Deixar chorar ou não: eis a questão
Reagir de pronto ao choro de um bebê o tornará mimado. Nada mais falso! Reagir de imediato ao choro, única forma que bebês conhecem para se comunicar, só aumenta a chance de acalmá-los logo, pois se choram, há sempre um motivo por trás; difícil, para o adulto, é decifrar qual. De quebra, aumenta a sensação de segurança no bebê, pois ele nota que não está só no mundo, largado ao ‘Deus-dará’. Certa vez, procurando na internet dicas para acalmar bebês, caí numa página onde se podia ouvir uma simulação do som que se ouve no útero e, numa outra, uma técnica para enrolar o bebê numa manta, simulando o ambiente apertado e quentinho da barriga da mãe. Já conhecia ambas, e, desde a primeira semana com minha filha, fui feliz ao aplicá-las. Um chiadinho ritmado ao pé do ouvido e umas balançadinhas de leve – nada de chacoalhar, o que é muito perigoso para bebês! – ajudam também a fazer dormir. Há pessoas que fazem isso por instinto, por ser uma forma natural, a meu ver, de se fazer um bebê parar de chorar. Bom, há também momentos em que não funciona nada disso, pois o choro pode ser uma combinação ou sucessão de vários fatores: fome, cólica, fralda cheia, uma dor qualquer, sono ou vontade de brincar. Nestes momentos, só mesmo muita paciência, pois pais estressados só pioram a situação. E em situações extremas, de choro intenso – duas ou mais horas de choro contínuo podem enlouquecer qualquer mortal – e quando não se tem ninguém para ajudar, melhor mesmo é colocar o bebê num lugar seguro e sair uns cinco minutinhos para respirar, – uma pequena pausa produz milagres!
Ter um bebê é algo maravilhoso, mas isto bem pode se transformar num inferno, principalmente para a criança, se quem cuida dela não tiver paciência, sensibilidade e informação. Fácil falar? Que nada! Mãe de primeira viagem, estou aprendendo a cada dia. Se bem que a dica de tentar manter a calma – SEMPRE! – é a melhor que alguém pode dar.