SAÚDE É O QUE INTERESSA!

O tudo não tem pressa.

A Agência Nacional de Saúde bateu o martelo e ainda há pouco informou a sociedade brasileira que agora a saúde tem pressa, portanto, as operadoras de saúde deverão atender quase prontamente os usuários dos planos e seguradoras de saúde, sob pena de altas multas, caso o paciente não seja atendido no prazo estipulado.

Tal implementação se apoia no código do consumidor e tem caráter de "cumpra-se".

De fato, isso tudo nos alegra muito, claro, pagamos caro pela saúde e pelo tudo que pouco temos, e embora o milagre até possa ser operado, tomara que sim, é melhor depois nos mostrarem o santo para que possamos lhe agradecer pelas justas causas.

"Agradecemos ao santo tal pelo milagre alcançado".

Porém um fato é gritante e é o que embasa o meu ceticismo: estamos em franco caos do sistema como um todo, por "n" motivos, falta de gerenciamento técnico, de equipamentos, de leitos e recursos humanos, excesso de contingente porque o serviço público também não aguenta toda a demanda, aliás, faz tempo.

Difícil acreditar que mais uma vez queiram se resolver questões tão complexas pelo telhado, ou seja, por decreto.

Deixou-se a situação chegar num patamar tão insustentável que agora é mais fácil apelar pelas justas e oficiais relações de consumo e prestação de serviços estabelecidas nos papéis, do que consertar o alicerce da crise e enfrentá-la com competência na vida real, então, regras a toque de caixa para animar os clientes das operadoras.

Se há condições de cumpri-las é o que vamos ver depois.

Isso porque nem estamos falando em saúde pública!

Que tal arrumar a casa toda?

Ou o cliente da saúde pública pode esperar?

Melhor seria permanecer no escuro porque assim não se ofusca os olhos no acender de todas as luzes.