Sativex a base de maconha
Por: Pedro H. Pastorello • Categorias: DedoVerde
O fármaco aparenta resolver 50% dos problemas com esclerose múltipla. Segundo o fabricante, é o mais eficiente no momento. A esclerose multipla é uma patologia sob condição neurológica degenerativa. Esta associada também a sintomas de depressão e sinais de deficiência. Um dos sintomas de depressão é a dor nervosa (dor neuropática).
O medicamento é disponibilizado em spray sublingual e pode apresentar alguns efeitos colaterais, como irritação na boca (boca seca) e tonturas, provenientes do THC. Pacientes acima de dezoito anos, com esclerose múltipla, podem ser tratados com Sativex. Se usado no tratamento de idosos não é necessário nenhum cuidado especial, porém visitas frequentes ao médico são recomendadas.
Produzido pela GW Pharmaceuticals e comercializado pela Bayer Healthcare, o medicamento, por enquanto, está disponível apenas para o Canadá.
O porta-voz da GW Pharmaceuticals, Mark Rogerson, alega que: “É perfeitamente possível ter uma substância segura e útil sendo usada pelos médicos ao mesmo tempo que é proibida nas ruas. O Sativex não tem nada a ver com os cigarros de maconha e não compra essa briga. É óbvio que se trata de uma substância polêmica, mas ela vem para o nosso bem, assim como a morfina, derivada do ópio. O fato de usarmos morfina nos hospitais hoje em dia não faz ninguém querer que o ópio seja legalizado nas ruas, certo?”
Ao ser questionado sobre a possibilidade do mecidamento gerar vício, diz “A cannabis não vicia, não gera dependência química e nunca matou ninguém de overdose. O corpo jamais vai exigir que a pessoa consuma cannabis ou enfrente uma crise de abstinência”.
No Brasil, a lei defende que todo medicamento derivado de plantas ilícitas não pode ser comercializado. Entretanto, excessões podem ser criadas, como ja é o caso da morfina.