"Amados (as) Recantistas, eu tenho dois amigos que sofrem com essa terrível doença. Uma amiga (jovem com menos de 30 anos) aqui em minha cidade; e um jovem, também nessa faixa etária, no Rio de Janeiro. É muito triste a gente ver pessoas, que antes estudavam, trabalhavam, se divertiam, enfim levavam uma vida "normal", e de repente se veem impedidas de realizar quase todas as atividades que faziam antes, e pior: na perspectiva breve de depender das outras pessoas.
Lembrando ainda que há fases no tratamento que tem um custo bastante elevado.
As pessoas acometidas dessa patologia mudam totalmente a rotina de suas vidas. Não demora muito e já podem perdem a coordenação motora e passando a andar de cadeiras de rodas. E isso acaba interferindo, inclusive no "fim do casamento ou do relacionamento", infelizmente.
Fico muito triste quando entro na página de meu amigo Alex, que vejo suas "desatualizações" porque o mesmo nem tem condições de digitar um simples scrap.
Peço sempre ao meu Deus para que possa confortá-los em sua dor e "provação". E que eles não percam a fé nem a esperança no Pai Criador e Salvador de todos os homens e mulheres de boa vontade".
Isis Dumont
ESCLEROSE MÚLTIPLA
Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos.
Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas.
Não se conhecem ainda as causas da doença. Sabe-se, porém, que a evolução difere de uma pessoa para outra e que é mais comum nas mulheres e nos indivíduos de pele branca que vivem em zonas temperadas.
O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a ressonância magnética.
Sintomas
A fase inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana.
Tais características fazem com que o paciente não dê importância às primeiras manifestações da doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas vão e voltam independentemente do tratamento.
A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando pequenos sintomas sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, motores e cerebelares de
maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres.
Tratamento
Uma vez confirmado o diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença inflamatória desmielizante, com manifestação remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais: abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais.
Recomendações
* Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos;
* Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados;
* O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres;
* Nas crises agudas da doença, é aconselhável o paciente permanecer em repouso.