"GERENTE EM SAÚDE"...PARA GERIR O QUÊ?

Nesses atuais dias super engraçados de prévias e de corrida eleitorais, alguns serviços, "calcanhares de Aquiles" e prioritários à sociedade civil organizada, sempre vêm a tona nos discursos e nas promessas dos candidatos quando o alvo é mirado no resultado das "urnas".

Eu me divirto em ver o cenário das propostas inacreditáveis.

Na atual corrida ao executivo de Sampa, o mais focado problema é a situação da saúde pública, que progressivamente vem piorando a cada dia no nosso país, inclusive nos grandes centros como São Paulo.

A saúde privada (para o povo eleitor comum!), muito longe de estar otimizada, não é o foco deste meu presente artigo.

Aqui não pretendo eu chover minha chuva torrencial no molhado do caos em saúde porque todos cidadãos sabemos, pelos noticiários espalhados por aí, que a vida do brasileiro sempre está na berlinda quando o tema é saúde pública. Que coisa chata, tão repetitiva...

Afora a violência que mata assustadoramente por causas externas como se estivessemos em plena guerra...sem médicos.

Pois bem, aqui por São Paulo, um conhecido candidato de todos os brasileiros, aquele senhor educado, de fala mansa, que nos deixou na difícílima situação atual de Sampa, pertencente a uma legenda que por aqui no Estado já perdura por vinte anos, aquele um ( e de novo!) candidato a prefeito que se auto intitula o mais competente ministro da saúde que o Brasil já teve (por aqui não é difícil ser o melhor em nada porque superioridade é sempre muito, muito relativa ao nosso real todo atual) ele já nos anuncia nas suas propostas ao executivo municipal que, se eleito, vai criar a figura do "Gerente em Saúde", pelo que entendi um administrador não profissional da saúde, (ele faz questão de explicar como um gerente "nem médico e nem enfermeiro") cuja função será a de fazer as consultas serem agendadas e executadas.

Ora pois, pois, que novidade supimpa! Faço votos que a nova roda...ao menos gire...gire do verbo rodar pra frente.

Seria o tal gestor a também realizar as consultas...leigas?

Vale aqui ressaltar que o que mais existe no aparato "gestor" na atual pretensa Saúde Básica e Pública da prefeitura do município de São Paulo são os "gerentes não médicos e não enfermeiros" gestores que caem de "pára quedas políticos" para gerenciarem o que não conhecem nem na superficialidade. E como se acham técnicos os tais amigos do peito!

Profissionais que são levados para "cargos" mil, deixando suas cadeiras de concursos vazias nas unidades básicas e a população sem atendimento especializado, " a ver navios".

Obviamente que este "gerente gestor" do super candidato ex-ministro, resolvido a resolver de vez a saúde de Sampa, não deverá ser médico e nem enfermeiro, só porque os dois profissionais sumiram dos quadros de recursos humanos da prefeitura...e não é de hoje, não!

Não é que eles faltam em serviço é que eles não existem e nem querem existir! Passam bem longe dali!

Atualmente quem os quiser encontrar que os procure com lupas!

Para gerir o caos então...quem (um profissional consciente do todo) se atreveria arriscar seu diploma tão arduamente conquistado para assinar pela bagunça organizacional?

A meu parco ver, e aqui vai uma sugestão, o próximo prefeito se quiser realmente fazer funcionar a saúde nem precisaria de Gestor algum, que atualmente só atrapalha (aqui já temos gestores demais para o barco afundado da saúde!): basta QUEBRAR A PATENTE DAS GERÊNCIAS DOS CARGOS POLÍTICOS E NADA TÉCNICOS a fazer PRONTAMENTE todos os profissionais, atualmente pendurados em cargos gerenciais para os quais não estão minimamente habilitados, RETORNAREM para suas cadeiras de origem de concurso, assim a população prontamente já seria agraciada pelo retorno dos serviços pelos quais paga e não leva.

É impressionante a falta de lógica técnica na criação destes gestores... politicamente criados a toque de caixa.

Como diria o Boris Casoy...é uma vergonha!

Tão simples quanto inventar novo cargo de "gestor em saúde" que no status que se encontra, não serviria para absolutamente nada, só para aumentar os gastos ineficazes do erário.

Porque é óbvio que de nada adiantaria mais um gestor que não tem gente tampouco aparato para gerir.

Saúde ainda se faz primordialmente com médicos e enfermeiros , viu nobre senhor candidato? Não com gente leiga no assunto.

Por mais que o senhor, um especialista burocrata em saúde, acredite e esperneie que não.

Caso contrário...é só confirmar em "loco":

Dê uma passeadinha surpresa pela saúde básica de ultimamente e o senhor também vai perceber que gestor tem ponto a cumprir, certo?

Ou errado? Ou se gere uma unidade só com "reuniões" a se perder de vista o gerenciamento?

E é bom avisar: não vá se assustar com o cenário fantasmagórico...um vazio de RH total...pela saúde básica...para ser gerido pelo seu novo gestor.

Eu particularmente nunca soube que gestores gerenciam por telepatia, me fiz entender?

Surreal...

E com certas propostas hilariantes ainda somos obrigados a votar.

Será que existe um candidato "gestor não político" para acertarmos nas urnas? Se souberem, me avisem.

Respondam-me meus conterrâneos paulistanos: por enquanto, entre um gestor ruim e outro pior ainda, vamos votar em quem , hein?

Saudações.