MORTE ANUNCIADA
AI DE NÓS
Interessante e viável a campanha contra o mosquito da dengue. Pelo que se lança na mídia, é ele um intermediário da morte realmente.
Um mosquitinho, ou pernilongo daqueles rajadinhos, bem pequenininhos, pode nos ferrar e em poucos dias estaremos doentes e podemos ate morrer.
É de assustar. Dizem que tal mosquito bota seus ovos em águas limpas paradas e em poucos dias uma ninhada deles nasce e parte para o ataque.
Devemos fazer uma cruzada intermitente para acabar com os focos deles. Uma tampinha de cerveja ou de refrigerante deixada no quintal, ou à margem da estrada, uma concha do mar, pneus deixados ao relento, latinhas abertas jogadas nos lixões e bota-foras, caixas água destampadas, latas de lixo destampadas, ou mal tampadas, vasinhos de plantas ou até mesmo plantas que acumulam águas em suas folhas, até mesmo folhas de inhame e taioba pode ser um foco onde o mosquito transmissor pode usar para cuidar de suas nefastas ninhadas.
Sabe-se que nenhum de nós está imune a tais míseros insetos e o maior atleta, mais bem cuidado, que cuida de sua saúde, com acompanhamento médico amiúde, pode até morrer se for picado e não se cuidar à tempo.
Mas, se isso é verdadeiramente verdadeiro, estamos ferrados mesmo. Vamos raciocinar assim: o bichinho prolifera em águas limpas e paradas e bastam poucos dias para que o ciclo da vida desses insetos se complete, correto?
Fora aqueles fatores acima citados, alguém já pensou nas infindáveis fontes propícias para que o mosquito bote seus ovos e mande mais um batalhão de malfeitores para nossas vidas?
Percam um tempinho para fazer as contas das incalculáveis lages de casas, que desniveladas deixam pocinhas de água após as chuvas, as calhas das casas e prédios, que também acumulam águas pluviais e pasmem, as inúmeras marquises de prédios que temos em nossas cidades, que da mesma maneira, acumulam águas, que paradas e limpas, servem de nascedouros de tais pernilongos ou mosquitos.
Os fiscais da Prefeitura estiveram fazendo uma verificação em “algumas” marquises da cidade. Somente falaram e alertaram do péssimo estado em que se encontravam, umas até com moitas de capim nascendo nelas, mas, das águas empoçadas nada falaram ou alertaram.
Já pensaram se em todos esses focos acima citados os mosquitos botarem seus ovos e das larvas nascerem mosquitos da dengue a nos picar? Haveria hospitais, médicos e remédios suficientes para o tratamento?
Seria um resultado pior que a peste negra que devastou a Europa em tempos idos. Seria pior que um tisuname.
Claro que as pessoas estão muito conscientizadas quanto a sua parte: das tampinhas, das latinhas, das plantinhas, das caixas dágua. Mas e das lages, calhas e marquises, quem cuidará delas?
Mas não é para nos apavorar tanto, não é mesmo? Afinal nem todos os mosquitos que botam ovos em águas paradas e limpas são transmissores da dengue, né? Mas e a quantidade de lajes, calhas e marquises?
Com a palavra as Autoridades para esclarecer a população.
Vicente de Paulo Clemente