Mecanismo de Defesa Borderline – Identificação Adesiva
O border tem o aparelho psíquico diferente do neurótico.
O Ego não é integrado numa instância única. É feito de núcleos neuróticos.
Então as pulsões do id invadem o consciente pelos espaços abertos.
Resultado: vários núcleos neuróticos acarretam na capacidade do border assumir várias personalidades, mas sempre consciente.
Outra coisa, é que as pulsões, vindas diretamente ao consciente causam a intensidade emocional sentida pelo border. Se é alegria, é eufórica. Se é raiva, é furiosa. Se é tristeza, é depressão angustiante. Se é tédio, é prostração.
A Psicanálise opera no sentido de interligar estes núcleos e fortalecer estes vínculos.
Resumindo, sempre veja o border como uma pessoa que tem muito medo. Um medo inconsciente que invade o Ego. Quando um border estiver tendo um comportamento complicado ou destrutivo, pergunte-se qual o medo que está dominando. Do que ele está tendo medo?
Ao pensar na resposta, poderá acalmá-lo. Mas, é preciso ser rápido, porque pode-se reagir sem pensar.
A sensação de múltiplas personalidades do border, surge da falta de conhecimento de si. O border faz uso de um mecanismo de defesa chamado identificação adesiva.
Ele é como um camaleão que mimetiza o ambiente. Conforme a interação com a pessoa, ele observa bem e “cola” o comportamento do outro como uma etiqueta adesiva.
Vemos alguns atores que se beneficiam deste mecanismo de defesa.
Mas quando o border exagera no uso da identificação adesiva, fica despersonalizado e surge a angústia de desintegração.
Eis a importância do border aceitar os limites. Os limites formam uma fronteira, como a parede do útero materno, permitindo que o border se perceba e se sinta, assim como o feto se sente e se percebe ao tocar a parede do útero, durante a gestação.
Ao aceitar limites, o border precisa agir para superar o limite. Ao agir, obtém um resultado. O resultado lhe promove a identidade. A identidade oferece o potencial. O potencial encontra o limite. O limite obriga-o a ser criativo para agir.
Desta forma, investindo energia na realidade, o border está se tratando. Está se tornando alguém: ele próprio.