Como a gripe suína mata
Sempre existiram doenças respiratórias, e eventualmente, alguém morria de alguma dessas. Assim, morria-se, por exemplo, de pneumonia, sempre aconteceu. Nesses casos, a doença costumava aparecer com os sintomas da gripe, espirros, tosse, febre, e evoluindo posteriormente para um quadro mais grave, até a morte do indivíduo. Como todos sabem, coisas assim sempre aconteceram, dizia-se que a pessoa tinha morrido de pneumonia.
Agora, no entanto, as coisas mudaram, e, quando alguém morre assim, diz-se que morreu de gripe suína, doença letal. Antigamente tinha a manga com leite, também matava de maneira tão apavorantemente quanto a gripe hoje.
Na verdade, a gripe continua sendo gripe! (Lembra de gripe? Aquela coisinha chatinha, cheia de tosse, espirros, catarro, moleza... lembra? Bem, a gripe continua a mesma doença chatinha de antes, acarretando os mesmos eventuais (e remotos) perigos. Mas depois que inventaram remédios caros (antivirais) e vacinas para a gripe, houve uma mudança na metodologia do registro de óbitos.
Antigamente, quando alguém morria de pneumonia, tinha morrido de pneumonia (isso parece meio óbvio, né?), mas agora, quando morre de pneumonia morreu de gripe suína! Impressionante!
Dessa maneira, uma simples mudança de metodologia faz parecer que a gripe se transformou em um monstro letal! Mas, notem: a gripe continua sendo gripe! (E por outro lado, os meios de comunicação e os sistemas de saúde continuam a privilegiar essa doencinha chata).
A gripe suína é uma farsa!