LOSNA - Artemisia absinthium
Sandra Fayad
Da família das Compostas, a Losna é uma planta herbácea, perene (cultivada muitas vezes como anual), que alcança de 1 m. a 1,20 m. de altura, sensível à luz e ao calor, delicada, de folhas finas recortadas, na cor verde-prateada de um lado, e esbranquiçadas do outro. As partes usadas são as folhas e as flores, que possuem gosto amargo e ácido. Moles e pesadas suas folhas murcham facilmente, devido ao excesso de água nelas existente. Nas touceiras, enquanto bem tratadas, chamam a atenção dos visitantes, por parecerem com bonsai. No entanto, quando informados de que planta se trata, as pessoas torcem logo o nariz, geralmente devido a alguma lembrança desagradável por terem feito uso compulsório dela..
A losna se propaga por meio de sementes, por divisão de touceiras ou por estaquia. O solo ideal para o cultivo deve ser argiloso e arenoso, fértil e profundo. Para o plantio em vasos ou jardineiras, é essencial garantir uma profundidade de 30 cm, mais ou menos. A planta é muito resistente a doenças e raramente é atacada por insetos. Porém, é essencial a retirada de ervas daninhas que podem prejudicar o seu desenvolvimento. Recomenda-se cautela com a aplicação de adubos ou fertilizantes, pois o excesso pode prejudicar o aroma da losna. A adição de composto orgânico em doses controladas favorece o cultivo.
É tão antiga que foi citada em um papiro egípcio de 3 600 anos atrás. A espécie, nativa da Europa e da Ásia, é também conhecida por Artemísia ou Absinto. A erva era dedicada à deusa da fecundidade e da caça Ártemis, na Grécia Antiga (Diana, para os romanos), originando daí sua denominação científica.
Utilizada na fabricação da bebida conhecida por absinto, essa lendária planta é sempre objeto de recomendações dos especialistas quanto aos cuidados decorrentes do seu uso indiscriminado.
O Absinto é uma bebida destilada feita com essa planta, anis, funcho e outras ervas. As lendas dão conta de que teria sido inventado como remédio para todos os males pelo Dr. Pierre Ordinaire, um médico francês que vivia em Couvet, na Suíça, por volta de 1792. A bebida tornou-se especialmente popular na França, sobretudo pelo seu uso por artistas parsienses do final do século XIX e início do século XX, até ocorrer sua proibição em 1915. A medida surgiu em função dos registro de vários casos de intoxicações e até mortes provocadas pela ingestão de um licor obtido pela maceração da erva em álcool. Na maior parte das vezes, o licor de absinto era usado como alucinógeno e não com finalidades medicinais.
No entanto, acabou ganhando popularidade com a sua legalização em vários outros países. Há citações históricas de que artistas como Van Gogh, Rimbaud, Toulouse-Lautrec e outros, tomavam com certa freqüência essa bebida. Historiadores afirmam que o destilado de ervas cor verde-esmeralda, também chamado de "fada verde", seria o responsável pelo comportamento bizarro de Van Gogh.
Tem realmente cor verde-pálido transparente ou, no caso de ter envelhecido, castanho claro, mas sem perda de qualidade. Possui um aroma amargo similar ao anis, porém mais sutil devido às diversas ervas usadas. Apresenta uma porcentagem de álcool muito elevada (45% a 85%).Verdadeiramente, existem, por parte de alguns poetas, relatos de alucinações relacionadas ao consumo de absinto. No entanto, isso nunca foi confirmado e, provavelmente, não passa de um exagero como acontece por exemplo com o vinho - afirmama os defensores do absinto.
Ainda sobre bebidas com teor alcoólico, há também uma de coloração vermelha muito popular no Brasil, que tem por base a Losna e a Groselha. É o Campari, bem mais suave e gostoso, quando misturado com água tônica, gelo e limão. A erva é usada ainda no preparo do vermute e do licor de absinto.
Da losna faz-se também um chá, evidentemente de sabor quase intragável. Tão amargo é que até o Rei Salomão teria declarado em um provérbio: "a infidelidade, ainda que possa ser excitante e doce no seu início, costuma ter um fim amargo como a losna".
Popularmente, a losna também é conhecida como erva-do-fel, erva-de-santa-margarida, sintro e erva-dos-vermes. Possui propriedades medicinais estimulantes do apetite, vermífugas e estomacais. No uso externo, é usada para pulverizar canis, galinheiros e outros locais onde dormem pequenos animais, para combater pulgas, piolhos e carrapatos. Já no uso interno, é bom lembrar que, em doses elevadas, os chás e outros preparados a partir desta planta podem provocar tremores, convulsões, tonturas e até delírios. Vale lembrar que a presença de uma substância tóxica - a tuinona - pode produzir efeitos altamente perigosos.
De fato, pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) identificaram, nas substâncias presentes dos destilados preparados com losna (ou absinto), propriedades capazes de causar convulsões, alucinações, surtos psicóticos, dependendo da dosagem. Além disso, os estudos demonstraram que o uso crônico pode provocar danos neurológicos permanentes.
A combinação entre a dosagem de álcool e as substâncias presentes nesta planta pode ser perigosa. Por isto, a maioria dos especialistas costuma recomendar o uso da losna ou absinto na forma de infusão (no máximo duas xícaras de chá ao dia) e evitar a extração do sumo por maceração.
As propriedades antiinflamatórias e digestivas dessa planta são encontradas no óleo essencial que deve ser usado com parcimônia. Em excesso, essa substância pode levar a paralisia e até à morte por sufocação. Em pequenas doses, não há o que temer: a planta tem ação vermífuga, é estimulante do fígado e favorece o fluxo menstrual.
Encontrei uma receita de chá para gastrite:
Ferva 1 xícara de chá de água e despeje sobre 1 colher de sobremesa de folhas picadas. Deixe amornar tampado. Tome metade meia hora antes do almoço e a outra dose 30 minutos antes do jantar.
Outros efeitos
A losna facilita a digestão devido a substâncias amargas presentes em um dos seus compostos, a absintina. Mas seu uso deve ser interrompido, caso apareçam coceiras e vermelhidão na pele. Mulheres grávidas e que estiverem amamentando devem evitá-la, pois ela torna o leite amargo e tem efeitos abortivos. Além disso, as doses diárias devem ser respeitadas e a planta não pode ser utilizada em tratamentos longos.
Curiosidades: A palavra "vermute" tem tudo a ver com a losna: significa "warmwurz", ou seja, "raiz quente" e é o nome da losna em alemão. Já em grego, a palavra losna significa "privado de doçura".
L impas de pulgas e piolhos o galinheiro.
O utrora encorajavas as produções artísticas.
S aúde trazes, se te usamos sem exagero.
N a tua história milenar, lendas e realidade
A tiçam curiosos ao experimento derradeiro
Fontes:
http://saude.abril.com.br/especiais/plantas_medicinais/inflamacoes/losna.shtml
www.jardimdeflores.com.br/ERVAS/A10losna.htm
www.plantaservas.hpg.ig.com.br/arquivos/ervas/Losna.htm
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Experiência e conhecimento empírico
Sandra Fayad
Da família das Compostas, a Losna é uma planta herbácea, perene (cultivada muitas vezes como anual), que alcança de 1 m. a 1,20 m. de altura, sensível à luz e ao calor, delicada, de folhas finas recortadas, na cor verde-prateada de um lado, e esbranquiçadas do outro. As partes usadas são as folhas e as flores, que possuem gosto amargo e ácido. Moles e pesadas suas folhas murcham facilmente, devido ao excesso de água nelas existente. Nas touceiras, enquanto bem tratadas, chamam a atenção dos visitantes, por parecerem com bonsai. No entanto, quando informados de que planta se trata, as pessoas torcem logo o nariz, geralmente devido a alguma lembrança desagradável por terem feito uso compulsório dela..
A losna se propaga por meio de sementes, por divisão de touceiras ou por estaquia. O solo ideal para o cultivo deve ser argiloso e arenoso, fértil e profundo. Para o plantio em vasos ou jardineiras, é essencial garantir uma profundidade de 30 cm, mais ou menos. A planta é muito resistente a doenças e raramente é atacada por insetos. Porém, é essencial a retirada de ervas daninhas que podem prejudicar o seu desenvolvimento. Recomenda-se cautela com a aplicação de adubos ou fertilizantes, pois o excesso pode prejudicar o aroma da losna. A adição de composto orgânico em doses controladas favorece o cultivo.
É tão antiga que foi citada em um papiro egípcio de 3 600 anos atrás. A espécie, nativa da Europa e da Ásia, é também conhecida por Artemísia ou Absinto. A erva era dedicada à deusa da fecundidade e da caça Ártemis, na Grécia Antiga (Diana, para os romanos), originando daí sua denominação científica.
Utilizada na fabricação da bebida conhecida por absinto, essa lendária planta é sempre objeto de recomendações dos especialistas quanto aos cuidados decorrentes do seu uso indiscriminado.
O Absinto é uma bebida destilada feita com essa planta, anis, funcho e outras ervas. As lendas dão conta de que teria sido inventado como remédio para todos os males pelo Dr. Pierre Ordinaire, um médico francês que vivia em Couvet, na Suíça, por volta de 1792. A bebida tornou-se especialmente popular na França, sobretudo pelo seu uso por artistas parsienses do final do século XIX e início do século XX, até ocorrer sua proibição em 1915. A medida surgiu em função dos registro de vários casos de intoxicações e até mortes provocadas pela ingestão de um licor obtido pela maceração da erva em álcool. Na maior parte das vezes, o licor de absinto era usado como alucinógeno e não com finalidades medicinais.
No entanto, acabou ganhando popularidade com a sua legalização em vários outros países. Há citações históricas de que artistas como Van Gogh, Rimbaud, Toulouse-Lautrec e outros, tomavam com certa freqüência essa bebida. Historiadores afirmam que o destilado de ervas cor verde-esmeralda, também chamado de "fada verde", seria o responsável pelo comportamento bizarro de Van Gogh.
Tem realmente cor verde-pálido transparente ou, no caso de ter envelhecido, castanho claro, mas sem perda de qualidade. Possui um aroma amargo similar ao anis, porém mais sutil devido às diversas ervas usadas. Apresenta uma porcentagem de álcool muito elevada (45% a 85%).Verdadeiramente, existem, por parte de alguns poetas, relatos de alucinações relacionadas ao consumo de absinto. No entanto, isso nunca foi confirmado e, provavelmente, não passa de um exagero como acontece por exemplo com o vinho - afirmama os defensores do absinto.
Ainda sobre bebidas com teor alcoólico, há também uma de coloração vermelha muito popular no Brasil, que tem por base a Losna e a Groselha. É o Campari, bem mais suave e gostoso, quando misturado com água tônica, gelo e limão. A erva é usada ainda no preparo do vermute e do licor de absinto.
Da losna faz-se também um chá, evidentemente de sabor quase intragável. Tão amargo é que até o Rei Salomão teria declarado em um provérbio: "a infidelidade, ainda que possa ser excitante e doce no seu início, costuma ter um fim amargo como a losna".
Popularmente, a losna também é conhecida como erva-do-fel, erva-de-santa-margarida, sintro e erva-dos-vermes. Possui propriedades medicinais estimulantes do apetite, vermífugas e estomacais. No uso externo, é usada para pulverizar canis, galinheiros e outros locais onde dormem pequenos animais, para combater pulgas, piolhos e carrapatos. Já no uso interno, é bom lembrar que, em doses elevadas, os chás e outros preparados a partir desta planta podem provocar tremores, convulsões, tonturas e até delírios. Vale lembrar que a presença de uma substância tóxica - a tuinona - pode produzir efeitos altamente perigosos.
De fato, pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) identificaram, nas substâncias presentes dos destilados preparados com losna (ou absinto), propriedades capazes de causar convulsões, alucinações, surtos psicóticos, dependendo da dosagem. Além disso, os estudos demonstraram que o uso crônico pode provocar danos neurológicos permanentes.
A combinação entre a dosagem de álcool e as substâncias presentes nesta planta pode ser perigosa. Por isto, a maioria dos especialistas costuma recomendar o uso da losna ou absinto na forma de infusão (no máximo duas xícaras de chá ao dia) e evitar a extração do sumo por maceração.
As propriedades antiinflamatórias e digestivas dessa planta são encontradas no óleo essencial que deve ser usado com parcimônia. Em excesso, essa substância pode levar a paralisia e até à morte por sufocação. Em pequenas doses, não há o que temer: a planta tem ação vermífuga, é estimulante do fígado e favorece o fluxo menstrual.
Encontrei uma receita de chá para gastrite:
Ferva 1 xícara de chá de água e despeje sobre 1 colher de sobremesa de folhas picadas. Deixe amornar tampado. Tome metade meia hora antes do almoço e a outra dose 30 minutos antes do jantar.
Outros efeitos
A losna facilita a digestão devido a substâncias amargas presentes em um dos seus compostos, a absintina. Mas seu uso deve ser interrompido, caso apareçam coceiras e vermelhidão na pele. Mulheres grávidas e que estiverem amamentando devem evitá-la, pois ela torna o leite amargo e tem efeitos abortivos. Além disso, as doses diárias devem ser respeitadas e a planta não pode ser utilizada em tratamentos longos.
Curiosidades: A palavra "vermute" tem tudo a ver com a losna: significa "warmwurz", ou seja, "raiz quente" e é o nome da losna em alemão. Já em grego, a palavra losna significa "privado de doçura".
L impas de pulgas e piolhos o galinheiro.
O utrora encorajavas as produções artísticas.
S aúde trazes, se te usamos sem exagero.
N a tua história milenar, lendas e realidade
A tiçam curiosos ao experimento derradeiro
Fontes:
http://saude.abril.com.br/especiais/plantas_medicinais/inflamacoes/losna.shtml
www.jardimdeflores.com.br/ERVAS/A10losna.htm
www.plantaservas.hpg.ig.com.br/arquivos/ervas/Losna.htm
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Experiência e conhecimento empírico
Atualização ( 07-11-2014): Estudos científicos comprovam que a losna cura câncer - ver matéria aqui: http://www.noticiasnaturais.com/2014/08/losna-a-nova-erva-contra-o-cancer/