..Justiça proíbe a venda de andadores infantis!!
Está aí uma notícia boa que a tanto tempo eu esperava..
Desde quando comecei a estudar técnicas radiológicas a alguns anos, eu já havia começado a notar o número de acidentes relacionados aos bebês em andadores.
O andador é uma parafernália com rodinhas onde a criança fica totalmente presa e é forçada a andar de um lado para o outro (algumas acabam até gostando, com o tempo) e se sujeitando a acidentes graves e sérios traumatismos.
Para os pais é muito conveniente jogar a criança no andador e dar um chute no equipamento pra qualquer canto, assim o pai ou mãe se livra do bebê que chora, quer colo, quer atenção, afinal papai e mamãe estão muito ocupados vendo a novela das oito, certo?
Os andadores ainda vêm com brinquedinhos que servem para auxiliar nessa distração da criança, o que a faz calar a boca (auxilia no efeito causado pela chupeta). Já parou para notar que tudo que esses tipo de pais querem é calar a criança, aquietar a criança, oprimir a criança desde a frauda, nunca vejo demonstrações de compreensão e afeto nesse tipo de pais.
Ontem, a justiça do Rio Grande do Sul deferiu uma liminar onde é proibida a venda de andadores em todo território nacional.
A solicitação é uma ação civil pública da Associação Carazinhense de Defesa do Consumidor, como protagonista o médico pediatra Rui Locatelli Wolf, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A SPB é contra o uso de andadores infantis e até mesmo antes da liminar os pediatras já se opunham a seu uso. Para entender melhor as inconformidades dos andadores, basta ler o artigo do INMETRO, onde foram analisadas dez marcas de andadores e todas foram reprovadas.
Segundo o artigo: "Pela análise, percebe-se que os ensaios de Prevenção a Quedas, Assento e Aberturas são os mais críticos, pela quantidade de ocorrências, visto que, somados, correspondem a 71,43% de todas as não conformidades ocorridas na análise. Desta forma, recomenda-se especial atenção a estes três itens da norma em quaisquer discussões acerca da produção, comercialização e uso de
andadores infantis."
A fabricação dos andadores infantis não segue um modelo, um design, uma estrutura capaz de atender critérios técnicos de proteção ao bebê.
No Canadá, a proibição da comercialização e uso de andadores infantis já é um fato, e a decisão foi embasada numa pesquisa que constatou o número de lesões e traumas associados à crianças que usaram os andadores, numa análise em dezesseis hospitais num período de treze anos!
Além dos acidentes, existe também a hipótese do desenvolvimento tardio, onde os andadores atrapalhariam no desenvolvimento motor da criança, dificultando o apoio da criança e a deambulação sem apoio. Essa hipótese é defendida por um grupo de pediatras.
Outra hipótese que, apesar de não ser embasada em nenhum tipo de pesquisa específica, é de fácil análise e entendimento é o fato de que crianças expostas ao uso de andadores são forçadas a atender uma postura e ritmo contrário a sua fase, afinal uma criança com meses deve engatinhar, dessa forma ela desenvolve as lordoses cervicais e lombares, para na fase seguinte (ao andar) desenvolver a cifose torácica e fortalecimento dos membros inferiores. O uso de andador pode prejudicar nesse desenvolvimento, causando o arqueamento dos membros inferiores e danos aos pés, joelhos, quadris e coluna vertebral!!
O não cumprimento à decisão pode levar à multa de R$5.000,00 ao dia.
Os fabricantes irão recorrer.
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