Nossa força interior.
Recentemente li um artigo que falava sobre a força da mente. O autor tratava do assunto com base em estatísticas e em experiências feitas em laboratórios para se chegar a um limite – se é que há – para avaliar até aonde uma pessoa pode ter o dom de raciocínio e de manter-se numa dinâmica quanto à sua atividade cerebral, desenvolvendo-a de forma que possa se tornar alguém com conhecimentos além do comum, antevendo situações que possam exigir do cérebro uma atividade máxima, até porque o estudo demonstrou que as pessoas utilizam muito pouco da sua capacidade intelectual.
Chegou-se à conclusão que o cérebro não tem e nunca terá capacidade máxima, pois sua desenvoltura é renovadora e represadora de ondas que se prolongam e se alongam de forma tal que se tornam uma bola de neve que vai expandindo-se de acordo com a evolução do conhecimento humano. Assim, pode-se dizer que não há limite para o conhecimento humano. A pessoa vai aprendendo durante a vida inteira e nunca terá o cérebro tolhido pelo fenômeno do estacionamento. O cérebro só se desacelerada quando há o perecimento das cédulas em razão da idade ou em face de doenças (como alzheimer). Assim, o ser humano perde a capacidade energética de produzir conhecimento, mas jamais ficará sem a capacidade de estar aprendendo. A velhice só desacelera a capacidade de armazenar a sapiência e muitas vezes dá curto-circuito, dispersando o conhecimento, quando as doenças atacam as células do cérebro.
Nossa mente também se explica no campo da flexibilidade amparada pelo legado transcendental, já que nossa capacidade de tirocínio está interligada ao espírito que é eterno. Logo, utilizando daquele silogismo que aprendemos no campo acadêmico: Tenho mente, logo, tenho espírito. Assim, não é demais de se dizer que nosso raciocínio é sombra de nossa alma, por isso o cérebro jamais se esvaziará de conteúdo, tendo-se em consideração a orientação filosófica explicada por Kardec. O espiritismo explica que estamos neste mundo para evoluirmos dentro dos critérios de conduta moral e universal, para que um dia venhamos a nos transformar em espírito de luz.
Existem outros fenômenos paranormais relacionados com a mente que não vale a pena descrevê-los, porque fogem do aspecto de normalidade, que são aqueles casos onde a pessoa é capaz de produzir (com a mente) fatores de exteriorização, como produzir fogo, mexer em objetos sem tocá-los etc. Estas questões são explicáveis pelo estudo da parapsicologia que denota um questionamento científico das várias facetas que envolvem os mistérios extraordinários que vez ou outra ressurgem em alguma região terrestre. Ronaldo Dantas Lins, estudioso da Parapsicologia diz: “Da referida primeira lei da Parapsicologia podemos extrair um terceiro corolário. "O psiquismo possui o potencial de agir sobre o mundo físico, sem necessidade de intermediação energético-material, promovendo o deslocamento de massas ou perturbações de campos energéticos".
Não quero entrar nas teorias finalistas dos mistérios da mente, posto que isso requer um estudo mais amplo que não cabe neste momento. Mas, o que desejo ilustrar é o potencial da nossa capacidade humana de pensar e de produzir resultados que muitas vezes nós mesmos não esperamos. É espetacular quando observamos a criatividade humana. Basta olharmos o nosso Planeta, através das suas diversas culturas, para enxergarmos o dinamismo de cada raça, em face da distinção que se obtém em cada pensamento. Podemos ressaltar nesse universo infinito da criação; os milhares de músicas produzidas de forma unitária, mas, cada arte se constrói de forma diferente uma da outra. Citem-se as poesias englobando diversos temas e nenhuma delas consegue se refletir uma na outra. Exemplo disso - caso tenhamos a intenção de testar a inspiração de cada poeta - é só dar-lhes um tema e, em segredo, pedir que dois deles escrevam sobre um mesmo tema. Veremos o milagre da mente, visto que cada um conseguirá mostrar belezas completamente diferentes, com palavras e ideias diferentes, mas, cada um falando da mesma coisa.
A mesma questão deve ser vista sob o ponto vista negativo. Caso alguém pense em fazer coisas ruins; sua ação estará voltada para esse propósito. Aliás, uma pessoa que tem ideias negativas sobre uma doença (por exemplo) é bem possível que ela contraia essa doença. O nosso organismo é refém da nossa mente. Assim, quando a pessoa é negativista ela também passa para seu corpo um elemento de negatividade a tal ponto de seu organismo pode perecer mais cedo.
Recentemente publiquei uma crônica citando a obsessão como uma causa de manifestação da alma. Esse mal faz a pessoa ficar refém de determinado resultado negativo. Para quem acredita, pode-se dizer que tal pessoa está sofrendo influência de outras matérias metafísicas que se harmonizam. Assim, o indivíduo que tem rancor, ódio, vontade de fazer mal a alguém, acaba por conseguir esse objetivo porque entra em sintonia com outras energias de mesma intensidade; daí a explicação para muitos crimes bárbaros que causam perplexidade no meio social.
O importante é que podemos dominar nossa mente, quando temos controle sobre nós. Isso se deve aos mecanismos interiores que são capazes de equilibrar nossa forma de pensar com aquilo que preservamos de essência moral. Logo, lembramos que há em nosso íntimo a chamada consciência que nos leva a agirmos com base em mecanismo de freios ABS que nos dá capacidade para frear nossos impulsos quando verificamos que é necessário parar de fazer algo nocivo, antes que haja o abalroamento da maldade.
Enfim, toda vez que utilizarmos bem nossa mente; não só estaremos construindo um império de coisas boas, como também estaremos contribuindo para uma humanidade mais serena e mais ordeira. É isso que o mundo precisa, ou seja, de pessoas que utilizam da sua mente e que pensam no bem, pois o resultado dessa operação é uma só: progresso com respeito e com solidariedade humana.