45 segredos que os cirurgiões não contam...
Uma segunda, terceira e até uma quarta opinião é de bom alvitre quando se fala de procedimentos relativos à saúde, conforme o diagnóstico estabelecido. Ao longo da nossa Vida, um filme passa sobre a nossa cabeça, quando se refere a este assunto, a Saúde.
Muitas vezes, exímios profissionais destacados por mídias, e mesmo destacados por correntes populares de boca a boca desta área, os médicos, cometem enganos ao diagnosticar certas doenças e que numa segundo opinião o profissional até se assusta com tamanho descalabro, invertendo a situação para procedimentos mais simples e resultados quase imediatos, livrando o paciente de estar usando quantidades enormes de medicamentos ou cirurgias, com seus efeitos às vezes positivos, mas com efeitos colaterais abusivos e danificadores também, quando se refere a medicamentos. Já aconteceu comigo ao longo destes anos.
A seguir, passo aos queridos leitores uma compilação da revista Seleções, edição do mês de fevereiro de 2013, do jornalista Dirley Fernandes, versando sobre 45 segredos que os cirurgiões não contam, a saber:
45 segredos que os cirurgiões não contam
Eles nos cortam, removem tumores, refazem as formas do corpo, nos dão novos órgãos. Mas, apesar de entregarmos nossa vida aos bisturis dos cirurgiões, muitos de nós sabemos mais a respeito dos profissionais que cortam nossos cabelos do que sobre aqueles que “abrem” nosso corpo. Você sabia, por exemplo, que alguns recebem “incentivos” para escolher determinado equipamento em suas cirurgias ou prescrever menos dias de internação no pós-operatório? Use as dicas abaixo, colhidas de profissionais tão renomados quanto sinceros, para ser paciente mais sagaz e mais saudável.
ESCOLHA O MELHOR CIRURGIÃO
01) “Na hora de uma emergência, você iria preferir estar num avião comandado por um piloto com 5 ou com 25 anos de experiência? A verdade é que quanto mais situações um cirurgião já tenha vivido, mais serenidade ele terá para enfrentar as adversidades que surgirem no cenário cirúrgico.”
Dr. Bruno Zilberstein, cirurgião em São Paulo e autor de 17 livros, entre eles Cuidados pré e pós-operatório em cirurgia digestiva e coloproctologia.
02) “Ninguém acerta 100% das cirurgias, só quem não opera. Mas, se você, em um grande hospital em que atuam 40 cirurgiões, ouve os profissionais repetindo o nome de um determinado médico e descobre que ele realiza um número considerável de cirurgias, isso sinaliza que ele é bom no que faz.”
Dr. Jorge Ribas Timi, cirurgião vascular e endovascular do Instituto de Circulação (Curitiba) e advogado atuante em Direito Médico.
03) “A indicação de um cirurgião por parte de seu médico particular pode ser duvidosa. O costume entre os profissionais é indicar um primo, um cunhado, um amigo a quem se deve algum tipo de favor.”
Dr. Mauricio Peregrino, cirurgião em Criciúma (SC) e autor de Verdades e mentiras sobre médicos, entre outros livros.
04) “Não se impressione tanto com títulos. Eles têm lá sua importância – isso é indiscutível – e ficam bem na parede do consultório. Mas o pior cirurgião formado em Harvard, definitivamente, não é superior ao melhor cirurgião que estudou no interior do nosso país. Se quiser a verdade, procure-a unicamente na atuação dele como médico.”
Dr. Jorge Ribas Timi
05) “Via de regra, um cirurgião experimentado e especializado em sua área age com muita segurança. Mas, se você ouvir dele que uma operação ‘é muito difícil, mas a gente pode tentar’, isso é um sinal de que pode ser necessário ouvir uma segunda opinião.”
Dr. Bruno Zilberstein
06) “A única forma segura de saber sobre a qualidade de um cirurgião é investigando os resultados das operações dele e conversando com os ex-pacientes. O resto é chute. É preciso procurar por conta própria.”
Dr. Mauricio Peregrino
ANTES DE IR PARA A SALA DE CIRURGIA
07) “As pessoas chegam ao hospital para uma cirurgia e não sabe se ele é bem equipado e como vão ser os cuidados no pós-operatório, um período em que os riscos de infecções e outros problemas graves são grandes. Não adianta operar com o Dr. Fulano, um grande especialista, e não ter os devidos cuidados depois da cirurgia. Você deve perguntar sobre o pós-operatório bem antes de ir para o centro cirúrgico.”
Dr. Maurício Peregrino
08) “Há cirurgias com taxas de até 3% de ocorrências de infecção. Por isso, é preciso atenção. Por exemplo, não é recomendável raspar os pelos (quando há a necessidade) com antecedência. Isso deve ser feito apenas no hospital.”
Dr. S.A., cirurgião e gestor hospitalar em São Paulo.
09) “O apoio da família é fundamental antes de uma cirurgia. Isso influencia positivamente o atendimento do médico e do hospital. O problema, nessas horas, é aquele familiar que sempre foi ausente e, de repente, quer compensar sua dívida emocional demonstrando um zelo que provoca conflitos com a equipe que está cuidando do paciente.”
Dr. Bruno Zilberstein
10) “Um processo muito importante é ‘marcar o lado’ do órgão que será operado. Esse procedimento deve ser feito – pelo médico – antes que o paciente saía do quarto para o centro cirúrgico. O acompanhamento de um familiar nesse momento é indispensável para reduzir o risco de erros.”
Dr. S.A.
11) “Quando um paciente tem um problema grave, sempre peço que repita o exame em outro laboratório antes de indicar o tratamento, ainda mais uma cirurgia, pois os laboratórios compram kits para exames. Esses kits não são baratos e, às vezes, saem da validade, mas os laboratórios não os descartam. Além disso, o índice de kits defeituosos é grande. Exigir um segundo exame é direito do paciente.”
Dr. Mauricio Peregrino
12) “Temos procurado operar recorrendo cada vez menos a transfusões de sangue, mas nem sempre isso é possível. Se o paciente puder fazer, com antecedência, uma auto-doação, terá menos risco de rejeição. E, de qualquer forma, os bancos de sangue estão sempre precisando de doadores.”
Dr. Pablo Pomerantzeff, professor de Cirurgia Cardiovascular da USP e co-autor de Cuidados pré e pós-cirurgia cardíaca.
13) “O melhor anestesista, de modo geral, é aquele que conhece bem o paciente, o equipamento e o pessoal do hospital em que a cirurgia é realizada. Em caso de emergência, ele vai saber como agir com mais rapidez.”
Dr. S.A.
14) “Já vi pacientes fumando horas antes de se submeterem a uma cirurgia cardíaca. Isso aumenta a secreção e piora e cicatrização. É preciso parar com o cigarro muitos dias antes do procedimento. Já o álcool aumenta os riscos de inflamação. São cuidados básicos que muitas vezes não vemos.”
Dr. Pablo Pomerantzeff
O QUE OS CIRURGIÕES NÃO GOSTAM QE VOCÊ SAIBA
15) “Os pacientes, muitas vezes, estão sedados, mas ouvem tudo o que falamos na sala de cirurgia. Depois, nos descreve o que ouviram enquanto imaginávamos que eles estivessem dormindo. Por isso, sempre tomo cuidado com tudo o que digo, por mais demorada que seja a cirurgia.”
Dr. Bruno Zilberstein
16) “Se a sua operação é num grande centro, como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, isso não é uma preocupação. No entanto, em cidades com menos recursos, pode ser mais seguro operar no início da semana para garantir que haja uma equipe mais completa nos dias seguintes ao ato cirúrgico.”
Dr. Clécio Piçarro, cirurgião pediátrico e professor do Departamento Médico de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
17) “Os médicos sempre pediram exames em excesso. Hoje, como há mais variedade de exames no mercado, o excesso virou norma. Os pacientes não querem sair da consulta sem um pedido de exame, sem uma receitinha, senão, o médico não é bom. No fim, o médico acaba cedendo. O resultado: três em cada dez exames realizados são abandonados nos laboratórios. E isso encarece os planos de saúde.”
Dr. Lauro Sérgio Pereira, cardiologista no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, e autor de Nem todos os médicos são deuses.
18) “Um colega cirurgião, uma vez, me chamou para mostrar a cicatriz em uma pacientem que ele havia operado de apendicite. A incisão não tinha mais do que dois centímetros. Naquele tempo, seria impossível realizar aquela cirurgia daquela forma, ou seja, foi uma farsa. A paciente estava feliz porque poderia usar biquíni e o colega ria à toa. A frequência de cirurgias desnecessárias é bem maior do que se imagina.”
Dr. Mauricio Peregrino
19) “Alguns cirurgiões reagem com muita irritação quando veem algo na sala de cirurgia fora dos padrões. Cirurgiões são, de modo geral, bastante controladores, mas eu não diria que são todos tão metódicos como se imagina.”
Dra. Elizabeth C. Santos, cirurgiã no Hospital do Fundão, no Rio de Janeiro, e pesquisadora.
20) “Tive uma paciente, uma menina, que não conseguia engolir nada. Tínhamos a suspeita de que ela estivesse com um problema no esôfago, mas nenhuma confirmação. A família já estava angustiada, eu também me sentia incomodado e a menina demonstrava muito sofrimento. Por isso resolvemos operar. Eu não conseguia ver problema nenhum no esôfago e comecei a ficar inquieto, até que deparei com uma borrachinha dessas que ficam na extremidade oposta a ponta do lápis. Nenhum exame conseguiu detectá-la.”
Dr. Clécio Piçarro
A CIRURGIA É MESMO NECESSÁRIA?
21) “Quando surge uma novidade na Medicina, o uso se espalha rápido. Os fabricantes de equipamentos enviam para os médicos estudos sobre as vantagens dos seus produtos. Os stents são um exemplo disso. Hoje, o paciente recebe um stent; daqui a um ano, outro e mais outro em sequência. Na verdade, a maior parte desses casos deveria ter sido tratada ou com uma cirurgia conservadora ou apenas com medicação e acompanhamento médico. Os stents acabam se deteriorando com o tempo e criam nos problemas.”
Dr. Lauro Sérgio Pereira
22) “Frequentemente há alguma alteração no coração, mas a pessoa não apresenta qualquer sintoma. Faz um teste de esforço, mas não sente nada. Se o exame não indicar nada grave, por que fazer com que o paciente ou o sistema público de saúde gaste R$ 70 mil com três stents num procedimento que sempre envolve algum tipo de risco e não vai lhe trazer benefício? Infelizmente, é isso que acontece hoje.”
Dr. José Geraldo de Castro Amino, ex-presidente da Sociedade de cardiologia do Estado do Rio de Janeiro.
23) “Lutamos, nas faculdades e nos cursos de atualização, para evitar que as operações de fimose sejam feitas em crianças. A maior parte desses casos se resolve espontaneamente, sem cirurgia. Nos Estados Unidos, eles operam todos os casos, por interesse puramente financeiro. Como nossa medicina está muito próxima à dos americanos, acabamos reproduzindo essa tradição cultural. Mas a operação não é realmente necessária, ainda que as próprias famílias resistam a essa opção.”
Dr. Clécio Piçarro
FIQUE SEGURO APÓS A CIRURGIA
24) “O prontuário médico é um documento que contém todas as informações relacionadas ao paciente durante sua internação: história clínica, exame físico, prescrição de medicamentos, informações relacionadas à evolução diária, resultado de exames, relato cirúrgico, etc. E o paciente tem acesso irrestrito a esse documento.”
Armando de Oliveira e Silva, presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
25) “Os médicos não se importam de responder a todas as perguntas do paciente e da família depois de uma operação longa e cansativa. O problema é o celular. Acontece demais de explicarmos tudo de forma detalhada e, em seguida, alguém ligar para o filho, o irmão, o primo e nos passar o telefone pedindo para repetirmos tudo que acabamos de dizer. Isso, realmente irrita.”
Dr. Lauro Sérgio Pereira
O QUE OS HOSPITAIS E PLANOS DE SAÚDE NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA
26) “O brasileiro tem mania de procurar as emergências, inclusive as públicas, para resolver problemas ambulatoriais. Chega no sábado à tarde, porque acha que é mais vazio, com uma lombalgia que tem há cinco anos. Se você disser que aquilo não é caso para pronto-socorro, ou privilegiar um paciente com dores realmente agudas, a confusão está formada. A pessoa diz que vai falar com a direção do hospital, que conhece o secretário de Saúde... O que fazemos, até para preservar nossos empregos? Damos mais um remédio para nos livrar daquela pessoa. Na verdade, é pura embromação.”
Dr. Mauricio Peregrino
27) “Os planos de saúde não pagam o cirurgião pelas visitas pós-operatórias. E, algumas vezes, distribuem premiações para o médico que prescreve menos dias de internação. Isso pode representar um risco grave para o paciente.”
Dr. S.A.
28) “Quem disse que uma operação é sempre mais lucrativa para o cirurgião? Os convênios médicos chegam a pagar ao cirurgião ínfimos R$ 700 por uma colecistectomia (retirada da vesícula) por vídeo, por exemplo, incluindo toda a responsabilidade da cirurgia e do pós-operatório.”
Dra. Elizabeth G. Santos
29) “Os planos pagam R$ 40 por uma consulta. O médico só tem tempo de pedir exames, tentando atender o máximo de pacientes por dia. O paciente faz os exames, a maior parte inúteis, e o médico se omite de tomar a decisão sobre uma cirurgia. Muitas dessas indicações atendem a interesses que não são dos pacientes.”
Dr. José Geraldo de Castro Amino
30) “A residência médica deve ser aprimorada. É preciso um tempo maior para o treinamento. Quanto mais o cirurgião pratica, mais ele desenvolve a habilidade técnica.”
Dra. Elizabeth G. Santos
VERDADE SOBRE EQUIPAMENTOS MÉDICOS
31) “Existem médicos que usam a medicina como comércio. Exigem a compra de equipamentos, como implantes, de um determinado fornecedor que cobra sobrepreços de 40% (valor extra que irá para o cirurgião). Isso encarece os custos que, no fim, pesarão no bolso do paciente. O Conselho Regional de Medicina e as comissões de ética dos hospitais estão atentos a isso.”
Dr. S.A.
32) “Um paciente meu estava internado após um infarto. Ele tinha uma lesão sem qualquer relação com o infarto, mas os intervencionistas decidiram por uma angioplastia coronária. Eu tive de ligar para o hospital e, em nome da família, pedir a alta do paciente sem a intervenção, para ser submetido apenas ao tratamento clínico. As decisões têm sido tomadas pelos profissionais que trabalham com o cateterismo e o clínico ficou relegado a segundo plano. Isso leva ao excesso de cirurgias.”
Dr. José Geraldo de Castro Amino
33) “Muitas vezes, surge uma técnica nova e o médico a propaga na mídia. Cirurgias na tireóide por endoscopia, por exemplo, que estavam na moda até pouco tempo, não se mostraram menos invasivas que o procedimento tradicional. A robótica está sendo usada por muitos cirurgiões. Mas o que o paciente precisa saber é se, em casos de emergência, o médico saberá prosseguir com o método tradicional.”
Dr. S.A.
NOSSO LADO MAIS HUMANO
34) “A sensação quando um paciente morre na sala de cirurgia é a de perder o último pênalti de uma final de campeonato. Mas nossa obrigação é manter o equilíbrio. Temos de fazer uma revisão de todo o procedimento, saber se houve algum instrumento inadequado, um eventual erro de procedimento, para depois dividir esse conhecimento. É difícil, mas o controle faz parte de nossa formação. E esse é o momento de maior aprendizado.”
Dr. Jorge Ribas Timi
35) “Quanto mais tempo de formados, mais aprendemos a controlar as emoções, o que não significa que sejamos frios nem que nada nos comova. Isso é um estereótipo longe da realidade. A medicina exige muito dos profissionais, que precisam se resguardar para que possam exercê-la. Mas o cirurgião é um ser humano e se comove como todas as outras pessoas.”
Dra. Elizabeth G. Santos
36) “A gente tenta criar um bloqueio para poder ajudar melhor, mas acaba sofrendo junto. Aconteceu muitas vezes de eu operar uma criança com câncer e, ao chegar em casa e ver meus filhos saudáveis, sofrer demais pensando no destino daquela criança e daquela família. Por isso, mesmo que não tenha como resolver uma situação, tento dar todo o apoio.”
Dr. Clécio Piçarro
TODOS COMETEMOS ERROS
37) “Durante uma cirurgia de histerectomia (retirada do útero), tínhamos acabado de fechar o abdome de uma paciente quando, seguindo minha rotina, perguntei quem havia tirado cada uma das três compressas que usávamos nesse tipo de procedimento. Eu tinha tirado uma, o primeiro auxiliar outra. Onde estava a terceira? No abdome da paciente. Imediatamente abrimos outra vez e retiramos. Se fosse alguém que não tivesse rotina, talvez tivesse deixado a compressa lá dentro.”
Lizzette Lins, cirurgiã e professora aposentada de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade do Estado o Rio de Janeiro.
38) “Adiei procedimentos urgentes, deixando o paciente sob a ação de antibióticos – prática usada pelos médicos -, enquanto me recuperava dos efeitos de uma bebedeira. O raciocínio de um cirurgião de ressaca fica muito prejudicado e pode conduzi-lo a erros graves.”
Cláudio Leite, cirurgião pediátrico
CONSELHOS DE UM CIRURGIÃO PLÁSTICO
Eduardo Lintz, chefe do serviço de cirurgia plástica do Hospital do Coração (SP) e professor de pós-graduação em cirurgia plástica do Instituto Ivo Pitanguy, dá dicas para uma operação plástica mais segura e uma recuperação mais rápida.
39) “Há pacientes que usam tantos medicamentos que esquecem o que estão tomando, e outros não sabem o que é cada remédio. Já atendi alguns que tomavam remédio para emagrecer com fórmulas identificas por um número em vez da composição e uma letra em lugar do nome do médico, comprados na farmácia ao lado ou no próprio consultório. Esses comprimidos têm uma combinação de hormônios com psicotrópicos e antidepressivos. Substâncias que interagem com a anestesia em situação de risco. Tudo precisa ser informado.”
40) “Uma paciente não queria que os parentes soubessem que ela havia aplicado silicone e ‘esqueceu’ também de informar ao cirurgião. Isso pode causar grandes problemas. O cirurgião precisa de informações claras.”
41) “Verifique a certificação do cirurgião. A lei brasileira permite que todo médico graduado execute uma cirurgia, mas o profissional certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, após obter o diploma de medicina, passa por dois anos de treinamentos em cirurgia geral e mais três em cirurgia plástica. Há muitos profissionais atuando em medicina estética sem essa certificação e, claro, sem o mesmo preparo dos seus colegas certificados.”
42) “No pós-operatório, o erro mais comum é não seguir a indicação de evitar esforços físicos. Por outro lado, o paciente não deve deixar de se movimentar pelo menos cinco vezes por dia tão logo isso seja possível, para evitar trombose. Já vi pessoas ficarem deitadas por 16 dias após serem operadas. Isso é um grande engano.”
CIRURGIA CARDÍACA MAIS SEGURA
43) “Se disserem que você precisa de um stent, é sempre melhor perguntar: não dá para tentar primeiro um tratamento com remédios? Colocar um stent não é como trocar a tubulação de casa. Ter algo implantado no corpo envolve riscos. Hoje se coloca stent em pacientes apesar de não haver indicação, de não ser necessário.”
Dr. Carlos Eduardo F. Domingues, cardiologista do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Rio de Janeiro.
44) “Na cirurgia plástica, o pós-operatório é decisivo, já que o paciente sofre muitas oscilações e precisa de cuidados intensivos 24 horas por dia. Se eu fosse um paciente, procuraria me informar a respeito da equipe responsável pelo pós-operatório. Não adianta ter uma unidade de tratamento intensivo cheia de equipamentos de ponta, mas sem pessoal experiente, devidamente treinado para lidar com as máquinas.”
Dr. Mário Amar, cirurgião cardiovascular no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro.
45) “Antes de se submeter a uma cirurgia, sempre pergunte ao médico qual é o problema e por que a cirurgia é imprescindível. Ter um bloqueio em uma artéria não significa que você tenha que ‘entrar na faca’, ainda mais quando não há sintomas. Muitas vezes é possível fazer um tratamento clínico, que envolve medicação, mudança de hábitos e reabilitação cardíaca.”
Dr. Carlos Eduardo F. Domingues
Frutal/MG, aos 12 de fevereiro de 2013.
José Pedroso