LULA e o câncer.

Por Carlos sena.


 
Pra quem pensava que Lula fosse “deus”, agora tem a certeza de que ele não passa de um mortal como todos nós. LULA está com um câncer – eis a manchete que todos os jornais divulgaram. O mundo todo divulgou a doença do nosso ex-presidente – prova maior que foi “um rei e continua majestade”.
Um dia LULA terá que ir embora para o outro lado da eternidade. O mundo dos vivos aqui da terra deve estar ululante com a possibilidade dele não mais concorrer a um terceiro mandato. Dito diferente: os que um dia torceram para que um nordestino analfabeto não governasse o país, pois temiam que nós vivêssemos em constantes greves, em permanentes invasões de terras, em desordem total, deram com os “burros n’água. O governo lula tirou mais de trinta milhões da pobreza; outros milhares ascenderam a classe média e os que eram ricos permaneceram mais ricos. Lula, analfabeto, investiu em universidades e escolas técnicas muitos mais do que o intelectual FHC e sua corriola. A grande crise internacional da época dele, não passou de uma “marolinha”, utilizando suas palavras. Essa palavra virou chacota na boca da oposição até que a crise, de fato, virou marolinha. O Brasil nunca empregou tanta gente com carteira assinada. Pernambuco, hoje, é um canteiro de obras e seu crescimento é o maior do país em termos proporcionais. Ele, LULA, deu apoio ao nosso governador Eduardo Campos e, como dissemos, estamos vivendo uma fartura de oportunidades de emprego em nosso estado. O PROUNE está aí super criticado, mas nenhum outro governo teve a audácia e a coragem de apostar nesse processo. Tem defeitos, tem falhas, carece de correção, mas tá dando resultados, principalmente para os menos favorecidos economicamente. Os mais interessados no fracasso alem, naturalmente, da oposição fajuta, são os empresários da educação. A boquinha acabou e o PROUNE, bem como o ENEM não vieram para sair com medo dos gritos e gemidos dos descontentes. Afinal, eles perderam “as tetas da vaca profana” que se alimentava do “quanto pior melhor”, do “quanto mais pobres fora da escola, melhor”.
O governo LULA o imortalizou. Ele, pessoalmente, não teria essa capacidade. Fez acordos espúrios, fez. Fez conchamblanças, fez. Houve corrupção, houve. O contraditório também houve: cadeia para gente importante como Arruda e outros do colarinho branco. A polícia Federal nunca trabalhou tanto e nunca botou tanta gente na cadeia via operações como a ANACONDA e outras. O diferencial é que LULA tinha certeza de que a nação era democrática e que ele não poderia fazer a parte do legislativo nem tampouco do judiciário. As reformas, infelizmente, não aconteceram nesses poderes como esperávamos.
Mas ele taí com um câncer. O grito dos contentes com seu carcinoma é de somenos importância, pois o ex-presidente sempre conviveu com ele. Por outro lado, na terra ninguém servirá pra semente. Quando os males dele forem velhos, certamente o de outros serão novos. Assim é a vida. O diferencial será o bem que se pode fazer em vida aos semelhantes. Neste quesito poucos, muito poucos, pouquíssimos, fizeram mais que ele pelos menos favorecidos da sorte.
Daqui torcemos para que ele se cure. Os médicos disseram que é um câncer cem por cento curável. Incurável, mesmo, só tem sido o azedume daqueles para quem, diante de um lindo dia de sol, alertam logo que poderá chover.


PS.: Já houve comentarista político que comparou LULA ao Getúlio Vargas. Podem até ser parecidos, mas na forma, não no conteúdo. Pelo conetúdo, Getúlio se suicidou, mas LULA - nordestino da cepa, pernambucano da gema, vencedor da fome, da seca, do preconceito dos intelectuais e parte dos sudestinos, nunca iria se suicidar. Sorte nossa!