A opção é sua
O corpo humano interna e externamente, já foi totalmente dissecado pela ciência. Não há mais segredo quanto ao desempenho de suas funções básicas e essenciais. Não se faz outra coisa além de esmiuçar células, analisar sua anatomia e seu papel. Para que esse estudo, dominante através dos séculos, não se torne anacrônico faz-se necessário o aprofundamento das teorias e a transcendência da prática.
O conhecimento do homem como indivíduo orgânico é inegável; a medicina diagnóstica e preventiva evoluiu com o tempo. Contudo, no que tange aos processos de informação, transformação e adaptação que constantemente se desenvolvem no interior do ser – e não se fala aqui da área psíquica, mas ainda do corpo físico – continuamos a engatinhar em conhecimento. Quantas não são as situações que ainda pairam na obscuridade e quantas não são as perguntas que continuam sem respostas! A capacidade de adaptação do ser humano a temperaturas muito abaixo ou acima do limite de sua temperatura corporal; o que gera o processo de recuperação de uma enfermidade? O que distingue essa capacidade entre um e outro ser? Por que um mesmo vírus ou bactéria ataca de forma diferenciada dois seres humanos? Por que, uma vez abrigados em dois organismos, um se desenvolve e o outro não? A questão não é saber que isto acontece, mas como e por que acontece. Esses são apenas meros exemplos diante de uma infinidade deles.
Tentar encontrar respostar dentro de uma pesquisa puramente instrumental e analógica é querer permanecer na ignorância.
Ao adentrar, todavia, no terreno da mente e procurar entender como ela age e se manifesta, abre-se uma porta larga e rica de possibilidades. Isto porque, muito mais do que corpo físico, o homem é mente; é através dela que se manifestam não apenas suas atitudes, mas todas as respostas do seu organismo. As doenças são criadas pela mente, assim como as curas efetuam-se primeiro na mente e em seguido no corpo físico.
A influência da mente sobre o corpo e sobre a vida em geral é um fato inegável. Ser espiritualista é ter essa convicção e ser materialista é acreditar que não passa a mente unicamente do produto de uma reação química do cérebro. Essa escolha tem que ser individual, mas para que ela ocorra é preciso saber o que é a mente e como ela funciona e esse é um dos propósitos desse livro.