Por que fazer terapia
Apesar da Organização Mundial da Saúde definir a saúde do ser humano como bem estar, que envolve a natureza física, psíquica, social e até mesmo espiritual do homem, a grande maioria das pessoas, sejam elas crianças, jovens, adultos ou idosos, quer sejam ricas ou pobres, em todos os lugares do mundo, padecem de problemas existenciais e orgânicos de fundo emocional sem dar conta que sua saúde esta alterada e de que é possível, através de tratamento psicológico superar tais problemas e restabelecer o bem estar.
Todas as pessoas, em um momento ou outro, enfrentam problemas existenciais e, de acordo com sua própria natureza psíquica ou estrutura de personalidade, sofrem mais ou menos diante deles. Podemos dizer que alguns conseguem superar seus problemas e, mesmo diante de tantas dificuldades, atingem um certo grau de equilíbrio e satisfação de viver. Porém, muitos outros, devido as suas próprias dificuldades pessoais, que tanto podem estar baseadas nas crenças desenvolvidas ao longo de suas vidas como calcadas em suas experiências mais dolorosas, chegam a acreditar que a felicidade e a paz interior são, de certa forma, sonhos inatingíveis. Outros, ainda, por inabilidade ou dificuldade em adaptar-se às mudanças, vivem em constantes conflitos pessoais temendo pelo futuro ou pelas tomadas de posições.
Assim, pode se dizer que, de uma forma ou outra, para a maioria das pessoas, o apoio ou acompanhamento psicológico é de fundamental importância para que superem suas dificuldades ou alcancem o bem estar, sobretudo quando estão passando por momentos mais difíceis, a exemplo do enfrentamento de alguma doença, quer seja consigo mesmo ou com alguma pessoa do seu relacionamento mais íntimo. Ou, ainda, naqueles momentos em que são exigidas novas atitudes mentais ou mesmo de comportamento, como são comuns nos casos de separações, divórcios, de luto e perda em geral.
A verdade é que toda terapia psicológica, que tem por objetivo permitir que a pessoa amplie a visão de si mesmo e se capacite para explorar seus próprios potenciais, será sempre um agente facilitador para operar mudanças e, com certeza, se constituirá em um excelente instrumento auxiliador no desenvolvimento de hábitos e atitudes mais saudáveis.
* José Paulo Ferrari é psicólogo clínico, com especialização em Psico-oncologia, pelo Hospital do Câncer