA. Queremos regularizar o uso da substância e que o serviço seja ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), finaliza o médico cubano. Perdão, o médico sergipano. (3).
Outra observação aleatória do escriba - Somos contra a contratação, a "peso de ouro", de médicos cubanos para trabalharem no Brasil.
A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e, a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.
Se Deus nos permitir, voltaremos outro dia. Boa leitura e bom dia.
Aracaju, 05 de novembro de 2014.
Jorge Martins Cardoso - Médico - CREMESE - 573.
Fontes: (1) - JORNAL do Conselho Federal de Medicina (CFM), agosto de 2014, página 10. (2) - O escriba aleatório é médico sergipano e usuário da AUTO-HEMOTERAPIA há sete anos completo, ininterruptamente. (3) - JORNAL DA CIDADE, Aracaju, 04 de setembro de 2014, caderno B, página 1.