O Segredo da Mulher - E Sua Beleza Física

A Parte Prática da mente

TRECHO DO MEU LIVRO " LIVRE-SE DAS PREOCUPAÇÕES E TENHA SAÚDE E FELICIDADE" (título provisório)

“Cabeça vazia, oficina do diabo”. Os ditados populares estão cheios de sabedoria e este não foge à regra. A mente que vive sempre atarefada não tem tempo para se preocupar. Encontra-se no trabalho o remédio para todos os males. Este não possui contraindicações e pode ser receitado e indicado em todos os casos, sem exceção. É a melhor terapia para combater a depressão causada por um estado doentio porque afasta da mente as ideias mórbidas; tira do preocupado as chances de debruçar-se sobre seus próprios problemas. Dependendo do tipo de ocupação, as chances de continuar se preocupando ainda são grandes, por isso é necessário um trabalho que ocupe preferencialmente a mente através da concentração, pois se for uma atividade muito mecânica a mente continuará livre para emitir pensamentos descontrolados, o que é próprio de quem muito se preocupa.

Não são poucos os especialistas que aconselham, a quem sofre de depressão, ansiedade ou qualquer tipo de neurose que tira a paz mental, entregar-se de corpo e alma a uma atividade que ache prazerosa, pois constitui essa atitude o mais salutar e assegurado método de cura. O apego é o maior obstáculo à superação de um estado doentio; isto porque o vitimado, olhando egoisticamente, só possui olhos para o seu próprio problema. Por pior que ele seja haverá uma solução se houver um desprendimento de si mesmo e em seguida uma ação que faça voltar a atenção para fora, para o mundo exterior. Não há melhor terapia nesse sentido do que aquela que ofereça atividades que levem à despreocupação. O estudo de uma matéria agradável, a leitura de um livro que capture o interesse e a atenção; um hobby salutar; ou mesmo um trabalho, remunerado ou não, realizado com prazer e que ocupe a mente a maior parte do tempo são antídotos eficazes contra a inquietação.

A maioria das pessoas vive preocupada com detalhes sobre coisas da vida; gasta os pensamentos em associações de ideias inconclusivas; a mente seria um acumulador de pensamentos diáfanos o tempo inteiro, o que sujeita-a a um desgaste desnecessário e imprudente de energia. A partir do momento em que esta energia é concentrada em uma tarefa que exija dela certa dose maciça de atenção, ocorre aquilo que se vê nos acumuladores de energia; esta é armazenada e descarregada em situações realmente necessárias. O pensamento usual de que quanto mais se trabalha mais cansado se fica é falso por duas razões. A primeira é esta que foi explicada através da comparação; è o fato físico e evidente que não há como objetar. Todos sabem que um aparelho continua consumindo energia enquanto ligado apenas passivamente, no chamado stand by. Só que este consumo no ser humano é ainda maior e muito mais prejudicial. Por ser um organismo vivo, sobrevém o cansaço, a lassidão; e tornado um hábito começa a resultar nos prejuízos de que já estamos cientes.

A segunda razão é a espiritual. Por ser o homem espírito e matéria, tudo que acontece a um reflete-se automaticamente no outro devido à lei da identidade espírito/matéria. Cansando-se a mente o corpo sentirá em seguida este cansaço. Isto ocorre de maneira um tanto diferente no caso inverso. Ou seja, existe, para o corpo, uma única forma de exercício que é o exercício físico, o que é evidente. As maneiras de se exercitar são múltiplas e variadas, mas que vão resultar num único expediente que é exercitar o corpo físico para o objetivo que se tem em meta, seja ele qual for; mas o meio é único, pois único é o corpo, e é todo ele matéria. Neste caso a mente também é beneficiada, pois o corpo em bom estado traz um grande bem estar mental e espiritual. Já com a mente o processo é muito mais abrangente e grande parte dele ainda desconhecido do homem. Vamos ver o que acontece.

Sendo o homem um ser espiritual por excelência, a influência da mente sobre o corpo é inegável, contínua e decisiva; e é este um dos focos principais desse livro. Só que nós, já em pleno século XXI, ainda não despertamos para essa realidade, senão apenas superficialmente. Sua influência é decisiva, não só sobre o corpo, no nosso dia a dia, mas no destino. Como podemos menoscabar algo tão precioso em nós mesmos? Existem a mente individual e a Mente Universal que é a Mente de Deus. Não é que uma e outra sejam diferentes; somos a individualização do Ser Maior que cobre todo o universo. A partir do momento em que nos conscientizarmos disso teremos uma vida de muito maior liberdade. O homem limita-se a si próprio única e exclusivamente por causa de suas convicções falhas. Ele olha o mundo a sua volta, o vê cheio de imperfeições e acaba sugestionado por essas imperfeiçoes aparentes.

Como resultado disso acaba por limitar-se a si próprio ou culpando, inconscientemente, a Deus por ter criado um mundo tão cheio de sofrimentos. Este raciocínio equivocado tem como origem a primeira impressão deixada pelos fatos do mundo da forma com que estes se apresentam aos cinco sentidos. É por isso que olhar o mundo com a visão puramente sensorial vai sempre trazer frustração e tristeza. A partir do momento em que a pessoa se desprende da realidade aparente e, por meio da intuição positiva e da procura vai em busca de um mundo melhor este começa a se delinear ante seus olhos e a felicidade se torna possível. Ela percebe que a transformação é pessoal; não é que o mundo se transformou, mas sua mente, desprendida da ilusão, o vê por outro prisma: o prisma da realidade genuína; não a que se apresenta corriqueiramente.

Sendo assim, a Mente genuína, a Mente de Deus, por ser toda perfeição, o ser humano, ao alojar em si esta Mente divina é perfeição, também. Ao limitar-se voluntariamente ele está, com sua visão pessimista, desdourando essa incrível força. Usada de maneira errada, a mente humana, que é partícula e prolongamento da Mende de Deus vai sofrer os prejuízos a que ela mesma se impôs. É por esta razão que a preocupação fere o individuo desconectado do seu manancial verdadeiro. Originalmente, a mente não sofre perdas, anomalias ou cansaço de qualquer espécie. Uma natureza livre, fluídica e suave; é esta a natureza da mente e assim deveria permanecer as vinte e quatro horas de um dia. Entretanto, dando vazão a pensamentos adventícios que, como convidados indesejados, querem apossar-se da sua quietude, a mente se desgoverna como um rebanho fora de controle; é onde surge o cansaço e a indisposição. Existem duas formas básicas de se utilizar o processo mental. A primeira compreende o salutar e produtivo exercício para o qual ele foi projetado, que tem como fio de conduta a concentração.

Quando estamos devidamente concentrados em um assunto; seja na resolução de uma questão difícil ou simplesmente no ato de lermos ou assistirmos a uma representação, nossa mente encontra-se no auge do seu bem estar, como um operário arrebatado na execução daquilo que mais ama fazer. A segunda consiste na preocupação e é aí que se encontra a diferença entre uma preocupação dirigida, tendo como foco o que precisa ser resolvido ou executado, e o desgoverno dos pensamentos aleatórios, que vem a ser a preocupação doentia. É claro que, na esfera cognitiva, são várias as funções da mente no que se refere à memória, linguagem, conhecimento, entre outras. Mas atenho-me às duas funções principais relacionadas ao tema do livro e que influenciam diretamente todas as nossas ações.

Ao contrário do que se costuma supor, não é a atividade mental excessiva que causa o cansaço; pelo contrário, a mente se torna cada vez mais ativa e saudável quanto mais for utilizada; mas utilizada positivamente, da maneira que foi exposta acima. São as preocupações que trazem o cansaço mental e, como consequência disso, o esgotamento físico. Já foram vários os exemplos dados e sob diversos ângulos, o que, creio, tem deixado ciente o leitor do tratamento que deve dispensar ao seu processo mental, pois disso dependerá o seu destino. Como aconselhamento prático recomenda-se atividades que, em primeiro lugar, tragam prazer. É muito comum ouvirmos conselhos no sentido de nos esforçarmos para gostarmos daquilo que estamos realizando. Isto não se aplica a maioria, pois acho difícil empreender esforço para fazer com gosto e com ânimo uma tarefa enfadonha, pela qual não se tem o mínimo interesse.

Deixemos para aqueles que se identificam ou que gostem da tarefa, realiza-las, pois fá-la-ão com muito maior boa vontade. É imprescindível, na medida do possível, realizarmos trabalhos que nos dão prazer e alegria; assim sentir-nos-emos bem o tempo inteiro por estarmos fazendo aquilo de que gostamos de fato.

Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 18/04/2013
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