SEXO E SEXUALIDADE

A sexualidade é algo fundamental para os seres humanos, pois ela faz parte de nós e não podemos deixá-la em um lugar e simplesmente ser outra pessoa, estar bem intelectualmente, corporalmente e emocionalmente é indispensável fator de felicidade e, para tanto, é preciso estar bem com a própria sexualidade, mais do que apenas o sexo genital e as exigências na expressão e comunicação a sexualidade tornou-se a forma mais humana de convívio entre as pessoas, embora regras e formas de expressão fossem criadas para estabelecer os limites éticos e a nossa vida sexual.

A relação entre sexo, sexualidade se torna muito estreita, em virtude de elementos culturais, as questões ligadas à sexualidade se libertaram das determinações do sexo, e se situaram principalmente na esfera da afetividade. O sexo é o ato sexual propriamente dito, e a sexualidade está sempre ligada a circunstâncias emocionais, a cultura de cada pessoa, a educação recebida, do ambiente que habita, da cultura que o cerca e de sua personalidade.

O tema Sexualidade na Escola, talvez seja um dos mais polêmicos e de maior dificuldade para ser tratado. Hoje a escola é fundamental no papel em educar os alunos para uma sexualidade saudável, embora se saiba que em sua maioria, algumas escolas não estão cumprindo este papel com eficiência. Como motivo está o despreparo dos professores em abordar o tema, cheio de tabus, e a concorrência dos meios de comunicação que acabam confundindo a cabeça do nosso jovem.

Um dos principais motivos em que a responsabilidade passou a ser da escola é a falta de convivência familiar. Pai e mãe trabalham fora de casa e não participam efetivamente da vida escolar dos filhos. Outro fator relevante é a falta de formação e informação dos pais a respeito desse assunto polêmico e com muitos paradigmas, preferindo na maioria dos casos não falar do assunto com os filhos.

Considerando de importância básica o papel da escola na educação sexual, isto desde a pré-escola, pois se a criança crescer aceitando a sua sexualidade, certamente terá uma vida sexual saudável. Mas para que o sucesso seja alcançado é necessário, antes de tudo, a preparação dos educadores. Esta preparação envolve o repensar de conceitos sexuais e a consequente quebra de tabus existentes ainda hoje. Como exemplo a homossexualidade, encarada como um “desvio social”.

A escola tem um papel muito importante no desenvolvimento da sexualidade dos alunos. Ela traz os conhecimentos que nos ajudam a entender e enfrentar os desafios da vida. Dessa forma, se torna fundamental que a escola “abra portas” para essa discussão, assim, junto: família e comunidade escolar contribuirão para a formação e crescimento dos adolescentes, fase tão marcante na vida. Não dá para pedir que os alunos deixem sua sexualidade do lado de fora, pois temas polêmicos como masturbação, homossexualismo, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis (DST), estão diretamente relacionados com a sexualidade e devem ser abordados no cotidiano escolar, para que sejam derrubados os tabus, medos e preconceitos.

O professor tem papel primordial, cabendo a ele a mediação desses temas, ajudando a tirar dúvidas e entender melhor alguns assuntos que para os pais é difícil abordar, ampliando as discussões para as questões que envolvem a sexualidade o professor deixa de ser apenas um repassador de informações, onde não há discussões e a “aula” se limita a nomeação das partes do corpo e do aparelho reprodutor e suas funções, ou seja, ligado essencialmente as questões biológicas ou de sexo.

Assim, a escola abre espaço para a pluralidade de questões, valores e crenças sobre as variantes da sexualidade. O trabalho de orientação sexual complementa a educação sexual dada pela família. O professor é um transmissor de valores e com relação à sexualidade podemos identificar no seu dia-a-dia em sala de aula, na forma de responder ou não às perguntas mais simples questionadas pelos alunos. É certo sobre a necessidade do professor em ter conhecimento no contexto sobre a sexualidade para tratar de modo coerente com crianças e jovens na escola, possibilitando a construção de uma postura profissional e consciente no trato desse tema. Deve-se ter em mente que a sexualidade é parte indissociável do processo educacional e que ocorrendo a integração entre família e escola pode-se tornar os alunos mais saudáveis sexualmente.